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Profª MSc. Denise Andrade da Silva Tecnologia de alimentos O que você pensa quando vai adquirir um produto? 2 FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC 3 QUALIDADE FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC Qualidade? • É a ausência de defeitos. • Conjunto das propriedades de um produto que determinam sua habilidade em satisfazer as necessidades para os quais foi criado. • Olhar do cliente • Compromisso com a saúde do consumidor • Legislação • Cultura 4 FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC Por que utilizar as Ferramentas???????? – Análise de produto final alcance limitado. – Análises laboratoriais demoradas, custo elevado, destruição de amostras. – Preventivo. – Enfoque dinâmico na cadeia produtiva. – Racionaliza recursos/ Otimiza processos. – Qualidade (padronização). – Produtividade e competitividade. – POLÍTICA DE SEGURANÇA E QUALIDADE 5 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) • O QUE SÃO AS BPF´s? – Sistema de ações padronizadas servindo de base para programas de segurança alimentar. – Sua implantação é pré-requisito para APPCC. – Rastreabilidade 6 LEGISLAÇÃO • Portaria n0. 326 de 30.07.97, ANVISA – Aprova o regulamento técnico sobre condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/ industrializadores de alimentos. – Estabelece requisitos gerais (essenciais) de Higiene e de Boas Práticas de Fabricação para alimentos produzidos/fabricados para o consumo humano. 7 • RDC n0. 275 de 21/10/2002, ANVISA – Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados (POP´s) e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação aplicados aos Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. • Projetos de prédios e instalações • Higiene e conservação de instalações • Programa de qualidade da água • Processo de produção, manipulação e controle sanitário em todas as fases da aquisição de insumos, matérias- primas* e embalagens para o consumo. 8 LEGISLAÇÃO • RDC n0. 275 de 21/10/2002, ANVISA – Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados. • Transporte de matérias-primas, insumos e produtos acabados • Regras para visitantes • Higiene pessoal e corporal • Controle de pragas • Gestão de resíduos • Projeto de equipamentos • Manutenção preventiva dos equipamentos 9 LEGISLAÇÃO • RDC n0. 275 de 21/10/2002, ANVISA – Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados. • Calibração dos instrumentos • Rastreabilidade e recolhimento • Treinamentos periódicos com os funcionários • Outros requisitos que possam interferir nos padrões de identidade e qualidade dos serviços e produtos. 10 LEGISLAÇÃO Onde encontrar? ◦ Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ◦ Programa Alimentos Seguros http://www.pas.senai.br/novo/web/in dex.asp ◦ Embrapa www.embrapa.br 11 LEGISLAÇÃO 12 13 PONTOS IMPORTANTES DAS BPF´s • Matéria-prima – Fornecedores – Condições: temperatura, ph, Aw, ... – Fatores inerentes • Durante – Recebimento – Armazenamento – Produção – Distribuição 14 • Higiene – Ambiente – Utensílios e equipamentos • Observar – Procedimentos e métodos de limpeza – Métodos de limpeza, sanificação e enxágue – Material – Pessoal 15 PONTOS IMPORTANTES DAS BPF´s 16 PONTOS IMPORTANTES DAS BPF´s SAÚDE DO TRABALHO ◦ Objetiva a saúde do trabalhador e sua condição de estar apto ao trabalho. ◦ Exames médicos laboratoriais admissionais e periódicos: Hemograma – avaliação geral – anemia, parasitose, infecção Coprocultura – portadores de Salmonella e Shigella Coproparasitológico – protozoários e helmintos VDRL – sífilis Urina – infecção urinária 17 PONTOS IMPORTANTES DAS BPF´s FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC Implantar as B.P.F.: 18 APPCC APPCC O que é HCCP = Hazard Analysis and Critical Control Point APPCC = Análise de perigos e pontos críticos de controle • Método sistemático para a identificação, acesso e controle de riscos • Identifica riscos durante o processo e estabelece sistemas de controle focalizados na prevenção e ações corretivas. 19 APPCC - HISTÓRICO • 1950/55 Europa – Prevenção de acidentes industriais em plantas químicas. • Década 60 NASA – Alimentos inócuos para o programa espacial – Sistema FMEA (Análise dos Modos e Efeitos de Falha). • 1973 Pillsbury Co. – Primeiro documento descrevendo a metodologia APPCC. • 1985 Academia Nacional de Ciências/ EUA– Recomendação de uso em indústrias de alimentos. 20 APPCC - HISTÓRICO • 1993 MAPA – APPCC nos estabelecimentos de pescado e derivados. Portaria. • 1993 Portaria n0. 1428/M.S. – Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos. • 1998 Portaria n0. 40/ MAPA – Manual de procedimentos no controle da produção de bebidas. • 1998 Portaria n0. 46/ MAPA – Manual Genérico de Procedimentos para Elaboração do Plano APPCC em Indústrias de Produtos de Origem animal. • WHO Technical Report Series, 908, 2003. 21 PRÉ-REQUISITOS PARA IMPLANTAÇÃO DO APPCC Implantar as BPF´s: Plano APPCC simplificar e viabilizar Garantir integridade e eficiência da segurança dos alimentos Ajudam a controlar, reduzir e evitar os perigos 22 PRINCÍPIOS DO APPCC 1. Listar todos os perigos potenciais associados com cada etapa, conduzir a análise de perigos e estabelecer as medidas de controle dos perigos identificados. 2. Determinação dos pontos críticos de controle (PCC). 3. Estabelecimento de limites críticos para cada PCC. 23 4. Estabelecimento de um sistema de monitorização para cada PCC. 5. Ações corretivas para perda do controle do limites estabelecidos para o PCC. 6. Estabelecimento de procedimento de verificação. 7. Estabelecimento da documentação e da guarda de registros – POP e Registros dos controles e ações. 24 PRINCÍPIOS DO APPCC 25 FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC 26 FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC 27 FERRAMENTAS INTERNACIONAIS – BPF e APPCC 28 DETERMINAÇÃO DOS PCCS 29 Árvore decisória Plano de APPCC 30 EXEMPLO DE PLANO APPCC CONCEITO Entende-se por queijo de coalho, o queijo que se obtém por coagulação do leite por meio do coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácteas selecionadas e comercializado normalmente com até 10 (dez) dias de fabricação. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 30, de 26 de junho de 2001. (D.O.U., 16/07/2001). Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo de Coalho. Disponível: http:// 200.252.165.21/das/ dispoa/ instnorm30 aii rtqueijocoalho.htm 31 DESCRIÇÃO DO PRODUTO O queijo de coalho é o mais tradicional dos queijos produzidos no Nordeste Brasileiro, sendo amplamente consumido pela população local e pelos turistas que visitam a Região. Seu nome deve-se ao fato de ter sido tradicionalmente elaborado com leite coagulado pela ação do coalho animal: pedaçosdo estômago de pequenos animais (mocó, preá, cabrito, bezerro), que devidamente preparados são conhecidos por abomasun ou coagulador. Hoje podem ser usados como coalho: ◦ Coalhos microbianos Bacillus polymyxa (cepa 13-13), Bacillus mesentericus (cepa PB) e o fungo Russula discolorus (cepa 2) extrato fúngico ou bacteriano ◦ Coalho de bezerro ◦ Coalho de bezerro/ extrato bacteriano 32 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • A produção rural de queijo de coalho é extremamente significativa na formação de renda dos produtores de leite estabelecidos principalmente na zonal rural, em especial daqueles que não têm acesso às usinas de beneficiamento, representando uma importante atividade econômica e social. • É um queijo cuja tecnologia é relativamente simples e cuja fabricação não exige equipamentos sofisticados. A diversificação da metodologia para a manufatura do queijo de coalho pode ser constatada na produção de vários fabricantes. A falta de critérios de qualidade para a matéria-prima e para as técnicas de processamento permitem que produtos de baixa qualidade, tanto do ponto de vista higiênico-sanitário como em relação aos padrões do produto, atinjam o mercado, dificultando sua comercialização. 33 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • Recepção do leite – O leite deve ser de boa qualidade, de preferência o recém ordenhado ou leite cru transportado em caminhão-tanque em temperatura de até 7ºC. E deverá estar com acidez máxima de 18°D e isento de qualquer tipo de fraude. Se não for usar na hora, guardar sob refrigeração, até a temperatura de 12°C. • Pesagem e Filtração – Antes de ser processado, o leite deve ser pesado e em seguida filtrado ou coado em equipamentos ou utensílios destinados para esse fim, para eliminar eventuais sujidades. 34 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • Pasteurização – A pasteurização é um processo que elimina os microrganismos patogênicos, que causam doenças. O leite deve ser pasteurizado à temperatura de 62ºC a 65°C, durante 30 minutos (pasteurização lenta) ou à temperatura de 72°C, durante 15 segundos (pasteurização rápida). 35 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • Resfriamento – O leite deve ser resfriado à temperatura de 32ºC a 35°C, em tanques encamisados, com circulação de água fria, ou em tachos, em banho-maria. • Adição de fermento e cloreto de cálcio – A adição e cloreto de cálcio é opcional para recompor o cálcio perdido na pasteurização. O fermento, os microrganismos, de cultura lática serve para a obtenção de sabor e de aroma, mas deve-se tomar precauções para que o pH do produto não seja inferior a 5,8. 36 DESCRIÇÃO DO PRODUTO Adição coalho ◦ Usar dose regular de coalho. E utilizar sempre coalho industrial em pó ou líquido e seguir as recomendações do fabricante. 37 DESCRIÇÃO DO PRODUTO Coagulação ◦ Deixar o leite em repouso, durante 40 a 60 minutos, para a formação da coalhada O ideal é que a coagulação em tanque de aço inoxidável, por causa da facilidade de limpeza e por ser um material inerte. 38 DESCRIÇÃO DO PRODUTO Corte da coalhada ◦ Quando a coalhada estiver no ponto de corte (firme e brilhante), romper a coalhada com liras, que são utensílios formados por lâminas ou fios cortantes de aço inox, dispostos paralelamente e igualmente distantes entre si. Utilizar a lira vertical e em seguida a horizontal, obtendo-se cubos de 1,5 a 2 cm de aresta Após o corte, deixar em repouso durante 3 a 5 minutos. 39 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • Mexedura – A mexedura da massa com, com garfo ou pá, de polipropileno ou de aço inox. E é feita para evitar que os cubos venham a se precipitar ou fundir, entre si, o que dificultaria a retirada do soro. Realizar a mexedura lentamente aumentando ligeiramente a velocidade à medida que os grãos forem se agrupando, durante 10 a 20 minutos. Deixe repousar novamente até que toda a massa se deposite no fundo do tanque 40 DESCRIÇÃO DO PRODUTO • Aquecimento – Essa etapa pode ser o cozimento da massa ou do soro. Para facilitar a etapa de cozimento da massa, retirar uma parte do soro (primeira dessoragem). Aquecer a massa, em tanque encamisado, até a temperatura de 45ºC a 55°C, agitando sempre até os grãos ficarem consistentes (no ponto). O cozimento também pode ser feito adicionando o soro previamente retirado e fervido à temperatura de aproximadamente 75°C. O final do cozimento, denominado de ponto de massa, pode ser determinado comprimindo um pouco da massa na mão até formar um aglomerado. Estará no ponto quando esse aglomerado se quebrar sob a pressão dos dedos e formar pequenos grãos que se desagregam com facilidade. 41 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO • Dessoragem – Após a verificação do ponto dos grãos (consistentes e brilhantes), retirar todo o soro restante seja com utensílios ou em tanques de aço inox com saídas para o soro • Salga – Adicionar o sal (dissolvido em soro) à massa, com meximento constante para desagregar os grãos. A quantidade de sal deve ser de 1% a 2% do volume de leite. • Enformagem – Colocar a massa em fôrmas cilíndricas ou retangulares, preferencialmente de material plástico, forradas com dessoradores para evitar que a massa do queijo venha a se prender na parede e, também, para facilitar a saída do soro durante a prensagem. 42 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO • Prensagem e viragem – A prensagem deve ser realizada em prensas manuais, individuais ou coletivas.Após um tempo predeterminado, os queijos devem ser virados, retirando-se as aparas, e colocados de volta na prensa. 43 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO • Maturação – Para desenvolver aroma e sabor, o queijo de coalho deve ser maturado em câmara refrigerada, à temperatura de 10ºC a 12°C, durante 5 a 10 dias. Os queijos podem ser constantemente virados. Essa etapa é opcional. 44 DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO • Embalagem – Acondicionar os queijos em embalagens de plástico. • Armazenamento/ transporte/ comercialização – Estocar o produto sob refrigeração, à temperatura de 10ºC a 12°C, até sua distribuição e comercialização. 45 ESTUDOS Foram analisadas 60 amostras de queijos-coalho, coletadas aleatoriamente de todos os estabelecimentos que comercializam (15) esse produto no Mercado Central da cidade de Aracaju, SE, no período de agosto a novembro de 2007. Dezesseis amostras (26,7%) foram positivas para Salmonella spp. e 28 (46,7%) positivas para estafilococos. Quanto à contaminação por coliformes totais, 56 (93,3%) das amostras apresentaram valores entre 8,0 x 102 e 1,23 x 104 NMP/g, e de 2,72 x 102 a 1,12 x 103 NMP/g para coliformes termotolerantes. Estes valores não atenderam à legislação brasileira para queijo-coalho e as amostras analisadas podem ser classificadas como impróprios ao consumo humano. Contagens elevadas de microrganismos do grupo coliformes são frequentemente observadas no queijo-coalho, sugerindo que foram produzidos em condições de higiene insatisfatória. A presença de coliformes fecais ou termotolerantes em alimento é indicativa de que houve contato direto com material fecal (Duarte et al., 2005). S. aureus é um dos agentes patogênicos mais comuns, responsável por surtos de intoxicação de origem alimentar pela enterotoxina estafilocócica (Cunha Neto et al., 2002). SANTANA, R.F. et al. Qualidade microbiológica de queijo-coalho comercializado em Aracaju, SE. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.60, n.6, p.1517-1522, 2008. 46 FLUXOGRAMA 47 FLUXOGRAMA48 Fluxograma 49 FORMULÁRIO – Plano APPCC para pontos críticos de controle (PCC) Etapa s PC / PCC Perigos Medidas Preventiva s Limites Críticos Monitorizaç ão Ação Corretiva Registro Verificação Receb iment o PCC M (B): enterobactérias patogênica (ex.; Salmonella spp, Shigella sp; Yersinia enterocolitica; Eschericia coli patogênica); Bacillus cereus; Campylobacter jejuni; Lsteria monocytogenes, Bacillus cereus;Clostridi um perfringens Vírus entéricos patogênicos, (ex.; Vírus da hepatite A, Vírus de Norwalk); Controle do fornecedor Manutençã o sob refrigeraçã o Controle de acidez Treinament o de Boas Práticas de Fabricação Controle Higiene Pessoal e Ambiental Acidez máxima: 18 ºD Temperat ura: ≤ 7°C O quê? Antibióticos, acidez e temperatura Como? Kits para antibióticos, alizarol, termômetro Quando? Na recepção, por produtor Quem? Funcionário do recebimento Aproveitar condicion almente (temperat ura e acidez) Rejeitar (antibiótic o) Planilha de controle de temperatu ra do equipame nto, de umidade relativa. Lista de presença de funcio- nários nos treinamen tos realizados . Supervisão do preenchime nto planilhas e execução da etapa. Programa de calibração de termômetro, Supervisão do preenchime nto lista de presença de funcionários nos treinamento s realizados. PCC Q Presença de antibióticos Controle do fornecedor Antibiótico : Ausência 50 FORMULÁRIO – Plano APPCC para pontos críticos de controle (PCC) Etapa s PC / PCC Perigos Medidas Preventivas Limites Críticos Monitorização Ação Corretiv a Registro Verificaçã o Paste uri- zaçã o PCC M Sobreviv ência de microrga nismos patogêni cos Controle do tempo/temper atura adequados Situação e funcionament o adequado da válvula de desvio de fluxo 62ºC a 65°C, durante 30 minutos Ou 72 ºC / 15s Negativo para fosfatase O quê? Tempo/temperat ura Fosfatase Como? Instrumentos de controle, kits para fosfatase Quando? Contínuo (tempo e temperatura) A cada turno (fosfatase) Quem? Encarregado de pasteurização Laboratorista Reproce ssar Ajustar tempo/ temperat ura Mapas do pasteuriz ador Planilhas de testes Programa de coleta de amostras para análise Supervisão Auditoria Calibração de instrument os e equipamen to Controle dos reagentes 51 FORMULÁRIO – Plano APPCC para pontos críticos de controle (PCC) Etap as PC / PCC Perigos Medidas Preventi vas Limites Críticos Monitoriz ação Ação Correti va Registr o Verificaç ão Adiç ão do coal ho PCC3(M) Presença de Salmonella e outros patógenos Qualidad e assegura da do forneced or. Certifica do de ausência Ausênci a em 25g O quê? Certificad o Como? Observaç ão Quando? Cada lote adquirido Quem? Encarreg ado Rejeitar Planilha de recepçã o Validação do certificad o do fornecedo r (Program a de coleta de amostras para análises) Supervisã o Inspeção do fornecedo r 52 FORMULÁRIO – Plano APPCC para pontos críticos de controle (PCC) Etapas PC / PCC Perigos Medidas Preventi vas Limites Críticos Monitoriz ação Ação Correti va Registr o Verificaç ão Estocag em/ Transpor te / Comerci alização PCC2(M) Multiplicação de patógenos e produção de toxina estafilocócic a Manuten ção da temperat ura de refrigera ção do queijo durante o armazen amento e transport e Mínimo 4ºC e máximo 10ºC O quê? Temperat ura Como? Instrumen to de controle (termômet ro) Quando? Durante o armazena mento e transporte Quem? Encarreg ado do estoque/g arantia da qualidade Manute nção dos equipa mentos de frio Ajustar a tempera tura Planilha s de controle de estoque Supervisã o Calibraçã o 53 EXEMPLO DE APPCC • FLUXOGRAMA E DESCRIÇÃO DO PROCESSO • Exemplo para produção de QUEIJO MINAS FRESCAL • Fluxograma do Processo 54 55 DESCRIÇÃO DO PROCESSO • Recepção do leite cru / Indústria: o leite cru transportado em caminhão-tanque em temperatura de até 7ºC deverá estar com acidez máxima de 18°D e isento de qualquer tipo de fraude. • Pesagem: é realizada a pesagem do caminhão-tanque. • Filtração: tem por finalidade remover as impurezas maiores, evitando que estas fiquem aderidas ao resfriador. • Resfriamento: tem por objetivo manter a qualidade do leite inalterada até o momento de sua industrialização. Deve ser resfriado no máximo a 4°C. • Estocagem do leite cru: feita em tanques isotérmicos para dificultar a troca térmica do leite com o meio ambiente. 56 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Filtração/ Clarificação: tem como objetivo eliminar as sujidades menores do leite, pela centrifugação. Além destas sujidades, também há remoção de um número considerável de células epiteliais. Padronização: o leite deverá ser padronizado para 3,0-3,2% de gordura. Pasteurização: pasteurizar o leite a 72°C por 15 segundos. ◦ Adicionar cloreto de cálcio (40 ml de solução 50% para cada 100L de leite). ◦ Utilizar 1,0% de fermento lático mesofílico tipo “O” (Lactococcus lactis subsp lactis e Lactococcus lactis subsp cremoris), ou ácido lático (cerca de 25 ml de ácido lático 85% em solução aquosa a 10% para cada 100 litros de leite). 57 DESCRIÇÃO DO PROCESSO – Cortar lentamente, de modo a obter cubos grandes, com 1,5-2,0 cm de aresta. – Deixar repousar por cerca de 3 minutos. – Agitar lentamente por cerca de 25 minutos, até obter ligeira firmeza nos grãos – que se tornam mais arredondados. – Após o ponto, eliminar a maior parte do soro e proceder à enformagem. – Usar dose regular de coalho. – Temperatura de coagulação: 35-37ºC (fermento) ou 42-44ºC (ácido lático). – Tempo de coagulação: 30-40 minutos. 58 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Após um repouso de 10-20 minutos, virar todos os queijos. Cerca de 30 minutos mais tarde, virar novamente e conduzir os queijos à câmara fria (10- 12ºC) para completar o dessoramento. No dia seguinte, os queijos poderão ser salgados em salmoura a 10-12ºC, com 20% de sal ou 19º Bé, por períodos proporcionais ao seu peso e formato (queijos de 0,5 kg, 90 minutos; de 1,0 kg, 3-4 horas). Após a salga, deixar escorrer, secar e proceder à embalagem. Manter em câmara fria (3-5ºC) até comercialização. 59 60 61 PERGUNTAS PARA ESTUDO 1. Qual a importância de se considerar a cadeia produtiva? 2. O que as legislações garantem? 3. Quais os pontos mais importantes das Boas Praticas de Fabricação (BPF’s) na indústria de alimentos? E por que? 4. Quais os princípios da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle(APPCC)? 5. Quais as etapas que são consideradas geralmente os PCCs? E por que? 62
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