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UNIDADE I Gastronomia Hospitalar 2 Sumário Para início de converSa ...................................................................................... 1 aLimenTaÇÃo SaudáveL Para a SaÚde ............................................................ 1 BeneFícioS de comer adeQuadamenTe .......................................................... 5 meTaBoLiSmo e diGeSTÃo ...................................................................................... 6 GaSTronomia HoSPiTaLar .................................................................................... 7 dieTa de HoSPiTaL ..................................................................................................... 9 deSnuTriÇÃo HoSPiTaLar ...................................................................................... 9 PacienTe/cLienTe ...................................................................................................... 10 deSaFioS da GaSTronomia HoSPiTaLar.......................................................... 11 1 Guia unidade 1 GaSTronomia HoSPiTaLar Para início de converSa Olá, caro(a) estudante! Seja bem-vindo(a) a nossa disciplina de Gastronomia Hospita- lar. Será muito gratificante colaborar com o seu aprendizado. Preparado(a)? orienTaÇõeS da diSciPLina Então, antes de iniciar a leitura deste guia, solicito que faça a leitura do seu livro-texto, pois ele irá nor- tear seus estudos. Você também deverá assistir os vídeos indicados ao decorrer do nosso estudo. Ao final da I unidade responda a atividade avaliativa. Caso tenha alguma dúvida, não perca tempo e envie uma mensagem para seu tutor, ele está apto para qualquer tipo de dúvida referente a nossa disciplina. Nesta primeira unidade você aprenderá os conceitos básicos de nutrição, metabolismo e digestão, as principais patologias que podem acontecer no metabolismo, benefícios de uma alimentação saudável e balanceada, as referências utilizadas para uma dieta, onde iniciaremos o estudo sobre a gastronomia hospitalar, abordando o paciente, a desnutrição, os desafios da gastronomia no ambiente hospitalar e os benefícios da gastronomia dentro de um hospital. Agora sim, vamos começar! aLimenTaÇÃo SaudáveL Para a SaÚde Meu(inha) caro(a) aluno(a), para iniciar é importante conhecer alguns conceitos básicos da nutrição, va- mos iniciar falando do alimento que é fundamental para a manutenção da vida. O termo é derivado do latim e se refere a substâncias líquidas ou sólidas que são utilizadas para nutrir o indivíduo, as plantas ou os animais. 2 No Brasil e no mundo são feitos guias de alimentação e nutrição, que tem como principal característica reconhecer que para ter uma boa saúde depende da nutrição adequada. No Brasil, o Guia Alimentar para a população brasileira aborda a importância de escolhas alimentares saudáveis, o ato de comer, aborda os princípios de uma alimentação saudável, além de trazer as recomendações gerais sobre alimentação saudável. fonte: LINK você SaBia? Você sabia que uma alimentação balanceada é aquela que a pessoa consumirá as quantidades adequa- das de alimentos de todos os grupos? Pois é, a alimentação saudável é o mesmo que uma dieta balancea- da e possui três princípios: 1. Variedade: consumo de diferentes tipos de alimentos dos diversos grupos; 2. Moderação: comer o necessário, ficando atento a não consumir quantidades maiores ou meno- res do que se precisa; 3. Equilíbrio: respeitar as quantidades de porções recomendadas para cada grupo de alimentos (proteína, carboidratos e lipídeos). Fonte: LINK ??? 3 Guarde eSSa ideia! Ainda sobre o alimento é importante salientar que este permite a manutenção das funções do corpo, tam- bém são usados para dar prazer ao indivíduo, não necessariamente levando em consideração a nutrição. Aluno(a), nos alimentos, encontramos os nutrientes que são responsáveis pelo fornecimento de energia (carboidratos e gorduras), construção (proteína) e regulação (vitaminas e minerais). Toda pessoa necessita de uma alimentação correta e balanceada para se manter viva e ativa, além de ajudar a desenvolver as atividades diárias. Cada indivíduo tem sua necessidade específica que varia de acordo com idade, peso, altura, tipo de atividade física, presença de alguma patologia e estilo de vida. Para sabermos qual a necessidade de cada pessoa, usa-se uma tabela chamada DRIS que contém a inges- tão diária recomendada para indivíduos saudáveis, essa tabela foi elaborada por especialistas do Comitê do Food and Nutrition Board e do Institute of Medicine dos Estados Unidos e do Canadá. Nestas tabelas a recomendação de macronutrientes é: 1. Proteína – 10 a 15% do VCT (valor calórico total) 2. Carboidrato – 50 a 60% do VCT 3. Lipídio – 20 a 30% do VCT Sobre os macronutrientes é preciso ficar atento e lembrar: • Proteína – são formadas por aminoácidos que são unidos por ligações peptídicas. As proteínas são constituintes básicos das fibras musculares, cabelos, ossos, dentes e pele, além disso tem função catalisadora de reações bioquímicas, sem enzimas as reações não ocorreriam em tempo hábil, também possuem a função reguladora do metabolismo. • Carboidratos – tem como principal função o fornecimento de energia para as células além de fornecer energia para os neurônios, os carboidratos também regulam o metabolismo proteico, poupando as proteínas de serem utilizadas como fonte de energia, apresentam função estrutural das membranas plasmática das células. • Lipídios – fornecem energia para as células, participam da composição das membranas celu- lares, atuam como isolantes térmicos e facilitam algumas reações químicas no organismo, transportam combustível metabólico, além de auxiliar no transporte de vitaminas lipossolúveis. Fonte: LINK 4 Com base nessas referências é possível elaborar a dieta de um paciente colocando todos os grupos ali- mentares, pois é saudável que todos estejam sendo contemplados em uma dieta balanceada, lembrando sempre da importância de um profissional nutricionista nesta elaboração. Também é importante frisar que esses valores podem mudar dependendo da necessidade de cada indivíduo. A dieta balanceada tem por objetivo manter a composição corpórea desejada e a capacidade para o trabalho físico e mental. Como já foi falado, vários fatores interferem nessas necessidades, idade, sexo, altura, peso, atividade metabólica e física. A alimentação saudável é a melhor forma de se obter os nutrientes necessários para o organismo, pois são conseguidos quando se tem variedade na dieta. Logo abaixo observe a tabela com os nutrientes, função e onde podem ser encontrados: Nutriente Função Principais alimentos Cálcio Forma ossos e dentes, atua no funciona- mento dos músculos. Laticínios e hortaliças de folhas verdes. Fósforo Participa da transferência de energia e da molécula dos ácidos nucléicos. Carnes, aves, peixes, ovos, feijões e ervilhas. Magnésio Participa do metabolismo dos carboidra- tos. Aveia, amêndoas e amen- doim. Sódio Regula a quantidade de líquidos no orga- nismo. Sal de cozinha Potássio Age com o sódio no equilíbrio de líquidos corporais. Frutas, verduras, feijão e cereais. Ferro Forma a hemoglobina. Fígado, carnes, gema de ovo, legumes e hortaliças verdes. Zinco Participa da síntese proteica, antioxidante. Carne de porco e iogurte Vitamina A Protetora dos tecidos, vasos sanguíneos. Fígado, cenoura, folhosos e abóbora. Vitaminas do complexo B São protetoras do sistema nervoso e for- madoras do tecido sanguíneo. Cereais integrais, ovos, car- nes, laticínios e feijões. Vitamina C Antioxidante celular, renovador celular, participa dos processos de cicatrização. Frutas cítricas, tomate e pimentão. Vitamina D Fixa o cálcio e o fósforo em dentes e os- sos. Óleo de fígado de peixes, gema de ovo eraios de Sol. Vitamina E Antioxidante celular, protetora de glóbu- los vermelhos. Óleos vegetais, ovos, pei- xes e cereais integrais. 5 Em suma, os nutrientes desempenham as funções: Nutrientes energéticos Nutrientes reguladores Proteína Carboidratos Lipídeos Vitaminas Minerais Água BeneFícioS de comer adeQuadamenTe Existem vários benefícios associados a uma alimentação saudável: • Perda de peso – a alimentação saudável pode promover a perda de peso, primeiramente devi- do as calorias que tendem a ser menores e segundo porque permitem que o organismo funcione melhor. • Sistema imunológico – uma dieta equilibrada é importante para o funcionamento do sistema imunológico (sistema de defesa), pois as vitaminas e minerais são necessários para que ele funcione adequadamente. • Benefícios cardiovasculares – uma dieta saudável é uma das melhores prevenções contra doenças cardiovasculares. É recomendado adicionar peixes ricos em ômega 3 que são capazes de ajudar a diminuir os riscos de doença arterial coronariana. • Energia – manter o corpo abastecido com as quantidades corretas de vitaminas, minerais e demais nutrientes pode gerar mais energia para o organismo. O consumo de carboidratos complexos é digerido mais lentamente e mantém os níveis de açúcar no sangue equilibrados e os níveis de insulina estáveis, resultando em melhor aproveitamento da energia. você SaBia? Você sabia que as DRIS são valores de referência de ingestão de nutrientes que são utilizados para planejar e avaliar dietas para pessoas que estejam saudáveis? Pois é, é um grupo de 4 valores de referência de ingestão de nutrientes, com maior abrangência do que as Recomendações Nutricionais e referem-se a uma ingestão de nutriente ao longo do tempo por indivíduos aparentemente saudáveis. Podem ser usadas para pla- nejar dietas, definir rotulagem e planejar programas de orientação nutricional. DEFINIÇÕES DE RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES Necessidade Média Estimada (Estimated Average Requirement/ EAR) – é um valor de ingestão diária de um nutriente que se estima que supra a necessidade da metade (50%) dos indivíduos saudá- veis de um determinado grupo que tenha o mesmo gênero e estágio de vida. A EAR é usada na RDA e corresponde à mediana da distribuição de necessidades de um dado nutriente. É usada para avaliar a probabilidade de inadequação da ingestão atual. ??? 6 Ingestão Dietética Recomendada (Recommended Dietary Allowance/ RDA) – é o nível de in- gestão dietética diária que é suficiente para atender as necessidades de um nutriente de 97 a 98% dos indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero (masculino e feminino) e estágio de vida. Dietas que estão no nível da RDA tem pouca probabilidade de estar inadequada. Ingestão Adequada (Adequate Intake/AI) – é utilizada quando não há dados suficientes para a de- terminação da RDA, pode ser chamado de valor prévio a RDA. Dietas que estejam nesse nível ou acima tem baixa probabilidade de ficar inadequada. Limite Superior Tolerável de Ingestão (Tolerable Upper Intake Level/UL) – é o valor mais alto de ingestão diária de um nutriente que não oferece efeitos adversos à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio da vida ou de mesmo gênero. O UL não é um nível de ingestão recomendado. A ingestão acima desse nível pode causar riscos adversos em indivíduos. Fonte: LINK meTaBoLiSmo e diGeSTÃo Caro(a) estudante, quando os nutrientes entram no organismo devem ser quebrados em partes menores para que possam ser absorvidos. O sistema digestivo é quem faz essa quebra e conversão de moléculas insolúveis em moléculas solúveis, esse processo é chamado de digestão e facilita a absorção dos nutrien- tes, já o metabolismo compreende as reações de síntese (anabolismo) e reações de quebra (catabolismo). Fique atento(a), pois uma pessoa pode sofrer com patologias (doenças) no metabolismo, estas doenças são causadas por defeitos enzimáticos, são raras e fáceis de serem detectadas e tratadas. Essas patolo- gias quando não diagnosticadas podem provocar danos graves físico e mental. 7 exemPLo São exemplos de doenças metabólicas: • Fenilcetonúria – incapacidade de quebrar um aminoácido denominado de fe- nilalanina, o acúmulo no organismo é tóxico e necessita de uma dieta especial para o tratamento. Esta doença é detectada no teste do pezinho nos primeiros 15 dias de vida. • Leucinose – é uma doença hereditária causada pela dificuldade de metabolizar os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina). • Homocistinúria – é uma doença hereditária no metabolismo do aminoácido metionina, resultando em uma concentração alta de metionina e homocisteína no plasma. As doenças do metabolismo incluem dieta restrita do nutriente que não é metabolizado e essa dieta deve ser seguida durante toda a vida. GaSTronomia HoSPiTaLar Estudante, o termo gastronomia normalmente é associado a uma preparação com requinte e sofisticação que encanta não apenas o paladar, mas também chama a atenção pela aparência, textura e aroma. Quan- do se fala em Gastronomia Hospitalar é exatamente transformar as preparações servidas neste ambiente, tornando-as mais atrativas e com um atendimento personalizado. Associar a alimentação com a dietética e a saúde é usado como terapia desde a Antiguidade. Com o surgi- mento dos hospitais, ações de hospitalidade e hotelaria foram evoluindo neste ambiente para a promoção da qualidade de vida e recuperação do paciente. Meu(inha) caro(a), as dietas oferecidas em hospitais sempre foram associadas a experiências negativas, pois as refeições eram restritas e normalmente não continham sal, gordura ou qualquer tipo de tempero e eram denominadas de “comida de hospital” que podemos ver até os dias de hoje, mas esse conceito tem mudado, o conceito de hotelaria tem sido cada vez mais frequente neste meio, fazendo com que a comida sem gosto seja transformada em um prato saboroso e dentro das necessidades de cada pessoa. Fonte: LINK 8 A área de nutrição é importante, pois fornece assistência dietoterápica adequada à cada um, a alimenta- ção tem o sentido de satisfazes aspectos emocionais, psicológicos e motivacionais dos indivíduos, fazen- do com que tenham uma experiência positiva. Esse processo é tão fundamental que é capaz de manter ou não a fidelização de uma pessoa a um determinado lugar. A alimentação no ambiente hospitalar deve cumprir as funções nutricionais e higiênicas básicas, além de propiciar prazer e situar o ser humano no seu espaço. Por esse motivo, humanizar a alimentação em uma unidade de Nutrição e Dietética é necessário, podendo ser realizado através da gastronomia, pois será uma forma de realizar um atendimento individualizado e personalizado. Os aspectos que estão envolvidos com a Gastronomia Hospitalar são: • Respeitar os hábitos alimentares do paciente; • Atender a necessidade do paciente em termos de quantidade da alimentação; • Dar ao paciente o direito de escolha; • O paciente tem o direito de conversar com o responsável pelo serviço; • Mostrar ao paciente às informações relativas à alimentação que é servida. Fote: LINK Além de tudo isso é importante lembrar que o cardápio deve ser nutritivo, de boa aparência, devidamente higienizados, versáteis no uso e compatíveis com o paciente. Então, querido(a) aluno(a), tudo bem até agora? Está precisando de algum esclarecimento? O seu tutor pode auxiliar você no que for preciso, vamos adiante. Fica a dica A visão da dieta hospitalar está sendo ampliada e adaptada às tendências inovadoras da gastronomia no mercado globalizado da alimentação e nutrição. A nutrição hospita- lar e a gastronomia agregam valor histórico a esse cenário e resultam no aprimoramen- to contínuo da assistência nutricional. 9 dieTa de HoSPiTaL A dieta hospitalartem como objetivo recuperar ou preservar o estado nutricional do paciente que se en- contra internado. Tem um papel importante associado a terapia medicamentosa, que está utilizada seja em um caso de uma doença aguda ou também em casos de doenças crônicas. Também é importante, pois ajuda a diminuir o sofrimento gerado pelo período que um paciente se encontra internado e separado de suas atividades e família. Guarde eSSa ideia! Sabe-se que pouca atenção é dada à alimentação hospitalar e por conta disso, é co- mum ocorrer casos de desnutrição em pacientes internados, não só pelo sabor dos alimentos, mas também pela aparência, odor, horário que as refeições são servidas e hábitos alimentares dos pacientes que não são respeitados. É importante que seja dado um enfoque a esses alimentos oferecidos, pois deve agre- gar qualidades que atendam às suas necessidades nutricionais, higiênico-sanitárias, sensoriais e psicossocial. É necessário trabalhar a alimentação dos pacientes, elaborando-a não só no sentido de suprir suas necessidades básicas de manutenção ou recuperação da saúde, mas propiciando bem-estar físico e mental, uma refeição que chame a atenção pela beleza do prato e pelo aroma, pode influenciar diretamente no querer e prazer em se alimentar de cada pessoa. deSnuTriÇÃo HoSPiTaLar Você sabia que a desnutrição é um grave problema de saúde pública em todo o mundo? Então, nos últi- mos anos ocorreu uma expressiva redução de desnutrição no Brasil, porém nos hospitais a letalidade por desnutrição ainda é muito alta, estima-se que a desnutrição atinge de 40% a 60% dos pacientes que dão entrada em hospitais. Existe uma estreita relação entre a internação de um paciente no hospital e a perda de peso por conse- quência desta internação que pode ter várias causas: a condição clínica, os fatores relacionados com o processo de internação, a falta de estratégia nutricional, jejuns para realização de exames, sintomas e manifestações da doença e também refeições com apresentação e distribuição que não são agradáveis podem contribuir para que esse processo ocorra de maneira mais rápida. 10 Ainda como motivo da desnutrição é que o paciente começa a ser tratado da doença principal e a preocu- pação com o estado nutricional acaba ficando em segundo plano. Fonte: LINK A desnutrição grave pode causar a diminuição dos estoques de glicogênio e gordura promovendo uma redução energética e levando o corpo a utilizar proteína com fonte de energia, isso ocasiona um retardo na recuperação e acelera o declínio das funções do corpo, gerando um comprometimento de qualidade de vida levando a um tempo de internação maior. Ela pode levar a complicações, tais como, hipoglicemia e hiperglicemia, hipoproteinemia, hipotermia, desidratação, diarreia, maior tendência a infecções, demora no fechamento de feridas, menor motilidade intestinal e debilidade muscular. PacienTe/cLienTe O paciente/cliente procura um hospital para atenuar a dor ou tratar de uma patologia. Nesse universo de atendimento médico e atenção à saúde, o momento da alimentação pode se tornar uma alegria. O respeito que o paciente merece, inclui fornecer alimentos adequados e gostosos e isso faz com que seja passada uma boa imagem do hospital. A relação benéfica entre a alimentação e a realidade individual do mundo social extra hospitalar pode promover ações sinérgicas ao tratamento medicamentoso. O fato de ter uma alimentação próxima ao que é consumido no dia a dia de cada indivíduo pode minimizar o sofri- mento e alicerçar bases positivas à terapêutica. Prezado(a) estudante, tratar o paciente de maneira única torna-se um diferencial no tratamento da doen- ça, não será apenas importante para o conforto do paciente, mas também auxiliará na melhora do pa- ciente e, consequentemente, a redução no tempo de internação, pois cada patologia tem necessidades nutricionais diferentes, por exemplo, doenças pulmonares crônicas aumentam o gasto energético e opor conta disso precisará de nutrientes específicos e uma alimentação que supra esse gasto energético, já um paciente que sofreu queimaduras necessita de um aporte proteico elevado e um foco maior na hidratação, além de ser indicada a ingestão de alimentos ricos em vitamina C e zinco. 11 Outro ponto importante da alimentação do paciente está em fazer preparações em datas comemorativas ou ocasiões especiais para aquele paciente, deixando-o cada vez mais próximo do seu dia a dia, prepara- ções específicas e diferentes em datas como Natal, aniversário, Páscoa e outras datas como esta, deixa o paciente menos angustiado de passar dias especiais em um ambiente hospitalar, proporcionando um conforto maior e consequentemente uma melhoria na recuperação deste paciente. Guarde eSSa ideia! A Gastronomia Hospitalar torna-se importante na motivação emocional e, contudo, está relacionado ao cliente com uma melhor recuperação e mais satisfeito com o ser- viço. Refeições que são servidas com arte, na temperatura adequada, com aparência agradável, colorida, com aroma e sabor que aguce o indivíduo a se alimentar contribui para aumentar a ingestão alimentar dos pacientes que tem uma ideia negativa de re- feições hospitalares. deSaFioS da GaSTronomia HoSPiTaLar Caro(a) aluno(a), um dos maiores desafios da gastronomia é identificar as necessidades e expectativas do paciente/cliente, transformando pratos tornando-os saudáveis, nutritivos, atrativos, gostosos e que prin- cipalmente colaborem para a recuperação ou manutenção do estado nutricional. Tem também por objetivo atender as diferentes necessidades nutricionais dos clientes com restrições de alimentos ou nutrientes de acordo com sua patologia, tabus e preferências alimentares, sem, contudo, perder o equilíbrio nutricional. Fica a dica Deve-se resgatar a associação do prazer de consumir os alimentos, mesmo que este- jam fazendo parte de uma dieta restrita e controlada. Além disso é importante lembrar que no ambiente hospitalar vários são os fatores que podem influenciar a redução na ingestão de alimentos, tais como, o próprio ambiente hospitalar que pode ser consi- derado impessoal e hostil, a gravidade da doença, o diagnóstico do paciente (doenças mais graves tem um impacto maior no emocional do paciente, reduzindo assim a inges- tão de alimentos) e a consistência da alimentação que está sendo oferecida (quanto mais distante da dieta habitual do paciente, mais difícil pode ser a aceitação). Guarde eSSa ideia! Aluno(a), essa visão de dieta hospitalar, como já foi dito, está sendo ampliada e adap- tada às tendências da gastronomia e a busca de unir a prescrição dietética e as restri- ções alimentares a refeições que sejam atrativas e saborosas, buscando sempre novas formas de oferecer a refeição de forma a atingir a ingestão de nutrientes que são necessárias. 12 Também deve ser lembrado que precisa resgatar o prazer do consumo de alimentos mesmo sendo de uma dieta restrita e controlada, mostrando ao paciente/cliente um olhar diferenciado sobre a assistência nutricional. Um dos desafios mais difíceis é preservar as características sensoriais e organolépticas dos alimentos, sendo que, em sua maioria, essas dietas tem a restrição de sal, substância essa que confere sabor aos alimentos, mas que podem ser substituídas por ervas finas e secas que aprimoram a melhoria do alimento, tanto em sabor quanto em qualidade, por serem substâncias antioxidantes, que quando consumidas corretamente podem prevenir algumas doenças. Fonte: LINK Outro conceito importante é o de hotelaria hospitalar que é a reunião dos serviços de apoio associado aos específicos, oferecendo aos pacientes conforto, segurança e bem-estar durante a internação. A hotelaria introduziu novos processos, serviços e condutas no ambiente hospitalar que abrange não apenas o pa- ciente, mas inclui os acompanhantes, familiaresdos pacientes e funcionários dos hospitais. FiQue aTenTo! Para que a Gastronomia Hospitalar aconteça é preciso unir os profissionais da Nutrição com os profissionais da Gastronomia, o serviço de nutrição fica com a responsabilidade de elaborar a dieta do paciente e a gastronomia tem como função fazer preparações atrativas e que sigam o que foi preconizado pelo serviço de nutrição, tendo como papel desmistificar de que comida de hospital é ruim e sem sabor, desmascarar o conceito de que aversões alimentares não podem ser trabalhadas e diferenciar as preparações mudando cortes, decoração, montagem dos pratos e de fundamental importância, inse- rir um chef de cozinha habilitado para exercer o comando no preparo dos pratos, pois desenvolverá papel primordial junto a equipe de nutrição, pois será o responsável em adaptar as dietas às tendências gastronômicas preservando as características senso- riais e terapêuticas dos alimentos. 13 PaLavraS do ProFeSSor Então, meu(inha) caro(a), aqui terminamos o nosso primeiro guia. Foram vistas muitas informações novas e espero que você tenha gostado e assimilado. Você verá no próximo guia as combinações entre os alimentos que são positivas e ne- gativas, as dietas especiais, o uso dos alimentos funcionais na prevenção de doença e as substâncias antioxidantes que combatem os radicais livres. Não esqueça de ficar sempre atento a todo material que está sendo postado no am- biente virtual, esteja sempre estudando pelo livro da disciplina e também através dos guias de estudo, todos essas ferramentas são importantes para você! Chegou o momento de acessar o ambiente virtual e responder a atividade avaliativa, caso tenha alguma dúvida, entre em contato com o tutor da disciplina. Nos encontramos na próxima unidade. Até mais! _Hlk518806961 _Hlk518806417 _GoBack Para início de conversa ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA A SAÚDE BENEFÍCIOS DE COMER ADEQUADAMENTE METABOLISMO E DIGESTÃO GASTRONOMIA HOSPITALAR DIETA DE HOSPITAL DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR PACIENTE/CLIENTE DESAFIOS DA GASTRONOMIA HOSPITALAR
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