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1 Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) Conceitos Básicos Equações Diferenciais Ordinárias e Parciais Equação Diferencial é toda equação que contém uma função incógnita e suas derivadas. Quando a função incógnita depende apenas de uma variável independente, a equação é chamada de Equação Diferencial Ordinária (EDO). Quando a função incógnita depende de duas ou mais variáveis independentes, a equação é dita Equação Diferencial Parcial (EDP) ou Equação de Derivadas Parciais. As equações diferenciais tiveram origem em problemas de integração, problemas geométricos e problemas de física. Leibniz (Gottfried Wilhelm Leibniz – matemático alemão : 1648 - 1716) foi que primeiro abordou estes problemas. Modernamente falando, a Teoria das Equações Diferenciais é uma extensão natural do Cálculo Diferencial e Integral. Os métodos de solução de equações diferenciais tornaram-se parte integrante da Matemática Aplicada. Uma equação diferencial traduz em linguagem algébrica uma propriedade relativa a uma curva ou uma superfície, ou exprime em linguagem matemática adequada, as leis que descrevem certos fenômenos físicos. Em geral, a resolução de um problema em física, engenharia, etc., consiste na formulação matemática do problema, na resolução matemática e interpretação física da solução. Ordem e Grau de uma Equação Diferencial A ordem de uma equação diferencial é definida pela ordem da derivada de mais alta ordem que aparece na equação; já o grau de uma equação diferencial que pode ser escrita na forma polinomial, é definido como o maior dos expoentes a que está elevada a derivada de maior ordem. Nem toda equação diferencial pode ser classificada segundo o grau, pois algumas delas, não podem ser escritas na forma polinomial na função incógnita e suas derivadas. Equações Diferenciais Lineares Uma EDO de ordem “ n “ na função incógnita “ y “ e variável independente “ x “ é linear, se pode ser escrita na forma )()()(...)()( 11 1 1 xgyxadn dyxa dx ydxa dx ydxa on n nn n n =++++ − − − . . . ( 1 ) onde as funções aj(x) (j = 0, 1, 2, 3, . . . , n ) e g(x) são supostas conhecidas e dependentes apenas da variável x. As EDOs que não podem ser postas sob esta forma, são ditas não-lineares. Também são utilizados os símbolos y’, y’’, y’’’, y (4), . . . , y (n) para denotar as derivadas de ordem, respectivamente, primeira, segunda, terceira, quarta, . . ., enésima, da função y em relação a variável independente x. Aqui, o uso dos parênteses em y(n) se faz necessário para não se confundir com as potências y n da função y. Por outro lado, uma EDPs (de 2a ordem) na função incógnita u em duas variáveis independentes “ x “ e “ y “ que pode ser escrita sob a forma GuF y uE x uD y uC yx uB x uA =+∂ ∂+∂ ∂+∂ ∂+∂∂ ∂+∂ ∂ 2 22 2 2 . . . ( 2 ) onde A, B, . . . , G podem depender de x e de y mas não de u, é linear. Uma EDP que não pode ser escrita sob esta forma é dita não- linear. Em ( 2 ), se G(x,y) = 0, a equação é dita homogênea e em caso contrário não-homogênea. 2 Exemplos Os exemplos a seguir, ilustram alguns tipos e classificação de equações diferenciais. Tipo Equação Ordem Grau Linearidad e Variável Dependente Variáveis Independentes EDO 12 −= xdx dy 1a 1o linear y x EDO 02 =− ydx dyx 1a 1o linear y x EDO x dx dy dx dyy dx yd 242 43 2 2 =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ 2a 3o não linear y x EDP ax u t u =∂ ∂−∂ ∂ 2 2 3 2a 1o linear u t , x EDP .2 2 2 2 const y Z x Z =∂ ∂+∂ ∂ 2a 1o linear Z x , y EDP 02 2 2 2 2 2 =∂ ∂+∂ ∂+∂ ∂ zyx φφφ 2a 1o linear φ x , y , z EDP 52 2 =+∂ ∂ tsr r uu 2a 1o não linear u r , s , t EDO 22 4 3 3 =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+ dx dy dx yde y 3a não possui não linear y x EDP .2 2 3 3 3 2 const x uy y ux =∂ ∂+∂ ∂ 3a 1o linear u x , y Soluções de uma Equação Diferencial Resolver uma equação diferencial é determinar todas as funções que verificam a equação. Uma solução de uma equação diferencial na função incógnita y e na variável independente x, em certo intervalo (a , b), é uma função y (x) que satisfaz (verifica identicamente) a equação para todo x no intervalo considerado. A solução geral de uma equação diferencial contém tantas constantes arbitrárias quantas forem as unidades da ordem da equação. Uma solução particular de uma equação diferencial é uma solução obtida da solução geral, mediante atribuição adequada de valores às constantes arbitrárias. Solução singular é aquela que não pode ser deduzida da solução geral. Desta forma, apenas alguns tipos de equações diferenciais apresentam soluções singulares. Geometricamente, a solução geral de uma equação diferencial representa uma família de curvas (curvas integrais). Essa solução as vezes é chamada de primitiva (ou integral) da equação diferencial dada. Por exemplo, a solução da equação dy/dx = 4x é y = 2x2 + k, onde k é uma constante, que representa uma família de curvas: uma curva para cada valor da constante k. Verifique este fato, esboçando o gráfico da função y = 2x2 + k, para k = -2, -1, 0, 1, 2, . . . 3 Problemas de Valor Inicial e Problemas de Contorno Um problema de valor inicial consiste em se resolver uma EDO mediante o conhecimento da função incógnita (variável dependente y) e, possivelmente, de suas derivadas, para um mesmo valor da variável independente (x). Se tanto a função incógnita e, possivelmente, suas derivadas forem especificadas para mais de um valor da variável dependente, o problema será dito um problema de contorno. Exemplificando: i) Problema de Valor Inicial: Resolver a equação 022 2 =−+ xe dx dy dx yd satisfazendo as condições (condições iniciais) y (π) = 1 e 2)( =π dx dy ; ii) Problema de Contorno: Resolver a equação 022 2 =−+ xe dx dya dx yd , satisfazendo as condições (condições de contorno) y (0) = a e y (1) = a. O termo “condições de contorno” é mais apropriado quando se quer resolver uma equação diferencial em certa região do espaço, conhecendo-se os valores da variável dependente sobre o contorno (fronteira) dessa região. Os problemas de contorno tiveram origem na física. No caso das EDPs, em que uma das variáveis independentes é o tempo t, se os valores da variável dependente e, possivelmente, sua(s) derivada(s) em relação ao tempo, em algum instante (t = 0) são conhecidos, então esses valores caracterizam as chamadas “condições iniciais”. Geralmente, um problema de contorno envolve a especificação da variável dependente e, em muitas vezes, suas derivadas sobre o contorno e em algum instante particular to. A solução de um problema de contorno deve satisfazer a equação diferencial dada e às condições de contorno (veja exercício 20). Exercícios Propostos Nos exercícios que seguem abaixo, classifique cada equação diferencial quanto a ordem, o grau e a linearidade. Identifique a função incógnita (variável dependente) e as variáveis independentes. 01) 042 23 3 =+−+ xe dx dyx dx yd Resp. 3a ordem; 1o grau; linear; vd = y; vi = x 02) 022 2 2 3 3 4 4 =−+++ y dt dy dt yd dt yd dt yd Resp. 4a ordem; 1o grau; linear; vd = y; vi = t 03) t dt d 2sen22 2 =− ψψ Resp. 2a ordem; 1o grau; linear; vd = ψ ; vi= t 04) 052 2 32 4 4 =−+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ rF dr dF dr Fd Resp. 4a ordem; 2o grau; não-linear; vd = F ; vi = r 05) 02 2 2 =−+ s ds dRRs ds Rds Resp. 2a ordem; 1o grau; não-linear; vd = R ; vi = s 4 Nos exercícios de 06 a 10, verifique se as funções são soluções das equações diferenciais. 06) y = 2 e- x + x e- x ; 022 2 =++ y dx dy dy yd Resp. É solução. 07) y = 1 ; xy dx dy dy yd =++ 22 2 Resp. Não é solução. 08) y = A sen kx + B cos kx (A, B, k constantes); yk dx yd 2 2 2 −= Resp. É solução. 09) y = ln x ; 02 2 =+ dx dy dx ydx , no intervalo (0, ∞ ) ; Resp. É solução. 10) y = 1 1 2 −x ; 02 2 =+ xy dx dy , no intervalo (-1, +1) ; Resp. É solução. 11) Mostre que y = 2x + k ex é a primitiva da equação dy/dx – y = 2 (1 – x ) e determine a solução particular yP relativa a x = 0 e y = 3 (determinando o valor de k). Resp. yP = 2x + 3 ex 12) Resolva o problema de valor inicial 0=+ y dx dy ; y (3) = 2, sabendo que a solução geral da equação é y = k e- x, onde k é uma constante arbitrária. Resp. y = 2 e3 – x 13) Resolva o problema de valor inicial 042 2 =+ y dx yd ; y (0) = 0 ; y’(0) = 1, sabendo que a solução geral tem a forma y = a sen 2x + b cos 2x (a, b constantes). Resp. y = x2sen 2 1 14) Determine uma solução do problema de contorno 042 2 =+ y dx yd ; y ( 8 π ) = 0; y ( 6 π ) = 1, sabendo que a solução geral é da forma y (x) = a sen 2x + b cos 2x. Resp. y = )2cos2(sen 13 2 xx −− 15) Determine as constantes c1 e c2 de modo que y (x) = c1 sen 2x + c2 cos 2x + 1 satisfaça às Condições, y ( 8 π ) = 0 e y’( 8 π ) = 2 . Resp. c1 = )12( 2 1;)12( 2 1 2 +−=−− c 16) Mostre que y = c1 ex + c2 e2x + x é a primitiva da equação diferencial 32232 2 −=+− xy dx dy dx yd e determine a equação da curva integral que passa pelos pontos (0, 0) e (1, 0). Resp. y = x + ee ee xx − − 2 2 5 17) Determine βα e de modo que y (x) = , satisfaça às condições y (0) = 0 e xee xx sen22 ++ βα y’(0) = 1. Resp. 1;1 =−= βα 18) Dada a curva y = c1 sen x + c2 cos x, obtenha uma equação diferencial, de menor ordem possível, que não contenha nenhuma constante arbitrária. Resp. 02 2 =+ y dx yd 19) Se u = ea x cos by e b = ± a, mostre que 02 2 2 2 =∂ ∂+∂ ∂ y u x u 20) Mostre que u (x, t) = e – 8 t sen2x é solução do problema de valores de contorno ;2 2 2 t u t u ∂ ∂=∂ ∂ u (0, t) = u (π , t) = 0 ; u (x, 0) = sen 2x . Equações Diferenciais Ordinárias de 1a Ordem e 1o Grau Equações de Variáveis Separáveis Se uma equação diferencial A (x, y) dx + B (x, y) dy = 0 . . . ( 1 ), pode ser escrita sob forma alternativa M (x) dx + N (y) dy = 0 . . ( 2 ), ela é dita equação de variáveis separáveis. Neste caso, a solução da equação é obtida por integração direta da equação ( 2 ), ou seja, . . . ( 3 ). Caso as integrais não possam ser calculadas por processos elementares de integração, deveremos recorrer a métodos numéricos de integração. O processo de separação das variáveis é ilustrado pelo exemplo: a equação (x – 1) ∫ ∫ =+ CdyyNdxxM )()( 2 y dx + x2 (y + 1) dy = 0 quando multiplicada pelo fator de integração 1/(x2y), determinado por inspeção, fornece a equação 0)1()1( 2 2 =++− dy y ydx x x , que está na forma de variáveis separadas, pois, o primeiro termo (M) depende só de x e o segundo (N) só de y. Exercícios Resolvidos Resolva as equações diferenciais abaixo: 01) 12 += x dx dy Solução: Rescrevendo a equação temos: (2x + 1) dx = dy ⇒ (2x + 1) dx – dy = 0 Integrando esta última: ⇒ ∫ ∫ =−+ Cdydxx )12( ∫ ∫ ∫ =−+ Cdydxdxx2 ⇒ Cyxx =−+22 2 ∴ x2 + x – y = C ou y = x2 + x – C que é a solução geral da equação. 6 02) y dx – x dy = 0 Solução: Multiplicando ambos os membros por xy 1 (fator de integração): 0=− y dy x dx Integrando: ∫ ∫ =− Cydyxdx ⇒ ln x – ln y = C ⇒ fazendo C = ln K, podemos escrever: ln x – ln y = ln K ⇒ ln (x/y) = ln K ⇒ x/y = K ou y = k’x onde k’= 1/K. 02) 04 =−− dy y xdxx Solução: Multiplicando ambos os membros por x−4 1 , obtemos 0 4 =−− y dy x dxx Integrando: ∫ ∫ =−− Cy dydx x x 4 ⇒ ∫ =−− Cydxx x ln 4 Para calcular esta última integral, vamos efetuar uma mudança de variável (artifício de cálculo), fazendo 4 – x = t2 no que resulta x = - t2 + 4 e, consequentemente, dx = - 2t dt. Com estas mudanças, a integral pode ser escrita na forma ∫ ∫ +−=−−=−− 328)28(24 3 2 2 ttdttdtt t t , agora, precisamos retornar à variável original x. Assim, este último resultado torna-se – xxx −−+− 4)4(3/248 . Finalmente, agrupando os resultados: – xxx −−+− 4)4(3/248 – ln y = C Multiplicando tudo por 3, para eliminar o denominador e fazendo 3C = k, obtemos: – xxx −−+− 4)4(2424 – 3 ln y = k ou xxx −−−− 42416 – 3 ln y = k que é a solução geral da equação diferencial dada. 03) ex dx – y dy = 0 ; y (0) = 1 (Problema do valor inicial). Solução: As variáveis já estão separadas. Integrando: ∫ ∫ =− Cdyydxe x ⇒ ex – y2/2 = C ⇒ y2 = 2 ex + k , onde k = – 2C Agora, devemos aplicar a condição inicial y (0) = 1. Assim, 12 = 2 e0 + k ⇒ k = - 1. Desta forma, a solução procurada é y2 = 2 ex – 1 ou y = 12 −xe . Análise da solução: Não podemos considerar a raiz quadrada negativa (y = – 12 −xe ), pois y (0) = – 1, contrariando a condição inicial. Por outro lado, para garantir que y assume apenas valores reais (não complexos) devemos impor a condição 2 ex – 1 ≥ 0. Para assegurar a existência de dy/dx = ex/y, devemos restringir x de modo que 2 ex – 1 ≠ 0. Estas duas condições implicam em 2 ex – 1 > 0 ou x > ln (1/2). 05) tg x . sec y dx – tg y . sec x dy = 0 . Solução: Multiplicando ambos os membros por yx secsec 1 obtemos: 0 secsec =− dy y tgydx x tgx . Como, tg(x) = sen(x)/cos(x) e sec(x) = 1/cos(x), resulta sen x dx – sen y dy = 0. Integrando: ∫ ∫ =− Cdyydxx sensen ⇒ – cos x + cos y = C que é a solução final. 7 Exercícios Propostos Resolva as seguintes equações diferenciais: 01) x dx – y2 dy = 0 ; Resp. y = (3x2 + k ) 1/3 ; k = - 3C 02) dy/dx = y2 x3 ; Resp. y = - 4 / (x4 + k ) ; k = - 4C 03) dy/dx = 5y ; Resp. y = k e5x ; k = ± e – C. 04) x cos(x) dx + (1 – 6y5) dy = 0 ; y (π) = 0. Resp. x sen(x) + 1= – y + y6 05) – y dx + 4x dy = x2 dy ; Resp. (x – 4) y4 = C x 06) )3( 4 −= yx y dx dy ; Resp. ey = k x4y3 07) (x2 – 1) 21 y− dx – x2 dy = 0; Resp. arc sen y = x + 1/x + k 08) (x – 1) dy – y dx = 0 ; Resp. y = k (x – 1) 09) (1 + x2) dy – xy dx = 0 ; Resp. y = C 21( x+ 10) sec2(x) . tg(y) dx + sec2(y) . tg(x) dy = 0 ; Resp. tg(x) . tg(y) = k 11) Determine a solução particular da equação diferencial – x2 y dx + (1 + x3) dy = 0, que satisfaz a condição inicial x = 1 e y = 2. Sugestão: Determine a primitiva e a seguir, imponha a condição inicial. Resp. y3 = 4 (1 + x3). 12) Mostre que a solução da equação diferencial a dx dyxyy dx dyx =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ + 2 pode ser escrita na forma . yyka a ex += )/(ln2 13) Aplicação a Geometria: Determine a equação da curva que passa pelo ponto (3, 4), sabendo que o declive (coeficiente angular) da reta tangente à curva considerada,num ponto genérico qualquer (x, y) é – x/y. Resp. x2 + y2 = 25. 1) Aplicação a Geometria: Determine a equação da curva que passa pelo ponto (5, 6), sabendo-se que a declividade de sua tangente num ponto qualquer é 2x/3y. Resp. 3 y2 – 2x2 – 58 = 0. 2) Aplicação a Física: De um ponto situado a 120 m do solo, joga-se verticalmente para cima, uma esfera maciça de massa 500 g, com velocidade inicial de 8 m/s. Determine o tempo (t), a velocidade (v) e o espaço (y) percorrido pela esfera até esta tocar o solo. Considere g = 10 m/s2 e despreze a resistência oferecida pelo ar ao movimento. Sugestão: Tome o referencial com origem no solo. Resp. t = 5,7 s; v = – 49 m/s; y = 126,4 m. 8 3) Aplicação a Física: Uma lancha se desloca com velocidade de 36 km/h. Em determinado instante, o motor da lancha é desligado. A lancha sofre uma redução de velocidade que é proporcional a resistência oferecida ao movimento pela água. Transcorridos 5 segundos, a velocidade da lancha é 8 m/s. Determine o tempo necessário para que a velocidade atinja o valor de 1 m/s. Resp. t = 51,6 s. 4) Aplicação a Física: De acordo a lei de arrefecimento (abaixamento de temperatura), a taxa de resfriamento de uma substância numa corrente de ar é proporcional a diferença entre a temperatura da substância e a temperatura do ar. Sendo a temperatura do ar 30o C e resfriando a substância de 100o até 70o C em 15 minutos, determine o momento em que a temperatura será 40o C. Resp.52 min. 14) Aplicação a Física: Um corpo desce um plano inclinado de 26,56o em relação a horizontal, com velocidade inicial de 5,5 m/s, sob a ação da gravidade local (10 m/s2). O coeficiente de atrito entre o corpo e o plano inclinado é µ = 0,15. Determine a velocidade desse corpo ao final de 4 segundos. Resp. v = 18,02 m/s. 6) Aplicação a Física: Uma solução de 60 kg de sal em água, enche um tanque de 400 litros. Injeta- se água nesse tanque a razão de 8 litros por minuto, e a mistura, mantida homogênea por agitação, sai na mesma razão. Determine a quantidade de sal existente no tanque ao final de uma hora. Resp.18 kg. 15) Aplicação a Física: Determine o tempo necessário para se esvaziar um tanque cilíndrico de raio 8 m e altura 10 m, cheio de água, sabendo que a água escoa através de um orifício situado na base do tanque de raio 1 dm, com velocidade v = 4 h m/s, onde h é altura da água no tanque. Resp. 2 h 49 min. Equações Homogêneas Uma função f (x, y, z) é dita função homogênea, se ao substituir-se x por λx, y por λy e z por λz, respectivamente, tem-se f (λx, λy, λz) = λm f (x, y, z), onde m é o grau de homogeneidade da função. Assim, uma equação diferencial da forma M (x, y) dx + N (x, y) dy é homogênea, se M e N forem funções homogêneas em x e y e, e do mesmo grau. Geralmente, a substituição y = t x e dy = x dt + t dx , reduzirá uma equação homogênea qualquer, à forma P (x, t) dx + Q (x, t) dt = 0, que é uma equação de variáveis separáveis. Nota: A palavra “homogênea” no contexto geral das equações diferenciais tem outro significado. O conceito apresentado aqui, se aplica apenas no estudo das EDOs de primeira ordem e primeiro grau. Exercícios Resolvidos Resolva a equação (x2 – y2) dx – 2xy dy = 0 Solução: Substituindo y = t x dy = x dt + t dx, obtemos a equação transformada: (x⇒ 2 – x2t2)dx – 2x tx (x dt + t dx) (1 – 3t⇒ 2) dx – 2tx dt = 0, que é de variáveis separáveis. Dividindo ambos 9 os membros por x (1 – 3t2), resulta: 0 31 2 2 =−− dtt t x dx . Integrando, vem ln x + 1/3 ln (1 – 3t2) = ln C ⇒ Eliminando o denominador: 3 ln x + ln (1 – 3t2) = 3 ln C ln x⇒ 3 + ln (1 – 3t2) = ln C3. Fazendo k = C3, podemos escrever x3 (1 – 3t2) = k. Como y = t x, devemos substituir t = y/x nesta última equação para obter x3 (1 – 3 y2/x2) = k ou x3 –3xy2 = k como solução final. Determine a solução geral e a solução particular para x = 1 e y = 2 (determinando a constante), da equação (2 x – y) dx – (x + 4y) dy = 0. Solução: Efetuando a substituição y = t x ; dy = x dt + t dx : (2x – xt) dx – (tx + 4xt) dy = 0. Daí, (2 – 2t – 4t2) dx – (1 + 4t) x dt = 0. Separando as variáveis: 0 422 41 2 =−− +− dt tt t x dx . Integrando: ln x+ ½ ln (2 – 2t – 4t2) = ln C Eliminando o denominador e fazendo k = C2 , obtemos a solução geral x2 (2 – 2y/x – 4y2/x2) = k ou 2x2 – 2xy – 4y2 = k. Nesta última, fazendo x =1 e y = 2, obtemos k = – 18 e x2 – xy – 2y2 = – 9 como solução particular. Exercícios Propostos 01) Resolva a equação 22 2 yx xy dx dy −= ; Resp. x 2 + y2 = k y. 02) Resolva a equação xy yx dx dy 22 += ; Resp. y2 = x2 ln x2 + kx2 Resolva o problema do valor inicial xy yx dx dy 22 += ; y (1) = – 2; Resp. 222 4ln xxxy ++−= 04) Resolva a equação (x – y) dx – (x + y) dy = 0 Resp. y2 + 2xy – x2 = k 05) Resolva a equação (x2 + y2) dx + (2x + y) y dy = 0 Resp. y3 + 3xy2 + x3 = k. 06) Resolva a equação (x3 + y3) dx – 3xy2 dy = 0 Resp. x3 – 2y3 = Cx. 07) Resolva a equação x dy – y dx – 22 yx − dx = 0 Resp. Cx = e arc sen y/x. 08) Resolva (2x senh (y/x) + 3y cosh (y/x) ) dx – 3x cosh (y/x) dy = 0 Resp. x2 = C senh3(y/x). 09) Resolva (1 + 2 e x/y) dx + 2 e x/y (1 – x/y) dy = 0 Sugestão: Como aparece o termo x/y em toda a equação, utilize a transformação x = t y ; dx = t dy + y dt Resp. x + 2 y e x/y = C. 10) Resolva (x + y) dx + (y – x) dy = 0 Resp. ln k xytgarcyx /22 =+ 10 Equações Redutíveis às Homogêneas e às de Variáveis Separáveis São equações da forma ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++ ++= 222 111 cybxa cybxaF dx dy onde os coeficientes a1, a2, b1, b2, c1, c2 são todos constantes. Para este tipo de equação diferencial, temos dois casos a analisar, que são: 1o Caso: O determinante 22 11 ba ba ≠ 0 ; 2o Caso: O determinante 22 11 ba ba = 0. Inicialmente, vamos analisar o 1o caso (determinante diferente de zero). Consideremos o sistema ⎩⎨ ⎧ =++ =++ 0 0 222 111 cybxa cybxa . . . ( 1 ) cuja solução admitimos que seja x = α e y = β. Desta forma, as substituições a serem feitas são x = u + α ; dx = du e y = v + β ; dy = dv. Geometricamente, a substituição anterior equivale a uma translação dos eixos coordenados para o ponto (α, β) que é a interseção das retas componentes do sistema ( 1 ). Com a transformação proposta, podemos escrever ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++++ ++++= 22222 11111 cbavbua cbavbuaF du dv βα βα . Como α e β são as raízes do sistema, resulta que ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + += vbua vbuaF du dv 22 11 que é uma equação diferencial homogênea do tipo estudado anteriormente. Exercício Resolvido 01) Resolva a equação 23 132 −+ −−= yx yx dx dy Solução: Formando o sistema: . Resolvendo tem-se: α = 7/11 e β = 1/11. ⎩⎨ ⎧ =−+ =−− 023 0132 yx yx Fazendo as substituições x = u + 7/11 com dx = du e y = v + 1/11 com dy = dv, obtemos a 1a transformada vu vu du dv + −= 3 32 que conduz a (3u + v) dv = (2u – 3v) du que é uma equação diferencial homogênea de grau 1 (verifique). Agora, fazendo a substituição v = ut com t = f (u), obtemos a 2a transformada (3u + ut) (udt + t du) = (2u – 3ut) du que pode ser escrita na forma (3t + u) dt = (2 – 6t – t2) du que é uma equação de variáveis separáveis. Separando as variáveis: dt tt t u du 262 3 −− += . Integrando esta última, vamos obter a solução ln u = – ½ ln (2 – 6t – t2) + ln Cou u2 (2 – 6t – t2) = k , onde k = C2. Agora, vamos substituir t = v/u pois v = tu, resultando: u2 ( 2 – 6 v/u – v2/u2) = k, ou ainda, 2u2 – 6uv – v2 = k. Finalmente, retornamos às variáveis originas substituindo nesta última u por x – 7/11 e v por y – 1/11: 2(x –7/11)2 – 6(x –7/11) – (y –1/11)2 = k. Desenvolvendo o quadrados e agrupando os termos: 2x2 – 6xy – y2 – 2x + 4y + k1 = 0, que é a solução geral final. 11 Exercícios Propostos 01) Resolva a equação (2x – 3y) dx – (3x – y – 1) dy = 0; Resp. 2x2 – 6xy + y2 + 2y + k1 = 0 02) Resolva (x + 2y – 4) dx – (2x + y – 5) dy = 0; Resp. (x – y – 1)3 = C1 (x + y –3) Passemos a análise 2o caso, onde o determinante 22 11 ba ba é igual a zero. Como o determinante é nulo, os coeficientes de x e y são proporcionais, de modo que podemos escrever a1 b2 = a2 b1 ou ainda 1 2 1 2 b b a a = . Chamando esta última relação de “m”, passamos a escrever 1 2 1 2 b b a a = = m ≠ 2 1 c c , de onde resulta: a2 = m a1 e b2 = ma b1 e, finalmente, a equação diferencial original passa a ser escrita sob a forma ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++ ++= 211 111 )( cybxam cybxaF dx dy . Aqui, é conveniente fazer a1x + b1y = t, com t = f (x). Explicitando y, obtemos y = 1/b1 (t – a1x). Derivando com relação x: ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −= 1 1 1 a dx dt bdx dy . A equação transformada passa então a forma ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ + +=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − 2 1 1 1 1 ctm ctFa dx dt b ou )(11 tGbadx dt =− que é uma equação de variáveis separáveis. Exercício Resolvido Resolver a equação 136 12 −− +−= yx yx dx dy Solução: O determinante 36 12 − − é nulo, portanto, trata-se do 2o caso. Fazendo 2x – y = t, obtemos y = 2x – t e dx dt dx dy −= 2 . Equação transformada: 13 12 − +=− t t dx dt que resulta em 13 35 − −= t t dx dt . Separando as variáveis: dt t tdx 35 13 − −= . Integrando: ∫ ∫ −−= dtttdx 35 13 Para calcularmos a integral do membro direito, primeiramente, vamos dividir (3t – 1) por (5t – 3) e integrar a seguir. Assim, ∫ ∫ ∫ −+=−+=−− )35(ln2545335545335 13 tttdtdtdttt . Levando este resultado na integral original: x + C = 3/5 t + 4/25 ln (5t – 3). Substituindo t por 2x – y, vem: x + C = 3/5 (2x – y) + 4/25 ln (10x – 5y – 3). Daí, 25x + k = 15 (2x – y) + 4 ln (10x – 5y – 3). Finalmente, obtemos 5x – 15y + 4 ln (10x – 5y – 3) = k como solução final. Exercícios Propostos 01) Resolva (2x + 3y – 1) dx + (2x + 3y + 2) dy = 0; Resp. 3x + 2y = – 9 ln (2x + 3y – 7) + C 12 02) Resolva yx yx dx dy ++ +−= 1 331 ; Resp. 3x + y + 2 ln (– 3x – 3y + 3) = k Equações Diferenciais Exatas Uma equação diferencial do tipo M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0 . . . ( 1 ) é exata se existe uma função U (x, y) tal que dU(x, y) = M (x, y) dx + N (x, y) dy . . . ( 2 ). A condição necessária e suficiente para que a equação ( 1 ) seja uma diferencial exata é que x N y M ∂ ∂=∂ ∂ . . . ( 3 ). A solução é da forma U (x, y) = ∫∫ =⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−+ Cdy y PNdxM ( . . . ( 4 ) onde costuma-se denotar P = e Q = ∫ dxM ∫ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂− dy y PN . . . ( 5 ). Podemos fazer uso de uma solução alternativa da forma U (x, y) = . . . ( 6 ), onde ∫ Φ+xx ydxyxM0 )(),( )(yΦ é uma função arbitrária que pode ser obtida a partir da relação ),( yxN y U =∂ ∂ . . . ( 7 ), pois, pela definição de diferencial (total), dU = dy y Udx x U ∂ ∂+∂ ∂ = M dx + N dy . . . ( 8 ). Exercícios Resolvidos Resolva a equação (x2 – y2) dx – 2xy dy = 0 Solução: M (x, y) = x2 – y2 ⇒ y y M 2−=∂ ∂ ; N (x, y) = – 2xy ⇒ y x N 2−=∂ ∂ , caracterizando assim, uma equação diferencial exata, cuja solução é da forma U (x, y) = P (x, y) + Q (x, y). Temos: U (x, y) = ∫∫ =⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−+ Cdy y PNdxM ( ; P = ∫ dxM = ∫ −=− xyxdxyx 2322 3)( ; Q = ∫ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂− dy y PN = = 0. Portanto, U (x, y) = ∫ +− dyxyxy )22( Cxyx =− 233 ou ainda sob a forma U (x, y) = kxyx +− 2 3 3 como solução geral final. Uma solução alternativa: U = ∫ Φ+xx ydxyxM0 )(),( Temos que U = )( 3 )()( 0 0 2 3 22 yxyxydxyx x x x x Φ+⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −=Φ+−∫ ⇒ xyyU 2−=∂∂ + Φ’(y) Como ),( yxN y U =∂ ∂ , tem-se, – 2xy + Φ’(y) = – 2xy ∴ Φ’(y) = 0 e Φ(y) = C. Desta forma, U (x, y) = kxyx +− 2 3 3 . Observamos que na integral acima, os limites (de integração) podem ser omitidos, uma vez que xo é uma constante arbitrária. 13 Resolva a equação (2x – y + 1) dx – (x + 3y – 2) dy = 0 Solução: U (x, y) = P (x, y) + Q (x, y); P = ∫ dxM = ∫ +−=+− xxyxdxyx 2)12( de onde se deduz que x y P −=∂ ∂ . Por outro lado, Q = ∫ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂− dy y PN = ∫ +−=+=−− yydyxyx 223)231( 2 . Assim, U = x2 – xy + x – 3/2 y2 + 2y ou 2x2 – 2xy + 2x + 4y – 3y2 = C, solução geral. Solução alternativa: U = ∫ Φ+xx ydxyxM0 )(),( U = , que implica em ∫ Φ++−=Φ++− )()()12( 2 yxxyxydxyx =∂∂ yU – x + Φ’(y) . Por outro lado, como ),( yxN y U =∂ ∂ , resulta que – x + Φ’(y) = – x + 3y + 2. Daí, Φ’(y) = 2 – 3y. Integrando esta última: Φ(y) = 2y – 3/2 y2. Que nos fornece a mesma solução geral obtida anteriormente (verifique). Exercícios Propostos Mostre que as equações a seguir são diferenciais exatas: (4x2 + y3 – 2xy) dx + (3x4 y2 – x2) dy = 0 (3 e 3x y – 2x) dx + e 3x dy = 0 (cos(y) + y cos(x)) dx + (sen(x) – x sen(y)) dy = 0 (6x5y3 + 4x3y5) dx + (3x6y2 + 5x4y4) dy = 0 Resolva as equações abaixo: 02) ey dx + (x ey – 2y) dy = 0; Resp. x ey – y2 = C 03) (x2 – y )dx – x dy = 0 ; Resp.xy = x3/3 + C 04) (x2 + y2) dx + 2xy dy = 0 ; Resp. xy2 + x3/3 = C 05) (1 + e2θ) dρ + 2ρ e2θ dθ = 0 ; Resp. ρ (1 + e2θ) = C 06) (2x3 + 3y) dx + (3x + y – 1) dy = 0 ; Resp. x4 + 6xy + y2 – 2y = C 07) (2x + 3y + 4) dx + (3x + 4y + 5) dy = 0 ; Resp. x2 + 3xy + 2y2 + 4x + 5y = C 08) (2x3 + 3y) dx + (3x + y – 1) dy = 0 ; Resp. x4 + 6xy + y2 – 2y = C 09) (x3 + y2) dx + (2xy + cos(y)) dy = 0; Resp. x4/4 + y2x + sen(y) = k ( x + y cos x) dx + sen x dy = 0 ; Resp. x2 + 2y sen x = C 14 Fator Integrante Em geral, a equação diferencial M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0 . . . ( 1 ) não é exata, uma vez que . Contudo, em alguns casos, é possível transformá-la numa equação exata mediante a multiplicação por uma (ou mais) função do tipo I(x, y). Desta forma, passamos a escrever I(x, y) [ M (x, y) dx + N (x, y) dy ] = 0 . . . ( 2 ) como exata. A função I(x, y) é chamada de fator integrante da equação ( 1 ). Uma equação diferencial pode admitir mais de um fator integrante que, geralmente é obtido por inspeção. Na determinação do fator integrante de uma equação, a experiência e a habilidade do calculista são fatores determinantes. A solução da equação ( 2 ) também é solução da equação ( 1 ). xNyM ∂∂≠∂∂ // Pesquisando o Fator Integrante Supondo I(x,y) fator integrante da equação M (x, y) dx + N (x, y) dy = 0 . . . ( 1 ), obtemos, por multiplicação direta, I M dx + I N dy = 0 . . . ( 2 ). Daí, x NI y MI ∂ ∂=∂ ∂ )()( que resulta na equação ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=∂ ∂−∂ ∂ y M x NI x IN y IM . . . ( 3 ). Esta equação ficará mais simples se supusermos a função “ I “, função apenas de x ou de y. Supondo inicialmente, I = I (x), temos que 0=∂ ∂ y I , de modo que⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=∂ ∂− y M x NI x IN . . . ( 4 ). Dividindo esta última por I N vamos obter a equação ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=∂ ∂ x N y M Nx I I 11 . . . ( 5 ). Como I é função apenas de x, o membro da direita deve ser função apenas de x. Assim, )(1 x x I I Ψ=∂ ∂ Integrando: ln I = que, finalmente, conduz a solução I = . . . ( 6 ). Do mesmo modo, fazendo I = I (y), obtemos ∫Ψ dxx)( ∫Ψ dxxe )( ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=∂ ∂ y M x N My I I 11 . . . ( 7 ), que fornece o fator integrante I = . . . ( 8 ). A única restrição a este método, é que obtemos apenas um fator integrante e não todos os fatores. ∫Ψ dyye )( 15 A tabela abaixo ilustra alguns casos que poderão ser úteis na resolução de alguns problemas. Termos Fator Integrante I(x, y) Diferencial Exata du(x, y) y dx – x dy 2 1 x − ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=− y xd x dxydyx 2 y dx – x dy 2 1 y ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=− x yd y dyxdxy 2 y dx – x dy xy 1− ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=− x yd xy dxydyx ln y dx – x dy 22 1 yx +− ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=+ − x ytgarcd yx dxydyx 22 y dx + x dy xy 1 ( )xyd xy dyxdxy ln=+ y dx + x dy 1, )( 1 quemaiorn xy n ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − −=+ −1)()1( 1 )( nn xyn d xy dyxdxy y dx + x dy 22 1 yx + ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ +=+ + )(ln 2 1 22 22 yxdyx dxxdyy y dx + x dy 1, )( 1 22 quemaiornyx n+ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +− −=+ + −12222 )()1(2 1 )( nn yxn d yx dxxdyy ay dx + bx dy x a – 1 y b – 1 x a – 1 y b – 1 (ay dx + bx dy ) = d(x a y b) Fonte: Moderna Introdução às Equações Diferenciais – Cap. 7 – Richard Bronson (Ref. 2) Exercícios Resolvidos Resolva a equação y2 dx + (xy + 1) dy = 0 Solução: y x Ndediferenteéquey y M =∂ ∂=∂ ∂ 2 , portanto, a equação dada não é uma equação diferencial exata. Temos ( pela relação (7) anterior) =Ψ )( y ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=∂ ∂ y M x N My I I 11 ou seja, (1/y=Ψ )( y 2) (y – 2y) = – 1/y. Daí, ∫ ∫ −=−=Ψ yydydyy ln)( e I = = e∫Ψ dyye )( – ln y = 1/y. Desse modo, a equação original se transforma em 1/y [ y2 dx + (xy + 1) dy ] = 0 ou ainda sob a forma mais simples 0)1( =++ dy y xdxy . Por outro lado, U = que fornece U = = yx + Φ(y) e ∫ Φ+ )(),( ydxyxM ∫ Φ+ )( ydxy )('1 yyxyxNyU Φ+=+==∂∂ . Portanto, Φ’(y) = 1/y. Finalmente, Φ(y) = ln y + k. A solução final é yx + ln y = C. 16 Resolva a equação (x2 – y2) dx + 2xy dy = 0 Solução: y x Ndediferenteéquey y M 22 =∂ ∂−=∂ ∂ , então a equação não é exata. Utilizando a relação ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−∂ ∂=Ψ x N y M N x 1)( , temos Ψ(x) = x yy xy 2)22( 2 1 −=−− . Daí, obtemos dxx)(∫Ψ = ∫ −=− xxdx ln22 e I = = ∫Ψ dxxe )( 21x . Agora, podemos escrever a equação original soba forma 2 1 x [ (x2 – y2) dx + 2xy dy ] = 0. Resolvendo esta equação: U = = ∫ Φ+ )(xdyN ∫ Φ+=Φ+ )()(2 2 xxyxdyxy e ⇒Φ+−=−==∂∂ )('1 2 2 2 2 x x y x yM x U Φ’(x) = 1 e Φ(x) = = x + C, fornecendo U = yCdx +∫ 2/x + x + C ou x + y2/x = k , como solução final. Exercícios Propostos Determine o fator integrante e resolva cada uma das equações diferenciais abaixo. 01) x dy – y dx = x2 ex dx ; Resp. y = Cx + x ex 02) y2 dy + y dx – x dy = 0 ; Resp. Cy = x + y2 03) y/x dx + (y3 – ln x) dy = 0 ; Resp. Cy = 2 ln x + y3 04) (x2 + y2 + x) dx + xy dy = 0 ; Resp. I (x) = x ; 3x4 + 4x3 + 6x2y2 = C 05) (2xy4 ey + 2xy3 + y) dx + (x2y4 ey – x2y2 – 2x) dy = 0 ; Resp. I (y) = 1/y4 ; x2ey + x2/y + x/y3 = C Equações Lineares Uma equação diferencial linear de 1a ordem e 1o grau tem a forma )()( xQyxP dx dy =+ . . . ( 1 ). Se Q (x) = 0, a equação é dita homogênea ou incompleta; enquanto, se Q (x) ≠ 0, a equação é dita não – homogênea ou completa. Analisaremos dois métodos de solução de equações diferenciais desse tipo, a saber : Método da Substituição ou Método de Lagrange: Este método foi desenvolvido por Joseph Louis Lagrange (matemático francês: 1736 – 1813) criador da Mecânica Analítica e dos processos de Integração das Equações de Derivadas Parciais. O método consiste na substituição de “y“ por “Z.t” na equação ( 1 ), onde t = φ (x) e Z = Ψ (x). Assim, se y = Z t ⇒ pela regra da cadeia, dx dt t y dx dZ Z y dx dy ∂ ∂+∂ ∂= = dx dZt dx dtZ + . . . ( 2 ). Substituindo ( 2 ) em ( 1 ) vamos obter: Q dx dZttP dx dtZQtZP dx dZt dx dtZ =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ +⇒=++ . . . ( 3 ) . Para integrar esta última, vamos admitir duas possibilidades: i) P = 0, então dy = Q dx e y = . . . ( 4 ). CdxQ +∫ ii) Q = 0, então 0=+ yP dx dy (equação homogênea) que resulta em dy + P y dx = 0 que é de variáveis separáveis. Daí, 0=+ dxP y dy . Integrando esta última: ∫ ∫ =+ CdxPydy . Que resulta em ln y = C – . Aplicando a definição de logaritmo, passamos a escrever a solução y = . Fazendo k = e ∫ dxP ∫=∫ −− dxPCdxPC eee C, temos y = k . . . ( 5 ) que representa a solução da equação homogênea ou incompleta. Agora, vamos pesquisar na equação ( 3 ) valores para “t” e “Z’, uma vez que y = Z t, teremos a solução da equação ( 1 ) que é uma equação linear completa (não - homogênea). Se igualarmos o coeficiente de Z a um certo fator, o valor daí obtido poderá ser levado ao resto da equação, possibilitando a determinação de Z, uma vez que “t” pode ser determinado a parir desta condição. Assim, vamos impor em ( 3 ), que o coeficiente de Z seja nulo. Feito isto, ∫− dxPe 0=+ tP dx dt . . . ( 6 ), que é da mesma forma já estudada no caso ii). Assim, t = k . Substituindo este resultado em ∫− dxPe Q dx dZt = obtemos: k ∫− dxPe Q dx dZ = . Daí, Qe kdx dZ dxP∫= 1 e dxQe k dZ dxP∫= 1 . Integrando este último resultado: CdxQe k Z dxP +∫= ∫1 . . . ( 7 ). Lembrando que y = Z t, vamos obter, substituindo “t” e “Z”: y = k [∫− dxPe CdxQe k dxP +∫∫1 ] , de onde resulta, finalmente, y = [ ] . . . ( 8 ) que é a solução geral da equação ( 1 ). ∫− dxPe CdxQe dxP +∫∫ Método do Fator Integrante Este método consiste na transformação de uma equação linear em outra do tipo diferencial exata, cuja solução já estudamos anteriormente. Posto isto, vamos retornando à equação original de nosso problema, )()( xQyxP dx dy =+ . Vamos reescrever esta última sob a forma (P y – Q) dx + dy = 0 . . . ( 9 ). Multiplicando ambos os membros por (fator integrante), obtemos a expressão (P y – Q) dx + dy = 0 . . ( 10 ). Aqui, identificamos as funções “M” e “N”: M = (P y – Q) ; N = . Derivando M com relação y e N com relação a x, obtemos, ∫ dxPe ∫ dxPe ∫ dxPe ∫ dxPe ∫ dxPe ∫=∂ ∂∫=∂ ∂ dxPdxP eP x NeeP y M confirmando assim, que a equação transformada é uma equação diferencial exata. 17 18 Exercícios Resolvidos Resolva a equação 63 =− y dx dy pelo método do fator integrante. Solução: Comparando a equação dada com a equação padrão )()( xQyxP dx dy =+ , temos que P (x) = – 3 , Q (x) = 6 e I (x, y) = = = e∫ dxPe ∫ − dxe 3 – 3x (fator integrante). Daí, multiplicando ambos os membros por e – 3x, obtemos xxx eye dx dye 333 63 −−− =− que pode ser posta na forma reduzida xx eey dx d 33 6)( −− = . Integrando: ∫ dxeydxd x )( 3− = . Resultando e y = como solução final. ∫ dxe x36 − Ceey xx +−= −− 33 2)( 23 −xeC Resolva a equação xxy dxdy =− 2 pelo método do fator integrante. Solução: Temos P (x) = – 2x, daí I (x, y) = = = (fator integrante). Multiplicando a equação dada por , obtemos ∫ dxPe ∫ − dxxe 2 2xe − 2xe − 222 2 xxx exexy dx dye −−− =− ou na forma reduzida .)( 22 xx exey dx d −− = Integrando: ∫ dxeydxd x )( 2− = Resultando ∫ . 2 dxex x− . 2 1)( 22 Ceey xx +−= −− e, finalmente, y = 2 12 −− xeC que é a solução final. Resolva a equação 44 xy xdx dy =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+ Solução: Temos que P (x) = x 4 , daí, ∫ == 4lnln44 xxdxx (está implícito que ln ⏐x⏐= ln x). O fator integrante I = = . Multiplicando a equação pelo fator integrante, temos x ∫ dxPe 44 xe xlx = 4 834 xyx sx dy =+ ou 84 )( xxy dx d = . Integrando: ∫ =dxxydxd )( 4 ∫ x8 dx que resulta em y x4 = 9 1 x9 + C ou y = 5 5 4 x x C + como solução final. Resolva a equação 2−=− x x y dx dy pelo método de Lagrange e pelo método do fator integrante. Solução: Método de Lagrange Substituindo y = Z t e = dx dy dx dZt dx dtZ + na equação dada: 2−=+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − x dx dZt x t dx dtZ de onde podemos calcular t, fazendo 0=− x t dx dt ∴ 0=− x dx t dt Integrando: ln t = ln x então t = x. Agora, vamos ao cálculo de Z: 2−= x dx dZt Como t = x : dx x dZx dx dZx ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −=⇒−= 212 Integrando: Z = x – 2ln x + C Daí, a solução geral y = Z t ou seja: y = x [ x – 2ln x + C ]. 19 Método do fator integrante: Temos 2−=− x x y dx dy onde P (x) = 1/x. Daí, I (x, y) = = ∫ dxPe x ee xlxx dx 1==∫ −− (fator integrante). Reescrevendo a equação original na forma 02 =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− dydx x yx e multiplicando pelo fator integrante: 0112 2 =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− dy x dx x y x que é uma equação diferencial exata. Desta forma, ∫ +=⇒+= )()(1 xxyUxdyxU φφ Derivando esta última em relação a x e utilizando N y U =∂ ∂ obtemos: 22 12 x y xdx d x y −=+− φ ou ainda, φ’(x) = 12 − x que por integração fornece φ(x) = 2 ln x – x. Daí, U = xx x y −+ ln2 ou ainda y + 2x ln x – x2 = Cx como solução geral. Resolva a equação )sen()( xxtgy dx dy =− pelo método de Lagrange. Solução: Fazendo a substituição y = Z t ; = dx dy dx dZt dx dtZ + obtemos: )sen()( xxtgtZ dx dZt dx dtZ =−+ . Daí, )sen()( x dx dZtxtgt dx dtZ =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − . fazendo 0)( =− xtgt dx dt . Separando as variáveis e integrando: )sec()cos(lnln xtxt =∴−= . A equação tranformada tem a forma ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +=+=∴=⇒= CxxyeCxZdxxxdZx dx dZx 2 sensec 2 sencossensensec 22 . Exercícios Propostos 01) Resolva a equação x gx x y dx dy cot=+ , pelo fator integrante. Resp. [ ]Cx x y += )ln(sen1 Resolva tgxarcy dx dyx =++ )1( 2 , pelo fator integrante. Resp. tgxarceCtgxarcy −+−= 1 03) Resolva xy dx dy sen=+ , pelo método do fator integrante. Resp. xxCey x cos 2 1sen 2 1 −+= − 04) Resolva pelo método de Lagrange (x + seny – 1) dy – cosy dx = 0. Resp. x = (tg y + sec y) (2 sec y – 2 tg y + y + C) Resolva o problema de valor inicial xy dx dy sen=+ ; y (π) = 1, utilizando o resultado do exercício no 3 diretamente. Resp. y = )sencos( 2 1 xxe x −+−π . 20 Equação de Bernoulli e Equação de Riccati Equação de Bernoulli: A equação de Nicolau Bernoulli (1687 – 1759) é da forma nyxQyxP dx dy )()( =+ . . . ( 1 ) onde a constante “n” é diferente de zero e um. Esta equação pode ser reduzida a uma equação linear. Dividindo ambos os membros de ( 1 ) por yn : QyP dx dyy nn =+ −− 1 . . . (2 ). Fazendo a substituição t (x) = y1 – n . . . ( 3 ) e derivando: dx dt ndx dyy dx dt dx dyyn nn −=∴=− −− 1 1)1( . Levando este último resultado em ( 2 ) e multiplicando por (1 – n), obtemos a equação linear da forma )1()1( nQtnP dx dt −=−+ . . . ( 4 ). Equação de Riccati A equação de Jacopo Francesco Riccati (matemático italiano: 1676 – 1754) é da forma )()()( 2 xRyxQyxP dx dy ++= . . . ( 5 ). Observamos que, quando P (x) = 0 temos a equação linear e, quando R (x) = 0 temos a equação de Bernoulli. Liouville (matemático francês) mostrou que a solução da equação de Riccati só é possível quando se conhece uma solução particular yo. Caso contrário, ela só é integrável através de uma função transcendente. Admitindo-se a solução particular yo da equação ( 5 ) e fazendo y = yo + z . . . ( 6 ), onde “z” é uma função a ser determinada. Como yo é solução, temos RyQyPdx dy oo o ++= 2 . . . ( 7 ). Por outro lado, derivando (6): dx dz dx dy dx dy o += . . . ( 8 ). Substituindo (6) e (8) na equação (5): RzyQzyP dx dz dx dy oo o ++++=+ )()( 2 . Desenvolvendo esta última e agrupando os termos: RyQyPzQPyzP dx dz dx dy ooo o +++++=+ 22 )2( . . . ( 9 ). Substituindo (7) em (9) resulta que zQpyzP dx dz o )2( 2 ++= . Reagrupando esta última: 2)2( zPQPy dx dz o =+− z . . . ( 10 ) que é uma equação de Bernoulli na variável z, cuja solução já foi desenvolvida. Exercícios Resolvidos Resolva a equação de Bernoulli 232 xy x y dx dy =− pelo método exposto anteriormente. Solução: Dividindo por y2: xy dx dyy 32 12 =− −− . Fazendo t = y – 1: dx dt dx dyy −=− 2 . A equação transformada é xt xdx dtxt xdx dt 3232 −=+∴=−− Fazendo t = uv e dx duv dx dvu dx dt += obtemos x x u dx duv dx dvu 3)2( −=++ . Aqui, vamos calcular u, fazendo 02 =+ x u dx du Daí, 2 1ln2ln2 x uxu x dx u du =∴−=∴−= . Agora, vamos ao cálculo de v: x dx dvu 3−= Daí, dxxdvx dx dv x 3 2 33 1 −=⇒−= Integrando: Cxv +−= 4 3 4 . Como t = uv, podemos escrever 2 24 2 4 3 4 31 x CxCx x t +−=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +−= Reduzindo ao mesmo denominador: 2 4 4 34 x xCt −= . Como t = y – 1 e fazendo k = 4C, podemos escrever a solução geral sob a forma explícita 4 2 3 4 xk xy −= . Observamos que a equação de Bernoulli pode ser resolvida de modo análogo ao da equação linear, mediante a substituição y = z t. Temos 232 xy x y dx dy =− ⇒ substituindo y = z t e dx dzt dx dtz dx dy += , obtemos 2222 3232 txz dx dzt x t dx dtztxz x tz dx dzt dx dtz =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −⇒=−+ Calculando t : 2ln2ln202 xtxt x dx t dt x t dx dt =⇒=⇒=∴=− Calculando z : dxxdzzxxz dx dzxtxz dx dzz 3242222 333 =⇒=⇒= − Integrando esta última: kx zCx z +−=⇒+=− 4 4 3 4 4 31 . Como y = z t , resulta 4 2 3 4 xk xy −= . Resolva a equação de Bernoulli 32 xyxy dx dy =− pelo método da substituição y = z t. Solução: Temos 3333 22 txz dx dztxt dx dtztxztzx dx dzt dx dtz =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −⇒=−+ Calculando t : 22ln202 xetxtdxx t dtxt dx dt =∴=⇒=⇒=− . Calculando z : dxxedzzzxe dx dze xxx 222 2333 =⇒= − . Vamos calcular dxxe x∫ 22 separadamente. Fazendo =α ⇒= 22 22 4: xx xede α dxxe x∫ 22 = 441 22xed =∫ α . A integração completa fornece ke zCe z x x +−=∴+=− 2 2 2 22 2 2 4 1 2 1 e finalmente, a solução geral ke ey x x +−= 2 2 2 2 2 2 . Resolva a equação de Bernoulli 33 yxxy dx dy =+ pelo método da divisão por yn. Solução: Dividindo por y3: 323 xxy dx dyy =+ −− . Substituindo t = y – 2 temos dx dt dx dyy =− −32 e 33 22 2 1 xxt dx dtxxt dx dt −=−⇒=+− 21 Agora vamos fazera substituição t = uv com dx duv dx dvu dx dt += . Feito isto, passamos a escrever 33 2222 x dx duvxv dx dvuxxuv dx duv dx dvu −=+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −⇒−=−+ Calculando v : 22ln202 xevxvdxx v dvxv dx dv =∴=⇒=⇒=− Calculando u : ∫ −− −=⇒−=⇒−= dxxeudxxeduxdxdue xxx 333 222 222 A integral pode ser calculada por partes, daí u = ∫ ∫ −−− −=− dxxeexdxxex xxx 2)2( 222 22 u = . Por outro lado, como t = uv, t = Como t = yCeex xx ++ −− 222 212 xCex ++ – 2, temos 2 2 1 11 2 22 x x Cex yCexy ++ =∴++=− . Verifique se y = x é uma solução particular da equação de Riccati 32 2 =++ x y x y dx dy . Em caso afirmativo, obtenha a solução geral. Solução: Se y = x, temos que 32 2 =++ x y x y dx dy se transforma 1 + 1 + 1 = 3, comprovando que y = x é de fato uma solução particular da equação dada. Fazendo a substituição y = x + z com dx dz dx dy += 1 , na equação dada, obtemos: 321 2 22 =++++++ x zxzx x zx dx dz que fornece 2 2 2 2 332111 x z x z dx dz x z x z x z dx dz −=+∴=++++++ que é uma equação de Bernoulli em z. Dividindo por z2 : 2 1 2 13 xx z dx dzz −=+ − − . Fazendo t = z – 1, 2 2 13 xx t dx dt dx dt dx dzz −=+−⇒=− − ou 2 13 xx t dx dt =− que é uma equação linear. Fazendo t = uv , obtemos 213 xx uv dx duv dx dvu =−+ ou ainda 2 13 xdx duv x v dx dvu =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − Calculando v : 3ln3ln303 xvxvdx xv dv x v dx dv =∴=⇒=⇒=− Calculando u : C x uCxu x dxdu xdx dux +−=∴+−=⇒=⇒= − 4 4 52 3 4 1 4 1 Como t = uv, x CxtxC x t 4 411 43 4 +−=⇒⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ +−= . Por outro lado, t = z – 1, resultando em 14 4 4 −= Cx xz . Finalmente, como fizemos y = x + z, passamos a escrever 14 4 4 −+= Cx xxy ou 1 3 4 5 − += kx xkxy como solução geral da equação original. 22 23 Bibliografia: [1] ABUNAHMAN, Sérgio A. Equações Diferenciais. Rio de Janeiro: LTC, 1979 [2] AYRES, Frank Jr. Equações Diferenciais, 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. [3] BRONSON, Richard. Moderna Introdução às Equações Diferenciais. São Paulo: Makron Books, 1981.
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