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UFT UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITARIO DE GURUPI CURSO DE AGRONOMIA CURSO DE: Agronomia DISCIPLINA: Processamento de Produtos Agropecuários PROFESSOR: Clovis Maurílio de Souza Apostila da Disciplina de Processamento de Produtos Agropecuários GURUPI – TO JUNHO DE 2011 1 1 INTRODUÇÃO A Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos define Tecnologia de Alimentos como sendo a aplicação de métodos e da técnica para o preparo, armazenamento, controle, embalagem, distribuição e utilização dos alimentos. A Ciência dos Alimentos inclui o estudo das características físicas e químicas dos alimentos, e a seqüência de operações desde a seleção da matéria-prima até o processamento, preservação e distribuição. O cientista de alimentos deve compreender não somente o processamento e o armazenamento dos alimentos, mas também deve conhecer a produção agrícola e as necessidades do consumidor. A matéria-prima tem que ser transformada em alimentos estáveis, que são facilmente armazenados e transportados, e que estão muitas vezes prontos para consumo, quando adquiridos. O desenvolvimento de novos produtos segue em duas direções: · Produção de alimentos mais sofisticados, mais nutri tivos, mais convenientes e mais atrativos — adquiridos por pessoas de alto poder aquisitivo. (Diet, Light, minimamente processados); · Desenvolvimento dos processos para o aproveitamento de subprodutos e para a produção de alimentos mais nutritivos, que sejam oferecidos a baixo custo à população carente. (Doces de casca de frutas, farinhas nutritivas de baixo custo). A industrialização dos produtos agropecuários deve estar intimamente associada aos métodos e processos da produção agrícola e aos princípios e práticas da nutrição humana. O processo de industrialização de produtos alimentícios pode destruir em pequenas proporções os nutrientes integrantes das matérias primas. Por outro lado, a utilização de técnicas aperfeiçoadas proporciona uma boa oportunidade para aumentar o valor nutritivo de certos alimentos com determinados nutrientes (proteínas, vitaminas, ferro, cálcio etc.) que são deficientes no produto inicial. A utilização de alimentos prontos e semiprontos tam bém é um segmento importante para facilitar o dia a dia das pessoas que trabalham, principalmente nos grandes centros comerciais, e não tem tempo de preparar suas próprias refeições. A maioria dos produtos agrícolas se caracteriza pelo fato de serem sazonais e em determinadas épocas do ano poderá verificar-se o aparente fenômeno da superprodução. Com a superprodução o mercado local fica saturado e devemos conquistar mercados mais distantes. Com os mercados mais distantes e produtos perecíveis, precisaremos de condições adequadas de manuseio, armazenamento, transporte. Além disto, o fator sazonal permite o consumo deste produtos apenas em certa época do ano. Portanto a utilização de processos eficientes de in dustrialização permite a absorção de grande parte dos produtos excedentes e a oferta destes produtos durante todo o ano. A instalação de agroindústrias irá permitir: - O aproveitamento dos excedentes no local de produção; Não é resto! - Possibilita o aproveitamento de subprodutos; Laranja, óleo essencial, pectina, Torta oleaginosas - Contribui para o zoneamento da produção; - Estabiliza o preço da matéria prima; - Permite uma melhor utilização dos alimentos duran te todo o ano; - Evita perdas apreciáveis de transporte da matériaprima até os centros de consumo. 2 A industrialização dos produtos agropecuários pode contribuir consideravelmente na melhoria da dieta de um país e do estado nutricional dos seus habitantes. A amplitude depende de uma agricultura desenvolvida que possa receber esta tecnologia e do nível econômico da população. Associados a métodos Produção consumo e aos princípios e processos de produção TECNOL. DE ALIMENTOS e práticas da agrícola nutrição humana A tecnologia de alimentos está alicerçada em quatro áreas fundamentais: Nutrição: Tem por finalidade pesquisar as necessidades básicas em nutrientes para cada pessoa; Química: Controlar todas as transformações que ocorrem desde a colheita armazenamento da matéria-prima ate as fases do processamento e armazenamento dos produtos. E preciso conhecer as transformações que se, processam e procurar controlá-las para manutenção da qualidade dos produtos; Biologia: Fornecer matéria prima sadia, com grande rendimento e apropriada para a industrialização. Genética, Melhoramento (animal e Vegetal) e a microbiologia que controlam os microrganismos desejáveis e os que deterioram os alimentos; Engenharia: Envolve conhecimentos para compreender as fases do processamento da matéria-prima (transferência de calor, filtração, refrigeração, desidratação e destilação). 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Conservações de Alimentos Higiene é o conjunto de medidas e cuidados que as pessoas devem ter consigo própria, como o ambiente que as cerca com os alimentos que produzem e consomem, para proteger a saúde. Os alimentos apresentam normalmente um certo número de microrganismos ou micróbios, número este que pode ser aumentado ou reduzido, dependendo da forma como estes produtos são fabricados e manuseados. Os microrganismos podem ser transportados aos alimentos através: - do próprio homem - da água, do ar, do solo - dos utensílios e equipamentos - dos insetos, animais domésticos e pássaros O homem contamina os alimentos quando é portador de microrganismos patogênicos. Os principais focos de microrganismos no corpo humano são: - nariz; - garganta; - as mãos; David Typewriter David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight - ferimentos na pele. 3 A transmissão ocorre através de: - espirro; - tosse; - utensílios molhados de saliva; - falta de asseio; - exposição ao ar livre dos alimentos; - matéria-prima mal acondicionada; - utilização de água não tratada. Como medidas preventivas contra a contaminação - limitar o acesso de pessoas desnecessária às áreas de processamento - higiene pessoal (proteção de cabelo, roupas limpas, unhas cortadas e limpas - utilizar água tratada e de boa qualidade tanto no preparo, quanto na lavagem dos alimentos. utensílios e equipamentos - manter sempre limpo o ambiente de trabalho Classificação dos alimentos de acordo com a resistência a ação dos micróbios 1) Alimentos perecíveis: São aqueles que se estragam com muita rapidez, por causa de seu alto teor de água. substância muito favorável para o crescimento de todos os tipos de micróbios. Ex.: Leite. carnes, maioria dos vegetais frescos e frutos 2) Alimentos semiperecíveis: São aqueles que apresentam uma menor quantidade de água que os perecíveis e por isso possuem um tempo maior de conservação. A conservação destes alimentos é limitada, dependendo principalmente, dos cuidados que serão aplicados durante seu manuseio e armazenamento. Ex.: beterraba, batata, cenoura, amêndoas, nozes, tce. 3) Alimentos não perecíveis: São aqueles que apresentam um baixo teor de água, podendo ser conservados por longos períodos. (desde que sejam armazenados em temperaturas e recipientes adequados) Ex.: arroz, alimentos desidratados como leite em pó , banana seca, etc. 2.1.1 Métodos de Conservação de Alimentos As técnicas de preservação de alimentosjá são utilizadas desde muitos séculos atrás e algumas delas sobrevive até hoje como os processos de Desidratação, defumação, salga, vinagre. Outras técnicas também são empregadas para a conservação de alimentos. Os alimentos para serem conservados, devem impedir a alteração do produto devido a ação de microrganismos prejudiciais. O desenvolvimento dos microrganismos é possível principalmente em ambientes nutritivo, com alta taxa de umidade, oxigênio, temperaturas elevadas e outras condições favoráveis, segundo a espécie microbiana. Assim os processos de conservação são baseados na e liminação total ou parcial dos agentes que alteram os produtos na modificação ou supressão de um ou mais fatores essenciais, de modo que o meio se torne não propício a qualquer manifestação vital. Isso ainda pode ser conseguido pela David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight adição de substância em qualidade e quantidade, que impeçam o desenvolvimento dos microrganismos. 4 Muitas vezes são usadas tratamentos simultâneos de destruição e modificação das condições ambientais. Esterilização e a pasteurização — agem diretamente destruindo total ou parcialmente a flora microbiana. Frio ou redução do teor de água — agem dificultando a proliferação dos microrganismos Embalagem a vácuo — age evitando o contato com o ar Defumação ou aditivos — agem como substâncias nocivas ao desenvolvimento microbiano Fermentações especiais — que transformando os produtos. Como regra geral, os melhores processos são aqueles que, garantindo uma satisfatória conservação, alteram menos as condições naturais dos produtos. Após os tratamentos, a conservação é assegurada pelo uso de uma embalagem apropriada. 1) Conservação de alimentos pelo uso do CALOR Pasteurização: E um tratamento térmico que elimina a grande maioria dos microrganismos existentes no alimento. A temperatura não passa de 100°C, podendo este aquecimento ser produzido por vapor, água quente radiações ionizante, calor seco, microondas, etc. Empregamos a pasteurização quando os tratamentos térmicos mais elevados prejudicam a qualidade do produto (leite, sucos); quando os agentes microbianos de alterações não são muito termorresistentes, como as leveduras nos sucos de frutas, e quando destruímos os agentes competitivos, permitimos uma fermentação benéfica, que se realiza pela adição de um inoculo (fermento) como na elaboração de queijos. Geralmente complementa-se o processo de pasteurização com outro método: • Como a refrigeração (no caso do leite); • Adicionando concentrações altas de açúcar (leite condensado); • Criando condições anaeróbicas pelo fechamento de recipientes a vácuo, etc. Os alimentos pasteurizados devem ser consumidos dentro dum certo espaço de tempo Métodos de pasteurização: Pasteurização rápida (HTST): ex.: leite 72°C por 15 segundos Pasteurização lenta (LTLT) : ex.: leite 62°C por 30 minutos Esterilização : Consiste na destruição completa dos microrganismo s. Para alcançá-la, torna-se necessário o uso de enérgicos tratamentos que irão influir na qualidade do alimento. Branqueamento ou Blanching: é um tipo de pasteurização geralmente aplicado a frutas e hortaliças a serem congeladas porque a congelação não evita a atividade enzimática completamente (até certos limites) e em frutas que tenham alta atividade de enzimas indesejáveis. Conservação de alimentos pelo uso do FRIO (Ex.: resfriamento, congelamento) 2) Conservação de alimentos pelo uso do SAL (Ex.: carnes, queijos) 4) Conservação de alimentos pelo uso do AÇUCAR (Ex.: doces) 5) Conservação de alimentos por FERMENTAÇOES (Ex.: bebidas) 6) Conservação de alimentos pela DEFUMAÇAO (Ex.: carnes, queijos) 7) Conservação de alimentos pelo uso de ADITIVOS (Ex.: Conservantes) 8) Conservação de alimentos pelo uso de IRRADIAÇOES (E x.: Raios Gama) 9) Conservação de alimentos por Osmose reversa David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight 5 2.2 Processamento em Potes de Conserva - Picles As hortaliças são plantas herbáceas da qual uma ou mais partes são utilizadas como alimento, na sua forma natural. O produto é chamado de verdura quando são utilizadas as partes verdes; legume, quando é utilizado o fruto ou a semente; e raízes ou tubérculos, quando são utilizadas as partes subterrâneas. As hortaliças são ricas em vitaminas e sais minerai s. Apresentam alto teor de água, o que proporciona uma maior facilidade de alteração, send o, portanto, necessária a prática de manuseio e tecnologia apropriadas ao seu melhor aproveitamento e conservação. As hortaliças se classificam dentro dos grupos dos alimentos perecíveis e semiperecíveis. De maneira geral, se alteram com muita facilidade após a colheita, o que é ocasionado por invasão e crescimento de “microorganismos ou micróbios”, e/ou por transformações químicas e bioquímicas das substâncias naturalmente presentes nestes alime ntos. As mudanças decorrentes destes fatores ocasionam: • alterações nas características físicas do produto (sabor, cor, aroma, textura, aparência); • perda de substâncias nutritivas; • presença de toxinas ou veneno, que causam doenças ao consumidor. Utilizam-se os seguintes procedimentos para conservação: refrigeração (conservação pelo frio); desidratação (conservação pela retirada de água); branqueamento; esterilização (conservação pelo calor). A conservação de um produto pode ocorrer pela utilização de uma única técnica, ou pela ação combinada de duas ou mais, sendo que a escolha do procedimento correto vai depender da natureza da matéria-prima e do produto a ser obtido. No entanto aqui será ensinado a prática de conservação de hortaliças pelo método de acidificação, combinado com o branqueamento e/ou es terilização. O branqueamento consiste na aplicação de calor na m atéria-prima durante o processamento, para evitar o escurecimento e eliminar micróbios. A esterilização é a aplicação do calor no produto final, para destruir os micróbios que sobreviveram ao branqueamento. O processo de salga e acidificação tem sua ação pre servativa baseada na retirada da água, por meio da penetração do sal nos tecidos do produt o e do aumento de acidez, por meio da adição de vinagre, o que torna o alimento imune ao crescimento da maioria dos microorganismos. 6 2.2.1 Processamento de Picles “Picles” são produtos preparados com as partes come stíveis de vegetais, com ou sem casca, preservados pela adição de sal, vinagre, condimenta dos e adição de temperos (ervas e especiarias). Os picles podem ser simples, quando preparados com um único tipo de vegetal, e mistos, quando se utiliza mais de uma espécie vegetal. 2.2.1.1 Etapas do processo de produção Para se obter picles de boa qualidade, deve-se seguir, rigorosamente, todas as etapas descritas: Colheita: as hortaliças devem ser colhidas no características físicas (cor, tamanho, odor, etc.) de forma manual e cuidadosa. ponto da matur ação ideal, devendo apresentar as próprias de cada espécie. A colheita deve ser feita Transporte: as hortaliças devem ser transportadas em caixas pl ásticas, com capacidade máxima de 10 kg para evitar danos físicos. Deve-se tomar sempre o cuidado de protegê-las contra luz solar. Recepção/pesagem: no local de recepção, ou processamento,as hortali ças devem ser pesadas para efeito de cálculo de rendimento e de pagamento. Lavagem: as hortaliças (cenoura, beterraba, chuchu, pepino, cebola, etc.) são lavadas para retirada da sujeira superticial, com água clorada. Coloca-se20 gotas de hipoclorito de sódio ou água sanitária, mais 10 gotas de vinagre para 10 L de água; para 100 L multiplica-se este valores por dez. No caso de raízes (cenoura, beterraba), aconselha-se o uso de escovas para fazer uma boa limpeza. Limpeza e Seleção: consiste na remoção das partes indesejáveis das hortaliças, bem como da retirada das unidades estragadas ou não apropriadas ao processamento. Nunca trabalhe com hortaliças estragadas. É preferível um pequeno prej uízo, do que comprometer a qualidade do produto. Descascamento ou limpeza: é realizado com o auxílio de uma faca de aço inoxidável. Em alguns casos, quando necessário, utiliza-se água quente para facilitar a despela. Corte: efetuado com faca de aço inoxidável e utensílios domésticos. Nesta etapa dá-se à hortaliça a forma mais prática adequada ao acondicionamento. Ex.: corte em rodelas ou segmentos as cenouras, corte em raminhos o couve- flor, corte em cubos a beterraba, etc. Procure fazer cortes perfeitos para que ao final, quando for colocar as hortaliças no vidro, o aspecto fique harmonioso e com boa aparência. Branqueamento ou pré-aquecimento:nessa etapa, as hortaliças são colocadas em um sac o de filó e levadas à fervura em uma panela contendo água. O tempo de fervura vai depender da maturação e maciez da hortaliça, podendo variar de alguns segun dos até 2 minutos. O branqueamento é efetuado com finalidade de amaciar os legumes, realçar sua coloração, evitar o escurecimento e reduzir a contaminação. Ap ós o período de fervura, retirar os legumes do saco e deixar escorrer em peneiras de bambu. David Highlight David Highlight 7 Embalagem: colocar as hortaliças inteiras ou cortadas em fras cos de vidro bem limpos, enchendo bem (até uns 3cm da boca), e arrumando os materiaisde modo ordenado de forma que o produto final tenha uma bonita aparência. Pode-se, nesta etapa, adicionar ervas e especiarias tipo orégano, louro, coentro, pimenta da jamaica, mostarda, cravo-da-índia, alho, gengibre, pimenta calabresa, etc., ou adicionálos à salmoura, no momento do seu preparo. Encher os vidros com a salmoura básica, ainda quente, e fechá-los. Fechamento: o fechamento dos vidros é feito manual- mente, encaixando-se a tampa na boca do mesmo e rodando-se para facilitar a saída do ar de dentro do vidro durante o tratamento térmico (pasteurização). Antes de fechar os vidros, eliminar as possíveis bolhas de ar existentes, sendo necessário, para isto, a introdução, junto às paredes internas do vidro, de uma faca de mesa, espátula, ou mesmo espeto de churrasquinho. Tratamento térmico: colocar os vidros em pé, dentro da panela, já como estrado de madeira forrando o fundo do recipiente, e encher com água téa cobri-los. Quando iniciar a fervura, marcar 10 a 15 minutos e apagar o fogo. OBS.: O tempo de pasteurização poderá variar de acordo com o tipo de produto e/ou com o tamanho dos vidros. Resfriamento: após o aquecimento, os vidros devem ser resfriados , o que pode ser feito de 2 (duas) maneiras: jogando-se cuidadosamente água fria ao banho-maria. Uma maneira prática seria colocar a panela com os vidros ainda no banho-maria, debaixo de uma torneira, e ir soltando água fria bem devagar com cuidado para não quebrar os vidros; uma outra maneira de resfriar os vidros seria retirá- los do banho- maria e colocá-los sobre uma esa,m forrada com um pano limpo, de boca para baixo e com espaçamento suficiente para facilitar o arejamento, e, por conseguinte, o resfriamento. Rotulagem: depois de frios, limpar bem os vidros e colocar um rótulo para identificação do tipo de produto, data de fabricação e data de validade. 2. Processamento – Doces INTRODUÇÃO Os métodos de preservação de alimentos, como a utilização do gelo nos países de clima frio, para conservar a caça, a secagem dos frutos colhidos e a salga de variados tipos de carnes são práticas milenares. Mesmo sem entender o processo, nossos antepassados utilizavam essas técnicas para manter a qualidade dos alimentos, evitando sua deterioração, e armazená-los para os períodos críticos, como os de escassez de alimentos ou de invernos rigorosos ou, ainda, para serem consumidos durante suas viagens de exploração. As conservas de frutas, especificamente os doces de frutas em calda, são produtos constituídos de frutas inteiras ou em pedaços, preservadas de tal forma que permanecem inalteradas por meses, mantendo, em níveis elevados, suas características sensoriais (aroma, sabor, textura e cor) e, principalmente, seu valor nutritivo. A preservação das frutas dá-se basicamente pela combinação de quatro fatores: a concentração de açúcar, o aquecimento do produto e o envasamento em embalagem hermética. O quarto fator, considerado de extrema importância e indispensável a toda unidade de processamento de alimentos, independentemente de sua dimensão, são as boas práticas de fabricação. Atende, ao mesmo tempo, a todas as exigências de normas e legislação vigentes no País sobre segurança dos alimentos. Doce em massa, também denominado doce em pasta ou doce de corte, é um produto que resulta do cozimento da polpa da fruta com o açúcar até alcançar uma consistência tal, que ao esfriar, se gelatinize até o ponto de corte. ETAPAS DO PRÉ-PROCESSAMENTO As frutas depois de colhidas no campo deverão passar por várias etapas de pré-processamento antes de serem transformadas em produtos. Comumente as etapas do pré-processamento são apresentadas conforme o fluxograma: Figura 1. Fluxograma geral das etapas que compõem o pré-processamento de frutas David Highlight David Highlight David Highlight David Highlight Transporte O transporte de frutas é uma etapa muito importante, devendo ser realizado no menor prazo possível e com temperatura adequada para não afetar a qualidade dos produtos. A tempera e a maneira de transporte variam de acordo com o tipo de fruta. As frutas podem ser transportadas em caminhões bem ventilados, ou com refrigeração, acondicionadas em caixas limpas de papelão ou de plástico. b) Pré-lavagem É feita em água limpa, com ob terra, talos, folhas e outros. Essa etapa também ajuda a diminuir a temperatura da fruta. A pré-lavagem pode ser realizada em tanques, onde a fruta é imersa, ou em mesas com dispersores de água tipo chuv c) Seleção É feita em mesas, travessas ou esteiras limpas, em locais bem iluminados. As frutas são analisadas e selecionadas, separando aquelas que apresentarem defeitos, podridões ou O transporte de frutas é uma etapa muito importante, devendo ser realizado no menor prazo possível e com temperatura adequada para não afetar a qualidade dos produtos. A tempera e a maneira de transporte variam de acordo com o tipo de fruta. As frutas podem ser transportadas em caminhões bem ventilados, ou com refrigeração, acondicionadas em caixas limpas de papelão ou de plástico. É feita em água limpa, com objetivo de retirar as sujeiras vindas do campo, como terra, talos, folhas e outros. Essa etapa também ajuda a diminuir a temperatura da fruta. lavagem pode ser realizada em tanques, onde a fruta é imersa, ou em mesas com dispersores de água tipo chuveiros. É feita em mesas, travessas ou esteiras limpas, em locais bem iluminados. As frutas são analisadas e selecionadas, separando aquelas que apresentarem defeitos, podridões ou O transporte de frutas é uma etapa muito importante, devendo serrealizado no menor prazo possível e com temperatura adequada para não afetar a qualidade dos produtos. A temperatura As frutas podem ser transportadas em caminhões bem ventilados, ou com jetivo de retirar as sujeiras vindas do campo, como terra, talos, folhas e outros. Essa etapa também ajuda a diminuir a temperatura da fruta. lavagem pode ser realizada em tanques, onde a fruta é imersa, ou em mesas É feita em mesas, travessas ou esteiras limpas, em locais bem iluminados. As frutas são analisadas e selecionadas, separando aquelas que apresentarem defeitos, podridões ou machucados. Nessa etapa, são retiradas também, as frutas verdes já que estas podem apresentar textura e sabor diferenciados das frutas maduras. d) Lavagem A lavagem é uma etapa muito importante, pois retira as sujeiras que não foram eliminadas na pré-lavagem e diminui ou elimina os microrganismos presentes. A lavagem de frutas pode ser realizada de várias maneiras, como por exemplo: Lavagem por imersão: as frutas são imersas em vários tanques contendo em cada um, separadamente, solução de detergente (lavagem propriamente dita), água limpa (enxague) e de solução sanitizante (sanitização), respectivamente. Lavagem por imersão com agitação: as frutas são imersas em tanques submetidos à agitação constante, contendo solução de detergente, água limpa e de solução sanitizante. Lavagem por jatos de água: as frutas são dispostas em esteiras, onde recebem lavagem por jatos de água, com solução de detergente, seguidas de água limpa e posteriormente de solução sanitizante. e) Descascamento O descascamento de frutas pode ser realizado por quatro métodos: Método manual: realizado com o uso de facas, porém ocasiona muito desperdício; ou por fricção, após pré-tratamento em água quente. Método mecânico: o descascamento pode ser feito pelo corte da pele, efetuado por meio de um equipamento em que a fruta gira, e a faca, ligeiramente apoiada, eliminam a casca de modo mais ou menos regular. Outro método mecânico de descascamento é a raspagem da pele da frutas, por abrasivos. O equipamento consiste de um cilindro vertical com um disco dotado de abrasivo no fundo, provido de movimento circular. Método físico: pode-se empregar calor seco, calor úmido e frio. No caso das frutas, utiliza-se calor úmido que consiste em submeter as frutas inteiras ao vapor ou mergulhá-las em água quente (acima de 100ºC) por um determinado tempo (5 min) ou até que a pele da fruta se desprenda, sendo facilmente retirada com a mão. Método químico: no descascamento químico são utilizadas substâncias químicas, sendo o método mais comum a lixiviação (solução de soda cáustica e água quente), na qual a fruta entra em contato com a solução por um tempo pré-determinado, dependendo da textura e o grau de maturação da mesma. f) Branqueamento O branqueamento é realizado geralmente em frutas e vegetais, com a finalidade de: • Diminuir a quantidade de microrganismos presentes; • Inativar enzimas (amolecimento, escurecimento da fruta); • Eliminar odores e sabores desagradáveis de algumas hortaliças; • Fixar a cor dos vegetais; • Facilitar o descascamento de frutas. Os tipos principais de branqueamento são: - Água quente; - Vapor; - Químico. Branqueamento em Água Quente: consiste em colocar as frutas na água quente (70 a 100ºC), por 2 a 5 minutos ou até que se tornem macias (dependendo do produto que se queira obter). Depois é realizado o resfriamento rápido com água fria para interromper o tratamento térmico, a fim de evitar o prolongamento do aquecimento do produto. Branqueamento com vapor: as frutas entram em contato com vapor por alguns minutos (pré- determinado para cada tipo de fruta) com a mesma finalidade do branqueamento com água quente. Branqueamento químico: é feito por meio de soluções de água com substâncias químicas; o mais comum é o uso de ácido cítrico. A dosagem irá depender do tipo de fruta e do produto que se pretende obter. g) Corte Tem a finalidade de uniformizar o tamanho dos pedaços, além de assegurar um tratamento térmico eficiente. O corte da fruta vai depender do produto que será elaborado, podendo ser em: fatias; frutas inteiras; metades; rodelas; tiras e cubos. A manipulação das frutas deve ser feita em mesas limpas, retirando-se as sementes e os caroços. As frutas submetidas ao pré-processamento apresentam características homogêneas que influenciam diretamente na qualidade final do produto elaborado. 2. COMPONENTES DO DOCE EM MASSA Para se obter um bom doce de corte, é necessária a geleificação da massa, o que se consegue com a combinação adequada de três elementos: a pectina, o ácido e o açúcar. - Pectina E uma substância indispensável no preparo dos doces em massa. Essa substância se forma pela decomposição da protopectina (hidrato de carbono existente nas frutas), por intermédio da ação de enzimas. Quando combina com uma porção adequada de açúcar, na presença de ácidos e sais minerais, a pectina se precipita formando um gel, que permitirá um bom corte do doce. A pectina normalmente é encontrada na polpa de frutas, perto da casca, em volta das sementes e nos caroços, principalmente em frutas mais verdes. A medida que as frutas amadurecem, a pectina se transforma em ácido péctico, que é solúvel em água, razão pela qual não tem capacidade de gelatinização. A pectina é o elemento que garante o “ponto de corte” pela geleificação. Excesso de pectina resulta num produto duro e a sua deficiência faz com que haja má geleificação, não possibilitando o “ponto de corte” ideal. - Ácido Também indispensável no preparo dos doces de corte. Quando a fruta não tem acidez necessária, acrescenta-se ácido durante o processamento. Na fabricação artesanal, utiliza-se do limão, observando-se as quantidades recomendadas nas formulações. Quando há excesso de acidez, poderão acontecer alterações no produto final. - Açúcar Melhorar o paladar do doce e age como preservador, porque inibe o crescimento dos microorganismos, evitando que o produto deteriore-se com facilidade. No processo artesanal, o açúcar deve ser usado na proporção mínima de 650 gramas para cada kg de polpa a ser processada. Uma quantidade inferior a 650 gramas reduz o tempo de conservação do doce, e uma quantidade muito elevada de açúcar oferece risco de cristalização do produto final. - Alterações no doce em massa As principais alterações são: - Sinérese E verificada no doce que, pouco depois de preparado, se toma untuoso ao tato e, com o tempo, elimina, superficialmente um líquido xaroposo, pardacento, dando ao produto um mau aspecto, sendo prenúncio de alteração de caráter biológico. Ocorre quando o grau de acidez da fruta é muito elevado ou a porcentagem de açúcar é baixa em relação a sua pectina e á acidez. - Mofo O mofo pode ocorrer em doces, cuja quantidade de açúcar é pequena em relação à quantidade de massa. Para evitar esta alteração, deve-se observar a quantidade mínima de 65,2% de açúcar, prolongar o tempo de cozimento e evitar contaminação do doce após o seu preparo pela manipulação e embalagem inadequada. A armazenagem deve ser em local seco, ventilado e não contaminado. - Cristalização E um defeito facilmente perceptível. O doce toma-se mais claro, quebradiço. Ao prová-lo tem-se a sensação de areia na boca. Este fenômeno ocorre quando a concentração de açúcar é muito alta ou quando o doce é armazenado em baixa temperatura. - Polpadas Polpadas é um doce em massa, comumente denominado “doce de colher”. E utilizado como sobremesa, em recheios de bolos, como acompanhamento de biscoitos, pães e queijos. As frutas empregadaspara este tipo de produto podem ser aquelas descartadas na linha de produção de compotas, doces em calda, tais como: pedaços, fatias ou recortes, que embora apresentem boa qualidade, não são aproveitados. Na fabricação da polpada não existe a preocupação em se verificar o teor de pectina presente na fruta, considerando que não haverá necessidade de geleificação, como no caso da geleia e do doce de corte. A fruta em calda é um dos produtos processados que tem grande aceitação em todo o mundo. Além de nutritivas, as frutas em conserva são uma opção prática, versátil e estão disponíveis durante o ano inteiro. A calda de açúcar adicionada, além de preencher os espaços entre as frutas e a embalagem, ajuda a transmitir calor durante o processamento e tratamento térmico, além de melhorar o sabor. Várias técnicas vêm sendo desenvolvidas para processar diversas frutas, considerando suas particularidades, e para atender às necessidades do consumidor que busca encontrar produtos saborosos, nutritivos, práticos, diversificados e com qualidade. Para tanto, os cuidados em todas as etapas de processamento são necessárias para garantir a tão almejada qualidade. 2.1 DEFINIÇÃO Compota ou fruta em calda é definida pela Legislação Brasileira de Alimentos (Resolução – CNNPA nº 12, de 1978 da Anvisa) como o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes, caroços ou casca, submetidos a um cozimento inicial, envasadas em lata ou vidro, praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar. 2.2 CLASSIFICAÇÃO Em geral, podemos fabricar doce em massa de qualquer fruta, sendo aquelas que contêm maior quantidade de substâncias pécticas dão melhor corte. De acordo com a composição as compotas são classificadas em: • Compota simples: preparada com apenas uma fruta; • Compota mista: preparada com duas frutas; • Salada de frutas: preparada com três ou mais tipos de frutas, até no máximo cinco. · Acondicionamento da fruta e enchimento Os pedaços de fruta devem ser acondicionados ainda quentes em recipientes de vidro ou de metal previamente esterilizados. Após a distribuição das frutas nos recipientes, adiciona-se a calda de cobertura. No uso de recipientes de vidro, verificar a distribuição das frutas de maneira a obter um produto atrativo. · Esterilização dos vidros • Coloque um pano ou grade de madeira no fundo de uma panela, arrume os vidros deitados e as tampas, ferva-os com a panela tampada por 15 minutos. • Outra maneira de esterilizar os recipientes de vidro é colocando-os, após lavagem, em uma assadeira e levá-los ao forno quente por 20 minutos. · Adição da calda A adição da calda é realizada imediatamente depois da distribuição da fruta nos recipientes. A calda preenche os espaços entre os pedaços da fruta transmitindo o calor, ajudando na remoção do ar e realçando o sabor das frutas. A temperatura da calda deve ficar em torno de 75ºC. A sacarose é o açúcar mais utilizado na preparação da calda. · Preparação da calda ou xarope A calda de cobertura pode ser rala, média ou grossa, conforme a preferência. A preparação mais simples consiste na dissolução do açúcar na água nas proporções apresentadas no quadro 4, a seguir. Quadro 4. Caldas de cobertura para compotas de frutas Ingredientes Calda rala Calda média Calda grossa Sacarose 1 kg 1 kg 1 kg Água potável 2 L 1,5 L 1 L Dissolva o açúcar na água, ferva por no mínimo 5 minutos para eliminar as substâncias que possam trazer sabores estranhos à calda e depois filtre (em pano branco fervido com água). Tecnicamente, a preparação das caldas pode ser realizada considerando o Brix da solução desejada. · Exaustão É o pré-aquecimento dos vidros antes da sua esterilização. O objetivo principal da exaustão consiste na remoção das bolhas de ar e outros gases presentes no espaço livre existente entre o produto e o recipiente e, em consequência, a formação do vácuo. A exaustão minimiza reações químicas, que podem causar alterações indesejáveis nas compotas. A compota é colocada em banho-maria (95 a 98ºC), sem tampa, por 10 a 15 minutos. O vapor d’água no espaço livre, em substituição ao ar, condensa-se durante o resfriamento, produzindo um vácuo parcial. · Fechamento (Recravação) Depois da retirada do ar, os vidros ainda quentes são fechados hermeticamente, para que não haja contaminação microbiana e para que o alimento durante o processo de esterilização, resfriamento e estocagem não seja comprometido. Para comprovar que o fechamento foi eficiente, coloque os vidros de cabeça para baixo e observe se não há vazamentos. Não podem aparecer bolhas, líquido turvo e bolor na superfície, porém estas alterações somente serão notadas em um maior período de tempo. · Tratamento térmico Consiste na pasteurização da calda e da polpa, a fim de que não haja desenvolvimento de microrganismos patogênicos e deteriorantes na conservação a longo prazo, além de melhorar a textura, o sabor e a aparência do alimento. Os vidros são colocados de modo que todos fiquem submersos em banho-maria com temperatura próxima ao ponto de ebulição. O tempo de tratamento térmico varia em função do produto, tendo-se que garantir a temperatura mínima de 85ºC no centro dos pedaços de frutas. · Resfriamento O resfriamento dos vidros deve ocorrer no menor tempo possível e logo em seguida ao tratamento térmico. Um resfriamento prolongado poderá causar supercocção do produto, além de alterações microbiológicas. A temperatura final de resfriamento deve estar entre 35-40ºC, o que provocará a evaporação rápida da água ainda aderida à embalagem. O resfriamento de produtos embalados em vidro deve ser realizado da seguinte maneira: • No mesmo vasilhame (panela ou tacho) em que os vidros passaram pelo tratamento térmico adicionasse água aos poucos pelo canto do vasilhame. Nunca diretamente nos vidros, para que não trinquem em contato com água fria. Assim, a água que foi utilizada no tratamento térmico aos poucos vai se tornando morna. Até chegar a temperatura de 35 a 40ºC. Esse método é o mais indicado, pois evita que os potes da conserva trinquem ou quebrem. Ou: Caso os vidros estejam todos em um mesmo vasilhame permitindo a retirada de todos ao mesmo tempo): • Transfira os vidros da pasteurização para um vasilhame em água morna (60ºC). • Depois, para outro vasilhame em água a temperatura ambiente; • Deixe os vidros em local ventilado para que acabem de resfriar e secar. Recomendações de Higiene A manutenção das condições adequadas de higiene é um dos requisitos básicos para a manipulação de alimentos. É essencial evitar a entrada e o desenvolvimento de microrganismos que possam contaminar o produto, pois é isto que vai garantir a segurança de quem consumirá o alimento processado. É importante ressaltar que uma das principais consequências da má higienização dos alimentos é a ocorrência de doenças de origem alimentar, como infecções, que causam enjôos, diarréias e vômitos, até doenças mais graves, algumas letais. Neste sentido, deve-se estar sempre atento à higiene pessoal e à saúde dos manipuladores, à limpeza e manutenção dos equipamentos, utensílios e do ambiente. Quando se fala em higiene, o primeiro aspecto a ser considerado é o da higiene pessoal. Não existe processamento limpo, equipamentos limpos e produtos em boas condições microbiológicas se as pessoas que manipulam os alimentos não tiverem os cuidados necessários com a higiene pessoal. Os manipuladores de alimentos devem manter as unhas sempre cortadas e limpas. Não devem ser utilizados anéis, brincos, pulseiras, relógios, pois tais peças podem ser perdidas nos alimentos ou,ainda, podem acumular sujeira, tornando-se fonte de contaminação. As pessoas que apresentarem feridas, cortes ou machucados devem ser retiradas da área de manipulação, assim como quem estiver com gripe, tosse ou qualquer outra enfermidade. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://livraria.sct.embrapa.br/liv_resumos/pdf/00071460.pdf http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_3582.pdf http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=equipamento-embrapa-analisa-qualidade- alimentos&id=020170130812 http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved=0CEsQFjAE&url=http%3A% 2F%2Fwww.mds.gov.br%2Fsegurancaalimentar%2Fequipamentos%2Fbancosdealimentos%2Farquivos%2Fp reparo-de-compotas-e-doces-em- massa.pdf%2Fdownload&ei=HpdJUuCdI5i14APV9oDABA&usg=AFQjCNG3CIeZ9gvpJ4lblKKQ4aUx6k2 A0w&bvm=bv.53217764,d.dmg AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Resolução RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005. Aprova o “Regulamento Técnico para Produtos de Vegetais, Produtos de Frutas e Cogumelos Comestíveis”. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 set. 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Técnico sobre “Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos”. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, DF, 01 ago. 1997. 2.4 Processamento de Defumados INTRODUÇÃO DEFUMAÇÃO A defumação é considerada um dos processos mais antigos de conservação dos alimentos. Conhecido desde o antigo Egito, é fundamentado no efeito conservante da fumaça mais o calor. Hoje, com tantos variados processos de conservação, a defumação é mais usada para conferir cor e sabor às carnes do que para conservar. A defumação, por sua técnica, consiste em agregar sabor e ajudar na preservação do alimento, além de ser um método de cocção, já que as características organolépticas do produto são alteradas (sabor, aroma e até textura). Porém, somente a defumação não permite o prolongamento da vida útil do produto, é preciso curá-lo antes.A cura, então, é um método que desidrata, elimina microrganismos e agrega sal e outros sabores, conseguindo estender o prazo de validade de algum produto. Pode ser feita somente com sal, mas o usual é utilizar sal e açúcar (50% sal, 50% açúcar – cura seca) e temperos aromáticos. É possível ainda fazer a cura pela salmoura. Nesse caso, a cura é chamada de úmida porque agrega líquido. O processo de defumação e produtos defumados. A defumação é o processo de retirada do excesso de água dos produtos, aumentando seu período de conservação e conferindo cor e sabor. Existem inúmeros processos de defumação, desde o método empírico, empregado pelas donas de casa do meio rural, dependurando os produtos sobre o fogão à lenha, até os processos sofisticados, usados nas grandes indústrias. E, atualmente, já tem sido usada a fumaça líquida em banho de imersão, por chuveiro, ou colocada na massa do produto a ser defumado. São inúmeros, também, os tipos de defumadores. O que confere ao alimento a característica de produto defumado é os componentes da fumaça. A mais indicada para o processo é aquela produzida pela combustão incompleta da madeira e, por isso, ela deve ser seca, dura, de alta densidade, descascada e não-resinosa. Sendo assim, a cor e o sabor do produto defumado estão diretamente ligados ao tipo de madeira ou serragem que se usa durante a defumação. O efeito da fumaça, da desidratação do produto e a concentração de sal, em conjunto, atuam na conservação do defumado. A temperatura também influencia nas características finais do David Highlight produto; por isso, recomendam-se temperaturas de até 50°C para defumação de queijos e até 75°C para carnes em geral. O tempo de defumação varia de acordo com o produto a ser defumado, sua espessura ou seu diâmetro. O tipo de defumador também pode influir. O bacon, a costelinha e o lombo de porco. O tempero para a defumação é simples, sendo feito com sal, pimenta malagueta, pimenta-do-reino, noz moscada e colorau. Defumados e ainda mais suculentos, são uma pedida perfeita para petiscos ou refeições. Os ingredientes utilizados são sal, alho, pimenta malagueta, pimenta-do-reino, noz moscada e colorau. Se for uma produção em maior escala, pode-se adicionar o sal de cura e o antioxidante. No entanto, eles devem ser inseridos com cautela para evitar prejuízos à saúde do consumidor.Para o preparo das carnes, passe o tempero sobre toda a peça, não esquecendo das laterais. Massageie, facilitando a penetração do tempero. Acondicione e deixe em repouso por 18 a 24 horas. Repita o processo e leve ao defumador. O tempero pode ser adicionado de uma só vez. No entanto, não penetrará tão bem e ocorrerá maior dessoragem. O presunto, o apresuntado e o pastrame. O pastrame, feito com a peça que sai do quarto traseiro do boi, é considerado um produto nobre. Além dos temperos já citados, para produção desses produtos, utiliza-se o super- rendimento; o açúcar e o antioxidante. Para cada quilo de carne, devem ser preparados dois litros de salmoura. Desses, de 10 a 15% devem ser injetados na carne, e o restante mantido na panela para a carne permanecer de molho. Para a salmoura são utilizados, em sequência, o super-rendimento, o sal de cozinha, o açúcar e, por fim, o antioxidante, todos bem dissolvidos em água. Depois, podem ser adicionados os demais temperos. Após descansar na salmoura, as peças devem tomar um banho de água antes da defumação. Frango defumado A defumação de frangos é uma ótima forma de aumentar o preço de venda do produto, agregando-lhe valor e possibilitando sua conservação por um longo período, além de diversificar o mercado, com a oferta de produtos diferenciados. O frango pode ser preparado inteiro, ou utilizando-se somente a carne das coxas ou do peito. Os temperos utilizados são os mesmos já citados. Para facilitar a penetração do tempero de forma homogênea nas aves, fure-as, internamente, com o auxílio de um garfo ou de outro instrumento de ponta, com cuidado para não furar a pele. O frango temperado deve ficar em repouso, aproximadamente, 24 horas, para absorver o tempero. A dica para acertar a mão nos peixes é, antes de defumar, cozinhá-los em salmoura. “Pegue um filé de salmão, por exemplo, salgue-o e amarre-o com um barbante. Deixe-o na geladeira por três ou quatro dias em uma posição que ele fique suspenso e permita escorrer toda a água”, ensina Daniela. A salga garante textura e sabor ao produto, além de ser antibacteriana e altamente conservante. Passo a passo para defumação caseira na panela: • Forre uma panela de fundo grosso com papel alumínio. Coloque a serragem sobre o forro. Acrescente ervas (tomilho, louro, alecrim) ou especiarias (cravo, canela em pau), combinando os temperos com o alimento que vai ser defumado. • Coloque uma grelha sobre a serragem a uma distância suficiente para que o alimento não entre em contato direto com o pó da madeira -- mais ou menos 10 centímetros. • Acenda o fogo e espere a serragem começar a queimar. Em seguida, coloque o alimento na grelha e tampe a panela. Deixe agir por cerca de 10 minutos -- esse tempo varia de acordo com o alimento. Carnes, por exemplo, demoram mais que vegetais. • Caso tenha uma panela específica para cozimento a vapor, basta colocar a serragem no fundo e o alimento no recipiente com furos que vai em cima. Mas lembre-se de forrá-la com alumínio para que a madeira não grude.Passo a passo para defumação caseira no forno: • Coloque os gravetos secos ou serragem em uma assadeira forrada com alumínio. Acrescente ervas (tomilho, louro, alecrim) ou especiarias (cravo, canela em pau), combinando os temperos com o alimento que vai ser defumado. • Leve ao forno a 250º C na grade inferior. Deixe fechado por pelo menos 10 minutos para que comece a liberar fumaça. • Coloque o alimento a ser defumado na grade superior. Pode-se usar papel alumínio como suporte. • Mantenha-o no forno por cerca de 5 minutos. Vire e deixe defumando pelo mesmo tempo. Atenção: vegetais pegam sabor mais rápido do que carnes . • Retire a assadeira com a madeira e terminar a cocção do alimento no forno. A temperatura do forno também deve variar de acordo com o alimento. Passo a passo para defumação caseira a frio: • Faça um furo com um prego em uma lata de óleo de 1 litro (ou outra de uso para alimentos). Encaixe no buraco um canudo plástico. Retire o fundo da lata com um abridor. • Separe outra lata menor e retire a tampa. Dentro dela misture ervas e especiarias de sua preferência com gravetos ou serragem. • Coloque fogo na lata menor. Se tiver com dificuldade pode usar um acendedor de churrasqueira, um pão duro umedecido com álcool ou mesmo aquecê-la na chama do fogão até que o conteúdo comece a queimar. • Assim que começar a gerar fumaça, cubra imediatamente a lata menor com a maior aberta no fundo já com o canudo encaixado. • Encaixe a outra ponta do canudo dentro do recipiente onde está o alimento a ser defumado. Esse recipiente deve estar fechado para reter a fumaça da lata, tendo apenas o pequeno espaço para o canudo. • Deixe que a fumaça cubra todo o alimento. Depois feche totalmente o recipiente e leve à geladeira. Deixe defumar por cerca de 10 minutos. Lembre-se: quanto mais tempo, mais acentuado será o sabor defumado. Sirva imediatamente. Os tipos de defumadores Todo ambiente onde se consegue controlar a quantidade de fumaça e a temperatura pode ser considerado um defumador. Existem câmaras de tamanhos diversos, construídas em alvenaria ou chapas de aço; modelos simples ou sofisticados. Podem-se citar também, os artesanais, feitos de alvenaria, ou com manilha de cimento, ou com tambor de latão de 200 litros, dentre outros. A fonte de calor e fumaça também varia. Queimadores a gás, elétrico e carvão, queima de serrado ou lenha, por exemplo. Os métodos são muitos, mas se dividem basicamente em dois: defumação a quente e a frio. “A quente é quando o alimento é exposto a altas temperaturas, entre 82º C e 130º C, e cozinha ao mesmo tempo”, afirma Daniela Peixoto, professora de gastronomia do Centro Universitário Senac Águas de São Pedro, no interior de São Paulo. A produção doméstica pode ser feita com o auxílio de defumadores portáteis ou, simplesmente, com panela, papel alumínio e grelha. Um deles é o defumador de tambor, ideal para produção caseira de defumados. Sua fonte de calor e fumaça é produzida pela queima de serragem. Nele são usados dois tambores de 200 litros, sendo que um deles deve ser dividido ao meio no sentido da ltura. O defumador de manilha é de tamanho médio, indicado para quem for produzir até 20 kg de defumados por dia. Sua fonte de calor é fumaça e serragem. A estufa de defumagem é o defumador indicado para quem vai produzir defumado em grande quantidade. Consiste em um cômodo de alvenaria comum, com laje, chaminé e porta de ferro. Foto 1: forno defumador Foto 2: defumação fria Resumo do processo de defumação: 1. Selecione o alimento 2. Prepare o alimento (tire o excesso de gordura, limpeza geral, sem cascas) 3. Faça a cura 4. Prepare o ambiente de defumação 5. Inicie a defumação O processo de defumação pode durar dias, dependendo da quantidade de itens em defumação, porém para baixa produção artesanal o tempo pode durar até dois dias, com os devidos cuidados na manutenção do calor. Foto 3: fonte de calor Foto 4: defumação Legenda Foto 1: local onde será feita a defumação (quando não há um defumador próprio). Nesse caso, um forno com grade;Foto 2: o mesmo forno com uma assadeira com gelo (para fazer a defumação à frio); Foto 3: frigideira de aço inox forrada com papel alumínio com carvão aquecido e serragem; Foto 4: visualização do processo funcionando: frigideira no primeiro andar, assadeira com gelo no segundo andar e produto (peito de pato) no terceiro; Foto 5: defumador artesanal externo: à direta a fonte de calor, o cano inclinado para a fumaça e à esquerda os latões com grades para os produtos que serão defumados. Foto 5: defumador artesanal externo OBS.: Não abra muitas vezes o forno para não perder fumaça. E cuidado com a possível intoxicação com o excesso de fumaça no ambiente. Serragem utilizada na defumação Na defumação o que garante o aroma e sabor ao alimento é a exposição à fumaça proveniente de alguns tipos de madeira. “Geralmente usamos lenha de árvores frutíferas, mas qualquer uma que não tenha resina serve”, afirma Daniela. Dá pra usar gravetos de goiabeira, cerejeira, de pés de acerola, ameixa, amora, abacate e por aí vai. Outras serragens e folhas finas de madeira também cumprem a função. “O mais importante é que estejam secos. Os galhos verdes podem deixar o alimento amargo”, afirma Ana. Referencias Bibliográficas http://www.alimentares.com/colunistas/antivilo.asp?iAut=1&codTexto=47 em 22/09/2013 ás 16:24 pm. http://www.cpt.com.br/cursos-processamentodecarne-comomontar/artigos/defumados-tem-cor- sabor-durabilidade#ixzz2feWqh7Lo em 22/09/2013 ás 17:33 pm. http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/ovinos_de_corte/arvore/CONT000g3izohks02wx5ok0t f2hbweqanedo.html em 23/09/2013 ás 07:33pm http://www.ceres.ufv.br/CERES/revistas/V55N004P03708.pdfem 23/09/2013 ás 07:36pm http://books.google.com.br/books?id=l_uUf0KEY0YC&pg=PA281&lpg=PA281&dq=pr%C3%ADn cipios+da+defuma%C3%A7%C3%A3o&source=bl&ots=xqOac6sUyR&sig=7WVRINsHDxM7SHJ y9TSiIckx91U&hl=ptBR&sa=X&ei=1zZAUs7GOYb28wSBjIGoDA&ved=0CCwQ6AEwAA#v=on epage&q=pr%C3%ADncipios%20da%20defuma%C3%A7%C3%A3o&f=false em 23/09/2013 ás 07:58 pm http://www.igeduca.com.br/artigos/voce-sabia/o-que-e-um-alimento-defumado.htmlem 24/09/2013 ás 07:342pm http://www.alimentares.com/colunistas/antivilo.asp?iAut=1&codTexto=47 em 25/09/2013 ás 10:44 pm http://www.cpamn.embrapa.br/publicacoes/new/folder/folder_pdf/2010/producao_defumados.pdfem 26/09/2013 ás 15:27pm 2. Processamento de Desidratados INTRODUÇÃO O Brasil é um dos três maiores produtores mundiais de frutas, com uma produção que supera 34 milhões de toneladas. A base agrícola da cadeia produtiva das frutas abrange 2,2 milhões de hectares, gera 4 milhões de empregos diretos e um PIB agrícola de US$ 11 bilhões. A importação mundial de frutas frescas em 2002 foi de 223.492.000 t, no valor de US$ 280.730.000. Os maiores importadores em volume foram a China, Rússia, Alemanha e Malásia (Figura 01), e em valor foram o Reino Unido, EUA, Alemanha e China (Figura 02). Em 2002 o Brasil importou 172.000 t de frutas desidratadas, no valor de US$ 738.000, e exportou 12.000 t no valor de US$ 42.000. Portanto, apesar de ser um grande produtor de frutas, o Brasil importa mais frutas desidratadas do que exporta (Fonte:http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=6687; em 19/08/04). A fruticultura voltada especificamente para a agroindústria, ainda é bastante limitada no Brasil. Na maioria dos casos os fruticultores produzem predominantemente para o mercado in natura, onde em geral conseguem um retorno maior, vendendo apenas o excedentea um preço menor para a indústria. Portanto, no Brasil, a produção e comercialização de frutas processadas acompanham de perto a produção e comercialização de fruta fresca. Entre os produtos processados as frutas desidratadas se destacam por serem normalmente de fácil obtenção, manterem as características do produto natural, reduzirem custo com transporte e por possuírem características que dificultam o desenvolvimento de microorganismos que poderiam promover a deterioração da fruta fresca. Segundo a legislação brasileira de alimentos, frutas desidratadas, secas ou dessecadas são produtos obtidos pela perda parcial da água da fruta madura, inteira ou em pedaços, por processos tecnológicos adequados, ou seja, processo industrial que envolve as atividades de recepção da matéria-prima, seleção,lavagem, descascamento, acabamento, corte ou fatiamento,secagem e embalagem, visando obter-se um produto saudável e que, na maioria das vezes, não necessita de preparo para ser consumido. Dessecação tem, em essência, o mesmo significado de desidratação, sendo mais genérico e às vezes usado para se referir a produtos da secagem ao sol. Atualmente, mesmo sem perceber consumimos diversos produtos desidratados e de alguns anos pra cá, verificamos uma grande diversificação e aplicação dos mesmos. Sopas instantâneas com vegetais desidratados, sucos de frutas em pó, maçã, abacaxi, manga, banana desidratadas e o tomate seco em conserva são alguns exemplos. Dentre os exemplos citados, destaca-se o tomate seco, que apesar de ainda ser novidades para muitos, rapidamente foi aceito pelos consumidores brasileiros. A produção de tomate seco é uma excelente alternativa para o excedente de produção e os tomates maduros descartados durante o beneficiamento. A lavagem com água clorada, o descascamento, o corte e tratamentos pré-secagem são as principais etapas que antecedem a desidratação, quando utilizamos desidratadores com circulação forçada por meio de ar aquecido.Com a eliminação da água de sua composição, artigos como frutas, legumes, verduras e até carnes mantêm-se próprios para o consumo por um período prolongado, mesmo sem o uso de refrigeração. A secagem natural, deixando-se os produtos expostos ao Sol para que percam água, é uma técnica de conservação muito antiga. Industrialmente os principais produtos desidratados de frutas são farinhas, flocos, pó ou granulado e fruta seca ou passa. Frutas como banana, goiaba e coco devem ser levadas ao secador assim que atingirem o ponto máximo de maturação. O mesmo vale para o tomate. Já maçã, caqui e pêra devem ser desidratadas imaturas. Couve, mandioca e batata-doce podem ser secas ainda em período de desenvolvimento. As folhas e flores de plantas aromáticas e medicinais, logo após a colheita. Não é aconselhável secar ao mesmo tempo dois ou mais tipos diferentes com aromas fortes. As frutas mais suculentas, como banana, goiaba e uva, obtêm sabor, consistência e boa conservação com dois a três dias de Sol pleno. Para folhas e flores, apenas um dia é suficiente. Desidratação é melhor que a secagem ao sol por controlar o ambiente; menor área de serviço; condições sanitárias controláveis; rendimento maior; produto final de melhor qualidade. Outro aspecto muito importante é a conservação, nem sempre se consome um abacaxi de uma só vez, muitas vezes sendo desperdiçado. A desidratação permite que o mesmo seja completamente consumido de forma natural e sem conservantes.Os métodos de embalagem que se demonstraram mais adequados para a conservação de alimentos desidratados foram o sistema a vácuo e a embalagem hermética. Seja qual for o método utilizado, o importante é que o alimento esteja protegido contra a ação da umidade, do ar e da luz. · Dica de receita com várias frutas ao mesmo tempo: Ingredientes: 01 abacaxi maduro; 10 bananas maduras; 06 maçãs maduras. · Preparo: Pique todas as frutas em pedaços pequenos; para a maçã e banana, na medida em que for picando, vá deixando de molho por 2 minutos em água com limão, para evitar que escureçam. Também para essas duas frutas nós salpicammos um pouco de canela misturada com açúcar; pré aqueça o desidratador por uns 5 minutos e disponha os pedaços de frutas nas grades; dê preferência para colocar na parte de baixo o abacaxi, pois vai soltar um pouco de suco; deixe o desidratador ligado por cerca de 24 horas, mexendo as frutas para não grudarem nas grades a cada 8 horas; após 24 horas, se achar que alguns pedaços não estão totalmente desidratados, deixe por mais tempo, verificando o ponto; retire, deixe esfriar e leve à geladeira por 1 a dois dias. Vai muito bem puro, misturado, ou acompanhando alguma sobremesa. Se não possuir o dessecador, pode ser secado ao sol ou caixa de madeira especial. · Uso do microondas: Separe uma maçã gala, argentina, gran smith ou red delicious (não use fuji) ou uma pera williams. Fatie a fruta – que deve estar firme – no sentido transversal com 1,5 mm de espessura. Disponha sobre um prato de papelão e cubra com papel toalha. Leve ao micro-ondas por dois minutos em potência média. Tire o papel toalha, vire as fatias, cubra com um papel limpo e seco e volte ao micro-ondas por mais um minuto. Pronto, frutas desidratadas em menos de cinco minutos. Também dá para fazer chips de cenoura e tomilho e de cebola utilizando a mesma técnica.(www.gazetadopovo.com.br). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Conservação a seco. Luis Roberto Toledo. Acesso em 30 set. 2013. Conservação e Rotulagem de Alimentos. Profª Vivian Pupo de Oliveira Machado. 2009. Desidratação de Frutas, Hortaliças e Plantas Medicinais. Disponível em: http://centreinar.org.br/cursos. Acesso em 30 set. 2013. Desidratação de Frutas – também é qualidade de vida. Célia Wada. 15 ago. 2009. Frutas Desidratadas. Iniciando um Pequeno Grande Negócio Agroindustrial. Série Agronegócios. Embrapa Informação Tecnológica. Brasília. DF. 2003.
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