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GE Gastronomia Hospitalar UNI1 SER

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UNIDADE I
Gastronomia Hospitalar
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Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 1
aLimenTaÇÃo SaudáveL Para a SaÚde ............................................................ 1
BeneFícioS de comer adeQuadamenTe .......................................................... 5
meTaBoLiSmo e diGeSTÃo ...................................................................................... 6
GaSTronomia HoSPiTaLar .................................................................................... 7
dieTa de HoSPiTaL ..................................................................................................... 9
deSnuTriÇÃo HoSPiTaLar ...................................................................................... 9
PacienTe/cLienTe ...................................................................................................... 10
deSaFioS da GaSTronomia HoSPiTaLar.......................................................... 11
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Guia unidade 1
GaSTronomia HoSPiTaLar
Para início de converSa
Olá, caro(a) estudante! Seja bem-vindo(a) a nossa disciplina de Gastronomia Hospita-
lar. Será muito gratificante colaborar com o seu aprendizado.
Preparado(a)?
orienTaÇõeS da diSciPLina
Então, antes de iniciar a leitura deste guia, solicito que faça a leitura do seu livro-texto, pois ele irá nor-
tear seus estudos. Você também deverá assistir os vídeos indicados ao decorrer do nosso estudo. Ao final 
da I unidade responda a atividade avaliativa. 
Caso tenha alguma dúvida, não perca tempo e envie uma mensagem para seu tutor, ele está apto para 
qualquer tipo de dúvida referente a nossa disciplina.
Nesta primeira unidade você aprenderá os conceitos básicos de nutrição, metabolismo e digestão, as 
principais patologias que podem acontecer no metabolismo, benefícios de uma alimentação saudável 
e balanceada, as referências utilizadas para uma dieta, onde iniciaremos o estudo sobre a gastronomia 
hospitalar, abordando o paciente, a desnutrição, os desafios da gastronomia no ambiente hospitalar e os 
benefícios da gastronomia dentro de um hospital.
Agora sim, vamos começar!
aLimenTaÇÃo SaudáveL Para a SaÚde
Meu(inha) caro(a) aluno(a), para iniciar é importante conhecer alguns conceitos básicos da nutrição, va-
mos iniciar falando do alimento que é fundamental para a manutenção da vida. O termo é derivado do 
latim e se refere a substâncias líquidas ou sólidas que são utilizadas para nutrir o indivíduo, as plantas 
ou os animais.
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No Brasil e no mundo são feitos guias de alimentação e nutrição, que tem como principal característica 
reconhecer que para ter uma boa saúde depende da nutrição adequada. No Brasil, o Guia Alimentar para 
a população brasileira aborda a importância de escolhas alimentares saudáveis, o ato de comer, aborda 
os princípios de uma alimentação saudável, além de trazer as recomendações gerais sobre alimentação 
saudável. 
fonte: LINK
você SaBia?
Você sabia que uma alimentação balanceada é aquela que a pessoa consumirá as quantidades adequa-
das de alimentos de todos os grupos? Pois é, a alimentação saudável é o mesmo que uma dieta balancea-
da e possui três princípios:
1. Variedade: consumo de diferentes tipos de alimentos dos diversos grupos;
2. Moderação: comer o necessário, ficando atento a não consumir quantidades maiores ou meno-
res do que se precisa;
3. Equilíbrio: respeitar as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de alimentos 
(proteína, carboidratos e lipídeos).
Fonte: LINK 
???
3
Guarde eSSa ideia!
Ainda sobre o alimento é importante salientar que este permite a manutenção das funções do corpo, tam-
bém são usados para dar prazer ao indivíduo, não necessariamente levando em consideração a nutrição.
Aluno(a), nos alimentos, encontramos os nutrientes que são responsáveis pelo fornecimento de energia 
(carboidratos e gorduras), construção (proteína) e regulação (vitaminas e minerais). 
Toda pessoa necessita de uma alimentação correta e balanceada para se manter viva e ativa, além de 
ajudar a desenvolver as atividades diárias. Cada indivíduo tem sua necessidade específica que varia de 
acordo com idade, peso, altura, tipo de atividade física, presença de alguma patologia e estilo de vida.
Para sabermos qual a necessidade de cada pessoa, usa-se uma tabela chamada DRIS que contém a inges-
tão diária recomendada para indivíduos saudáveis, essa tabela foi elaborada por especialistas do Comitê 
do Food and Nutrition Board e do Institute of Medicine dos Estados Unidos e do Canadá.
Nestas tabelas a recomendação de macronutrientes é:
1. Proteína – 10 a 15% do VCT (valor calórico total)
2. Carboidrato – 50 a 60% do VCT
3. Lipídio – 20 a 30% do VCT
Sobre os macronutrientes é preciso ficar atento e lembrar:
•	 Proteína – são formadas por aminoácidos que são unidos por ligações peptídicas. As proteínas 
são constituintes básicos das fibras musculares, cabelos, ossos, dentes e pele, além disso tem função 
catalisadora de reações bioquímicas, sem enzimas as reações não ocorreriam em tempo hábil, também 
possuem a função reguladora do metabolismo.
•	 Carboidratos – tem como principal função o fornecimento de energia para as células além de 
fornecer energia para os neurônios, os carboidratos também regulam o metabolismo proteico, poupando 
as proteínas de serem utilizadas como fonte de energia, apresentam função estrutural das membranas 
plasmática das células.
•	 Lipídios – fornecem energia para as células, participam da composição das membranas celu-
lares, atuam como isolantes térmicos e facilitam algumas reações químicas no organismo, transportam 
combustível metabólico, além de auxiliar no transporte de vitaminas lipossolúveis.
Fonte: LINK
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Com base nessas referências é possível elaborar a dieta de um paciente colocando todos os grupos ali-
mentares, pois é saudável que todos estejam sendo contemplados em uma dieta balanceada, lembrando 
sempre da importância de um profissional nutricionista nesta elaboração. Também é importante frisar que 
esses valores podem mudar dependendo da necessidade de cada indivíduo.
A dieta balanceada tem por objetivo manter a composição corpórea desejada e a capacidade para o 
trabalho físico e mental. Como já foi falado, vários fatores interferem nessas necessidades, idade, sexo, 
altura, peso, atividade metabólica e física.
A alimentação saudável é a melhor forma de se obter os nutrientes necessários para o organismo, pois 
são conseguidos quando se tem variedade na dieta. 
Logo abaixo observe a tabela com os nutrientes, função e onde podem ser encontrados:
Nutriente Função Principais alimentos 
Cálcio Forma ossos e dentes, atua no funciona-
mento dos músculos.
Laticínios e hortaliças de 
folhas verdes.
Fósforo Participa da transferência de energia e da 
molécula dos ácidos nucléicos. 
Carnes, aves, peixes, ovos, 
feijões e ervilhas.
Magnésio Participa do metabolismo dos carboidra-
tos. 
Aveia, amêndoas e amen-
doim.
Sódio Regula a quantidade de líquidos no orga-
nismo.
Sal de cozinha
Potássio Age com o sódio no equilíbrio de líquidos 
corporais.
Frutas, verduras, feijão e 
cereais.
Ferro Forma a hemoglobina. Fígado, carnes, gema de 
ovo, legumes e hortaliças 
verdes.
Zinco Participa da síntese proteica, antioxidante. Carne de porco e iogurte
Vitamina A Protetora dos tecidos, vasos sanguíneos. Fígado, cenoura, folhosos e 
abóbora.
Vitaminas 
do complexo 
B
São protetoras do sistema nervoso e for-
madoras do tecido sanguíneo.
Cereais integrais, ovos, car-
nes, laticínios e feijões. 
Vitamina C Antioxidante celular, renovador celular, 
participa dos processos de cicatrização.
Frutas cítricas, tomate e 
pimentão.
Vitamina D Fixa o cálcio e o fósforo em dentes e os-
sos.
Óleo de fígado de peixes, 
gema de ovo eraios de Sol.
Vitamina E Antioxidante celular, protetora de glóbu-
los vermelhos.
Óleos vegetais, ovos, pei-
xes e cereais integrais. 
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Em suma, os nutrientes desempenham as funções:
Nutrientes energéticos Nutrientes reguladores
Proteína
Carboidratos
Lipídeos 
Vitaminas 
Minerais 
Água 
BeneFícioS de comer adeQuadamenTe
Existem vários benefícios associados a uma alimentação saudável:
•	 Perda de peso – a alimentação saudável pode promover a perda de peso, primeiramente devi-
do as calorias que tendem a ser menores e segundo porque permitem que o organismo funcione melhor.
•	 Sistema imunológico – uma dieta equilibrada é importante para o funcionamento do sistema 
imunológico (sistema de defesa), pois as vitaminas e minerais são necessários para que ele funcione 
adequadamente.
•	 Benefícios cardiovasculares – uma dieta saudável é uma das melhores prevenções contra 
doenças cardiovasculares. É recomendado adicionar peixes ricos em ômega 3 que são capazes de ajudar 
a diminuir os riscos de doença arterial coronariana.
•	 Energia – manter o corpo abastecido com as quantidades corretas de vitaminas, minerais e 
demais nutrientes pode gerar mais energia para o organismo. O consumo de carboidratos complexos é 
digerido mais lentamente e mantém os níveis de açúcar no sangue equilibrados e os níveis de insulina 
estáveis, resultando em melhor aproveitamento da energia.
você SaBia?
Você sabia que as DRIS são valores de referência de ingestão de nutrientes que são 
utilizados para planejar e avaliar dietas para pessoas que estejam saudáveis? Pois é, é 
um grupo de 4 valores de referência de ingestão de nutrientes, com maior abrangência 
do que as Recomendações Nutricionais e referem-se a uma ingestão de nutriente ao 
longo do tempo por indivíduos aparentemente saudáveis. Podem ser usadas para pla-
nejar dietas, definir rotulagem e planejar programas de orientação nutricional.
DEFINIÇÕES DE RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
Necessidade Média Estimada (Estimated Average Requirement/ EAR) – é um valor de ingestão 
diária de um nutriente que se estima que supra a necessidade da metade (50%) dos indivíduos saudá-
veis de um determinado grupo que tenha o mesmo gênero e estágio de vida. A EAR é usada na RDA e 
corresponde à mediana da distribuição de necessidades de um dado nutriente. É usada para avaliar a 
probabilidade de inadequação da ingestão atual.
???
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Ingestão Dietética Recomendada (Recommended Dietary Allowance/ RDA) – é o nível de in-
gestão dietética diária que é suficiente para atender as necessidades de um nutriente de 97 a 98% dos 
indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero (masculino e feminino) e estágio de 
vida. Dietas que estão no nível da RDA tem pouca probabilidade de estar inadequada.
Ingestão Adequada (Adequate Intake/AI) – é utilizada quando não há dados suficientes para a de-
terminação da RDA, pode ser chamado de valor prévio a RDA. Dietas que estejam nesse nível ou acima 
tem baixa probabilidade de ficar inadequada.
Limite Superior Tolerável de Ingestão (Tolerable Upper Intake Level/UL) – é o valor mais alto de 
ingestão diária de um nutriente que não oferece efeitos adversos à saúde em quase todos os indivíduos 
de um estágio da vida ou de mesmo gênero. O UL não é um nível de ingestão recomendado. A ingestão 
acima desse nível pode causar riscos adversos em indivíduos.
Fonte: LINK
meTaBoLiSmo e diGeSTÃo
Caro(a) estudante, quando os nutrientes entram no organismo devem ser quebrados em partes menores 
para que possam ser absorvidos. O sistema digestivo é quem faz essa quebra e conversão de moléculas 
insolúveis em moléculas solúveis, esse processo é chamado de digestão e facilita a absorção dos nutrien-
tes, já o metabolismo compreende as reações de síntese (anabolismo) e reações de quebra (catabolismo).
Fique atento(a), pois uma pessoa pode sofrer com patologias (doenças) no metabolismo, estas doenças 
são causadas por defeitos enzimáticos, são raras e fáceis de serem detectadas e tratadas. Essas patolo-
gias quando não diagnosticadas podem provocar danos graves físico e mental.
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exemPLo
São exemplos de doenças metabólicas: 
•	 Fenilcetonúria – incapacidade de quebrar um aminoácido denominado de fe-
nilalanina, o acúmulo no organismo é tóxico e necessita de uma dieta especial para 
o tratamento. Esta doença é detectada no teste do pezinho nos primeiros 15 dias de 
vida.
•	 Leucinose – é uma doença hereditária causada pela dificuldade de metabolizar 
os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina). 
•	 Homocistinúria – é uma doença hereditária no metabolismo do aminoácido 
metionina, resultando em uma concentração alta de metionina e homocisteína no 
plasma. 
As doenças do metabolismo incluem dieta restrita do nutriente que não é metabolizado 
e essa dieta deve ser seguida durante toda a vida.
 
GaSTronomia HoSPiTaLar
Estudante, o termo gastronomia normalmente é associado a uma preparação com requinte e sofisticação 
que encanta não apenas o paladar, mas também chama a atenção pela aparência, textura e aroma. Quan-
do se fala em Gastronomia Hospitalar é exatamente transformar as preparações servidas neste ambiente, 
tornando-as mais atrativas e com um atendimento personalizado. 
Associar a alimentação com a dietética e a saúde é usado como terapia desde a Antiguidade. Com o surgi-
mento dos hospitais, ações de hospitalidade e hotelaria foram evoluindo neste ambiente para a promoção 
da qualidade de vida e recuperação do paciente.
Meu(inha) caro(a), as dietas oferecidas em hospitais sempre foram associadas a experiências negativas, 
pois as refeições eram restritas e normalmente não continham sal, gordura ou qualquer tipo de tempero e 
eram denominadas de “comida de hospital” que podemos ver até os dias de hoje, mas esse conceito tem 
mudado, o conceito de hotelaria tem sido cada vez mais frequente neste meio, fazendo com que a comida 
sem gosto seja transformada em um prato saboroso e dentro das necessidades de cada pessoa.
Fonte: LINK
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A área de nutrição é importante, pois fornece assistência dietoterápica adequada à cada um, a alimenta-
ção tem o sentido de satisfazes aspectos emocionais, psicológicos e motivacionais dos indivíduos, fazen-
do com que tenham uma experiência positiva. Esse processo é tão fundamental que é capaz de manter 
ou não a fidelização de uma pessoa a um determinado lugar. A alimentação no ambiente hospitalar deve 
cumprir as funções nutricionais e higiênicas básicas, além de propiciar prazer e situar o ser humano no 
seu espaço.
Por esse motivo, humanizar a alimentação em uma unidade de Nutrição e Dietética é necessário, podendo 
ser realizado através da gastronomia, pois será uma forma de realizar um atendimento individualizado e 
personalizado.
Os aspectos que estão envolvidos com a Gastronomia Hospitalar são:
•	 Respeitar os hábitos alimentares do paciente;
•	 Atender a necessidade do paciente em termos de quantidade da alimentação;
•	 Dar ao paciente o direito de escolha;
•	 O paciente tem o direito de conversar com o responsável pelo serviço;
•	 Mostrar ao paciente às informações relativas à alimentação que é servida.
Fote: LINK
Além de tudo isso é importante lembrar que o cardápio deve ser nutritivo, de boa aparência, devidamente 
higienizados, versáteis no uso e compatíveis com o paciente. 
Então, querido(a) aluno(a), tudo bem até agora? 
Está precisando de algum esclarecimento? O seu tutor pode auxiliar você no que for preciso, vamos 
adiante.
Fica a dica
A visão da dieta hospitalar está sendo ampliada e adaptada às tendências inovadoras 
da gastronomia no mercado globalizado da alimentação e nutrição. A nutrição hospita-
lar e a gastronomia agregam valor histórico a esse cenário e resultam no aprimoramen-
to contínuo da assistência nutricional.
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dieTa de HoSPiTaL
A dieta hospitalartem como objetivo recuperar ou preservar o estado nutricional do paciente que se en-
contra internado. Tem um papel importante associado a terapia medicamentosa, que está utilizada seja 
em um caso de uma doença aguda ou também em casos de doenças crônicas. Também é importante, pois 
ajuda a diminuir o sofrimento gerado pelo período que um paciente se encontra internado e separado de 
suas atividades e família.
Guarde eSSa ideia!
Sabe-se que pouca atenção é dada à alimentação hospitalar e por conta disso, é co-
mum ocorrer casos de desnutrição em pacientes internados, não só pelo sabor dos 
alimentos, mas também pela aparência, odor, horário que as refeições são servidas e 
hábitos alimentares dos pacientes que não são respeitados. 
É importante que seja dado um enfoque a esses alimentos oferecidos, pois deve agre-
gar qualidades que atendam às suas necessidades nutricionais, higiênico-sanitárias, 
sensoriais e psicossocial. 
É necessário trabalhar a alimentação dos pacientes, elaborando-a não só no sentido 
de suprir suas necessidades básicas de manutenção ou recuperação da saúde, mas 
propiciando bem-estar físico e mental, uma refeição que chame a atenção pela beleza 
do prato e pelo aroma, pode influenciar diretamente no querer e prazer em se alimentar 
de cada pessoa.
deSnuTriÇÃo HoSPiTaLar
Você sabia que a desnutrição é um grave problema de saúde pública em todo o mundo? Então, nos últi-
mos anos ocorreu uma expressiva redução de desnutrição no Brasil, porém nos hospitais a letalidade por 
desnutrição ainda é muito alta, estima-se que a desnutrição atinge de 40% a 60% dos pacientes que dão 
entrada em hospitais.
Existe uma estreita relação entre a internação de um paciente no hospital e a perda de peso por conse-
quência desta internação que pode ter várias causas: a condição clínica, os fatores relacionados com o 
processo de internação, a falta de estratégia nutricional, jejuns para realização de exames, sintomas e 
manifestações da doença e também refeições com apresentação e distribuição que não são agradáveis 
podem contribuir para que esse processo ocorra de maneira mais rápida. 
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Ainda como motivo da desnutrição é que o paciente começa a ser tratado da doença principal e a preocu-
pação com o estado nutricional acaba ficando em segundo plano.
Fonte: LINK
A desnutrição grave pode causar a diminuição dos estoques de glicogênio e gordura promovendo uma 
redução energética e levando o corpo a utilizar proteína com fonte de energia, isso ocasiona um retardo 
na recuperação e acelera o declínio das funções do corpo, gerando um comprometimento de qualidade de 
vida levando a um tempo de internação maior.
Ela pode levar a complicações, tais como, hipoglicemia e hiperglicemia, hipoproteinemia, hipotermia, 
desidratação, diarreia, maior tendência a infecções, demora no fechamento de feridas, menor motilidade 
intestinal e debilidade muscular. 
PacienTe/cLienTe
O paciente/cliente procura um hospital para atenuar a dor ou tratar de uma patologia. Nesse universo 
de atendimento médico e atenção à saúde, o momento da alimentação pode se tornar uma alegria. O 
respeito que o paciente merece, inclui fornecer alimentos adequados e gostosos e isso faz com que seja 
passada uma boa imagem do hospital. A relação benéfica entre a alimentação e a realidade individual do 
mundo social extra hospitalar pode promover ações sinérgicas ao tratamento medicamentoso. O fato de 
ter uma alimentação próxima ao que é consumido no dia a dia de cada indivíduo pode minimizar o sofri-
mento e alicerçar bases positivas à terapêutica.
Prezado(a) estudante, tratar o paciente de maneira única torna-se um diferencial no tratamento da doen-
ça, não será apenas importante para o conforto do paciente, mas também auxiliará na melhora do pa-
ciente e, consequentemente, a redução no tempo de internação, pois cada patologia tem necessidades 
nutricionais diferentes, por exemplo, doenças pulmonares crônicas aumentam o gasto energético e opor 
conta disso precisará de nutrientes específicos e uma alimentação que supra esse gasto energético, já um 
paciente que sofreu queimaduras necessita de um aporte proteico elevado e um foco maior na hidratação, 
além de ser indicada a ingestão de alimentos ricos em vitamina C e zinco. 
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Outro ponto importante da alimentação do paciente está em fazer preparações em datas comemorativas 
ou ocasiões especiais para aquele paciente, deixando-o cada vez mais próximo do seu dia a dia, prepara-
ções específicas e diferentes em datas como Natal, aniversário, Páscoa e outras datas como esta, deixa 
o paciente menos angustiado de passar dias especiais em um ambiente hospitalar, proporcionando um 
conforto maior e consequentemente uma melhoria na recuperação deste paciente. 
Guarde eSSa ideia!
A Gastronomia Hospitalar torna-se importante na motivação emocional e, contudo, 
está relacionado ao cliente com uma melhor recuperação e mais satisfeito com o ser-
viço. Refeições que são servidas com arte, na temperatura adequada, com aparência 
agradável, colorida, com aroma e sabor que aguce o indivíduo a se alimentar contribui 
para aumentar a ingestão alimentar dos pacientes que tem uma ideia negativa de re-
feições hospitalares. 
deSaFioS da GaSTronomia HoSPiTaLar
Caro(a) aluno(a), um dos maiores desafios da gastronomia é identificar as necessidades e expectativas do 
paciente/cliente, transformando pratos tornando-os saudáveis, nutritivos, atrativos, gostosos e que prin-
cipalmente colaborem para a recuperação ou manutenção do estado nutricional. Tem também por objetivo 
atender as diferentes necessidades nutricionais dos clientes com restrições de alimentos ou nutrientes de 
acordo com sua patologia, tabus e preferências alimentares, sem, contudo, perder o equilíbrio nutricional.
Fica a dica
Deve-se resgatar a associação do prazer de consumir os alimentos, mesmo que este-
jam fazendo parte de uma dieta restrita e controlada. Além disso é importante lembrar 
que no ambiente hospitalar vários são os fatores que podem influenciar a redução na 
ingestão de alimentos, tais como, o próprio ambiente hospitalar que pode ser consi-
derado impessoal e hostil, a gravidade da doença, o diagnóstico do paciente (doenças 
mais graves tem um impacto maior no emocional do paciente, reduzindo assim a inges-
tão de alimentos) e a consistência da alimentação que está sendo oferecida (quanto 
mais distante da dieta habitual do paciente, mais difícil pode ser a aceitação). 
Guarde eSSa ideia!
Aluno(a), essa visão de dieta hospitalar, como já foi dito, está sendo ampliada e adap-
tada às tendências da gastronomia e a busca de unir a prescrição dietética e as restri-
ções alimentares a refeições que sejam atrativas e saborosas, buscando sempre novas 
formas de oferecer a refeição de forma a atingir a ingestão de nutrientes que são 
necessárias. 
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Também deve ser lembrado que precisa resgatar o prazer do consumo de alimentos mesmo sendo de 
uma dieta restrita e controlada, mostrando ao paciente/cliente um olhar diferenciado sobre a assistência 
nutricional. Um dos desafios mais difíceis é preservar as características sensoriais e organolépticas dos 
alimentos, sendo que, em sua maioria, essas dietas tem a restrição de sal, substância essa que confere 
sabor aos alimentos, mas que podem ser substituídas por ervas finas e secas que aprimoram a melhoria 
do alimento, tanto em sabor quanto em qualidade, por serem substâncias antioxidantes, que quando 
consumidas corretamente podem prevenir algumas doenças.
Fonte: LINK
Outro conceito importante é o de hotelaria hospitalar que é a reunião dos serviços de apoio associado aos 
específicos, oferecendo aos pacientes conforto, segurança e bem-estar durante a internação. A hotelaria 
introduziu novos processos, serviços e condutas no ambiente hospitalar que abrange não apenas o pa-
ciente, mas inclui os acompanhantes, familiaresdos pacientes e funcionários dos hospitais. 
FiQue aTenTo!
Para que a Gastronomia Hospitalar aconteça é preciso unir os profissionais da Nutrição 
com os profissionais da Gastronomia, o serviço de nutrição fica com a responsabilidade 
de elaborar a dieta do paciente e a gastronomia tem como função fazer preparações 
atrativas e que sigam o que foi preconizado pelo serviço de nutrição, tendo como papel 
desmistificar de que comida de hospital é ruim e sem sabor, desmascarar o conceito 
de que aversões alimentares não podem ser trabalhadas e diferenciar as preparações 
mudando cortes, decoração, montagem dos pratos e de fundamental importância, inse-
rir um chef de cozinha habilitado para exercer o comando no preparo dos pratos, pois 
desenvolverá papel primordial junto a equipe de nutrição, pois será o responsável em 
adaptar as dietas às tendências gastronômicas preservando as características senso-
riais e terapêuticas dos alimentos.
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PaLavraS do ProFeSSor
Então, meu(inha) caro(a), aqui terminamos o nosso primeiro guia. Foram vistas muitas 
informações novas e espero que você tenha gostado e assimilado.
Você verá no próximo guia as combinações entre os alimentos que são positivas e ne-
gativas, as dietas especiais, o uso dos alimentos funcionais na prevenção de doença e 
as substâncias antioxidantes que combatem os radicais livres.
Não esqueça de ficar sempre atento a todo material que está sendo postado no am-
biente virtual, esteja sempre estudando pelo livro da disciplina e também através dos 
guias de estudo, todos essas ferramentas são importantes para você!
Chegou o momento de acessar o ambiente virtual e responder a atividade avaliativa, 
caso tenha alguma dúvida, entre em contato com o tutor da disciplina.
Nos encontramos na próxima unidade.
Até mais!
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