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2° Resumo Cirurgia I

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NECESSIDADES BÁSICAS PARA O SUCESSO DA CIRURGIA 
• Acesso apropriado 
• Boa iluminação 
• Campo cirúrgico livre de fluidos 
 
TEMPOS FUNDAMENTAIS DA CIRURGIA 
• Diérese 
• Hemostasia 
• Exérese 
• Síntese 
 
Diérese 
Significa dividir, é o atoa de separar os tecidos abrindo caminho para se chegar ao objetivo da cirurgia. 
• Punção: usa agulhas ou trocartes. Penetram os tecidos separando-os sem seccioná-los. Objetivo é 
remover substâncias líquidas ou espessa para diagnóstico. 
• Incisão: corte único do tecido. 
• Divulsão: afastar tecidos. Usa tesouras ou pinças rombas. 
• Descolamento: separação romba (sem cortar) dos tecidos por meio de um espaço anatômico virtual. 
Usa descoladores, sindesmótomos, ruginas e outros. 
• Curetagem: usa curetas para raspar a superfície do tecido 
• Dilatação: aumenta o calibre de vias naturais. 
Ex.: luxação 
 
 
Descolador de Molt 
Descolador de Freer 
Periotomo 
Sindesmotomo 
Tesoura Íris curva 
Tesoura Íris reta 
Metzembaum 
Golgman Fox 
Pinça hemostática 
de Kelly curva 
Pinça hemostática 
de Kelly reta 
Pinça Allis 
Pinça Collin 
Pinça Backaus 
 
 
Hemostasia 
• Evita o excesso de perda sanguínea 
• Cria maior visibilidade do campo operatório 
• Evita formar hematoma 
Manobras 
• Compressão com gaze 
• Pinçagem (pinça hemostática tipo Kelly) 
• Ligadura (fio de algodão 3-0 ou 4-0) 
• Termocoagulação 
• Substância química (adrenalina) 
 
Exérese 
Operação propriamente dita 
 
Síntese 
Etapa final para aproximar os tecidos que foram separados 
 
 
 
 
Hematoma tem que ser drenado para evitar 
contaminação local 
Anti-inflamatório Corticoide pré operatório 
bloqueia a inflamação do paciente fazendo 
que ela seja mais tardia 
Antibioticoprofilaxia -> dobro da dose usual 
Curetas de Lucas 
Tesoura Spencer 
Porta agulha 
Lima para osso 
Alveolótomo 
Martelo
 Alveolótomo Cinzel de Lucas
 Alveolótomo 
Cinzel ponta goiva
 Alveolótomo 
Trombocitopenia = diminuição total do 
número de plaquetas. Abaixo de 100.000 
plaquetas não é indicado cirurgia de exodontia 
a não ser que seja em ambiente hospitalar. 
Abaixo de 50.000 plaquetas o paciente tem 
sangramento espontâneo. 
Trombocitopatia = falha na agregação 
plaquetária (pessoa que usam drogas podem 
ter) 
Hemofilia = não forma fator de coagulação 
(produzida no fígado pela vitamina K) 
 
Afastador Farabeuf
 
 Cinzel ponta goiva
 Alveolótomo 
Afastador de Mead
 
 Cinzel ponta goiva
 Alveolótomo 
Afastador de Minessota
 
 Cinzel ponta goiva
 Alveolótomo 
 
 
RETALHO 
• Corte único e contínuo; 
• Cabo do bisturi segurado como caneta; 
• Apoio sempre em estrutura dura; 
• Evitar pressão sobre os tecidos moles pois pode gerar dor e 
inflamação no pós-operatório; 
• Cortes superficiais e repetidos aumentam a lesão, a 
quantidade de sangramento e o edema; 
• Incisão longa aumenta campo cirúrgico, permitindo melhor visibilidade e sua reparação é igual de 
uma incisão pequena; 
• Retalho com resistência, ao ser retraído, deve ser aliviado com incisões relaxantes para não ter 
dilaceração do tecido; 
• Incisões com alívio, sua base deve ter o dobro da medida da relaxante; 
• É pela base que vem a nutrição. Se comprometer essa nutrição o retalho necrosa; 
• O alívio sempre deve divergir para o ápice e ser paralelo para desviar de acidentes anatômicos; 
• Incisão em cima de tecido sadio ou osso sadio. Se for feito em buraco, o retalho pode abrir, soltar 
(retalho sofre deiscência); 
• Não pode esticar o retalho. 
 
 
 
 
SUTURA 
• Retalho pinçado com pinça dentada (Adson traumática ou anatômica traumática) 
• Inicia sempre pela superfície livre 
 
 
 
 
 
Tipos de sutura 
• Continua 
• Pontos separados 
 
Pontos separados 
• Pontos simples 
• Pontos em X 
• Pontos em U 
• Pontos Donati 
Continua 
• Continua simples 
• Continua em U 
• Ancorada ou festonada 
 
FIOS 
Tipos: 
• Seda: vários filamentos 
o Maleável 
o Fixa o nó 
o Transado 
o Produzir reação ao tecido, pois retém placa 
bacteriana 
• Nylon: um filamento 
o Tem memória 
o Nó tende a abrir 
o Produz menos reação ao tecido pois retém menos placa bacteriana 
Absorção: 
• Reabsorvíveis: some sozinho, por reação inflamatório ou por quebra das moléculas de água no fio 
o Categute 
o Poliglicólico 
• Não reabsorvíveis 
o Seda 
o Nylon 
Diâmetro 
• 7 a 11-00 
 
AGULHAS 
Tipos 
• Circular (áreas mais sensíveis, como alça intestinal) 
• Triangular (oral) 
Curva 
• 1/4 e 1/2 
• 3/4 e 3/8 
• Reta com final curvo 
• Reta 
 
 
 
 
REPARAÇÃO TECIDUAL 
Tipo de reparo 
• Regeneração: substituição das células lesadas por células novas do mesmo tipo, não deixa vestígio 
• Cicatrização: substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, deixa cicatriz 
Reparo em tecido mole 
• 1° intenção: ferimentos que as bordas são aproximadas 
• 2° intenção: cicatrização espontânea da ferida aberta, as bordas não são aproximadas. O tecido de 
granulação preenche a ferida e está se contrai e se reepiteliza 
• 3° intenção: a ferida é deixada aberta propositalmente por causa da contaminação significativa que 
após redução a ferida é fechada 
 
INDICAÇÃO DE EXTRAÇÃO DENTÁRIA 
• Destruição da anatomia funcional da coroa (a cárie invadiu o espaço biológico) 
• Comprometimento do periodonto 
• Comprometimento endodôntico 
• Motivos ortodônticos 
• Dentes mal posicionados 
• Dentes associados a lesões patológicas 
• Por fatores econômicos 
 
Técnicas 
• 1° técnica: uso apenas dos fórcepses 
• 2° técnica: uso apenas das alavancas 
• 3° técnica: realiza retalho mucoperiostal 
 
Osteotomia = corte de uma porção óssea 
 
Odontosecção = separação do dente em partes 
 
Manobra de Chompret = reposicionamento da tábua óssea por meio de 
pressão interdigital (com os dedos) ajuda da regularização da tábua óssea 
e síntese óssea. 
 
Manobra de Valsalva = Para verificar se houve comunicação buco-sinusal. 
Com os dedos tampa o nariz e pedi para o paciente fazer força para 
expulsar o ar. 
 
 
 
É indicado extração antes de fazer radio terapia (pacientes que 
tem câncer na boca) pois ela ataca células ruins e as boas 
também modificando a fisiologia da boca e esse efeito será 
permanente. Leva a osteoradionecrose (necrose do osso). 
 
É contraindicado fazer exodontia em pacientes que estão 
fazendo quimioterapia pois as células estão sendo atacadas e 
não iram se regenerar, logo não irá formar coágulo e não 
haverá regeneração. 
 
 
TIPOS DE FORCEPS E SEU USO (1° técnica) 
FORCEPS PARA DENTES SUPERIORES 
• 150 – incisivos, caninos e pré-molares 
• 18R – molares direito 
• 18L – molares esquerdo 
• 1 – incisivos e caninos 
 
 
 
 
 
FORCEPS PARA DENTES INFERIORES 
• 151 – incisivos, caninos e pré-molares 
• 17 – molares 
• 16 – molares com extensa destruição coronal 
 
 69 
 
FORCEPS PARA RESTOS RADICULARES 
• 69 – raízes de dentes inferiores e superiores 
 
 
 
 
Movimentos 
• Intrusão: movimento no sentido da coroa para o ápice para aumentar o braço da alavanca. 
• Lateralidade e rotação: luxação para romper fibras do ligamento periodontal e dilatar a tábua óssea. 
(movimentos para V e L porque não tem dentes e rotação somente para dentes uni radiculares.) 
• Tração: último movimento para tracionar o dento do seu alvéolo. 
 
TIPOS DE ALAVANCAS E SEU USO (2° técnica) 
 
JOGO DE APICAIS (são retas) JOGO SELDIN 
 
 
JOGO HEIDBRINK(são curvas) ALAVANCA 301 
 
 
Movimentos 
• Alavanca interfixa ou inter-resistente: pequena força contra a resistência que desloca o dente 
• Cunha: expande o tecido 
• Roda e eixo 
 
 
 
TÉCNICA DE ODONTOSSECÇÃO 
 Manobra cirúrgica na qual os dentes bi ou trifurcados são seccionados na sua furca para facilitar sua 
extração. 
Indicação 
• Coroas muito destruídas 
• Coroa perdida 
• Raízes muito separadas 
• Raízes muito curvas 
• Porção coronária menor que a área das raízes 
 
Acidentes e complicações 
• Fratura da coroa ou raiz do dente que está sendo extraído: avaliar a nova conduta para terminar a 
cirurgia 
• Fratura do dente vizinho ou antagonista: se avaliar presença desse risco, avisar antes ao paciente. 
Quanto isto acontecer é assumir o ocorrido e resolver da melhor forma possível 
• Avulsão do dente vizinho: tentar reimplantar o dente em questão seguindo todo o protocolo de 
reimplante dental 
• Luxação do dente vizinho: tentar imobilizar por meio de contenção e diminuir o traumatismo 
• Luxação mandibular: redução imediata da mandíbula seguida de orientações 
• Fratura mandibular: realizar imobilização e contenção da mandíbula 
• Penetração da raiz no seio maxilar: terminar a cirurgia suturando bem os tecidos, medicar com 
antibiótico e orientar a não assoar o nariz com força. Programar uma exploração do seio maxilar para 
remoção da raiz 
• Comunicação buco-sinusal: fechar imediatamente a comunicação tracionando os tecidos moles 
vizinhos para que recubra totalmente a área da comunicação 
• Fratura de grandes porções alveolares: regularização das bordas ósseas para retirar arestas cortantes 
• Dor pós-operatória: analgésicos 
• Alveolite (inflamação aguda do alvéolo): medicação intra-alveolar (sulfa com eugenol), manter um 
controle da higiene e analgésicos sistêmicos. 
• Edema (acúmulo de líquido): analgésico e anti-inflamatório. Edema decorrente do processo 
inflamatório instituir antibioticoterapia e avaliação clínica da área, para certificar de que não há 
formação de coleções purulentas, que exigirão drenagem imediata caso estejam presentes. 
• Hematoma (acúmulo de sangue): drenado para evitar infecção secundária 
Hemorragia: hemostasia 
 
Medicamentos Utilizados 
• Não esteroides 
o Tenoxicam 400mg ou 600mg 24/24 h 
o Ibuprofeno 400mg ou 600mg 8/8 h 
o Naproxeno 250mg ou 500mg 12/12 h 
o Nimesulida 50mg ou 100mg 12/12 h 
• Esteroides 
o Hidrocortisona 5, 10 ou 20mg 20-40mg/dia 
o Predinisona 1, 2.5, 5, 10, 20 ou 25mg 5-6mg/dia 
o Betametasona 0.5 ou 0.2mg 0,5-6mg/dia 
 
Bloqueia Cox 1 e 2 
Bloqueia Fosfolipase A2 
Tem inflamação, porém não tem sintomas. 
Para extração máximo 5 dias de uso 
Obs: os não seletivos e não específicos 
atuam cox 1 e 2. 
Os específicos atuam só na cox 2 
 Não tem inflamação 
 
 
Se a cirurgia é as 10:00, as 9:00 o paciente toma duas doses de anti-inflamatório corticosteroides 
8mg de decadron [dose usual 4mg], para que as 10:00 o remédio tenha atingindo o pico e até as 
16:00 o paciente não vai ter inflamação. A inflamação só iniciará as 17:00. 
Se a cirurgia terminar as 11:30, administra um analgésico, pois a dor inicia após o término da 
anestesia. Depois só será administrado se o paciente estiver dor. 
Orientar o pós-operatório quanto ao uso do medicamento, o uso de bolça de gelo e dieta. 
 
CIRURGIA COM FINALIDADE PROTÉTICA 
• Regularização da região de assentamento protético 
• Restaurar a função mastigatória da melhor forma possível 
• Melhora da estética dental e fácil 
 
Avaliação do Paciente 
• suporte ósseo 
• osso com cobertura adequada de tecidos moles 
• saliências e reentrâncias (não pode ter) 
• inexistência de rebordos em ponta de faca 
• sulcos vestibulares e lingual adequados 
• bridas ou freios (se forem interferir, tem que ser retirado) 
• ausência de hipertrofia nos rebordos ou sulcos 
• ausência de neopçasia 
 
Avaliação dos Tecidos Moles 
• Mucosas 
o Hipertrofia gengival, palatina ou vestibulares causada pelo uso de próteses mal adaptadas 
ou quebradas 
Lesões hipertróficas 
▪ Inflamatória: hiperplasia gengival inflamatória, granuloma piogênico, lesão 
periférica de células gigantes, fibroma ossificante periférico. 
▪ Endógenas 
• Vestibulares 
o Freio labial e/ou lingual 
o Mucosa 
o Inserções musculares 
(empecilhos para adaptação da prótese) 
 
Avaliação do Tecido Ósseo 
Exame 
• Palpação 
• Radiografia 
• Avaliação do modelo 
Etapas do Exame 
• Crista óssea maxilar: vestíbulo bucal, abóboda palatina e toro 
• Crista óssea mandibular: forma e contorno, toro e exostoses, reabsorção vertical e horizontal, 
rebordo e inserções musculares e localização do forame mentual. 
• Relação entre o arco maxilar e o mandibular: possíveis assimetrias 
 
 
• Exames de imagem: panorâmica e tomografia 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 
• Pré-protéticas 
• Pró-protéticas 
Ou 
• Estabilizadoras 
• Reconstrutoras 
 
CIRURGIA ESTABILIZADORA 
• Realizada antes da extração total ou subsequente à extração de um ou mais dentes, antes da prótese 
• Objetivo: 
o Regularização do rebordo alveolar 
o Toros palatina mediano, palatino lateral e mandibular 
o Freio labial e lingual 
o Bridas 
o Lábio duplo 
o Implantes 
o Hiperplasia do mucoperiósteo das cristas alveolares 
o Hiperplasia papilar do palato por câmara de vácuo 
o Hiperplasia gengival fibrosa inflamatória 
o Tubérculo geniano 
 
ALVEOLOPLASTIA 
 Compressão das paredes laterais do alvéolo dentário após exodontia (manobra de Chompret) 
Técnica Cirúrgica 
• Incisão mais palatina/lingual 
• Plastia óssea é feita com pinça goiva, lima para osso ou brocas em peça reta

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