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A2 Literatura e outras séries culturais

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26/06/2020 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5749895/3c2e7a36-99b6-11e8-a84c-0242ac110039/ 1/7
Local: Sala 2 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA
Acadêmico: EAD-IL80008-20202A
Aluno: IGOR NOGUEIRA SILVA
Avaliação: A2-
Matrícula: 20183300567
Data: 18 de Junho de 2020 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 7,50/10,00
1  Código: 38202 - Enunciado: “Há uma falência da antropofagia vulgarizada. A toda hora há
artistas falando em entrevistas que devemos absorver as informações e transformar a realidade.
Mas esse sistema não dá mais conta. Não temos ferramentas para deglutir tantas coisas. É
preciso vomitar o que é horrível e da náusea colher a flor [...] O tropicalismo é o nosso projeto
mais bem acabado de cultura brasileira. Mas não dá para operar a realidade atual só com seus
instrumentos. É preciso buscar outros expedientes, que eu não sei quais são. Estou fazendo uma
crítica ao que vem acontecendo ainda com um resultado tropicalista, feito de colagens.”(Fonte:
Reflexões de Michel Melamed publicadas em: VIANA, L. F. “Regurgitofagia” expele crítica a
excesso de informações. Folha de S. Paulo, “Caderno Ilustrada”, 13 jan. 2005. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1301200521.htm. Acesso em: 20 maio 2020.)
Com base no espetáculo Regurgitofagia, de Michel Melamed, e a partir das reflexões oferecidas,
infere-se que:
 a) Michel Melamed fala, em sua peça, de um sentido de urgência que não existe mais nos
dias de hoje, pois o mundo é conformista.
 b) A Antropofagia tem a ver a com objetos acabados e bem formados, de modo que
colagens são procedimentos inusuais.
 c) A Antropofagia deve ser reinventada, pois a realidade extrapola a compreensão, sendo
necessárias novas negociações críticas.
 d) Michel Melamed inventou algo totalmente novo, propondo que não há relação entre
Tropicalismo e Antropofagia.
 e) A Antropofagia não é um conceito operacional hoje em dia, sendo necessário voltar à
matriz do termo e recuperá-lo.
Alternativa marcada:
e) A Antropofagia não é um conceito operacional hoje em dia, sendo necessário voltar à matriz
do termo e recuperá-lo.
Justificativa: Resposta correta: A Antropofagia deve ser reinventada, pois a realidade extrapola a
compreensão, sendo necessárias novas negociações críticas.O artista Michel Melamed reforça a
importância de recriar a Antropofagia, reinventá-la, pois a realidade extrapola a
compreensão. Distratores: A Antropofagia não é um conceito operacional hoje em dia, sendo
necessário voltar à matriz do termo e recuperá-lo. Errada, pois Michel Melamed não propõe
voltar ao termo de origem, mas, sim, aprofundá-lo, como um modo de “deglutir” um mundo
muito mais carregado de temas, formas e informações.A Antropofagia não é um conceito
operacional hoje em dia, sendo necessário voltar à matriz do termo e recuperá-lo. Errada, pois a
Antropofagia oswaldiana mostra sua habilidade, pelo contrário, em recriar-se, renovar-se,
mantendo sua premissa básica de necessidade de operar algo novo a partir do antigo.Michel
Melamed inventou algo totalmente novo, propondo que não há relação entre Tropicalismo e
Antropofagia. Errada, pois, pelo contrário, Michel Melamed propõe que há uma relação intrínseca
entre Antropofagia, Tropicalismo e Regurgitofagia em sua proposta para lidar com realidades
diferentes e complexas.Michel Melamed fala, em sua peça, de um sentido de urgência que não
existe mais nos dias de hoje, pois o mundo é conformista. Errada, pois, pelo contrário, o artista
Michel Melamed expõe o inconformismo diante do dado e do vivido, sendo necessário alterar
profundamente as estruturas em busca de algo novo.
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26/06/2020 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5749895/3c2e7a36-99b6-11e8-a84c-0242ac110039/ 2/7
2  Código: 38200 - Enunciado: “[...] assim como a obra mata o seu autor, a crítica-inventiva deseja
acabar com a submissão ao texto analisado, já que eles participam de um mesmo espaço, o
espaço literário, com suas perdas e suas ambiguidades. A nova crítica e a nova literatura perdem
o ranço do opressor e do oprimido para instaurarem-se como textos de escritura: textos
produtivos por excelência, no que se refere à interpretação e à pluralidade de
significações.” (Fonte: PIMENTEL, D. A. A crítica-escritura de Blanchot, Butor e Barthes. Gragoatá,
Niterói, n. 29, p. 95, 2. sem. 2010. Disponível
em:https://periodicos.u�.br/gragoata/article/view/33076/19063. Acesso em: 17 maio 2020.)
Com base no exposto conclui-se que:
 a) A nova crítica aponta para a pluralidade e para a movência das formas e das significações
do texto produzido.
 b) O novo texto não deverá ter qualquer aproximação com o texto poético, pois quer
enfatizar a literalidade.
 c) O texto comentado deverá ser a única e definitiva voz, substituindo o texto de partida,
base da crítica produzida.
 d) Busca-se recriar a verdade da obra no texto produzido, de tal modo a se tornar um
espelho do texto analisado.
 e) O texto crítico produzido perde seu caráter de avaliação, restando apenas seu caráter de
invenção.
Alternativa marcada:
a) A nova crítica aponta para a pluralidade e para a movência das formas e das significações do
texto produzido.
Justificativa: Resposta correta: A nova crítica aponta para a pluralidade e para a movência das
formas e das significações do texto produzido.A nova crítica, segundo o autor, é escritura, pois
também participa do espaço da criação. Distratores:O texto comentado deverá ser a única e
definitiva voz, substituindo o texto de partida, base da crítica produzida. Errada, pois a nova
crítica não será uma voz fechada ao texto de partida, mas aberta à interação e à reinvenção.O
texto crítico produzido perde seu caráter de avaliação, restando apenas seu caráter de invenção.
Errada, pois o texto crítico mantém seu caráter de avaliação enquanto aprofunda seu senso
inventivo.Busca-se recriar a verdade da obra no texto produzido, de tal modo a se tornar um
espelho do texto analisado. Errada, pois não nos encontramos em espaços pautados pela
verdade, mas pela criação e pela invenção.O novo texto não deverá ter qualquer aproximação
com o texto poético, pois quer enfatizar a literalidade. Errada, pois, pelo contrário, a nova crítica
também busca a literariedade, ou seja, o aspecto poético da escrita.
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3  Código: 36325 - Enunciado: Leia a citação: "É tentador desistir e concluir que a literatura é o que
quer que uma dada sociedade trata como literatura — um conjunto de textos que os árbitros
culturais reconhecem como pertencentes à literatura." (CULLER, 1999, p. 29). Considerando o
fragmento apresentado e seus estudos acerca do que é literatura, identifique a definição correta.
 a) O conceito de literatura é determinado de acordo com um dado contexto histórico e
social.<
 b) O conceito de literatura independe de um contexto histórico e social por ser permanente.
<
 c) O conceito de literatura decorre exclusivamente de seu reconhecimento pelos árbitros
culturais.
 d) O conceito de literatura considera como textos literários os produzidos pelos árbitros
culturais.<
 e) O conceito de literatura é imutável ao longo da história, isto é, não sofre qualquer tipo de
modificação.<
Alternativa marcada:
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a) O conceito de literatura é determinado de acordo com um dado contexto histórico e social.<
Justificativa: Resposta correta:O conceito de literatura é determinado de acordo com um dado
contexto histórico e social. Correta, pois, de acordo com Culler,a definição do que é literatura
dependerá de como uma determinada sociedade reconhecerá o que é literatura. Portanto, a
definição está sujeita a alterações ao longo do tempo. Distratores: O conceito de literatura
independe de um contexto histórico e social porser permanente. Errada, pois é justamente o
contrário: o conceito sempre dependerá do contexto histórico e social.O conceito de literatura
considera como textos literários os produzidos pelos árbitros culturais. Errada, pois não são as
produções literárias dos árbitros culturais que são consideradas como literatura, e sim o que eles
reconhecem como tal.O conceito de literatura é imutável ao longo da história, isto é, não sofre
qualquer tipo de modificação. Errada, porque, como já exposto anteriormente, o conceito de
literatura é mutável ao longo do tempo.O conceito de literatura decorre exclusivamente de seu
reconhecimento pelos árbitros culturais. Errada, pois o conceito de literatura não decorre
exclusivamente de seu reconhecimento por árbitros culturais, por exemplo, há a leitura por parte
de uma comunidade de leitores.
4  Código: 38121 - Enunciado: “Uma leitura desconstrutivista traz à tona a natureza problemática
de todo discurso centrado em conceitos como verdade, origem, sentido. [...]  não existe um
significado último, por trás da linguagem, mas um sistema de ‘diferença’ (‘di�érence’, em
francês), combinando diferir (o significado das palavras nasce da diferença entre elas) e
prorrogar (o significado é sempre adiado, a interpretação é infinita).”(Fonte: NESTROVSKI, A.
Teoria Literária. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1997. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs130428.htm. Acesso em: 5 maio 2020.) 
De acordo com o autor, da relação entre crítica literária e desconstrução, pode-se inferir que:
 a) Uma das funções da crítica é “desconstruir” os textos, apontando o que é dito e
silenciado pelo discurso.
 b) Uma função da crítica é oferecer recomendações para a escrita de poemas, romances e
ensaios.
 c) A desconstrução já foi superada no século XXI, desde, pelo menos, a morte de Jacques
Derrida, em 2004.
 d) A função principal da crítica é “construir” os textos, ou seja, elaborar uma linguagem
organizada.
 e) A crítica literária, hoje, não apresenta uma tônica predominante, e a desconstrução não a
influenciou.
Alternativa marcada:
c) A desconstrução já foi superada no século XXI, desde, pelo menos, a morte de Jacques Derrida,
em 2004.
Justificativa: Resposta correta:  Uma das funções da crítica é “desconstruir” os textos,
apontando o que é dito e silenciado pelo discurso. Como observado nos estudos da disciplina,
uma das funções da crítica é desconstruir textos, apontando a problemática de posições que está
por trás da elaboração do discurso literário.  Distratores: A função principal da crítica é
“construir” os textos, ou seja, elaborar uma linguagem organizada. Errada, pois o autor Arthur
Nestrovski não aborda a elaboração construtiva da crítica literária, mas o aspecto da
desconstrução ou da interpretação.A crítica literária, hoje, não apresenta uma tônica
predominante, e a desconstrução não a influenciou. Errada, pois, apesar de a crítica literária
apresentar diversos matizes, é fato que a desconstrução influenciou a crítica desde o fim do
século XX até hoje. A desconstrução já foi superada no século XXI, desde, pelo menos, a morte de
Jacques Derrida, em 2004. Errada, pois a morte de Jacques Derrida não determina a superação
da desconstrução, cuja presença é viva no discurso acadêmico.Uma função da crítica é oferecer
recomendações para a escrita de poemas, romances e ensaios. Errada, pois a crítica literária,
hoje, não assume como função fazer recomendações ou sugestões; ela é fundamentalmente
crítica, analítica e negativa.
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5  Código: 38119 - Enunciado: “Para estruturar teoricamente esse movimento, o grupo trouxe ao
contexto brasileiro diversos autores, muitos deles ainda sem tradução para a língua portuguesa.
Eram autores como Ezra Pound, Stéphane Mallarmé, Vladmir Maiakovski, E. E. Cummings, James
Joyce, poetas e romancistas que primaram pela ruptura dos padrões canônicos, constituindo
outros modos produção literária. [...] O principal objetivo da transcriação é a recriação do texto
original na língua de chegada, ou seja, explorar os recursos articulados na língua de partida e
reproduzi-los analogamente na língua de chegada. A partir da transcriação vários autores, até
então ausentes no âmbito da língua portuguesa, foram traduzidos, apresentados e inseridos no
âmbito da discussão cultural.” (Fonte: GESSNER, R. Transcriação, transconceituação e poesia.
Cad. Trad., v. 36, n. 2, Florianópolis, maio-ago. 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-79682016000200142. Acesso em:
4 maio 2020.)
Considerando-se a “transcriação” como um processo de tradução, pode-se associar sua teoria e
sua prática ao seguinte intelectual:
 a) Roman Jakobson.
 b) Haroldo de Campos.
 c) Paul Valéry.
 d) T. S. Eliot.
 e) Antonio Candido.
Alternativa marcada:
b) Haroldo de Campos.
Justificativa: Resposta correta: Haroldo de Campos. O processo de “transcriação” foi empregado
no Brasil e divulgado pelos ensaios de Haroldo de Campos, que enfatizava o aspecto construtivo
da tradução literária. Está ligado ao movimento da Poesia Concreta e, até o momento, tem forte
presença na academia. Distratores: 
Roman Jakobson. Errada, pois o intelectual russo Roman Jakobson, importante intelectual
estruturalista, não desenvolve o termo “transcriação” e também não tem relação específica com
o contexto brasileiro, embora suas reflexões sejam muito importantes para o movimento.Antonio
Candido. Errada, pois, embora Antonio Candido conheça profundamente o pensamento
concretista, enfatiza, de outro modo, as relações entre texto e sociedade, entre linguagem
literária e questões sociais. Assim sendo, apresenta um compromisso político e social mais
destacável.T. S. Eliot. Errada, pois T. S. Eliot foi um poeta e um importante ensaísta britânico
ligado ao modernismo ocidental. Desenvolveu conceitos como “correlativo objetivo da emoção”.
Não é ligado à “transcriação literária”, apesar de sua presença marcante como uma referência
para o grupo.Paul Valéry. Errada, pois o poeta e ensaísta francês Paul Valéry defendeu a
importância de uma escrita racional, lógica, desperta, por isso é uma espécie de referencial
importante para o concretismo. Entretanto, não está ligado ao conceito de “transcriação”.
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6  Código: 38122 - Enunciado: Leia a seguir o fragmento de análise crítica dedicada ao premiado
filme Elena (Busca Vida Filmes, 2012), documentário baseado na vida da atriz Elena Andrade,
dirigido pela irmã e cineasta brasileira Petra Costa:“Para isto, ela precisa, antes, restituir o corpo
frágil de Elena, dar-lhe uma concretude e um propósito, devassando o sensorium de seus
indícios e a partir deles erigindo o sensorium feito do conhecimento do corpo vivido. E é este
vivido, feito de experiência resgatada entre seus desejos fabulosos e sua fragilidade orgânica,
que emerge das sensações e gestos da irmã, explorados até o esgotamento das possibilidades do
arquivo. A integralidade da memória de Elena é evocada no despertar de seus sentidos e na
inteireza de seu corpo fílmico, na reconstituição que Petra alça, numa dimensão sensível capaz
de projetar a sua materialidade de atriz, irmã e jovem mulher.” (Fonte: DANTAS, D. F. Elena, de
Petra Costa, o sensorium na corporificação de uma elegia. Crítica Cultural, v. 11, n. 1, p. 105-106,
jan.-jun. 2016. Disponível em:
1,00/ 1,00
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http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Critica_Cultural/article/view/3766/pdf. Acesso em:
5 maio 2020). Com base nos argumentos da professora universitária Daiany Ferreira Dantas,
pode-se afirmar que o filme Elena representa:
 a) O mergulho na falta de esperança e na solidão absolutas, pois o encontro entre as irmãs
não acontece nem na realidade, nem na ficção.
 b) A ressignificaçãoestética, por meio da criação cinematográfica, a partir da dor da perda
da irmã, projetada na tela de modo sensível e afetuoso.
 c) Os protocolos do filme ultrapassaram a memória de uma pessoa que teve trajetória
trágica, de modo a idealizar a morte pessoal.
 d) Arte e cinema não convergem em Elena, pois a função estética não é preservada quando
o assunto trabalhado é excessivamente pessoal.
 e) A resistência demonstrada pelo filme não extrapola os limites da tela, de modo que os
processos de luto, de cura e de criação ficam comprometidos.
Alternativa marcada:
b) A ressignificação estética, por meio da criação cinematográfica, a partir da dor da perda da
irmã, projetada na tela de modo sensível e afetuoso.
Justificativa: Resposta correta: A ressignificação estética, por meio da criação cinematográfica, a
partir da dor da perda da irmã, projetada na tela de modo sensível e afetuoso. O filme Elena,
muito elogiado pela crítica, é lúcido e sensível, ao mesmo tempo, ao abordar a partida precoce
da irmã da cineasta Petra Costa.
Distratores:O mergulho na falta de esperança e na solidão absolutas, pois o encontro entre as
irmãs não acontece nem na realidade, nem na ficção. Errada, pois não há pessimismo no filme,
pois, do ponto de vista cinematográfico, esse encontro entre as irmãs ocorre, de modo a
transcender a dor.Arte e cinema não convergem em Elena, pois a função estética não é
preservada quando o assunto trabalhado é excessivamente pessoal. Errada, pois o cinema é
profundamente artístico; o efeito estético não é prejudicado pela sensibilidade e pelo sentimento
presentes na película, estimulados por ampla pesquisa em arquivos.A resistência demonstrada
pelo filme não extrapola os limites da tela, de modo que os processos de luto, de cura e de
criação ficam comprometidos. Errada, pois o filme foi muito bem recebido pela crítica e elogiado
do ponto de vista do equilíbrio entre criação e sensibilização, entre técnica cinematográfica e
presença de temas sensíveis.Os protocolos do filme ultrapassaram a memória de uma pessoa
que teve trajetória trágica, de modo a idealizar a morte pessoal. Errada, pois não há uma
idealização da morte; pelo contrário, a morte, recuperada por meio de farta documentação
arquivística, mostra seu lado mais sombrio e sorrateiro, sem fantasias.
7  Código: 22334 - Enunciado: A seguir, leia os trechos de uma carta do escritor Graciliano Ramos
ao autor argentino Benjamín de Garay: [...] Se a minha “Baleia” for bem recebida aí, mandar-lhe-
ei, caso você ache conveniente, umas histórias semelhantes, lá para o fim do ano, que é quando
espero concluir o trabalho. Poderemos publicá-las em espanhol; primeiro em jornal, depois em
livro. Antes disso, vamos ver como tratam a cachorra doente. [...] Outra coisa: o Angústia saiu
com grande quantidade de pastéis. Provavelmente você vai encontrar dificuldades na tradução.
Há também expressões nordestinas de São Bernardo, que aqui no Sul ninguém entende. Se você
tiver alguma dúvida, escreva-me.
Adeus, caro Garay. Um abraço do G. Ramos MAIA, Pedro Moacir. Cartas inéditas de Graciliano
Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro. In: ROCHA PERES,
Fernando (Org.). Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de
Garay e Raúl Navarro. Salvador: Edufba, 2008.   Nos trechos da carta, Graciliano Ramos, escritor
de Angústia e de São Bernardo, mostra preocupação com possíveis dificuldades sobre a tradução
de expressões nordestinas que Benjamín Garay terá de fazer.  Entendendo a tradução como
transcriação, o tradutor argentino poderá adaptar essas expressões à cultura de seu país?
Justifique sua resposta.
Resposta:
2,00/ 2,00
26/06/2020 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5749895/3c2e7a36-99b6-11e8-a84c-0242ac110039/ 6/7
Sim. Entendendo tradução como recriação e não apenas a reprodução pura e simples do texto de
uma língua para a outra é bem provável, se não quase certo, de que o receptor Benjamín Garay
faça ajustes para a sua realidade cultural em vários elementos do texto de Graciliano Ramos que
não são conhecidos dos leitores argentinos. Em contra partida, ao que parece pelo fragmento da
carta apresentada, o próprio autor (Graciliano Ramos) sabe do impacto da cultura na recepção
de um texto, por isso antes de enviar outros textos aguarda para saber como o povo argentino
receberá o seu primeiro texto.
Justificativa: Expectativa de resposta: Sim, é possível que o tradutor argentino Benjamín Garay,
em seu processo de tradução, faça ajustes e adaptações não somente em relação a expressões
nordestinas, mas também a outros elementos do texto que considere importante sofreram
ajustes na medida em que a tradução é recriação e não reprodução do texto de partida. E
Gracialiano Ramos entende, de acordo com a carta, que a cultura local interfere na recepção de
um texto, tanto assim que aguarda notícias de como o público argentino receberá sua história de
Baleia antes de enviar outras semelhantes.
8  Código: 38123 - Enunciado: “A força do termo ‘transcriação’ vem do grau de liberdade e abertura
que implica, que é também sua fragilidade pelo excesso de generalidade. Assim, Haroldo utiliza
termos como: ‘transiluminação’ ou ‘transparadização’ para traduzir Dante, ‘transluciferação’ para
obliterar Goethe, ‘transhelenização’ ao reescrever a Bíblia ou ‘reimaginação’ quando se debruça
sobre a poesia clássica chinesa. Em cada projeto, o grau de naturalização e de estrangeirização,
de apagamento ou de aparição do outro varia.”(Fonte: FALEIROS, A. Antropofagia modernista e
perspectivismo ameríndio: considerações sobre a transcriação poética desde Haroldo de
Campos. Ipotesi, Juiz de Fora, v. 7, n. 1, p. 114, jan.-jun. 2013. Disponível em:
http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/Ipotesi_17.1-CAP10.pdf. Acesso em: 5 maio 2020).
Com base no exposto redija um texto dissertativo-argumentativo, abordando os aspectos a
seguir:Pensamento teórico de Haroldo de Campos.Relações entre criação literária, tradução e
transcriação.
Resposta:
Haroldo de Campos tradutor, teórico e crítico literário, ao apresentar o seu ensaio sobre tradução
em 1963 traz uma nova perspectiva à tradução em si. Não apenas como uma abordagem fria de
um texto para o outro, mas ressignificação do texto com a interpretação e atuaçaõ de cada
tradutor na sublime tarefa de traduzir. Deste modo ele o faz convergindo o seu pensamento em
todos os textos que o acompanham.
No que diz respeito à crítica literária e a tradução Haroldo de Campos inova e surpreende ao dar
novos termos para os mais diversos textos, assim, mostrando que os textos possuem uma
flexibilidade própria a ser refletida e vista em toda a sua trajetória.
Comentários: Caríssimo Igor: Você apresentou um bom desempenho na prova. Meus parabéns!
Desejo ótima trajetória em todo curso. Abraços, Prof. Silvana
Justificativa: Expectativa de resposta:O excerto, de autoria do estudioso de tradução Álvaro
Faleiros, apresenta elementos que contribuem para argumentar a favor do potencial significativo
implicado pelo processo de “transcriação”, em senda teórico-prática desenvolvida por Haroldo
de Campos. A tradução literária, em especial a tradução de poesia, pode se aproximar ou se
distanciar do texto de partida. As escolhas do tradutor, portanto, são criativas, e não meramente
reprodutoras ou coladas ao original. Nesse sentido, há um aspecto de criação literária (ou
recriação a partir do texto de partida) que lhe é inerente. Essa perspectiva sobre tradução,
desenvolvida por Haroldo de Campos em diálogo com outros intelectuais, coloca seu nome entre
grandes teóricos do Brasil e do mundo.
2,00/ 2,00
26/06/2020 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5749895/3c2e7a36-99b6-11e8-a84c-0242ac110039/ 7/7

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