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Relatório - Identificação de lipídeos através dos testes de solubilidade, acidez e de iodo.

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INTRODUÇÃO E TEORIA:
	Lipídios são moléculas resultadas da união de um álcool e um ácido carboxílico (ácido graxo) por meio de uma reação de esterificação. São compostos que desempenham funções importantes no organismo, como armazenamento de energia, precursor de hormônios, transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis, entre outras funções.
	Também conhecido como óleos e gorduras, lipídeos apresentam características específicas que foram testadas nesse experimento, como a solubilidade, índice de acidez e o índice de iodo. 
	A solubilidade está relacionada à polaridade da molécula, sendo insolúvel em solventes polares e solúveis em solventes orgânicos (apolares). Pode-se associar a solubilidade também ao tamanho da molécula: quanto maior for a cadeia do ácido graxo e menor o número de dupla-ligações, menor será a solubilidade em água.
	O índice de acidez informa aspectos importantes para a qualidade do óleo, pois lembrando que lipídeos são compostos por um ácido graxo, quantidades livres dessa molécula indica processo de hidrólise, oxidação ou fermentação; ou seja, o alimento está em processo de deterioração, tornando o produto mais ácido. O índice de acidez corresponde à quantidade de hidróxido de sódio em mg necessária para neutralizar os ácidos graxos livres presentes na gordura. Quanto maior for o índice de acidez, maior volume de base será consumida. O teor de acidez no óleo é dado em massa (em gramas) de ácido oleico por 100 gramas de amostra de óleo, sendo o limite estipulado pela Anvisa de 0,3% de ácidos graxos livres.
	O índice de iodo consiste no rompimento das dupla-ligações no óleo, com iodo ligando-se à cadeia. Essa reação pode ser visualizada adicionando amido como indicador de presença de iodo livre em solução, o iodo ligado ao ácido graxo é incapaz de reagir com o amido. Este teste deve ser realizado com muito cuidado, pois uma adição de uma quantidade de iodo que ultrapasse a capacidade de fixação do ácido graxo levará a produção de iodo livre em solução, causando assim um falso resultado. É importante esse teste para controlar o processo de hidrogenação e verificar adulterações no óleo. 
DADOS E PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:
Teste de solubilidade: Em 5 tubos contendo ácido oleico, foram adicionados diferentes solventes e, após agitação, observou-se diferente comportamento na solubilidade conforme na tabela abaixo: 
	Tubo
	Volumes dos reagentes
	Solventes
	Solubilidade (aspecto)
	1
	10 gotas de ácido oleico
	2,0 mL de água
	Insolúvel
	2
	10 gotas de ácido oleico
	2,0 mL de éter etílico
	Solúvel
	3
	10 gotas de ácido oleico
	2,0 mL de acetona
	Solúvel
	4
	10 gotas de ácido oleico
	2,0 mL de etanol
	Solúvel
	5
	10 gotas de ácido oleico
	2,0 mL de clorofórmio
	Solúvel
Índice de acidez: Foi realizado uma titulação dos óleos de cozinha, tanto novo quanto usado. Após pesar cerca de 2 g da amostra num Erlenmeyer, adicionou-se solução de éter etílico-álcool etílico, funcionando como um solvente que separa a cadeia de ácido graxo do restante da molécula. Em seguida, foi colocado gotas de fenolftaleína, que serve como indicador. A titulação procedeu-se até a solução contida no Erlenmeyer apresentar coloração rosada sustentada por 30 segundos. As massas dos óleos e o volume de NaOH consumido está representado abaixo:
Massa de óleo de cozinha novo: 2,052 g Volume de NaOH: 1,2 mL 
Massa de óleo de cozinha usado: 2,037 g Volume de NaOH: 2,0 mL
Índice de iodo: Testou-se amostras de ácido oleico, óleo de cozinha novo e óleo de cozinha usado por meio de uma titulação com Na2S2O3. Foi pesado no Erlenmeyer cerca de 0,3 g do óleo e então adicionado clorofórmio e solução de iodo. Após isso, foi deixado em repouso no escuro por 30 minutos para garantir que a reação com os halogênios seja somente de adição e não de substituição, pois a luz catalisa a reação de substituição. Passado o tempo, procedeu-se a titulação até a solução ficar com coloração amarela, para então colocar o amido e continuar a titulação até a solução no Erlenmeyer ficar incolor. Lembrando também de fazer uma amostra em branco, os valores obtidos são mostrados abaixo:
Massa de ácido oleico: 0,310 g 	Volume de Na2S2O3: 17,2 mL.
Massa de óleo de cozinha novo: 0,310 g Volume de Na2S2O3: 17,7 mL.
Massa de óleo de cozinha usado: 0,346 g Volume de Na2S2O3: 16,7 mL.
CÁLCULOS:
- Índice de acidez:
Usando a equação IA = (V . f . C . M) / m
Onde,	V = volume em mL da solução de NaOH gasto na titulação.
	f = fator da solução de NaOH.
	C = concentração molar do NaOH.
	M = massa molar do NaOH.
	m = massa da amostra utilizada. 
IAnovo: (1,2 . 1,015 . 0,1 . 39,997) / 2,052 = 2,374 mg NaOH / g óleo.
IAusado: (2,0 . 1,015 . 0,1 . 39,997) / 2,037 = 3,986 mg NaOH / g óleo.
- Índice de iodo: 
Usando a equação I = ((B – A) . CNa2S2O3 . f Na2S2O3 . MKI) / m
Onde, 	B = volume na titulação do branco (mL).
	A = volume utilizado na titulação da amostra (mL).
 	CNa2S2O3 = concentração molar do Na2S2O3.
	f Na2S2O3 = fator de correção da solução de Na2S2O3.
	MKI = massa molar do KI (g/mol-1).
	m = massa da amostra (g).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
 No teste de solubilidade observa-se um comportamento esperado, visto que semelhante dissolve semelhante e que a molécula é apolar:
 O tubo 1, que continha ácido oleico e água, apresentou separação de fases definida devido à diferença de polaridade. Já nos restantes tubos, os solventes são apolares o suficiente para solubilizar o ácido oleico, sendo misturas homogêneas.
 Já o teste para o índice de acidez também prosseguiu como esperado, sendo o óleo de cozinha usado ser mais ácido que o novo por causa do calor ter desnaturado a molécula dos lipídeos e liberado mais ácidos graxos no meio, e por isso, mais NaOH é consumido na titulação.
 Por último, o índice de iodo realizado para identificar insaturações nas moléculas permite estabelecer um comparativo entre os óleos de cozinha novo e o usado, testando juntamente o ácido oleico, de fórmula molecular conhecida com apenas uma insaturação. Como dito anteriormente, o óleo de cozinha usado teve suas dupla-ligações rompidas pelo calor, tendo menor índice de iodo em comparação ao óleo de cozinha novo que tem suas ligações preservadas, consumindo mais iodo. 
CONCLUSÃO:
 Os testes procedidos nesse experimento avaliaram e identificaram os lipídeos, mostrando características relevantes tanto para a segurança de consumo, como no teste de acidez, quanto para processos industriais, como no teste de iodo.
REFERÊNCIAS:
https://www.passeidireto.com/arquivo/4746828/relatorio-lipideos-caracterizacao-saponificacao-solubilizacao-etc
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7vsAA/acidez-oleos
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7voAG/indice-iodo-pratica
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABP_UAE/relatorio-06-oleo-saponificacao
http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/4/5515-17047.html