Buscar

Redução de Aa na conservação de alimentos


Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Prof.ª Luana Limoeiro 
Universidade Estácio de Sá 
ATIVIDADE ÁGUA X UMIDADE 
O teor de água é um fator muito importante no 
controle da taxa de deterioração de um 
alimento 
 
A disponibilidade de água para atividade 
microbiológica, enzimática ou química é que 
determina a vida útil de um alimento 
 
Atividade água (Aa, Aw): 
É a razão da pressão de vapor da água no alimento 
e a pressão de vapor saturada da água na mesma 
temperatura 
 
CONSERVAÇÃO POR REMOÇÃO 
DE ÁGUA 
Redução de água 
livre 
Redução das 
condições de 
desenvolvimento de 
MO 
Redução da 
atividade 
microbiana e 
enzimática 
Processo antigo utilizado pelo homem na 
conservação dos alimentos 
 
Secagem 
Secagem natural 
Secagem artificial ou desidratação 
 
Concentração 
 
Adição de Solutos 
Adição de sal 
Adição de açúcar 
 
CONSERVAÇÃO POR REMOÇÃO 
DE ÁGUA 
SECAGEM 
Remoção de água ou de qualquer outro líquido, 
de um material sólido, na forma de vapor, para 
uma fase gasosa insaturada, através de um 
mecanismo de vaporização térmica, numa 
temperatura inferior a de ebulição 
 
É um processo combinado de transferência de 
calor e massa, em que boa parte da água do 
alimento é eliminada, reduzindo sua Aa 
Vantagens: 
Conservação do produto 
Redução do peso 
Produtos mais econômicos 
 
SECAGEM 
Redução da Aa 
Prolonga vida 
útil do produto 
Redução da Aa 
Redução do 
crescimento microbiano 
e atividade enzimática 
Controle do teor de umidade durante o 
armazenamento 
A temperatura do processamento 
costuma ser insuficiente para provocar a 
inativação enzimática e microbiana 
SECAGEM 
Alimentos de importância comercial 
Uva passa, ameixa, figo, tâmara, nozes, chás, 
cereais, café, leite, charque, pescado, massas 
alimentícias, farinhas, ovo em pó... 
Frutas e hortaliças 
SECAGEM 
SECAGEM NATURAL 
Recomendável em regiões de clima seco, com 
boa irradiação solar e escassas precipitações 
pluviométricas 
 
Regiões: Espanha, Grécia, Ásia, Califórnia, 
Mendoza (Argentina), Chile 
 
Uva, ameixa, figo, tâmara, damasco, pêssego, 
pêra são ex. de frutas que recebem esse 
tratamento 
Duas fases: 
Ao sol – perda de 50 a 70% de umidade 
 
À sombra – não resseca o produto e nem perde 
as características sensoriais 
 
 
Temperatura do ar elevada e umidade 
relativa baixa 
Formação de camada dura no produto 
SECAGEM NATURAL 
CONDIÇÕES DO PROCESSO 
 
Local da secagem: pisos de cimento, pedra ou 
pedregulho - ou material capaz de irradiar calor 
 
Tabuleiros: em suportes, receba boa irradiação 
solar e fácil circulação de ar 
 
Tempo 
Depende das variedade da fruta (% água) 
Irradiação solar 
SECAGEM NATURAL 
No Brasil, não apresenta muita importância na 
prática 
 
É feito nos seguintes alimentos: 
Banana passa 
Café 
Cacau 
Charque 
SECAGEM NATURAL 
Secagem natural de banana 
DESIDRATAÇÃO 
É a secagem produzida artificialmente em 
condições de temperatura, umidade e corrente 
de ar controlados 
 
Evaporação ou sublimação da água 
 
Condução, convecção e radiação 
 
Pressão atmosférica ou vácuo 
 
DESIDRATAÇÃO 
• Corrente de ar – Convecção 
Com ar quente 
• Calor transmitido diretamente ao alimento – Condução 
Contato direto com superfície sólida 
• Radiação como transmissão de calor 
Energia radiante 
Energia eletromagnética, microondas e aquecimento dielétrico 
• Sublimação da água 
Liofilização 
 
 
 
 
 
Meio de secagem mais utilizado 
Conduz o calor 
Veículo do vapor úmido liberado 
 
DESIDRATAÇÃO 
AR 
TIPOS DE SECADORES 
Secadores adiabáticos 
 
Secador de cabine 
Secador de túnel 
Atomizador (spray-dryer) 
Leito fluidizado 
Fornos secadores 
Puff-dryer 
Foam mat dryer 
 
O calor é 
conduzido 
por meio de 
ar quente 
SECADOR DE CABINE 
Utilizado em pesquisas de desidratação de 
frutas e hortaliças 
Uso comercial de pequena escala 
O produto, no fim da 
secagem, deve ser 
conservado em estufa 
(15-20°C/15 a 60 dias) 
50° a 60°C 
Frutas Tempo de secagem 
Maças em rodelas 5 a 6h 
Pêras cortadas em dois pedaços 7 a 9h 
Pêssegos em rodelas 7 a 10h 
Ameixas inteiras 16 a 20h 
Uvas 5 a 6h 
SECADOR DE CABINE 
SECADOR DE TÚNEL 
Bastante usados na desidratação de frutas, 
hortaliças e massas alimentícias 
 
A matéria-prima colocada no transportador 
entra por uma extremidade e sai na outra, 
completamente seca 
Velocidade da secagem 
é afetada pelo ar e 
matéria-prima 
Secador de túnel 
 
a) Concorrente 
b) Em contracorrente 
c) De saída de ar central 
d) De fluxo transversal 
ATOMIZADOR (SPRAY-DRYER) 
Secagem por atomização, pulverização 
 
Processo contínuo no qual um líquido ou pasta 
é transformado em produto seco 
 
Temperaturas de 1800C a 2300C 
 
Exemplo: leite em pó 
Tempo de 
secagem 
relativamente 
curto 
ATOMIZADOR 
Esquema básico de um atomizador 
SECADOR DE LEITO 
FLUIDIZADO 
Sistema contínuo de secagem no qual o 
alimento a ser desidratado é colocado numa 
esteira perfurada recebe ar quente pela parte 
inferior 
Movimento 
similar a 
líquido em 
ebulição 
FORNOS SECADORES 
São construções de dois pisos onde na parte 
superior coloca-se o alimento a ser desidratado 
 
O ar quente obtido no primeiro piso, por forno 
ou estufa, passa pelo produto por 
movimentação natural ou ventilação 
 
Alimento em contínua agitação 
 
Secagem de malte, lúpulo, maçã e batata 
Tempo de 
secagem 
longo 
PUFF-DRYER 
Sistema especial de desidratação de cereais e 
sucos de frutas 
 
O produto desidratado apresenta estrutura 
porosa 
 
Boa reconstituição em água fria e outros 
líquidos 
FOMATIZADOR 
Foam-mat dryer 
O líquido a ser desidratado é transformado 
numa espuma estável e recebe ar quente num 
sistema contínuo similar ao túnel de secagem 
Pela adição de uma pequena porção (1% ou 
menos) de um agente espumante 
EX: proteína de soja, albumina, ésteres de ácidos graxos e 
monoestearatos de glicerol 
E pela incorporação de ar ou outros gases como o 
nitrogênio (por ser inerte): 
Por injeção direta ou agitação 
 
TIPOS DE SECADORES 
Transferência de calor por superfície sólida 
 
Secador de tambor (drum-dryer) 
 
Desidratador a vácuo 
 
SECADOR DE TAMBOR 
Rolo secador (Drum-dryer ou roller-dryer) 
 
Tambores rotativos 
 
Aquecimento com vapor a alta pressão 
 
 
Produtos ricos 
em amido 
D = 0,5 a 1,5m 
C = 2,0 a 5,0m 
DESIDRATADORES A VÁCUO 
Aquecimento indireto através de superfícies 
sólidas 
Fácil uso 
Custo elevado 
 
LIOFILIZAÇÃO ou CRIOSECAGEM (freeze drying) 
Produtos em condições de pressão e 
temperatura tais que a água passa do estado 
sólido diretamente para o gasoso 
SUBLIMAÇÃO 
Poucas alterações 
químicas e sensoriais 
Café, refeições prontas, 
ingredientes, medicamentos, 
antibióticos, vitaminas, MO 
ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA 
DESIDRATAÇÃO 
Modificações na textura 
 
Perdas de aroma e sabor 
 
Mudanças na cor 
 
Mudanças no valor nutritivo 
 
Aumento da concentração de nutrientes por 
unidade de peso em relação ao produto fresco 
Modificações na Textura 
 
Gelatinização do amido 
 
Cristalização da celulose 
 
Alteração da rigidez celular: 
Aparência enrugada e encolhida 
 
Formação de capa coriácea: 
Ar em altas temperaturas 
ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA 
DESIDRATAÇÃO 
Perdas de Aroma e Sabor 
 
Vaporização de componentes voláteis do 
alimento 
 
Depende da temperatura, teor de umidade do 
alimento e das características físico-química dos 
compostos de aroma 
 
Oxidação de compostos voláteis 
 
 
ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA 
DESIDRATAÇÃO 
Mudanças na Cor 
No alimento seco pode ser causada 
pelo processo em si 
Alterações da clorofila e carotenóides 
Ação das polifenoloxidases 
Reação de Maillard/Caramelização 
 
 
 
Controle 
Uso de embalagens a vácuo, controle no processo de secagem, 
adição de antioxidantes, baixas temperaturas e ausência de luz 
no armazenamento, manutenção dos baixos teores de umidade 
ALTERAÇÕES
PROVOCADAS PELA 
DESIDRATAÇÃO 
Perdas Nutricionais 
 
Variam de acordo com o processo 
As vitaminas são as mais afetadas (vit. C e B1) 
Perdas de vitaminas lipossolúveis por reação com 
peróxidos da oxidação lipídica 
A secagem ao sol afeta bastante o teor de vitamina C 
A liofilização retém bastante a vit. C outros nutrientes 
 
Controle: 
Uso de antioxidantes, ↓[O2], temperatura de 
estocagem, ausência de luz 
ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA 
DESIDRATAÇÃO 
FATORES DE DETERIORAÇÃO 
Hortaliças desidratadas 
Oxidação lipídica 
Escurecimento não-enzimático 
Oxidação de vitaminas (C e B1) 
Oxidação de pigmentos (clorofila e 
carotenóides) 
 
Frutas desidratadas 
Reações enzimáticas 
Escurecimento não-enzimático 
 
CONCENTRAÇÃO 
Redução do teor de água 
Economia na embalagem, transporte, 
armazenamento e conservação 
 
SECAGEM 
≠ 
CONCENTRAÇÃO 
SÓLIDO 
LÍQUIDO 
Remove parte da água dos alimentos (1/3 ou 2/3) 
Alimentos onde é usada esta tecnologia: 
Sucos de frutas concentrados 
Leite evaporado 
Massa de tomate 
Geléias 
Doces em massa 
 
CONCENTRAÇÃO 
TIPOS DE CONCENTRAÇÃO 
Concentração por evaporação 
Concentração por congelamento 
Concentração por membranas 
CONCENTRAÇÃO POR 
EVAPORAÇÃO 
Retirada de parte da água por aquecimento na 
forma de vapor 
 
Redução de Aa – conservação do alimento 
 
Pode ser uma etapa anterior a desidratação de 
alimentos 
 
Necessário utilização de mais um método de 
conservação, pois o teor de umidade presente 
permite o crescimento microbiano 
Alterações Sensoriais 
 
Escurecimento não enzimático 
 
Aparecimento do aroma e sabor queimado 
 
Poderá ocorrer cristalização de açúcar 
 
Desnaturação de proteínas 
 Tempo 
Temperatura 
CONCENTRAÇÃO POR 
EVAPORAÇÃO 
TIPOS DE EVAPORADORES 
Tachos abertos e a vácuo 
Trocadores de calor tubulares 
Evaporadores a placas 
Evaporadores de película líquida 
 
O uso de uma série de evaporadores entre o 
fornecimento inicial do vapor e o 
condensado - evaporação de múltiplo-efeito: 
 
AUMENTA A EFICIÊNCIA TÉRMICA 
Tacho aberto à vapor 
Concentrador à Vácuo 
Evaporador de placas 
EVAPORADORES A VÁCUO 
Vantagens: 
Torna possível a concentração a baixa 
temperatura de alimentos sensíveis: 
EX: leite, suco de laranja 
Aumenta a velocidade 
de evaporação 
 
Evaporador à Vácuo de 
Feixe Tubular com 
Circulação Forçada 
CONCENTRAÇÃO POR 
CONGELAMENTO 
Congelamento realizado lentamente 
Cristais de gelo separados do produto 
 
 
Exemplos: 
Sucos de frutas 
Cerveja e vinho 
Extrato de café 
Extrato de chá 
Melhores qualidades sensoriais 
CONCENTRAÇÃO POR 
MEMBRANA 
Utilização de membranas semi-permeáveis 
 
Ultrafiltração 
 
Osmose reversa 
Separação da água, sais e açúcares 
de baixo peso molecular. 
Separação da água e concentrando sais, 
açúcares de baixo peso molecular e 
macromoléculas 
Pressões 1 a 6 atm 
Pressões 30 a 60 atm 
ULTRAFILTRAÇÃO 
OSMOSE REVERSA 
Osmose Osmose Reversa

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando