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* Introdução e Histórico da Higiene e Legislação de Aimentos Prof. Espec. Maria Vânia F. da Paz mariavaniapaz@bol.com.br * Origem da Palavra Higiene Deusa Higéia (mitologia grega): era reverenciada em Atenas como protetora da saúde e do bem-estar orgânico - conservação da saúde. Esculápio: Pai de Higéia. Empregava ervas medicinais como meio de cura no exercício de sua arte. Banho tinha função de proporcionar conforto e era um ato necessário para preces e libações. * Da Idade Média à Sociedade Industrial Desde a Idade média e nas primeiras décadas do Séc.XIX, sanitaristas e administradores afirmavam a necessidade de leis que regulamentassem as condições de higiene/ambiental: Primeiros investimentos em pesquisa médica; Pasteur e outros cientistas descobriram que as doenças infecciosas eram causadas por microrganismos patogênicos; Grande reforma sanitária iniciada na Inglaterra e posteriormente em outros países europeus. * Início e Evolução do Saneamento no Brasil As primeiras atividades da VISA começaram no final séc. XVIII- evitar a propagação doenças. Em 1808, com a vinda da Família Real portuguesa ao Brasil, houve importante avanço nos serviços de saneamento: Leis para fiscalização de portos- Inspetoria Sanitária de Portos: fiscalizar embarcações, cemitérios, áreas de comercio de alimentos e exercício das profissões ( conseguência das grandes navegações); Implantação de redes de coleta para escoamento das águas das chuvas (Rio de Janeiro). * Início e Evolução do Saneamento no Brasil Fontes e chafarizes foram construídos. * Início e Evolução do Saneamento no Brasil Entre 1830 e 1840 surgiram as epidemias de cólera e tifo; Em 1888, com o fim da escravatura, não havia mais pessoas para executar os serviços de transporte de água e dejetos. Desenvolvimento da tecnologia de saneamento básico no Brasil * O Brasil do Século XX Final do século XIX o Brasil era conhecido no exterior por ser um local onde proliferavam epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica; -As cidades eram viveiros de ratos, pernilongos e outros vetores de doenças; São Paulo: médico Emílio Ribas realizou a primeira campanha de combate à febre amarela; * O Brasil do Século XX Em 1903, no Rio de Janeiro, higienista Oswaldo Cruz, iniciou verdadeira luta para erradicar essas epidemias. * O Brasil do Século XX Os detritos dessas áreas eram lançados diretamente nos córregos e represas; * O Brasil do Século XX 1962- Comissão do Codex Alimentarius(CAC)-(151 paises)- Estabelecer recomendações de normas de Identidade e qualidade para alimentos através de comitês específicos, de modo a defender o direito do consumidor. 1976 - surgiu a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária – proteger a saúde do consumidor, atráves de ações controle da qualidade: alimentos, medicamentos, cosméticos e produtos inerentes a saúde. Em 1981 o país adotou a Política Nacional de Meio Ambiente, com a criação de leis mais severas para evitar a deterioração dos recursos naturais. * Arcabouço Legal 1981 – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS Lei 8078/90 – Código de Defesa do Consumidor – “inversão do ônus da prova” – em caso de impropriedade, cabe ao fabricante provar que o produto é bom para o consumo; Portaria 1428/93 – Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos * Arcabouço Legal Constituição Federal de 1988, art. 200, inciso II, inciso VI: Ao Sistema Único de Saúde compete: executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; -fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; Lei 8080/90 – Sistema Único de Saúde – SUS- Regulamenta os preceitos constitucionais do SUS;- A VISA passa a integrar conjunto de competências do SUS; Lei 8080/90, art. 6, inciso VIII: Compete ao Sistema Único de Saúde fiscalizar e inspecionar, alimentos, águas e bebidas para consumo humano; * Lei 9.782/ 1999- Criação da ANVISA Autarquia sob regime especial vinculada ao Ministério da Saúde; Independência administrativa; Estabilidade de seus dirigentes com mandato definido; Autonomia financeira; Âmbito de Atuação Regulação Sanitária para promoção do bem-estar social. * ANVISA Missão Proteger e promover a saúde, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços, participando da construção de seu acesso. Valores: Conhecimento para ação Transparência Cooperação Compromisso e Responsabilidade * Controle Sanitário de Alimentos O controle e fiscalização de alimentos no Brasil é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos e entidades da Administração Pública, com destaque, aos órgãos da Agricultura e do Sistema Único de Saúde. * Gestores Governamentais envolvidos no Controle Sanitário de Alimentos (SUS) Controle Sanitário dos Alimentos Gerência-Geral de Alimentos / ANVISA Vigilâncias Sanitárias Estaduais, Distrital e Municipais Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) Laboratórios Oficiais de Saúde Pública (Lacens) * CONTROLE SANITÁRIO DE ALIMENTOS Competências Compartilhadas MAPA Produção Primária Controle das empresas beneficiadoras de produtos de origem vegetal (minimamente processados) e indústrias de processamento de bebidas Controle das indústrias de processamento de produtos de origem animal SNVS Controle dos estabelecimentos comerciais: serviços de alimentação, supermercados, dentre outros Controle das indústrias processadoras de: amendoins e derivados, água mineral natural, conservas vegetais, gelados comestíveis, sal para consumo humano, dentre outros Controle de todos os produtos alimentícios expostos à venda * Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Descentralização das ações Anvisa/MS VISA estadual VISA municipal Regulamentação/Legislação federal Coordenação das ações nacionais Execução das ações Legislações complementares Coordenação das ações estaduais Execução das ações Legislações complementares Coordenação das ações locais * CONTROLE SANITÁRIO DE ALIMENTOS PÓS-MERCADO PRÉ-MERCADO O Controle Sanitário de Alimentos pelo SNVS * Controle pré-mercado Define-se como controle pré-mercado atividades de registro, aprovação de rotulagem, expedição de alvarás sanitários e/ou licenças sanitárias, dentre outros procedimentos de característica burocrática. (Definição extraída do relatório da Câmara Setorial de Alimentos – Subgrupo 3 de 18/09/2007). * Controle pós-mercado Responsabilidade pela qualidade do produto conferida à empresa fabricante. O consumidor também adquire um papel fundamental, fornecendo informações sobre eficácia e segurança dos produtos consumidos. Níveis locais do governo: importante atuação. Atividades desenvolvidas com foco no processo e nos riscos, após a alocação dos produtos para o consumo. * Controle pós-mercado Foco: Implementação das BPF Inspeção Sanitária Monitoramento de alimentos Vigilância de DTAS Ações fiscais Responsabilização do setor produtivo! * Regulamentação do Processo Produtivo REGRAS GERAIS Ferramentas BPF POP Sistema APPCC* REGRAS ESPECÍFICAS BPF específicas Controle das etapas críticas do processo POP das operações críticas * BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E PRODUÇÃO As Boas Práticas de Fabricação e Produção (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e Unidades Produtoras de Refeições a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos (http://www.anvisa.gov.br/alimentos/bpf.htm) * LEGISLAÇÕES GERAIS Portaria MS n. 1428, de 26/11/1993 Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe,entre outras matérias, sobre as diretrizes gerais para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos. Anexo I - Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos: avaliar a eficácia e efetividade dos processos, meios e instalações pelo APPCC. Anexo II – Diretrizes para o estabelecimento de BP de Produção e de Prestação de Serviços na área de alimentos. Anexo III – Regulamento Técnico para estabelecimento de PIQ’s para produtos na área de alimentos. * REGULAMENTAÇÃO Portaria nº. 326, de 30/7/1997 Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Rev. 4 (1969), do Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Resolução-RDC nº. 275, de 21/10/2002 Essa Resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os POP, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria 326/97. * Resolução-RDC nº216/04 Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação Conjunto de medidas para garantir a qualidade sanitária do alimento preparado Aplica-se aos serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados LEGISLAÇÕES GERAIS * Vigilância Sanitária - Taís Porto Oliveira Vigilância Sanitária - Taís Porto Oliveira * Vigilância Sanitária - Taís Porto Oliveira Vigilância Sanitária - Taís Porto Oliveira * VISALEGIS ANVISA – Criou o Sistema de Legislação em VISA. Acesso rápido e interativo às leis que regulamentam a área de Vigilância Sanitária. Ferramentas: banco de dados, textos para pesquisas, consolidação das normas; Acesse: http<//www.e-legis.bvs.br/leisref/public/php/home.php>. * Higiene – Conceito: * Higiene - ação * HIGIENE É o ramo da medicina que trata de preservar e manter a saúde das pessoas mediante a adoção de normas preventivas para evitar ou limitar o aparecimento e difusão das infecções, doenças degenerativas e todos os fatores que incidem de maneira negativa no padrão de vida sanitário das pessoas e sociedades. * OBRIGADA!!! * * *
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