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FISIOTERAPIA EM ONCOLOGIA (Aula 3 Completa)

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FISIOTERAPIA EM ONCOLOGIA
Câncer de mama
CÂNCER DE MAMA
 MAMA
- A glândula mamária, órgão par, situa-se na parede anterior do
tórax, na parte superior e está apoiada sobre o músculo peitoral
maior; se estende da segunda à sexta costela no plano vertical e do
esterno à linha axilar anterior no plano horizontal.
- A mama feminina é composta por lobos (glândulas produtoras de
leite), por ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos
lobos ao mamilo) e por estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo
que envolve os ductos e lobos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos).
- A maioria dos cânceres de mama começam nas células que
revestem os ductos. Alguns começam nas células que revestem os
lobos, enquanto um número pequeno se inicia em outros tecidos.
 Sistema Linfático da Mama 
- A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o
parênquima mamário são drenados por
vasos linfáticos, que se dispõem da
superfície para a profundidade, formando
uma rede linfática que se comunica entre
si.
- O sistema linfático tem várias partes.
- Os linfonodos são pequenas coleções de
células do sistema imunológico, em forma
de feijão, conectados pelos vasos
linfáticos.
- Os vasos linfáticos são como pequenas
veias, que drenam a linfa da mama.
- A linfa contém líquido e produtos usados,
bem como células do sistema
imunológico.
- As células cancerosas da mama podem
entrar nos vasos linfáticos e começarem a
crescer nos gânglios linfáticos.
• Se as células cancerosas se espalharem para os
gânglios linfáticos, há uma maior chance de que as
células possam também ter entrado na corrente
sanguínea e se disseminado (metástase) para outras
partes do corpo.
• Quanto mais células cancerosas da mama houver nos
gânglios linfáticos, maior a probabilidade da doença ter
se disseminado também para outros órgãos.
• Encontrar células cancerosas em um ou mais
linfonodos influencia no esquema de tratamento.
• Entretanto, nem todas as mulheres com células
cancerosas nos linfonodos desenvolvem metástases, e
outras que não tinham doença no gânglios linfáticos
podem desenvolver metástases posteriormente.
Sobre o Câncer de Mama
• O tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil,
depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos
casos novos a cada ano.
• O câncer de mama também acomete homens, porém é raro,
representando apenas 1% do total de casos da doença.
• Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência
cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.
• Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países
desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
• Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida,
outros, não.
• A maioria dos casos tem bom prognóstico.
• Estimativa de novos casos: 57.960 (2016 - INCA)
• Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres (2013 -
SIM)
Sobre o Câncer de Mama
• O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da
mama que adquiriram características anormais (células dos lobos,
células produtoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o
leite), anormalidades estas causadas por uma ou mais mutações no
material genético da célula.
• A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os
homens também podem ter câncer de mama.
• Existem mutações que fazem com que uma célula apenas se divida
exageradamente, mas não tenha a capacidade de invadir outros
tecidos.
• Isto leva aos chamados tumores benignos ou não cancerosos.
• Quando ocorrem mutações no material genético de uma ou mais
células, e estas adquirem a capacidade não só de se dividir de
maneira descontrolada, mas também de evitar a morte celular que
seria normal no ciclo de vida de qualquer célula do organismo, e
também de invadir tecidos adjacentes, elas dão origem ao câncer
• Estas células, agora cancerosas, adquirem a capacidade de se
desprender do tumor, entrar na circulação (linfática ou venosa) e se
implantar em outros órgãos.
• Esta capacidade de sobreviver em meio a outro tecido ou órgão é
uma particularidade das células cancerosas, que também
conseguem promover crescimento de novos vasos para alimentar a
sua própria divisão celular exagerada.
• Os tumores malignos ou cânceres, além de constituir populações de
células que crescem exageradamente, invadem outros tecidos
diretamente ou pela circulação e são um risco à vida dos indivíduos.
• O câncer de mama, além de ser classificado em diversos tipos, com
características e graus de gravidade diferentes, deve sempre ser
estadiado( passar por uma avaliação quanto à sua extensão e
disseminação).
• Este estadiamento determina se a doença é localizada (precoce),
localmente avançada (tumor grande e com gânglios
comprometidos) ou metastática (espalhada para outros órgãos).
Termos Gerais para Câncer de Mama
• Carcinoma - Descreve o câncer que começa na camada de revestimento
(células epiteliais) dos órgãos, como o da mama. Quase todos os cânceres
de mama são carcinomas (ductal ou lobular).
• Adenocarcinoma - É um tipo de carcinoma que começa no tecido
glandular (tecido que produz e secreta uma substância). Os ductos e lobos
da mama são tecidos glandulares (produzem o leite materno), e os
cânceres nessas áreas são frequentemente chamados de
adenocarcinomas.
• Carcinoma In Situ - Este termo é usado para um tumor em fase inicial, ou
seja, que está confinado à camada de células onde se originou. As células
não invadiram os tecidos mais profundos na mama, nem se espalharam
para outros órgãos. O carcinoma ductal in situ da mama é, às vezes,
classificado como o câncer de mama não invasivo ou pré-invasivo porque
pode evoluir para um câncer de mama invasivo se não for tratado.
• Carcinoma Invasivo - Um tumor invasivo é aquele que já cresceu para
além da camada de células onde se iniciou. A maioria dos cânceres de
mama são carcinomas invasivos (carcinoma ductal invasivo e carcinoma
lobular invasivo).
• Sarcoma - São cânceres que começam nos tecidos conjuntivos, como o
tecido muscular, tecido adiposo ou vasos sanguíneos. Sarcomas de mama
são raros
Alterações Benignas das Mamas
• As principais alterações benignas das mamas são o fibroadenoma e as alterações
funcionais.
• O fibroadenoma é um nódulo pequeno, com até 3 cm, de origem e evolução
benigna, de consistência dura e elástica, móvel à palpação, de superfície lobulada,
bem delimitado, indolor, geralmente único e que aparece depois da adolescência.
• Trata-se de uma lesão sem potencial de malignização.
• Certos tipos de câncer, chamados tumores circunscritos, podem simular um
fibroadenoma, sendo, portanto, prudente que os fibroadenomas sejam
submetidos à confirmação histopatológica (estudo da célula).
• A causa mais frequente de dor mamária é a alteração funcional benigna da mama,
antes conhecida como displasia mamária.
• A dor é cíclica e depende da ação dos hormônios ovarianos sobre a mama,
tornando-a túrgida e dolorida, principalmente no período pré-menstrual e que
pode ainda ser agravada pela ingestão exagerada de cafeína (café, chá mate,
chocolate).
• A mulher com duas ou mais gestações e que amamentou por mais de seis meses,
em geral, não refere esse tipo de dor mamária.
• Os traumas, infecções, neurites e inflamações nos arcos costais são outras causas
de dor na região das mamas.
• Como regra geral: o câncer de mama não provoca dor na sua fase inicial.
• Uma alteração funcional bastante comum são os cistos mamários.
• Na grande maioria dos casos, o cisto mamário simples é uma alteração
benigna e consiste no acúmulo de líquido, ocasionando maior
sensibilidade ou provocando dor localizada, sem qualquer outra
repercussão.
• É uma pequena bolha de água que pode ser esvaziada com uma agulha
quando atrapalha a realização da mamografia ou provoca dor constante.• Haverá risco de doença, quando está associado a um componente sólido
denominado "vegetação” e que se situa dentro dessa bolha de líquido,
fato que não costuma ocorrer com frequência.
• A maioria dos cistos é pequena (microcistos), surgem próximos do período
menstrual e tornam as mamas doloridas.
• Em geral não são palpáveis e podem ser detectados pela ultrassonografia.
• Quase sempre são múltiplos, não representam problema clínico e não
precisam receber qualquer atenção específica.
• Os cistos maiores do que 2 cm são facilmente palpáveis, crescem
rapidamente e ocasionam desconforto e dor.
• Possuem consistência amolecida e podem atingir grandes volumes, se não
forem aspirados pelo médico usando uma agulha fina.
• A ultrassonografia é o método diagnóstico ideal da doença cística e dos nódulos
sólidos benignos.
• O cisto aparece como nódulo de contornos bem definidos, com líquido em seu
interior.
• Ao se analisar a mamografia, os cistos podem ser confundidos com nódulos
sólidos e alguns médicos podem indicar a sua aspiração, guiada pela
ultrassonografia, antes de se realizar a mamografia, evitando a confusão com o
nódulo sólido.
• A mamografia é o exame ideal para doença mamária inicial, principalmente
quando a única alteração observada são as microcalcificações.
• A punção aspirativa com agulha fina representa o tratamento dos cistos simples.
• Durante a punção pode obter-se líquido transparente, amarelado, esverdeado ou
sanguinolento.
• A presença de material sanguinolento, na persistência de nodulação após a
punção, na presença de vegetação intracística ou em casos de reaparecimento do
cisto no local já puncionado, esse tecido deve ser removido cirurgicamente para
análise.
• A identificação clínica e confirmação pela
ultrassonografia de nódulos com tamanho inferior a
2 cm, forma arredondada ou oval, contorno liso ou
bocelado, sem distorção do parênquima, em pacientes
de baixo risco, permite acompanhamento mensal,
confirmando a sua estabilidade a critério do
mastologista.
• Raramente esses nódulos representam doença
maligna.
• A perícia do ultrassonografista, detalhando e
qualificando eventuais alterações desse padrão, pode
antecipar as possibilidades de diagnóstico e exigir
estudo anatomopatológico mais precoce
Características do Nódulo 
Benigno
Clínica Imagem
Idade inferior a 30 anos Bordas bem definidas; circunscrito
Antecedentes pessoais e familiares 
ausentes
Regular
Fibroelástico Superfície lisa, bocelada ou macrolobular
Móvel Ultrassonografia sem sombra acústica
Inferior a 2 cm Múltiplos e bilaterais
Crescimento lento
Calcificações grosseiras em "pipoca”, em 
leite de cálcio, cutâneas, ovais, homogenias 
e difusas.
,
Condições Clínicas e de Imagem 
consideradas de Alto Risco
Idade superior a 35 anos Bordas irregulares
Antecedentes de câncer 
mamário
Microlobulações
Antecedente de lesão 
mamária hiperplásica
Superfície mal definida
Linfoadenopatia axilar 
suspeita
Ultrassonografia com sombra acústica
Nódulo endurecido Nódulo intracístico
Tumor fixo a planos 
profundos
Espiculações
Presença de retração da pele
Microcalcificações agrupadas, 
segmentar, linear, "vermiforme” ou 
focal, pleomórficas ou heterogêneas.
• A investigação dos nódulos identificados pelo exame
clínico, mamografia ou ultrassonografia, pode ser realizada
inicialmente pela punção aspirativa com agulha fina (PAAF),
seguindo-se a biópsia com retirada de pequeno fragmento
(Core Biopsy), exérese de microcalcificações e áreas
suspeitas por aspiração (mamotomia) ou retirada cirúrgica
do tecido mamário anormal após agulhamento do setor e
confirmação da remoção completa da área suspeita com
uma radiografia da peça removida.
• Em qualquer das possibilidades, o exame é considerado
ótimo quando assegura retirada de tecido representativo e
adequado para diagnóstico definitivo pelo estudo
anatomopatológico
• O risco de resultados falso positivo ou falso negativo,
decorrente da maior quantidade de células, exige a máxima
atenção do mastologista e do patologista, atentos às
mudanças da mama em relação ao ciclo menstrual.
• Sempre que possível, a cirurgia deve ser realizada após o
final do ciclo menstrual, reduzindo os efeitos de hormônios
nas mamas.
• No caso do resultado citológico ou anatomopatológico da
biópsia indicar material escasso, inconclusivo, presença de
atipias, hiperplasia ductal, carcinoma in situ ou, havendo
discordância entre o exame clínico, ultrassonografia,
mamografia ou ressonância magnética, considera-se
obrigatória a retirada da área suspeita, com exame
anatomopatológico intraoperatório de congelação,
estabelecendo-se então o diagnóstico e conduta definitiva.
• Havendo diagnóstico de câncer, a mamografia
ou a ressonância magnética permitem
detalhar as características do tumor, presença
de múltiplos focos, extensão regional da
doença ou bilateralidade, contribuindo para a
programação do tratamento pelo
mastologista, oncologista e apoio
indispensável da equipe de psicologia.
Fatores de risco
O câncer de mama não tem uma causa única,
diversos fatores estão relacionados, tais como:
• Idade;
• fatores endócrinos/história reprodutiva;
• fatores comportamentais/ambientais;
• fatores genéticos/hereditários.
• Idade:
- assim como em vários outros tipos de câncer, é
um dos principais fatores que aumentam o risco
de se desenvolver câncer de mama.
- O acúmulo de exposições ao longo da vida e as
próprias alterações biológicas com o
envelhecimento aumentam o risco.
- Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50
anos, são mais propensas a desenvolver a
doença.
• Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva
- Referem-se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido
pelo próprio organismo ou consumido por meio do uso
continuado de substâncias com esse hormônio.
- Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade
da primeira menstruação menor que 12 anos); menopausa
tardia (após os 55 anos); primeira gravidez após os 30 anos;
nuliparidade (não ter tido filhos); e uso de contraceptivos
orais e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa,
especialmente se por tempo prolongado.
- O uso de contraceptivos orais também é considerado um
fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em
Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS),
embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados
controversos
• Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente:
- Incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e
obesidade após a menopausa e exposição à radiação
ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em
exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia
computadorizada).
- O tabagismo tem evidência de que ele aumenta também o
risco desse tipo de câncer.
- O risco devido à radiação ionizante é proporcional à dose e
à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação
ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a
tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou
mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem
em mulheres expostas a dezenas de exames de
mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do
câncer de mama.
• Fatores genéticos/hereditários:
- Estão relacionados à presença de mutações em
determinados genes transmitidos na família,
especialmente BRCA1 e BRCA2.
- Mulheres com histórico de casos de câncer de
mama em familiares consanguíneos, sobretudo
em idade jovem; de câncer de ovário ou de
câncer de mama em homem, podem ter
predisposição genética e são consideradas de
risco elevado para a doença.
Sinais e Sintomas do Câncer de Mama
• Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas
mulheres que têm câncer podem não apresentar
nenhum destes sinais e sintomas.
• É recomendável que a mulher conheça suas mamas,e
saiba reconhecer alterações para poder alertar o
médico.
• A melhor época do mês para que a mulher que ainda
menstrua avalie as próprias mamas para procurar
alterações é alguns dias após a menstruação, quando
as mamas estão menos ingurgitadas (inchadas).
• Nas mulheres que já estão na menopausa, este
autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.
• Nódulo único endurecido, fixo e geralmente indolor;
• Abaulamento de uma parte da mama;
• Edema (inchaço) da pele;
• Eritema (vermelhidão) na pele;
• Inversão do mamilo;
• Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
• Sensação de nódulo aumentado na axila;
• Espessamento ou retração da pele ou do mamilo( casca de 
laranja);
• Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
• Inchaço do braço.
• Dor na mama ou mamilo.
• Na grande maioria dos casos, a vermelhidão,
inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho
dos gânglios axilares representam inflamação ou
infecção (mastite, por exemplo), especialmente
se acompanhados de dor.
• Mas como existe uma forma rara de câncer de
mama que se manifesta como inflamação, estes
achados devem ser relatados ao médico da
mesma maneira, e a mulher deve passar por um
exame clínico, obrigatoriamente.
Prevenção
• A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em
função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da
doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis.
• De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de
risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles
considerados modificáveis.
• Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é
possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer
de mama.
• Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da
alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e
evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas
para prevenir o câncer de mama.
• A amamentação também é considerada um fator protetor.
• A terapia de reposição hormonal (TRH), quando estritamente
indicada, deve ser feita sob rigoroso controle médico e pelo mínimo
de tempo necessário
Detecção Precoce
• A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela
mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas
da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável
entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de
rastreamento). de mama pode ser detectado em fases iniciais, em
grande parte dos casos, aumentando assim as chances de
tratamento e cura.
• É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração
suspeita na mama.
• A orientação atual é que a mulher faça a observação e
a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para
tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação
do cotidiano).
• A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita
pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e
sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço
favorável entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de
rastreamento).
• A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que
mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia
a cada dois anos.
• Rotina adotada na maior parte dos países que
implantaram o rastreamento do câncer de mama e
tiveram impacto na redução da mortalidade por essa
doença.
• Os benefícios da mamografia de rastreamento incluem
a possibilidade de encontrar o câncer no início e ter um
tratamento menos agressivo, assim como menor
chance de morrer da doença, em função do tratamento
oportuno.
• A mamografia de rastreamento implica também em
certos riscos que precisam ser conhecidos.
• 1) Resultados incorretos:
- Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a
doença.
- Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
- Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera
falsa segurança à mulher.
• 2) Sobrediagnóstico e sobretratamento:
- ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,)
quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida.
- Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
• 3) Exposição aos Raios X:
- raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais
frequente é a exposição.
- A mamografia diagnóstica, com finalidade de investigação de lesões suspeitas da
mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.
- A mulher que tem risco elevado de câncer de mama* deve conversar com o
médico para avaliar a particularidade de seu caso e definir a conduta a seguir.
- *Mulheres consideradas de risco elevado para o câncer de mama são aquelas que
tem os seguintes históricos de câncer em familiares consanguíneos:
- vários casos de câncer de mama, sobretudo em idade jovem;
- histórico de câncer de ovário;
- histórico de câncer de mama em homem
Fisioterapia no Pré ePós Operatório 
do Câncer de Mama
• A fisioterapia precoce tem como objetivos:
- prevenir complicações;
- promover adequada recuperação funcional;
- propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à
cirurgia para tratamento de câncer de mama.
• O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do
câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante
o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e
hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na
recidiva da doença e nos cuidados paliativos.
• Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as
necessidades do paciente, os sintomas e suas causas e o impacto
desses nas atividades de vida diária.
• Deve ser instituído tratamento fisioterapêutico sempre que
necessário, visando minimizar e prevenir as possíveis sequelas.
• Pré operatório
- A atuação do fisioterapeuta pode ser iniciada no pré-operatório,
objetivando :
- conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores
de risco para as complicações pós-operatórias.
- Nesse momento as pacientes tem oportunidade de falar sobre suas
ansiedades, tirar duvidas sobre curativos, pontos e movimentação do
braço.
- Ainda no pré-operatório, a notícia sobre a doença e intervenção
cirúrgica, leva à paciente inconscientemente adotar posturas de tensão
muscular na região do pescoço e ombros.
- Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença
de alterações posturais e tensionais, avalie a função do ombro e a força
muscular dos braços e oriente a paciente como será o acompanhamento
no pós-operatório e a identificar possíveis complicações.
• Pós-operatório
- O pós-operatório é marcado por dificuldade na movimentação do
braço, do ombro e por dor.
- A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas
blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã.
- Limitação é causada pela dor e devido à tração da pele e dos
músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação
cirúrgica.
- Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento,
queimação ou dormência no braço e na axila e na mama.
- O objetivo da fisioterapia é:
- restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações
respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema,
cicatrizes, fibroses e aderências.
- Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas
pelo seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos por ele.
• O pós-operatório imediato é o período logo após o término 
da cirurgia, nessa fase objetiva-se identificar alterações 
neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença 
de sintomatologias álgicas, edema linfático precoce e 
alterações na dinâmica respiratória. 
• O fisioterapeutairá orientá-la a posicionar o braço na cama 
com o auxílio de travesseiros e orientar exercícios leves 
para o braço e exercícios respiratórios. 
• Nessa fase os exercícios respiratórios são muito 
importantes, eles te ajudarão a recuperar a função 
pulmonar e prevenir complicações respiratórias.
• O uso do sutiã compressivo é muito importante! Ele ajuda 
a pele a colar e evita o inchaço na mama e tórax. 
• Se não houver complicações pós-operatórias em alguns dias o paciente estará de 
alta hospitalar, e irá para casa com os pontos e com os drenos.
• Nas primeiras semanas, provavelmente o paciente ainda estará com o dreno 
aspirativo e com os pontos (as vezes o dreno já é retirado antes da alta hospitalar), 
portanto você não deve levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória 
não abra. 
• As vezes o médico pode liberar a movimentação total do braço de acordo com seu 
limite de dor. Após o 15º dia de operação, sem complicações pós-operatórias, 
serão retirados os pontos. 
• A movimentação total dos braços agora será liberada. Essa é a fase em que o 
paciente será encaminhada para o consultório de fisioterapia.
• Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. 
• Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força 
muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática. 
• Trabalhamos a cicatriz.
• A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do 
braço, previne aderências e disfunções.
• O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você 
prosseguir com o seu tratamento.
COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO:
• As principais complicações são dor, dificuldade
para movimentar o ombro, inchaço no braço e
alteração da sensibilidade na parte interna e
superior do braço (formigamento, anestesia,
choque, dormência etc.).
• Para todas essas complicações, existem
orientações que podem prevenir, diminuir ou
melhorar os sintomas.
ALONGAMENTOS
• Os alongamentos devem ser iniciados após o
fechamento da cicatriz, ou após a recomendação de
um profissional de sua equipe de saúde (médico,
fisioterapeuta ou enfermeiro).
• Eles podem ser realizados em qualquer lugar: em casa,
no trabalho, na rua, no carro.
• O ideal é fazê-los pela manhã, ao acordar; à noite,
antes de dormir, e durante as suas atividades.
• Os alongamentos (movimentos) devem ser mantidos
por aproximadamente 15 segundos.
• Começar devagar, dentro dos seus limites.
• NÃO fazer movimentos bruscos e rápidos.
PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
• Primeiros dias após a cirurgia (até a retirada
dos pontos)
Posição no leito: Logo após a cirurgia,
mantenha o braço do lado da mama operada
apoiado sobre um travesseiro para que ele
fique um pouco mais alto que o ombro.
Para se sentar na cama: Vire para o lado
contrário ao da cirurgia; Dobre os joelhos e
coloque-os para fora da cama; Apóie-se no
cotovelo para levantar o tronco. Não se
esqueça dos drenos.
Voltando a caminhar e a atividades do dia-a-dia:
- Assim que for possível sair da cama, procurar
caminhar de forma bastante natural, com os
braços soltos ao lado do corpo e a coluna reta.
- Procurar usar os braços para se pentear, lavar o
rosto, comer, se vestir etc.
- Pode começar a fazer algumas atividades
domésticas, tomando cuidado para não se
machucar, e em pequenas quantidades.
- Neste momento, não vale a pena exagerar.
Exercícios iniciais: 
- Neste momento do tratamento, eles não
devem ser intensos a ponto de provocar dor
ou deixá-la muito cansada.
- Fazer os exercícios com poucas repetições e
bem lentamente.
- É importante praticá-los várias vezes ao dia.
• Coloque as mãos sobre a barriga e respire
bem fundo, puxando o ar pelo nariz e
soltando-o pela boca. Eleve a barriga ao puxar
o ar e comprima-a suavemente quando soltar
o ar.
• Sentada, levante e abaixe os ombros
vagarosamente. Depois, fazer o mesmo
movimento, com um ombro de cada vez.
• Fazer movimentos em círculos com a cabeça
para um lado e para o outro, para frente e
para trás.
Cuidados com a postura:
- Nunca erga objetos do chão com as pernas
esticadas.
- Dobre os joelhos e abaixe-se para pegá-los
 Para levantar da cadeira:
- ponha um pé à frente, fique na ponta da
cadeira e levante fazendo força com as pernas
(apóie os braços na cadeira, mas sem fazer força
neles.
 Quando estiver sentada:
- Encostar as costas totalmente no encosto da 
cadeira, deixando-a bem reta. 
- Não deixar os pés no ar, use um apoio no 
chão, se necessário.
Quando estiver fazendo alguma atividade em 
pé:
- Procurar deixar o pé em um apoio, trocando o 
lado de vez em quando.
 Dirigir:
- Quando você se sentir segura, sem dor e após a retirada dos
pontos, você pode começar a dirigir.
- A direção deverá ser retomada em pequenos trajetos e,
conforme adquira confiança, vá aumentando o percurso.
 Esportes:
- Os esportes competitivos não são indicados até a
recuperação total e por um longo período após a cirurgia, pois
requerem muita carga e velocidade.
- O mesmo serve para os jogos com bola, por serem
agressivos.
- Os esportes como natação, ginástica, corrida etc. podem
ser iniciados após completar o processo de cicatrização.
Após a retirada dos pontos:
- Após o fechamento da cicatriz, é hora de
começar a fazer movimentos completos do
braço.
- No início, pode sentir repuxamentos e
desconfortos na região operada, mas com a
prática diária de exercícios, vai se sentir cada
vez melhor.
EXERCÍCIOS
• Segurando as mãos, tente esticar os braços
para trás. Ser prefirir, pode segurar uma
toalha ou bastão para facilitar o movimento.
Faça este movimento deitada, sentada e em
pé.
• Sentada, colocar as mãos atrás da cabeça e
incline o seu corpo para um lado e depois para
o outro.
• Com a mão apoiada na cintura, elevar o braço
do lado operado, por cima da cabeça, tocando
com os dedos a orelha do lado oposto.
• Colocar as palmas das mãos para dentro,
juntar as pernas e elevar os braços, o máximo
que conseguir, acima da cabeça, sem dobrar
os cotovelos.
CÂNCER DE BEXIGA
• A bexiga é um órgão flexível, de paredes musculares,
localizado na pelve.
• A sua principal função é armazenar urina antes de ser
eliminada do corpo. A urina é produzida pelos rins e
transportada até a bexiga através dos ureteres.
• Durante a micção, os músculos da bexiga se contraem
e a urina é eliminada pela uretra.
• Nas mulheres, a uretra é um tubo curto localizado
acima da vagina. Nos homens, a uretra é mais longa, e
passa através da próstata e do pênis.
• A parede da bexiga é formada por várias camadas.
• O interior do ureter, bexiga, uretra, e partes do rim são
revestidos por uma camada de células chamadas células
uroteliais ou de transição, assim a camada mais interna é
conhecida como urotélio ou epitélio de transição.
• Debaixo do urotélio tem uma fina camada de tecido
conjuntivo chamada lâmina própria.
• A camada seguinte é de tecido muscular denominada
muscular própria.
• Além deste músculo, outra zona de tecido conjuntivo
adiposo separa a bexiga dos órgãos adjacentes.
• Estas camadas são muito importantes para a compreensão
do câncer de bexiga já que a maioria dos cânceres de
bexiga começa no urotélio.
• Há três tipos de câncer que começam nas células que
revestem a bexiga.
• A classificação se dá de acordo com as células que
sofrem a alteração maligna:
• Carcinoma de células de transição: representa a
maioria dos casos e começa nas células do tecido mais
interno da bexiga.
• Carcinoma de células escamosas: afetam as células
delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois
de infecção ou irritação prolongadas.
• Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de
secreção) que podem se formar na bexigadepois de
um longo tempo de irritação ou inflamação
• Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento
da bexiga, é chamado de superficial.
• O câncer que começa nas células de transição pode se
disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a
parede muscular e disseminar-se até os órgãos
próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num
câncer invasivo.
• Estimativa de novos casos: 9.670, sendo 7.200 em
homens e 2.470 em mulheres (2016 - INCA)
• Número de mortes: 3.642, sendo 2.542 homens
e 1.099 mulheres (2013 - SIM)
FATORES DE RISCO 
• Tabagismo;
• Inflamação e irritação crônica;
• Infecções e estase urinária;
• Urina negra 
SINAIS E SINTOMAS 
• Hematúria(sangue na urina);
• Disúria(dor ou ardência a urinar);
• polaciúria e urgência(aumento na frequência de 
urina não relacionado a volume);
• Infecção urinária;
• Cistite(infecção bacteriana na bexiga ou no trato 
urinário);
• Nefrolitíase(cálculo renal);
• Dor e obstrução de vias urinárias;
• Febre 
DIAGNÓSTICO 
• USG de vias urinárias;
• Cistoscopia(; investigação interna da bexiga
por um instrumento dotado de câmera).
Durante a citoscopia podem ser retiradas
células para biópsia e até mesmo todo o
tumor.
• Citologia da urina;
• TC e RNM;
• Cintilografia óssea e RX
Prevenção
• Dieta rica em frutas, legumes e verduras e
pobre em gorduras, principalmente as de
origem animal, estão na base de uma vida
saudável e deve ser mantida por quem quer
afastar fatores que podem facilitar o
desenvolvimento de vários tipos de câncer.
• Homens brancos e de idade avançada são o
grupo com maior probabilidade de
desenvolver esse tipo de câncer.
TRATAMENTO 
• As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da
doença.
• A cirurgia pode ser de três tipos:
• ressecção transuretral (quando o médico remove todo o tumor
durante o exame chamado citoscopia);
• cistotectomia segmentada (retirada de uma parte da bexiga);
• cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior
construção de um novo órgão para armazenar a urina).
• Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar
quimioterapia para eliminar células cancerosas que possam ter
caído na corrente sanguínea.
• A radioterapia, que pode ser externa ou interna (introduzida no
organismo por injeções ou sementes radioativas).
• Reabilitação.
CÂNCER DE PRÓSTATA
PRÓSTATA
- A próstata é uma glândula que só o homem
possui e que se localiza na parte baixa do abdômen.
- É um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã
e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto.
- Envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual
a urina armazenada na bexiga é eliminada.
produz parte do sêmen.
• No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás
apenas do câncer de pele não-melanoma).
• Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum
e o segundo mais incidente entre os homens.
• A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países
em desenvolvimento.
• Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já
que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
• O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente
justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na
qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de
vida.
• Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros
órgãos e podendo levar à morte.
• A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para
atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde
do homem.
• Estimativa de novos casos: 61.200 (2016 - INCA)
Número de mortes: 13.772 (2013 - SIM)
• O tamanho da próstata varia com a idade.
• Em homens mais jovens, tem aproximadamente o tamanho de uma noz,
podendo ser muito maior em homens mais velhos.
• Sua função é produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides
no sêmen., tornando-o mais líquido.
• Logo atrás da próstata, estão as glândulas denominadas vesículas
seminais, que produzem a maior parte do fluido para o sêmen.
• A uretra, que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo através do
pênis, atravessa o centro da próstata.
• A próstata começa a se desenvolver antes do nascimento, aumentando
pouco durante a puberdade, estimulada pelos hormônios masculinos,
denominados andrógenos no corpo.
• O principal andrógeno é a testosterona, que é produzida nos testículos.
Sobre o Câncer de Próstata
• Vários tipos de células são encontradas na próstata, mas quase
todos os cânceres se desenvolvem a partir das células da glândula.
• As células da próstata produzem o líquido prostático que é
adicionado ao sêmen.
• O câncer que começa nas células da glândula é o adenocarcinoma.
• Outros tipos de cânceres também pode começar na glândula
prostática, incluindo sarcomas, carcinomas de pequenas células e
carcinoma de células transicionais, mas são muito raros.
• Alguns tipos de câncer de próstata podem crescer e se espalhar
rapidamente, mas a maioria se desenvolve lentamente.
• Estudos de autópsia mostram que muitos homens mais velhos, e
até mesmo alguns homens mais jovens, que morreram de outras
doenças também tiveram câncer de próstata sem que nenhum sinal
ou sintoma fosse apresentado.
• Em muitos casos, nem eles nem seus médicos sabiam da existência
da doença.
Hiperplasia Prostática Benigna
• A parte interna da próstata (ao redor da uretra), continua crescendo
quando os homens envelhecem, o que pode levar a uma condição
comum denominada hiperplasia prostática benigna.
• Nessa condição, o tecido da próstata pode pressionar a uretra,
provocando problemas na passagem da urina.
• A hiperplasia prostática benigna não é câncer e não se transforma
em câncer.
• Mas pode ser um problema clínico importante para alguns homens.
• Se for necessário tratamento, os medicamentos podem ser
utilizados para reduzir o tamanho da próstata ou para relaxar a
musculatura, o que geralmente ajuda o fluxo normal de urina.
• Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma cirurgia,
como a ressecção transuretral da próstata.
Causas do Câncer de Próstata
• A causa exata da maioria dos cânceres de próstata não é conhecida, mas 
os pesquisadores descobriram alguns fatores de risco e estão tentando 
entender como esses fatores tornam as células prostáticas em cancerosas.
• Nos últimos anos, os pesquisadores começaram a entender como algumas 
mutações no DNA das células podem fazer com que as células normais da 
próstata se desenvolvam de maneira anormal formando o câncer.
• O DNA contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento 
e funcionamento de todas as células.
• Entretanto, o DNA também pode influenciar o risco de desenvolver certas 
doenças, como alguns tipos de câncer. 
• Alguns genes contêm instruções para controlar o crescimento e divisão 
das células.
• Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. 
• Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a morte no 
momento certo são chamadas de genes supressores de tumor. 
• Os cânceres podem ser causados ​​por alterações
do DNA que se transformam em oncogenes ou
desativam os genes supressores de tumor.
• Estas alterações genéticas podem ser herdadas
de um dos pais, como é o caso das leucemias
infantis, ou podem ser adquiridas durante a vida
de uma pessoa, se as células do corpo
cometerem "erros”, se dividindo para formar
duas novas células.
• As alterações no DNA podem ser hereditárias ou
adquiridas ao longo da vida.
• Mutações Hereditárias no DNA
- As alterações hereditárias no DNA de determinadosgenes são responsáveis
por cerca de 5% a 10% dos casos de cânceres de próstata.
- Vários genes mutantes podem ser responsáveis ​​pela tendência hereditária
de um homem desenvolver câncer de próstata.
- Um deles é o chamado câncer de próstata hereditário - 1 (HPC1).
- Mas existem muitas outras mutações genéticas que podem ser
responsáveis ​​por alguns casos de câncer de próstata hereditário.
- Mas, nenhum deles é uma das principais causas da doença e mais
pesquisas sobre estes genes estão em andamento.
- Os testes genéticos ainda não estão disponíveis.
- Homens com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 também podem
aumentar o risco do câncer de próstata.
- As mutações nesses genes geralmente causam câncer de mama e de ovário
em mulheres.
- Mas, as mudanças no BRCA hereditário, provavelmente, representam
apenas uma porcentagem pequena dos cânceres de próstata.
• Mutações Adquiridas no DNA
- A maioria das mutações no DNA relacionadas ao câncer de próstata parecem ser
adquiridas ao longo da vida, em função dos erros que ocorrem quando uma célula se
divide para formar duas novas células.
- Não está claro se essas mudanças no DNA podem ser eventos aleatórios, e quantas
vezes elas podem ser influenciadas por outros fatores, como dieta e hormônios.
- Em geral, as células da próstata que crescem e se dividem mais rapidamente têm
uma maior probabilidade de que ocorram mutações.
- O desenvolvimento do câncer de próstata pode estar ligado ao aumento das taxas
de determinados hormônios.
- Níveis elevados de andrógenos (hormônios masculinos, como a testosterona)
promovem o crescimento celular da próstata e podem contribuir para o risco de
câncer de próstata em alguns homens.
- Alguns estudos mostraram que homens com níveis elevados de outro hormônio, o
fator de crescimento da insulina 1 (IGF-1), são mais propensos ao câncer de próstata.
- O IGF-1 é similar a insulina, mas afeta o crescimento celular e não o metabolismo do
açúcar.
- No entanto, outros estudos não encontraram uma ligação entre o IGF-1 e o câncer
de próstata.
- A exposição às radiações ou substâncias cancerígenas pode causar mutações no DNA
em muitos órgãos do corpo, mas esses fatores não foram comprovados como
importantes causas de mutações em células da próstata.
Sinais e Sintomas do Câncer de 
Próstata
 O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não causa sintomas,
enquanto em estágio avançado pode causar alguns, por exemplo:
• Micção frequente.
• Fluxo urinário fraco ou interrompido.
• Impotência.
• Vontade de urinar frequentemente à noite.
• Sangue no líquido seminal.
• Dor ou ardor durante a micção.
• Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
• Perda do controle da bexiga ou intestino devido a pressão do tumor sobre 
a medula espinhal. 
 Se a doença se disseminou, o homem pode apresentar sintomas como dor 
nas costas, quadris, coxas, ombros ou outros ossos.
 A hiperplasia prostática também causam os mesmos sintomas(INFORMAR 
AO MÉDICO).
Diagnóstico do Câncer de Próstata
• A maioria dos cânceres de próstata são 
diagnosticados no momento do rastreamento 
com o antígeno prostático específico (PSA) no 
sangue ou durante o exame de toque retal.
• Histórico Clínico e Exame Físico
- Em caso de suspeita de câncer de próstata, o médico realizará o
exame físico, incluindo o exame de toque retal.
- O exame de toque retal se realiza para poder saber a consistência da
próstata, o tamanho e se existem lesões palpáveis através do reto na
glândula.
- O exame de toque também é utilizado junto com o PSA (antígeno
prostático específico) na suspeita de o câncer de próstata.
- O médico também lhe fará perguntas sobre sintomas como
problemas urinários ou dor óssea, o que poderia sugerir que o câncer
se disseminou para os ossos.
- Se certos sintomas ou os resultados dos exames de detecção precoce
sugerirem a presença do câncer de próstata, o médico solicitará uma
biópsia para um diagnóstico final.
• Toque Retal;
• Dosagem sérica do PSA;
• Ultra-sonografia Transretal com BX;
• RX Esqueleto (lesões blásticas);
• Cintilografia Óssea;
• TC Abdominopélvica;
• RNM (T e N) e Espectroscopia por RNM;
• Urografia excretora;
TRATAMENTO 
• Conduta expectante e vigilância ativa do 
câncer;
• Tratamento cirúrgico;
• Tratamento radioterápico;
• Criocirurgia;
• Hormonioterapia;
• Quimioterápico;
Conduta Expectante e Vigilância Ativa 
do Câncer de Próstata
• Como o câncer de próstata geralmente cresce de forma lenta,
alguns homens, especialmente os mais velhos ou os que têm outros
problemas importantes de saúde, muitas vezes não iniciam
imediatamente o tratamento contra o câncer de próstata.
• Nesses casos, os médicos recomendam abordagens conhecidas
como conduta expectante, observação vigilante ou vigilância ativa.
• Vigilância Ativa - O paciente é acompanhado de perto, fazendo
exames regulares de PSA, exames de toque retal e ultrassonografias
em intervalos regulares de tempo. Biópsias poderão ser realizadas,
para verificar a evolução da doença. Mas, se a qualquer momento
for constatado o crescimento do tumor ou alguma alteração com
base nos resultados dos exames de acompanhamento, o
tratamento é iniciado.
• Conduta Expectante - É algumas vezes utilizada para descrever um
acompanhamento menos intensivo, o que pode significar menos
exames, dependendo das alterações nos sintomas, para decidir se o
tratamento é necessário
• Com a vigilância ativa, a doença será cuidadosamente monitorada. Normalmente, essa
abordagem inclui consulta médica, exame do PSA e exame de toque retal a cada 3 - 6
meses. Biópsias transretais de próstata guiada por ultrassom podem ser realizadas
anualmente.
• O tratamento poderá ser iniciado se o tumor crescer, baseado nos resultados do PSA ou
alterações no exame de toque retal, resultados dos exames de imagem ou da biópsia.
• Na biópsia, um aumento na graduação de Gleason ou na extensão do tumor (baseado
no número de amostras da biópsia que contém a doença) são sinais para que o
tratamento seja iniciado, geralmente radioterapia ou cirurgia.
• A vigilância ativa permite que o paciente seja observado por um tempo, tratando
apenas os homens cujos tumores estão aumentando.
• Isso permite que muitos homens evitem os efeitos colaterais do tratamento que não
aumentaria sua sobrevida. Uma possível desvantagem dessa abordagem é a chance da
doença se disseminar. Isso pode limitar as opções de tratamento e afetar a chance de
cura da doença.
• Essa abordagem pode ser recomendada se a doença não está causando nenhum
sintoma, se o tumor está se desenvolvendo lentamente (com base na graduação de
Gleason), é pequeno e está contido dentro da próstata.
• Esta abordagem não é uma boa opção se o tumor é de crescimento rápido (por
exemplo, tem uma graduação de Gleason alta) ou se já se disseminou (com base nos
níveis do PSA).
• A vigilância ativa, geralmente não é oferecida a homens jovens e com bom estado geral
de saúde, devido a possibilidade da doença se tornar um problema após 20 ou 30 anos.
Tratamento Cirúrgico 
• A prostatectomia radical é a cirurgia que visa a
cura do câncer de próstata.
• Ela é realizada na maioria das vezes se o
tumor está contido na glândula.
• O principal tipo de cirurgia para o câncer de
próstata é a prostatectomia radical.
• Nesta cirurgia é realizada a retirada de toda a
próstata, além de alguns dos tecidos à sua
volta, incluindo as vesículas seminais.
Criocirurgia
• A criocirurgia também denominada crioterapia ou crioablação é utilizada para 
tratar por congelamento o câncer de próstata localizado.
• Nesta abordagem, o médico insere várias sondas vazias através da pele entre o 
ânus e o escroto, guiado por ultrassom transretal. Esse procedimento é realizado 
com o paciente sob anestesia regional ou geral.
• Gases frios são inseridos​​através das agulhas, criando bolas de gelo que destroem 
a glândula prostática. 
• Para ter certeza que o tecido da próstata é destruído sem danos aos tecidos 
vizinhos, o médico acompanha as imagens pelo ultrassom. 
• Um cateter é mantido no lugar por cerca de 3 semanas após o procedimento para 
permitir que a bexiga esvazie enquanto o paciente se recupera.
• A criocirurgia é menos invasiva do que a prostatectomia radical. Entretanto, 
comparando-se o procedimento com a cirurgia ou radioterapia, ainda se sabe 
pouco sobre a eficácia a longo prazo da criocirurgia.
• As técnicas atuais de criocirurgia, orientadas por ultrassom e com monitoramento 
preciso da temperatura estão disponíveis há poucos anos. 
• Por esta razão, a maioria dos médicos não costumam utilizar a criocirurgia como a 
primeira opção de tratamento para o câncer de próstata.
• Às vezes é recomendada para tumores que recidivaram após outros tratamentos.
• Possíveis Efeitos Colaterais
• Os efeitos colaterais da criocirurgia tendem a ser piores se for realizada em
homens que já fizeram radioterapia.
• A maioria dos homens apresenta sangue na urina durante um dia ou dois após o
procedimento, bem como dor na área onde as agulhas foram colocadas.
• Inchaço no pênis ou escroto também é comum.
• O congelamento pode também afetar a bexiga e intestinos, o que pode levar à dor,
sensação de queimação e à necessidade de esvaziar a bexiga e o intestino
frequentemente, no entanto a maioria dos homens recupera a função intestinal e
da bexiga ao longo do tempo.
• O congelamento pode danificar os nervos próximos da próstata e causar
impotência em até 80% dos homens que fazem a criocirurgia.
• A disfunção erétil é mais comum após a criocirurgia do que após a prostatectomia
radical.
• A incontinência urinária é rara em homens que fazem a criocirurgia como primeira
opção de tratamento, mas é comum em homens que já fizeram radioterapia e
posteriormente criocirurgia.
• Uma fístula entre o reto e a bexiga pode se formar em menos de 1% dos homens
após a criocirurgia.
• Este problema raro, mas grave faz com que a urina vaze para o reto e, muitas vezes
requer uma cirurgia de reparação.
Estadiamento do Câncer de Próstata
• O estadiamento descreve aspectos do câncer, como
localização, se disseminou, e se está afetando as
funções de outros órgãos do corpo.
• Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do
tipo de tratamento e a prever o prognóstico da
paciente.
• O estadiamento do câncer de próstata é baseado
nos resultados da biópsia, incluindo a graduação de
Gleason, nível do PSA e quaisquer outros exames
de laboratório ou de imagem que foram realizados.
 Sistema de Estadiamento TNM
O sistema de estadiamento mais utilizado para o câncer de próstata 
é o sistema TNM, da American Joint Committee on Cancer (AJCC), 
que está baseado em 5 critérios:
• Extensão do tumor primário.
• Se o tumor se disseminou para os linfonodos próximos.
• Ausência ou presença de metástases à distância.
• Nível do PSA no momento do diagnóstico.
• Graduação de Gleason, com base na biópsia ou cirurgia da próstata.
 Existem dois tipos de estadiamento para o câncer de próstata:
• Estadiamento Clínico
• Estadiamento Patológico
• Estadiamento Clínico - É a melhor estimativa da extensão da doença, com
base nos resultados do exame físico (incluindo toque retal), exames de
laboratório, biópsia e quaisquer exames de imagem realizados.
• Estadiamento Patológico - Se a cirurgia foi realizada, seu médico também
pode determinar o estágio patológico, que é baseado na cirurgia e análise
do tecido retirado.
• Isto significa que após a cirurgia, o estadiamento da doença pode mudar.
• O estadiamento patológico é provavelmente mais preciso do que o
estadiamento clínico, pois permite que o médico tenha realmente a ideia
da extensão da doença.
• Esta é uma possível vantagem de fazer a cirurgia em vez da radioterapia
ou vigilância ativa.
 Ambos os tipos de estadiamento utilizam as mesmas categorias, mas a
categoria T1 não é utilizada para o estadiamento patológico.
 Tumor Primário (T)
• T1 - O médico não pode palpar o tumor ou vê-lo num exame de imagem.
• T1a - O tumor é diagnosticado por acaso, durante uma ressecção transuretral da
próstata, realizada para a hiperplasia prostática benigna. O tumor não representa
mais do que 5% do tecido retirado.
• T1b - O tumor é diagnosticado durante a ressecção transuretral da próstata, mas
representa mais do que 5% do tecido retirado.
• T1c - O tumor é diagnosticado por biópsia de agulha realizada devido a um
aumento do PSA.
• T2 - O médico pode palpar o tumor durante o exame de toque retal ou visualizá-lo
num exame de imagem, mas ainda parece estar confinado à próstata.
• T2a - O tumor está ocupando apenas a metade ou menos de um dos lados da
próstata.
• T2b - O tumor ocupa mais da metade de apenas um dos lados da próstata.
• T2c - O tumor está ocupando ambos os lados da próstata.
• T3 - O tumor se desenvolveu e começou se espalhar para além da próstata,
podendo chegar nas vesículas seminais.
• T3a - O tumor se estende além da próstata, mas não para as vesículas seminais.
• T3b - O tumor se disseminou para as vesículas seminais.
• T4 - O tumor se desenvolveu nos tecidos próximos à próstata, como esfíncter
uretral, reto, bexiga, e/ou parede da pelve.
 Linfonodos Regional (N)
• NX - Ausência de linfonodo comprometido.
• N0 - O tumor não se espalhou para os linfonodos.
• N1 - O tumor se espalhou para um ou mais linfonodos da 
pelve.
 Metástase à Distância (M)
• M0 - O tumor não se disseminou para os linfonodos 
próximos.
• M1 - O tumor se disseminou para os linfonodos.
• M1a - O tumor se disseminou para os gânglios linfáticos 
distantes.
• M1b - O tumor se disseminou para os ossos. 
• M1c - O tumor se disseminou para outros órgãos.
 Estágios do Câncer
• Estágio I - Tis, N0, M0, graduação de Gleason até 6, PSA menor que 10; ou T2a,
N0, M0, graduação de Gleason até 6, PSA menor que 10.
• Estágio IIA - T1, N0, M0, graduação de Gleason até 7, PSA menor que 20; T1, N0,
M0, graduação de Gleason até 6, PSA entre 10 - 20; ou T2a ou T2b, N0, M0,
graduação de Gleason até 7, PSA menor que 20.
• Estágio IIB - T2c, N0, M0, qualquer graduação de Gleason, qualquer PSA; T1 ou
T2, N0, M0, qualquer graduação de Gleason, PSA superior a 20; ou T1 ou T2,
N0, M0, graduação de Gleason 8 ou maior, qualquer PSA.
• Estágio III - T3, N0, M0, qualquer graduação de Gleason, qualquer PSA.
• Estágio IV - T4, N0, M0, qualquer graduação de Gleason, qualquer PSA;
qualquer T, N1, M0, qualquer graduação de Gleason, qualquer PSA; ou qualquer
T, qualquer N, M1, qualquer graduação de Gleason, qualquer PSA.
Prevenção
• Dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais
integrais, e com menos gordura, principalmente as de
origem animal;
• 30 minutos diários de atividade física;
• manter o peso adequado à altura;
• diminuir o consumo de álcool e não fumar.
• A idade é um fator de risco importante para o câncer de
próstata, uma vez que tanto a incidência como a
mortalidade aumentam significativamente após os 50
anos.
• Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos
pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes
comparado à população em geral, podendo refletir tanto
fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares
ou estilo de vida de risco de algumas famílias.
Metástases do Câncer de Próstata
• Se o nível do PSA indica que o câncer da próstata não foi curado ou recidivou, após
o tratamento inicial, um tratamento posterior pode ser uma opção, mas
dependerá da localização da metástase e dos tratamentos já realizados.
• Exames de imagem, de estadiamento, como tomografia computadorizada,
ressonância magnética e cintilografia óssea devem ser realizados antes de definir o
novo tratamento.• Se o tumor ainda está localizado na próstata, é possível, uma segunda tentativa de
tratamento curativo.
• No caso de uma prostatectomia radical, a radioterapia pode ser uma opção,
algumas vezes associada a hormonioterapia.
• Se o primeiro tratamento foi a radioterapia, as opções terapêuticas incluem a
criocirurgia ou prostatectomia radical, mas quando a prostatectomia é realizada
depois da radioterapia, esta não apresenta um risco para efeitos colaterais, como a
incontinência urinária.
• Repetir a radioterapia geralmente não é uma opção devido ao aumento da
probabilidade de efeitos colaterais importantes, embora em alguns casos a
braquiterapia seja a opção para um segundo tratamento.
• Se a doença se disseminou, o local mais provável são os linfonodos, e, em seguida,
os ossos.
• Com menos frequência se espalha para o fígado ou outros órgãos
Prostatectomia
• Prostatectomia é a remoção cirúrgica de parte
ou toda a próstata.
• É realizada em casos de tumores (câncer de
próstata) e quando a próstata se torna muito
grande (hiperplasia benigna de próstata), a
ponto de restringir o fluxo de urina através da
uretra.
Prostatectomia radical 
• A prostatectomia radical é a cirurgia que visa a cura do câncer de 
próstata. Ela é realizada na maioria das vezes se o tumor está 
contido na glândula.
• Nesta cirurgia é realizada a retirada de toda a próstata, além de 
alguns dos tecidos à sua volta, incluindo as vesículas seminais.
• Tipos de Prostatectomia Radical:
Prostatectomia Radical Retropúbica;
Prostatectomia Radical Perineal;
• Tipos de Prostatectomia Radical por Laparoscopia:
Prostatectomia Radical por laparoscopia;
Prostatectomia Radical por laparoscopia assistida por robótica
• Ressecção Transuretral da Próstata
Prostatectomia Radical Retropúbica
• Esta é a cirurgia realizada pela maioria dos cirurgiões. 
• Este procedimento é feito com anestesia geral, 
anestesia raquidiana ou peridural com sedação.
• Nesta técnica, o cirurgião faz uma incisão na pele na 
parte inferior do abdome, do umbigo até o osso 
púbico. 
• Se, existe uma chance razoável, baseado nos resultados 
do PSA, toque retal e da biópsia, o cirurgião remove os 
linfonodos localizados em torno da próstata.
• O cirurgião dará atenção para os dois feixes de nervos minúsculos
que correm a cada lado da próstata, e que controlam as ereções.
• Se o tumor se desenvolveu dentro ou muito perto desses nervos, o
cirurgião terá que removê-los.
• Se ambos são removidos, o paciente se torna impotente,
precisando de ajuda (como medicamentos ou bombas) para ter
ereções.
• Caso seja necessária a remoção desses nervos em apenas um dos
lados, ainda haverá uma pequena chance de o paciente ter ereções
• Se os nervos não foram afetados pela doença serão poupados, e
dentro de alguns meses a um ano após a cirurgia o paciente voltará
a ter ereção.
• Após a cirurgia, é mantido um cateter no pênis, durante 1 - 2
semanas, para drenar a bexiga. Quando o cateter é retirado, o
paciente volta a urinar normalmente
Prostatectomia Radical Perineal
• Nesta cirurgia, o cirurgião faz a incisão na pele
entre o ânus e o escroto (períneo).
• Esta abordagem é usada com menos frequência,
porque não há como poupar os nervos, e os
gânglios linfáticos não podem ser removidos.
• No fim do ato cirúrgico um cateter é inserido no
pênis para ajudar a drenar a bexiga.
• O cateter geralmente permanece no local por 1 a
2 semanas, e após a remoção do mesmo o
paciente volta a urinar normalmente.
• Riscos Cirúrgicos:
pequeno risco de infarto; derrame e de 
trombose em pernas (embolia pulmonar); 
infecção no local da incisão.
• Efeitos Colaterais:
incontinência urinária e a impotência. 
Ressecção Transuretral da Próstata
• Este procedimento é mais comumente usado para tratar homens
com hiperplasia prostática benigna, um aumento não cancerígeno
da próstata.
• A ressecção transuretral da próstata não é utilizada para a cura do
câncer de próstata, mas às vezes é realizada em homens com
doença avançada para ajudar a aliviar os sintomas, como problemas
de micção.
• Neste procedimento, é utilizado um ressectoscópio para retirar a
parte interior da glândula da próstata, que envolve a uretra.
• Quando o instrumento está posicionado, o laser ou corrente
elétrica é acionado, aquecendo o fio para ressecar ou vaporizar o
tecido.
• O procedimento é feito sob anestesia regional ou geral.
• O procedimento é realizado normalmente em uma hora.
• Após o procedimento, um cateter é inserido através do pênis no
interior da bexiga, para drenar a urina.
• O tempo de hospitalização é geralmente de 1 - 2 dias e o paciente
pode retornar as suas atividades normais em 1 - 2 semanas.
CANCÊR DE PÊNIS
• O pênis é o órgão sexual masculino e parte do sistema urinário.
• É formado por dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
• Em sua extremidade, observa-se uma fenda, que é a terminação da uretra,
canal este que escoa o esperma e a urina.
• Ele contém vários tipos de tecidos, incluindo a pele, nervos, músculo liso e
vasos sanguíneos.
• O pênis está dividido em três partes: a cabeça, chamada glande, é a parte
mais sensível do pênis.
• Enquanto ele está flácido, a glande se encontra envolvida por uma pele
chamada prepúcio, que serve para proteger a parte sensível do pênis do
ambiente externo e está unida à parte inferior do pênis por uma estrutura
chamada freio.
• O prepúcio é muitas vezes removido em meninos pequenos por um
procedimento cirúrgico denominado circuncisão.
• Quando um homem tem uma ereção, os nervos sinalizam ao seu corpo para
armazenar sangue nos vasos dentro do corpo cavernoso.
• À medida que o sangue enche as câmaras, o corpo esponjoso expande-se,
fazendo com que o pênis se alongue e endureça. Após a ejaculação, o fluxo de
sangue diminui nos corpos cavernosos e o pênis torna-se macio novamente
Câncer de Pênis
• O câncer de pênis é um tumor raro no mundo, porém no Brasil tem
incidência relativamente elevada, representando aproximadamente
2% dos tumores malignos dos homens.
• Maior incidência em homens a partir de 50 anos, embora possa
atingir também os mais jovens.
• Este tumor está relacionado ás regiões de baixo nível sócio-
econômico e de instrução, a más condições de higiene e/ou
infecção pelo HPV e a homens que não se submeteram à
circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a
“cabeça” do pênis). FIMOSE
• As secreções retidas em torno da glande são o fator etiológico mais
provável da doença.
• O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer
peniano.
• Uma constatação a favor do papel da fimose como predisponente é
o fato de que pessoas circuncidadas ao nascer ou na infância não
desenvolvem a doença com a mesma frequência que os não-
operados. No entanto, a cirurgia da fimose na vida adulta não
previne o câncer de pênis.
Tumores Benignos do Pênis
• As principais alterações benignas do pênis são
lesões que se assemelham a verrugas ou
manchas de pele, que são mais
frequentemente encontradas na glande ou no
prepúcio, mas podem também ocorrer ao
longo do pênis.
 Os principais tumores benignos do pênis são:
• Condilomas - Os condilomas são tumores benignos, que se
assemelham a uma verruga comum. Eles são causados por infecção
pelo papiloma vírus humano (HPV).
• Papulose Bowenoide - Na papulose bowenoide, as células displásicas
são vistas apenas na camada superficial da pele do pênis. Esta
condição é visível como pequenas manchas avermelhadas, similares a
uma espinha no corpo do pênis. A papulose bowenoide pode ser
confundida com o estágio inicial do carcinoma in situ, mas a maioria
dos médicos concorda que é apenas uma condição pré-cancerosa. A
papulose bowenoide tende a ocorrer em homens mais jovens
O tumor benigno geralmente não trazriscos para o organismo, pois se
limita ao tecido atingido, no entanto, em alguns casos um tumor benigno
pode transformar-se em maligno.
Tipos de Câncer de Pênis
 Carcinoma de Células Escamosas
• Quase 95% dos casos de câncer de pênis se iniciam nas células escamosas,
em qualquer região do pênis.
• A maioria destes tumores é encontrada no prepúcio ou sobre a glande e
são de crescimento lento. Se forem diagnosticados em estágio inicial, a
chance de cura é muito alta.
• Carcinoma In Situ - É considerado o estágio inicial do câncer de pênis de
células escamosas. Neste estágio, as células cancerígenas são encontradas
apenas na superfície da pele. O carcinoma in situ da glande é às vezes
denominado eritroplasia de Queyrat. Quando detectado no corpo do pênis
ou outras partes dos órgãos genitais é denominado doença de Bowen.
• Carcinoma Verrucoso - É uma forma rara de tumor de células escamosas e
pode ocorrer em muitas áreas da pele. O carcinoma verrucoso, também
conhecido como tumor de Buschke-Lowenstein, se parece muito com uma
verruga genital benigna. Estes tumores têm crescimento lento, mas às vezes
podem apresentar um crescimento rápido. Eles podem se disseminar para
os tecidos adjacentes, mas raramente se espalham para outros órgãos.
 Melanoma
• O melanoma é um tipo de câncer de pele que começa nos
melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele e
proteção do sol.
• Esses tumores tendem a crescer e se disseminar rapidamente e são
mais agressivos do que outros tipos de câncer de pele.
• Os melanomas são mais frequentemente encontrados em peles
expostas ao sol e raramente ocorrem em outras áreas do corpo.
• Apenas uma pequena porcentagem dos cânceres de pênis são
melanomas.
 Carcinoma Basocelular
• O carcinoma basocelular é outro tipo de câncer de pele que pode se
desenvolver no pênis, representando uma pequena porcentagem dos
casos de câncer peniano.
• Este tipo de tumor é de crescimento lento e raramente se dissemina
para outras partes do corpo.
 Adenocarcinoma (Doença de Paget do Pênis):
• O adenocarcinoma é um tipo muito raro de câncer de pênis que se
desenvolve a partir das glândulas sudoríparas da pele do pênis,
podendo ser difícil distingui-los do carcinoma in situ. Inicialmente, as
células cancerígenas se disseminam pela pele, depois podem invadir
o tecido subcutâneo, e em seguida, se disseminam para os nódulos
linfáticos.
 Sarcoma
• Uma pequena porcentagem dos tumores de pênis se desenvolve a
partir dos vasos sanguíneos, músculo ou outras células do tecido
conjuntivo do pênis e são denominadas sarcomas.
Prevenção
• Prevenir o câncer de pênis significa evitar os fatores de
risco que aumentam as chances de desenvolver a
enfermidade.
• Parte da carga de prevenção do câncer de pênis
encontra-se com o indivíduo, que deve adotar
comportamentos que minimizem o risco e ocorrência
da doença, e maximizem os estados de saúde.
• Para prevenir o câncer de pênis é necessário fazer a
limpeza diária com água e sabão, principalmente após
as relações sexuais e a masturbação.
• Tanto o homem circuncidado como o não-circuncidado
reduzem as chances de desenvolver esse tipo de
câncer se tiverem bons hábitos de higiene.
• Utilização de preservativo.
Fatores de Risco 
• Infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV);
• Circuncisão - A circuncisão remove o prepúcio, procedimento é
mais frequentemente realizado em lactentes, podendo ser feito
mais tarde. Quando realizada na infância, parece proteger contra o
câncer de pênis. Os homens circuncidados quando crianças têm
menor chance de desenvolver câncer de pênis do que aqueles não
circuncidados. Alguns estudos ainda sugerem um maior risco de
câncer de pênis em homens circuncidados quando adultos. As
razões para isso não são claras, mas podem estar relacionadas a
outros fatores de risco conhecidos.
• Fimose - Em homens não circuncidados, o prepúcio pode, por
vezes, tornar-se apertado e difícil de retrair. Esta condição é
conhecida como fimose. O câncer de pênis é mais comum em
homens com fimose. A razão para isto ainda não é clara. A fimose
pode, muitas vezes, ser evitada retraindo-se o prepúcio ao lavar o
pênis.
• Esmegma - Às vezes secreções podem acumular-se sob o prepúcio intacto.
Se esta área não estiver bem limpa, estas secreções acumuladas se
transformam em esmegma, uma substância espessa e mal cheirosa. Ela é
composta de secreções oleosas da pele, juntamente com as células mortas
da pele e bactérias. É mais comum em homens com fimose, mas pode
ocorrer em qualquer pessoa com prepúcio, se este não é regularmente
recolhido para limpar a glande. A maioria dos especialistas acredita que o
esmegma em si, provavelmente não causa câncer de pênis, mas pode
irritar e inflamar o pênis, o que pode aumentar o risco da doença.
• Tabagismo - Fumantes são mais propensos a desenvolver câncer de pênis
do que aqueles que não fumam. Fumantes que têm infecções pelo HPV
têm um risco ainda maior. Fumar expõe seu corpo a muitos produtos
químicos causadores de câncer. Estas substâncias nocivas são inaladas
para os pulmões, onde são absorvidas para a corrente sanguínea e
transportadas por todo o corpo. Pesquisadores acreditam que estas
substâncias danificam o DNA das células do pênis, o que pode levar ao
desenvolvimento do câncer de pênis.
• Tratamento de Psoríase com Luz UV - Os homens com
psoríase tratados com medicamentos denominados
psoralenos, seguidos de exposição a uma fonte de luz
ultravioleta A (UVA) têm um risco aumentado de câncer de
pênis. Devido a este risco, os homens submetidos a este
tratamento devem ter órgãos genitais protegidos durante a
terapia.
• Idade - O risco de câncer de pênis aumenta com a idade. A
idade média do diagnóstico é 68 anos e cerca de 80% dos
casos da doença são diagnosticados em homens com mais
de 55 anos.
• AIDS - Homens com AIDS (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida) têm um risco maior de câncer de pênis. Este
risco parece estar relacionado a um sistema imunológico
baixo.
Diagnóstico 
• Alguns sinais e sintomas podem sugerir que um homem ter câncer de
pênis, mas será necessária a realização de exames e biópsias para
confirmar o diagnóstico.
• Histórico Clínico e Exame Físico:Será realizado um exame físico completo,
incluindo uma avaliação cuidadosa da região genital para possíveis sinais
de câncer de pênis ou outros problemas de saúde.
• As lesões penianas geralmente afetam a superfície da pele do pênis, de
modo que o médico muitas vezes pode detectar cânceres e outras
anormalidades, examinando atentamente o pênis.
• Se os sinais e sintomas apresentados sugerirem que o paciente possa ter
câncer de pênis, serão solicitados exames de imagem, de laboratório e
biópsias, para confirmação diagnóstica e estadiamento da doença.
Sinais e Sintomas 
 Os sinais e sintomas abaixo nem sempre significam que um
homem tem câncer de pênis. Na verdade, muitos deles
podem ser causados por outras condições clínicas.
 Alterações na Pele:
• Uma área da pele mudando de cor ou se tornando mais
espessa.
• Nódulo no pênis.
• Ferida ou úlcera persistente, que sangra.
• Protuberâncias avermelhadas e aveludadas
• Pequenos edemas sólidos.
• Lesões de cor marrom-azulada.
• Secreção persistente, muitas vezes com mau cheiro.
 Geralmente, as feridas ou nódulos devido ao câncer de
pênis não são dolorosos
• Inchaço:
- Inchaço na extremidade do pênis, especialmente quando o prepúcio
é retraído, é mais um sinal comum do câncer de pênis.
• Nódulos sob a Pele na Região da Virilha:
- Se a doença se disseminar, na maioria das vezes é para os gânglios
linfáticos da virilha, os linfonodos aumentam de tamanho e podem ser
apalpados como nódulos sob a pele.
 Estes sinais e sintomas podem muitas vezes estar associados a
outras condições benignas.
 Por exemplo, uma infecção pode causar aumento de tamanhodos
gânglios linfáticos na região da virilha. Entretanto, se você tiver
algum destes sinais ou sintomas, consulte imediatamente um
médico, para que a causa seja diagnosticada e iniciado tratamento
Diagnóstico
• Quando diagnosticado em estágio inicial, o
câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura.
• No entanto, mais da metade dos pacientes
demoram até um ano após as primeiras lesões
aparecem para procurar o médico.
• Todas as lesões ou tumorações penianas,
independentemente da presença de fimose,
deverão ser avaliadas por um médico,
principalmente aquelas de evolução lenta e que
não responderam aos
tratamentos convencionais.
• Essas lesões deverão passar por biópsia (retirada
de um fragmento) para análise, quando será
dado o diagnóstico final.
Exames de Imagem 
• Os exames de imagem ajudam a localizar a
lesão e são extremamente úteis para
determinar a extensão da doença o que se
denomina estadiamento do câncer.
• Os principais exames utilizados para o
diagnóstico ou estadiamento do câncer de
pênis são: tomografia computadorizada;
ressonância magnética; ultrassom
Biópsia para Diagnóstico do Câncer de 
Pênis
• Biópsia é a remoção de uma pequena quantidade
de tecido para avaliação anatomopatológica da
presença (ou não) de câncer.
• Os principais tipos de biópsias utilizadas para
diagnóstico do câncer de pênis são: biópsia
incisional; biópsia excisional; punção aspirativa
por agulha fina; cirurgia dos gânglios linfáticos.
• Biópsia Incisional: apenas uma parte do tecido é
retirada, geralmente realizada para lesões maiores, que
estão ulceradas ou que cresceram profundamente no
tecido peniano. Realizado com anestesia local.
• Biópsia Excisional: toda a lesão é retirada é mais
utilizado para lesões pequenas, como um nódulo ou
áreas de até 1 cm de diâmetro. Se a área suspeita está
apenas sobre o prepúcio, o médico pode recomendar a
circuncisão como uma forma de biópsia para remover a
lesão completamente. Realizado com anestesia geral.
• Punção Aspirativa por Agulha Fina: é um procedimento rápido e
pode ser realizado com anestésico local, embora normalmente não
seja necessário. Na PAAF é utilizada uma agulha fina acoplada a uma
seringa para aspirar uma amostra do tecido tumoral para análise. O
material obtido é submetido a análise citológica.
Este tipo de biópsia é realizado para verificar se o aumento dos
gânglios linfáticos contém a doença. Não é usado para lesões suspeitas
sobre o pénis O procedimento é realizado com anestesia local.
Se o linfonodo suspeito for profundo o posicionamento da agulha é
guiado por ultrassom ou tomografia computadorizada.
• Cirurgia dos Gânglios Linfáticos: No caso de pacientes com tumores
grandes e profundos, os linfonodos próximos são retirados para
determinar o estadiamento da doença
Estadiamento do Câncer de Pênis
• O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se
disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo.
• Sistema de Estadiamento TNM
O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de pênis é o sistema
TNM da American Joint Committee on Cancer. O sistema TNM utiliza três
critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os linfonodos
regionais ao redor do tumor, e se o tumor se espalhou para outras partes
do corpo.
TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):
T – Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras
áreas.
• N – Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos
regionais ou se há evidência de metástases em trânsito.
• M – Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
• Tumor - Pelo sistema TNM, o T acompanhado de um
número (0 a 4) é usado para descrever o tumor primário,
particularmente o seu tamanho. Pode também ser
atribuída uma letra minúscula "a" ou "b" com base na
ulceração e índice mitótico.
• Linfonodo - O N no sistema TNM representa os linfonodos
regionais, e também é atribuído a ele um número (0 a 3),
que indica se a doença disseminou para os gânglios
linfáticos. Pode também ser atribuída uma letra minúscula
"a", "b", ou "c", conforme descrito abaixo.
• Metástase - O M no sistema TNM indica se a doença se
espalhou para outras partes do corpo.
• Tumor Primário (T)
TX - Tumor primário não pode ser avaliado.
T0 - Sem evidências do tumor primário.
Tis - Carcinoma in situ.
Ta - Carcinoma verrucoso localizado apenas na superfície do pênis.
T1 - O tumor se desenvolveu no tecido conjuntivo subepitelial.
T1a - O tumor se desenvolveu no tecido conjuntivo subepitelial, mas não atingiu os linfonodos.
T1b - O tumor se desenvolveu no tecido conjuntivo subepitelial e os vasos linfáticos.
T2 – O tumor se desenvolveu no corpo esponjoso ou no corpo cavernoso.
T3 - O tumor se desenvolveu na uretra.
T4 - O tumor se desenvolveu na próstata ou em órgãos e estruturas adjacentes.
• Linfonodo Regional (N)
NX - Linfonodo regional não pode ser avaliado.
N0 - Ausência de linfonodo comprometido.
N1 - O tumor se disseminou para apenas um único linfonodo da virilha.
N2 - O tumor se disseminou para mais do que um linfonodo inguinal.
N3 - O tumor se disseminou para os gânglios linfáticos e/ou tecido circundante. 
• Metástase à Distância (M)
M0 - Ausência de metástase à distância.
M1 - Metástase à distância.
• Estágio do Câncer
Estágio 0 - Tis ou Ta, N0, M0.
Estágio I - T1a, N0, M0.
Estágio II - T1b, N0, M0 ou T2, N0, M0 ou T3, N0, M0.
Estágio IIIa - T1 a T3, N1, M0.
Estágio IIIb - T1 a T3, N2, M0.
Estágio IV - T4, qualquer N, M0 ou Qualquer T, N3, M0 ou Qualquer T, 
qualquer N, M1.
Recidiva - A recidiva pode ser local ou em qualquer outra parte do 
corpo. Esta não é uma etapa formal do sistema TNM.
Tratamentos
• Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico
discutirá com o paciente as opções terapêuticas.
• Alguns fatores podem ser decisivos na escolha do tipo de
tratamento, como estado geral de saúde, estadiamento da
doença, além de outras considerações pessoais.
• As principais opções de tratamento podem incluir cirurgia,
terapia local, radioterapia e quimioterapia.
• Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou
uma combinação deles podem ser utilizados.
• A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos
cânceres de pênis, mas, às vezes, a radioterapia pode ser
administrada, seja em vez ou em adição à cirurgia.
• A quimioterapia pode ser administrada para alguns tumores
maiores ou se a doença se disseminou.
Tratamento Cirúrgico do Câncer de 
Pênis
• A cirurgia é o tratamento mais comum para todos
os estágios do câncer de pênis.
• Se a doença for diagnosticada em estágio inicial,
o tumor pode, muitas vezes, ser tratado sem que
seja necessária a remoção do pênis.
• Os tipos de cirurgia utilizados no tratamento do
câncer de pênis são: Circuncisão; Excisão
Simples; Cirurgia de Mohs; Penectomia Parcial
ou Total; Cirurgia dos Gânglios Linfáticos;
 Circuncisão:
• Neste procedimento é retirado o prepúcio e parte da pele ao redor.
• Se o tumor está localizado apenas no prepúcio, esta técnica pode muitas vezes
ser curativa.
• A circuncisão também é realizada para remover o prepúcio antes do
tratamento radioterápico, uma vez que a radioterapia pode causar inchaço e
estreitamento do prepúcio, levando a outros problemas.
 Excisão Simples:
• Neste procedimento, o tumor é retirado junto com o tecido normal adjacente.
• Se o tumor for pequeno, a pele remanescente é suturada.
• Este procedimento é similar a uma biópsia excisional.
• Em uma excisão local mais ampla, o tumor é retirado junto com uma margem
de tecido normal adjacente para garantir que não restaram células
cancerígenas.
• Se a quantidade de pele remanescente for insuficiente para cobrir toda a área,
pode ser realizado um enxerto de pele a partir de outra

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