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ANÁLISE COMBINÁTORIA AULA 04 – ARRANJOS SIMPLES E ARRANJOS COM REPETIÇÕES OBJETIVO: 1- Identificar arranjos simples e com repetição; 2- Reconhecer arranjos simples e com repetição; 3- Verificar a diferença existente entre arranjos simples e com repetição. Introdução Nesta aula, abordaremos os tipos de agrupamentos onde a ordem dos seus elementos é relevante. Aprenderemos situações onde esses elementos se repetem ou não e, finalmente, relacionaremos esses conceitos com o Princípio Fundamental da Contagem (Princípio Multiplicativo). Veremos estratégias importantes que pouco aparecem em nossos livros didáticos. Consideremos 3 rapazes: João, Paulo, Pedro Vamos, a partir desse pequeno grupo, formar todas as duplas possíveis. Tarefa fácil, não? Veja aqui quais duplas podemos formar. 1º dupla – João e Paulo 2º dupla – João e Pedro 3º dupla – Pedro e Paulo Realmente foi muito fácil. Que tal aumentarmos esse grupo? Vamos acrescentar mais uma pessoa: Luiza Passamos a ter um grupo com 4 pessoas, a saber: João Paulo Pedro Luiza Vamos formar as novas duplas? Veja aqui quais duplas podemos formar. É fácil observar que, na medida em que o número de pessoas aumenta, nossa tarefa vai se tornando cada vez mais difícil. Podemos formular algumas perguntas, tais como: 1) Qual a finalidade dessas duplas? 2) Estamos interessados em quais são essas duplas ou quantas são? 3) Existiria uma maneira mais geral e mais rápida de dizermos quantas são essas duplas ? A seguir veremos juntos a resposta para cada uma dessas perguntas. A finalidade É muito importante, pois se a formação da dupla tiver como objetivo representar um grupo, por exemplo, em uma reunião, é indiferente a dupla formada por João e Pedro ou por Pedro e João, já que a ordem das pessoas não alterará o objetivo final. Entretanto, se essa dupla tem como proposta a formação de uma chapa para concorrer às eleições de presidente e vice-presidente de um clube, nesse caso, a chapa formada por João e Pedro é diferente da chapa formada por Pedro e João, uma vez que João presidente e Pedro vice é uma situação diferente de João vice e Pedro presidente. A pergunta agora é...“Estamos interessados em quais são essas duplas ou quantas são?” Essa é outra pergunta importante pois, quando estamos interessados em contar os casos, a situação pode ser resolvida mais facilmente. Entretanto, se a finalidade for enumerar todas as possíveis duplas, o problema poderá se tornar trabalhoso demais ou até mesmo exigir outras ferramentas mais sofisticadas, como um computador. Existiria uma maneira mais geral e mais rápida de dizermos quantas são essas duplas ? Na verdade, poderíamos criar diversas estratégias para responder essa questão. Talvez uma estratégia razoável fosse a criação de tabelas que permitam uma melhor visualização da situação problema. Então, vejamos: Na primeira situação podemos denominar João pela letra A, Paulo pela B e Pedro pela C e criar a tabela de dupla entrada ao lado. Nessa tabela, evidentemente, devemos excluir os casos AA, BB e CC que, no nosso contexto, não são “duplas”. Como na nossa situação inicial estamos considerando a dupla AB sendo a mesma que a dupla BA, temos os nossos 3 casos já identificados (AB, AC e BC). A B C A AA AB AC B BA BB BC C CA CB CC No segundo momento, incluímos mais uma pessoa: LUIZA que representaremos pela letra D, e assim temos a nova tabela. A B C D A AA AB AC AD B BA BB BC BD C CA CB CC CD D DA DB DC DD Mais uma vez devemos excluir a diagonal formada pelos elementos (AA, BB, CC, DD). Como estamos considerando as duplas AB e BA como sendo a mesma, as nossas 6 duplas são: (AB,AC,AD,BC,BD,CD). No terceiro momento incluímos: REGINA que, na nova tabela, será representada pela letra E. Vamos à tabela: A B C D E A AA AB AC AD AE B BA BB BC BD BE C CA CB CC CD CE D DA DB DC DD DE E EA EB EC ED EE Nesse momento, acreditamos que podemos pensar de forma mais abstrata para um conjunto com n elementos. O total de duplas que podemos formar é igual a: n x n = n2 Em todas as situações, descontamos os casos onde a mesma pessoa estaria formando “dupla” com ela mesma( AA,BB,CC,....)ou seja, n situações. Logo , teríamos n2- n = n(n-1) duplas. Como cada dupla está sendo contada duas vezes, devemos dividir por 2, chegando na expressão, n(n-1) / 2 que é a expressão que responde rapidamente a nossa situação. Vejamos: 3 pessoas: 3(3-1)/2 = 3 duplas 4 pessoas: 4(4-1)/ 2 = 6 duplas 5 pessoas: 5(5-1)/ 2 = 10 duplas Atenção !Nos parece razoável pensar que, quando a situação exigir que a ordem seja considerada, bastará que não dividamos a expressão por 2, ou seja o total de pares será dado pela expressão n(n-1). Que tal algumas novas situações? Mas antes, uma boa sugestão para definirmos se a ordem dos elementos é ou não relevante: construir um grupo do tipo que o problema menciona. Exemplo A mala do Dr. Z tem um cadeado cujo segredo é uma combinação com 5 algarismos, cada um dos quais pode variar de 0 a 9. Ele esqueceu a combinação que escolhera como segredo, mas sabe que atende às seguintes condições: a) Se o primeiro algarismo é ímpar, então o último também é ímpar; b) Se o primeiro é par, então o último é igual ao primeiro; c) A soma dos segundo e terceiro algarismos é 5. Quantas combinações diferentes atendem às condições estabelecidas pelo Dr. Z? Solução : Seja Z = abcde o número procurado. Da segunda condição sabemos que b + c =5, condição que será atendida em 6 situações. São elas: b = 0 e c = 5 b = 1 e c = 4 b = 2 e c = 3 b = 3 e c = 2 b = 4 e c = 1 b = 5 e c = 0 Analisemos o caso onde o algarismo a é ímpar: então, o último também será. Devemos observar que a escolha do d está livre e, portanto, poderá ser feita de 10 maneiras diferentes. Logo, nessa primeira situação, temos: 5 x 6 x 10 x 5 = 1500. Analisemos o caso onde o algarismo a é par: então o último algarismo já está definido e é igual ao mesmo valor escolhido para o a. Portanto, temos: 5 x 6 x 10 x 1 = 300. Somando as duas situações, obtemos a resposta procurada: 1500+300 = 1800 possibilidades Esse problema combina os dois princípios de contagem: Princípio multiplicativo e Princípio da Adição. Chegou o momento de formalizarmos o conceito desse tipo de grupamento, mas antes clique aqui e veja mais alguns exemplos. Princípio multiplicativo e Princípio da Adição Definição: Arranjos simples de n elementos tomados p a p, onde n ≥ 1 e p é um número natural tal que p ≤ n, são todos os grupos de p elementos distintos que diferem entre si pela ordem e pela natureza dos p elementos que compõem cada grupo. Notação: An,p ou Anp An,p = n! / (n – p)! Exemplos: ( salvo em pdf ) Antes de dar continuidade a seus estudos, veja alguns exemplos para entender melhor o conteúdo abordado. Arranjos com Repetição Seja M um conjunto com m elementos. Chamamos arranjo com repetição dos m elementos, tomados r a r, toda r-upla ordenada (sequência de tamanho r) formada com elementos de M, não necessariamente distintos. O número de arranjos com repetição de m elementos tomados r a r é indicado por: (AR)m,r = m x m x m x .....x m = mr EXEMPLO( salvo em pdf) Antes de ancerrar seus estudos, veja alguns exemplos e entenda melhor. SINTESE DA AULA Nesta aula, você: Compreendeu o conceito de arranjos simples e com repetição; Aprendeu a utilizar arranjos simples e com repetição na resolução de problemas; Analisou a necessidade ou não, de recorrer ao conceito de arranjos para a resolução de problemas na combinatória.