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AULA 8 MALARIA COMPLETA

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Estudo dirigido
Vídeos: malária (aula 1)
Prof.ª Me. Lívia Bandeira
profaliviabandeira@gmail.com
Abril, 2015
O ciclo do T. gondii é do tipo heteróxeno, pois ocorre
em duas fases distintas. Uma ocorre no hospedeiro
definitivo (gato e outros felídeos) e no hospedeiro
intermediário (homem, outros mamíferos e aves).
1. Pesquise sobre o ciclo assexuado e sexuado que
ocorre nos gatos e felídeos jovens (hospedeiros
definitivos do T. gondii).
2. Relacione com os termos: merogonia, gamogonia e
endodiogenia.
Estudo dirigido
 A malária, maleita, febre palustre ou impaludismo, é uma
parasitose de grande importância epidemiológica, por
ser responsável por um alto índice de morbi-
mortalidade.
 África, Ásia, Oceania e Américas são os continentes mais
afetados e cerca de 85% dos casos estão no continente
africano.
 No Brasil, as principais áreas endêmicas estão nas
Amazônia.
Malária
 A malária tem como agente etiológico parasitas do
filo Apicomplexa, família Plasmodiidae e
gênero Plasmodium.
Das 150 espécies de Plasmodium responsáveis pela
doença em hospedeiros vertebrados, apenas 4 são
capazes de parasitar o homem:
 P. falciparum: é mais predominante na África; o mais
virulento;
 P. vivax: espécie predominante nas Américas;
 P. malariae: infectar simultaneamente o homem e
outros animais;
 P. ovale.
Malária
Malária
 O Plasmodium falciparum produz a febre terçã maligna,
com acessos febris cíclicos de 36 a 48 horas;
 O Plasmodium vivax produz a febre terçã benigna –48 h;
 Plasmodium ovale – febre terçã benigna – 48 h – África;
 O P. malariae – febre quartã –72 h.
 Estenoxenos em relação ao hospedeiro vertebrado
(Estenoxenos: Infectam apenas uma espécie de
hospedeiro );
 P. malariae que infecta algumas sps de macacos.
Malária
 Hospedeiro invertebrado e definitivo: mosquitos do
Gênero Anopheles.
Plasmodium
Criadouros naturais de anofelinos
Locais sombreados
Repasto sanguíneo
Somente as fêmeas
Malária
 Na malária o homem é o responsável pela disseminação
do parasita, por ser o único hospedeiro natural dos
plasmódios;
 O tratamento maciço dos indivíduos portadores de
infecção possibilitaria a extinção dessa parasitose;
 Aparecimento de focos de malária devido ao
desmatamento, a projetos agropecuários, garimpos,
projetos de mineração em rios, entre outros fatores de
risco.
 A OMS implantou um plano de ação denominado
Estratégia Global da Malária, visando a integração das
atividades de controle da parasitose às atividades dos
serviços de saúde, de acordo com cada região.
Vídeos
https://www.youtube.com/channel/UCGEa7g5wrfuJ9tfexXwcbCA
 Esporozoito: infectiva
 Merozoítos
Hemácias: 
 Trofozoíto jovem ou anel
 Trofozoíto maduro
 Esquizontes: merozoítos
 Gametócitos
 Zigoto
 Oocineto
 Oocisto: esporozoítos
Malária x nutrição
http://emedix.com.br/not/not2004/04ago19nut
-ajtmh-inc-malaria.php
Malária
Aula 2
Prof.ª Me. Lívia Bandeira
profaliviabandeira@gmail.com
Abril, 2015
 Países pobres tropicais e subtropicais;
 Uma das principais causas de doenças e mortes nesses
países;
 Em 2012, 627.000 mortes (crianças na África);
 Programas de controle salvaram cerca de 3,3 milhões de
vidas;
 Diminuiu a mortalidade em 45%; (CDC)
Grupos mais vulneráveis:
 Crianças menores de 5 anos- ainda não desenvolveram
imunidade contra malária;
 Grávidas- a imunidade diminui por causa da gravidez.
Malária
Malária
África (regiões de alta endemicidade):
 crianças <5 anos = alta incidência de malária cerebral e morte;
 crianças >5 anos e adultos = baixa incidência de malária grave
(aumenta em mulheres grávidas);
 visitantes (adultos) -> malária grave.
Brasil (regiões de baixa endemicidade):
 malária pulmonar;
 complicações renais.
Regiões de maior infestação da malária. Nota-se a maior prevalência 
nas zonas de floresta tropical.
75% Plasmodium vivax e 25% Plasmodium falciparum
Populações Ribeirinhas
Anofelinos
 Desenvolvimento em diferentes tipos de
coleções de água-salobra, doce;
 Adulto: hábitos noturnos ou crepusculares;
 Ciclo completo de Plasmodium
 Vetores mais importantes da malária no Brasil: An. darlingi, An. 
aquasalis e An. cruzi
CRIADOUROS NATURAIS DE ANOFELINOS
Locais sombreados
An. darlingi An. albitarsis
An. gambiae (África) An. aquasalis 
Morfologia
 Formas evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células do
hospedeiro:
1) Esporozoítos: alongado; são as formas infectivas; estão na saliva do
vetor; invadem os hepatócitos;
Trato digestivo
Glândulas salivares
Morfologia
 Formas evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células do
hospedeiro:
 Merozoítos: são capazes de invadir somente hemácias;
- Podem ser produzidos na fase pré-eritrocítica ou por esquizogonias
sanguíneas (divisão múltipla).
Nos plasmódios a divisão 
nuclear pode se repetir 
várias vezes antes que 
ocorra a divisão do 
citoplasma.
Morfologia
 Merozoítos: são capazes de invadir somente hemácias;
- Transformações da fase intraeritrocítica:
 Formas intracelulares (eritrocíticas):
 Trofozoítos (jovem e maduro);
 Esquizontes: arredondado;
Se nutrem de 
hemoglobina
Morfologia
 Formas evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células do
hospedeiro:
 Merozoítos: são capazes de invadir somente hemácias;
Ferro: tóxico
Cristaliza o Fe
Morfologia
- Transformações da fase intraeritrocítica :
Novos 
merozoítos
Morfologia- formas no mosquito
 Gametócitos (sexuada):
- Microgameta (masculino: cél. flagelada-surge da exflagelação);
- Macrogameta (feminino).
O trofozoíto não virou um esquizonte.
Os gametócitos do sangue são 
ingeridos pelo mosquito
Intestino
Rompem as hemácias
Se transformam nos gametas
Morfologia- formas no mosquito
 Gametócitos (sexuada):
- Microgameta (masculino: cél. flagelada-surge da exflagelação);
- Macrogameta (feminino).
O trofozoíto não virou um esquizonte.
Os gametócitos do sangue são 
ingeridos pelo mosquito
Intestino
Rompem as hemácias
Se transformam nos gametas
Morfologia- formas no mosquito
 Oocineto: é o zigoto alongado e móvel;
 Se desloca para atravessar a parede do estomago do 
mosquito; 
 A fecundação ocorre minutos depois que o anofelino se 
alimentou;
Morfologia- formas no mosquito
Oocisto: cápsula 
Rompimento dos oocistos de Plasmodium
Morfologia- formas no mosquito
Ciclo evolutivo no hospedeiro 
invertebrado (inseto)
Esporogonia
Ciclo de Plasmodium sp. no mosquito
SPZs
1
Esquizogonia 
hepática
merozoítos
2
anel
3
trofozoíto
4
esquizonte
5
Esquizogonia 
sanguínea
6
gametócitos
7
Vídeo- Ligado em saúde!
https://www.youtube.com/watch?v=0YVxCf0xB
cI
Malária
Aula 3
Prof.ª Me. Lívia Bandeira
profaliviabandeira@gmail.com
Maio, 2015
Patogenia da Malária
Destruição dos eritrócitos parasitados e suas consequências.
 Apenas o ciclo eritrocítico causa as manifestações clínicas;
 A destruição das hemácias e a liberação dos parasitos e de
seus metabólitos causam uma resposta do hospedeiro.
Patogenia da Malária
Os possíveis mecanismos são:
 Destruição das hemácias parasitadas;
 Toxicidade resultante da liberação de citocinas e resposta
inflamatória sistêmica;
 P. falciparum: sequestro das hemácias nos capilares;
 P. malariae: lesão capilar pela deposição de
imunocomplexos.
Hemólise Anemia ?
Patogenia da Malária
Destruição das hemácias parasitadas:
 Em todos os tipos de malária!
 Anemia; Nem sempre tem relação com a parasitemia!Causas da anemia:
 Destruição das hemácias pelo sistema imune;
 Aumento da fagocitose pelo baço;
 Autoanticorpos: parasito e hemácias;
 Disfunção da medula óssea provocada pelas citocinas.
Patogenia da Malária
Toxicidade pelas citocinas:
 Fase aguda da malária;
 Produção de citocinas contra o parasito;
 Citocinas também atingem o hospedeiro;
 Febre: PIROGÊNIO ENDÓGENO liberado por macrófagos.
Patogenia da Malária
 Citoaderência e sequestro de eritrócitos infectados
com obstrução de fluxo microvascular.
 Redução do fluxo de oxigênio;
 Cérebro, rins e fígado;
 Coagulação intravascular disseminada (CID).
P. falciparum
Patogenia da Malária
 Citoaderência: na anemia falciforme, esse
mecanismo é bloqueado;
O Plasmodium não acessa a parte externa dos
glóbulos vermelhos e, por isso, não há infecção;
 Todo o sistema de transporte do parasita da malária
fica degenerado nessas células;
“Com esses resultados, descrevemos um mecanismo 
molecular que explica pela primeira vez o efeito 
protetor dessa hemoglobina contra a malária.”
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/grupo-descobre-como-anemia-
falciforme-protege-contra-malaria.html
Revista 'Science'
Patogenia da Malária
Deposição 
de 
imunocomplexos
P. malariae:  Infecções crônicas;
Glomerulonefrite;
Deposição dos imunocomplexos e
de componentes do complemento;
Alteram a permeabilidade do
glomérulo e causam perda maciça
de proteínas.
Aspectos clínicos da malária
 O período de incubação varia de 7 a 14 dias;
 Tríade clássica: febre, calafrios e sudorese;
 Acesso malárico;
 Pode ser acompanhado por náuseas, vômitos, cefaleia e
mialgia;
 Gravidade depende da espécie do parasito, parasitemia,
tempo de doença, imunidade do paciente;
 Maior gravidade em crianças, gestante e primoinfectados.
Clínica da malária grave
Órgãos/sistemas frequentemente acometidos:
 Rins
 Pulmões
 Fígado
 Cérebro
 Hematológico
Edema agudo de pulmão
Hemorragia retiniana
Icterícia
Coagulação intravascular e 
Fenômenos hemorrágicos
O diagnóstico clínico da malária
Cefaléia 68 42,0
Dor no corpo 51 31,5
Fraqueza 44 27,2
Febre 25 15,4
Epigastralgia 23 14,2
Lombalgia 22 13,6
Tonteira 10 6,2
Náusea 10 6,2
Calafrio 10 6,2
Principais sintomas referidos por 161 pacientes 
com malária aguda no HUJM, 1996
n %
Correa & Fontes, 1997
Sem utilidade na prática
Muito inespecífico
Não há diferença por espécie
Cefaléia
Dor no corpo
Fraqueza
Febre
Epigastralgia
Lombalgia
Tonteira
Náusea
Calafrio
SUSPEITA FORTE
Procedência
Diagnóstico clínico
Métodos de Diagnóstico
 Caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado
áreas de risco, a possibilidade de ter contraído
malária deve ser levada em consideração.
 Para confirmar o diagnóstico, existe um exame de
lâmina, também chamado de gota espessa ou
esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um
dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.
 Vejam o vídeo!
Diagnóstico microscópico da malária
G
o
ta
 e
sp
es
sa
A gota espessa representa a melhor alternativa para 
obter-se alta sensibilidade, pois um volume 
relativamente grande de sangue é examinado em cada 
campo microscópico.
Diagnóstico microscópico da malária
E
sf
re
g
a
ço
 d
e
lg
a
d
o
Os esfregaços sanguíneos são a melhor alternativa para:
 avaliação da forma e do diâmetro relativo das hemácias;
 definição da espécie infectante.
MÉTODOS ALTERNATIVOS 
Imunocromatográficos e PCR
Não-P.falcip
Imunocromatografia
Tratamento
 Não existe vacina contra a malária;
 O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é
feito por via oral e não deve ser interrompido para evitar
o risco de recaídas.
 O medicamento indicado para a malária vivax é bem
tolerado e não provoca efeitos colaterais.
 O mesmo não acontece com os indicados para a malária
falciparum, o que dificulta seu uso.
1. Porque diminui o sofrimento do paciente
2. Porque reduz o risco de letalidade
3. Porque reduz a fonte de infecção
4. Porque reduz a probabilidade do parasito desenvolver
resistência.
Porque o tratamento é importante?
1. Qual a espécie de Plasmodium?
2. Qual a idade do paciente?
3. Qual o peso do paciente?
4. Se feminino, está gestante?
5. Qual o status de imunidade do paciente?
6. Qual o perfil de suscetibilidade dos 
parasitos aos antimaláricos?
7. Há sinais de perigo de malária grave?
Perguntas iniciais para o adequado
tratamento da malária:
COMO ESTÁ O TRATAMENTO PARA
Plasmodium vivax?
Cloroquina
 Ativa contra as formas sanguíneas e gametócitos!
 Baixa toxicidade;
 Gestantes e crianças < 6 meses;
 Até o final de dois meses de lactação.
Plasmodium falciparum:
 Artemeter + Lumefantrina
 Artesunato + mefloquina
 Primeira escolha pelo Ministério da Saúde!
 A formulação de artesunato + mefloquina é resultado de
pesquisas voltadas para as doenças negligenciadas;
 São contraindicados no primeiro trimestre da gestação;
 Nem em crianças e mulheres em lactação.
Plasmodium falciparum: 
Gestantes 1º trim e menores 6 meses
MALÁRIA GRAVE E COMPLICADA
Sinais de Perigo
 Vômitos repetidos
 Icterícia
 Oligúria
 Hipotensão arterial
 Dispnéia
 Alteração da consciência
 Convulsão
 Sangramentos
 Hiperparasitemia
Plasmodium falciparum:
- Artesunato ou Artemeter injetáveis +
mefloquina, doxiciclina, clindamicina
- Gestantes: Quinina + Clindamicina
MALÁRIA GRAVE E COMPLICADA

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