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72 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV Unidade IV 7 PARCERIAS ESTRATÉGICAS E JOINT VENTURES A globalização das operações comerciais e produtivas das empresas multinacionais tem permitido a formação de parcerias estratégicas e a criação de empresas específicas para a atuação no exterior, denominadas joint ventures, que realizam negócios integrados sob vários aspectos, como comercialização, distribuição ou suprimentos. Esse novo processo é denominado cadeias globais de valor (global chain value), em que as fases de produção e venda estão dispersas entre as várias localidades e os vários mercados, buscando conquistar vantagens competitivas e compartilhar os riscos do negócio. Essa é a base das operações de internacionalização realizadas através do sistema de joint venture ou riscos em conjunto, na qual os investidores externos e internos criam uma nova sociedade empresarial compartilhando os investimentos, as propriedades e a gestão do negócio. As parcerias globais possuem algumas características principais: • As empresas determinam uma estratégia conjunta de longo prazo. • As empresas possuem vantagens competitivas nos mercados em que atuam. • As decisões relevantes são compartilhadas. • O foco são os mercados internacionais. • As operações nos mercados locais podem fazer parte da parceria. A criação de joint venture (JV) permite às empresas uma forma mais atuante no mercado do que as exportações. Em países com restrição a investimentos estrangeiros e à participação de capital majoritária, a criação de JV pode ser uma boa opção de internacionalização com empresas locais e pode ocorrer com empresas do mesmo segmento ou de outro. As joint ventures podem ser uma forma de superar barreiras de entrada legais, riscos políticos e econômicos, além de aumentar a disponibilidade de recursos para realizar os investimentos e potencializar as vantagens competitivas das empresas, combinando produção e distribuição em uma cadeia de valor de alto potencial de venda. As empresas também precisarão dividir controle, gestão, oportunidades, custos e riscos, do mesmo modo que ocorre em outras formas internacionalização. 73 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING 7.1 Fusão e aquisição Considerado um método de expansão rápida para novos mercados, a expansão através da fusão e aquisição de empresas nos mercados-alvo possibilita às empresas compradoras conquistar poder de mercado e eliminar concorrentes. Fusão é o processo empresarial em que se estabelece a união de duas ou mais empresas que unem capital financeiro, estrutura física e participação de mercado para criar uma nova empresa comercial, em muitos casos, mantendo as marcas originais anteriores à fusão no mercado. Observação As empresas multinacionais conseguem melhores condições de financiamentos no mercado financeiro com taxas de juros menores e prazos mais dilatados do que as empresas nacionais e isso pode ser determinante para a sustentabilidade no longo prazo. Aquisição, por sua vez, é definida como o processo em que uma empresa ou um grupo de investidores adquirem o controle total ou parcial de uma empresa estabelecida no mercado-alvo da internacionalização e compreende a aquisição dos ativos e do controle gerencial. De forma estratégica, essa modalidade pode se desenvolver gradualmente quando a compra for através do mercado acionário, com as adquirentes comprando um pequeno percentual acionário, expondo o capital de forma reduzida a riscos de mercado e adquirindo maiores participações até atingir a participação majoritária e o controle gerencial do empreendimento. Essa modalidade, a partir da década de 2000, tem se tornado uma forma de expansão muito utilizada por investidores, através de fundos de investimentos nacionais e internacionais de forma a expandirem as atividades externas e buscar melhor rentabilidade em mercados novos e com bom potencial de crescimento. 7.2 Investimentos diretos (greenfield) Método de expansão típico da área industrial e considerado o método de maior envolvimento de uma empresa com o mercado externo. É mais arriscado visto que envolve um grande montante de investimento de recursos na edificação de uma estrutura produtiva no mercado externo. As principais motivações para as empresas que decidem instalar uma fábrica externa são, principalmente: acesso a baixos custos de produção e insumos; acesso a recursos tecnológicos locais, como infraestrutura e pessoal qualificado; e proximidade do mercado consumidor. Nos projetos do tipo greenfield, o investidor aloca recursos próprios ou financiados no mercado financeiro e constrói uma estrutura física própria, muitas vezes, uma fábrica para operar comercialmente no local escolhido com estrutura e gestão específica. 74 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV Em termos de mercado, esses investimentos precisam de uma escala mínima de operação que justifique o investimento local e concentram-se, normalmente, nos países com boa localização e mercado consumidor interno relevante. Lembrete Projetos greenfield são assim denominados quando representam um investimento produtivo que começa do zero, ou seja, desde a aquisição do terreno até a construção de uma nova fábrica, depósito ou rede de distribuição e representa o nível superior de comprometimento de recursos orçamentários e da confiança no futuro dos mercados internacionais. Do ponto de vista econômico, os investimentos greenfiled são disputados, pois, entre outros impactos, criam empregos no mercado local e agregam tecnologias novas na economia, inclusive abrem um potencial de exportação melhorando assim o balanço de pagamentos. Quadro 9 – Principais métodos de internacionalização de empresas Métodos de internacionalização com suas vantagens e desvantagens Vantagens Desvantagens Exportação direta Barato, já que prescinde de grandes investimentos e permite alcançar eventuais economias de escala em nível de estabelecimento e contato com o cliente. Falta de controle de distribuição dos canais locais. Exposição aos riscos cambiais e eventuais medidas protecionistas. Exportação indireta Ainda mais barato que a modalidade anterior, visto que não necessita de todas as formalidades do processo de exportação. Cobertura extensa de mercado e apresenta um baixo risco. Falta de controle sobre as operações. O sofrimento dos agentes quando operam no regime de não exclusividade (produtos concorrentes e/ou mais lucrativo). Licenciamento Investimento com o custo limitado. Permite acesso rápido a mercados protegidos contra a importação, através de tarifas ou canais de distribuição cativos. Limitações técnicas de marketing por parte do licenciado. Subaproveitamento dos lucros potenciais. Sendo que apresenta a necessidade de ser dividido. Perda de tecnologia e mercado para potenciais concorrentes. Custo de contrato e acompanhamento. Riscos de vantagens proprietárias, tais como a imagem da empresa. Joint venture Essa modalidade apresenta risco compartilhado. Menor concorrência. Superação e algumas ineficiências do mercado. Facilidade de adaptação às características de novos mercados, nos países parceiros. Dificuldade na coordenação, comunicação e organização. Divergência para alocação de recursos. Possibilidade de reversão dos acordos afirmados. Aquisição/fusão Entrada mais rápidae fácil (barreiras a entradas) em novos mercados. Ganho de poder de mercado e eliminação da concorrência. Preço e tipo de ativos podem ser pouco adequados. Complexidade de alvo dos negócios. Herança dos problemas da empresa e das dificuldades adquiridas com duas culturas organizacionais. Adaptado de: Floriani (2010). 75 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING Resumindo, os métodos apresentados são os mais utilizados por empresas que buscam saída para mercados externos e algumas características do país que recebe os investimentos devem ser considerados: • Fatores de mercado como o tipo de produto, estrutura concorrencial do mercado e relação entre a escala mínima de produção operacional. • Fatores logísticos como a distância entre locais de produção e consumo. • Fatores específicos como a estrutura tributária e fiscal dos países. • Fatores gerenciais como a capacitação gerencial dos gestores e equipe de implantação de projetos novos. 8 INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS A internacionalização das empresas brasileiras começou com a instalação do Banco do Brasil no Paraguai (1941) e a abertura de uma fábrica da Magnesita na Argentina (1960). Até a década de 1980, foram escassos os investimentos brasileiros no mercado internacional, mas a década de 1990 foi caracterizada como um ponto de inflexão, como o início de uma nova fase em virtude de mudanças da política econômica, com a abertura comercial do governo Collor (1990), a privatização das empresas estatais, a estabilização econômica com o Plano Real e a valorização cambial do governo Cardoso (1994), além de mudanças externas como a criação do Mercosul (1991) e a liberalização dos investimentos internacionais. A segunda metade da década de 1990 marca o início do processo de internacionalização da economia brasileira, com mudanças na estrutura produtiva devido à entrada de capitais externos em processos de aquisição de empresas nacionais por multinacionais estrangeiras. A internacionalização das empresas brasileiras funcionou como uma forma de defender a entrada de novos concorrentes e priorizou o setor industrial com a compra de pequenas e médias empresas, para garantir o suprimento das multinacionais dos países desenvolvidos com fábricas no Brasil (FLEURY; FLEURY, 2011). Tabela 1 – Década de entrada das empresas brasileiras no mercado externo Década Número de empresas 70 7 80 5 90 17 00 33 2010/2015 12 Adaptado de: FDC (2015). As empresas brasileiras se internacionalizaram na América do Sul, com destaque para Argentina e Uruguai, através de associações com empresas locais ou através de processos de fusão e aquisição de plantas industriais concentradas em setores maduros tradicionais, como petróleo, metalurgia, máquinas, equipamentos, alimentos, bebidas e mineração. 76 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV Na década de 2000, as mudanças no cenário econômico interno, a partir de 2004, com melhoria nas condições financeiras das empresas, valorização cambial e início do ciclo de commodidties da China, permitiram às empresas brasileiras uma nova fase de internacionalização em busca de crescimento a partir da exploração das competências específicas em termos de poder de negociação com os clientes. Observação O Brasil possui poucas empresas multinacionais no exterior se comparado a outros países do mesmo tamanho. Nesse sentido, as instituições políticas governamentais devem incentivar as empresas a buscar mercados no exterior através da promoção comercial e na concessão de financiamentos de longo prazo. Em termos setoriais, a internacionalização das empresas brasileiras mudou para as áreas de serviços financeiros e produtos alimentícios e teve como consequência uma reestruturação do parque industrial do Brasil. Essas novas condições de gestão, operação e financiamento permitiram às empresas brasileiras adotarem uma posição mais ativa em termos internacionais. As mudanças consentiram às empresas melhores negociações comerciais com os clientes, redução de custos devido às economias de escala alcançadas e diversificação de riscos de mercado através de operações em outros mercados. Fatores macroeconômicos como valorização cambial, entre 2004 e 2010, provocaram a perda na capacidade de competição e na rentabilidade das exportações, além de fortalecer as operações de fusão e aquisição de empresas no mercado internacional. Quadro 10 – Posicionamento das empresas brasileiras na globalização Posição Parceria em redes globais Inserção em cadeias globais de produção Atuação em mercados não globais Decisões de reconfiguração. Capacidade conhecida, tem igualdade e condições de negociar. Estratégia com base no papel que desenvolve, hierarquia e pouca liberdade. Autonomia decisória e comportamento tradicional. Decisões de coordenação e estratégias de manufatura. Depende da rede para produzir produtos novos. Tem liberdade em produtos próprios. Dependente dinâmica da cadeia produtiva. Estratégia não é relevante e começa a ter programas de qualidade. Adaptado de: Fleury; Fleury (2011). 77 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING Observação A valorização cambial torna os ativos externos mais baratos e favorece processos de aquisição e fusão. A globalização da produção das empresas passa a ter como base os processos de inovação e não mais a diferenciação de custos. O tamanho do mercado brasileiro desperta nas multinacionais um grande interesse em realizar investimentos direitos, a partir de uma política estratégica de produção em bases locais para uma produção global em países com vantagens comparativas. Para apurar os diferentes níveis de envolvimento com o mercado internacional ou o grau de internacionalização (GRI), a Fundação Dom Cabral (FDC) realiza uma pesquisa anual, desde 2003, com empresas brasileiras com operações internacionais a fim de medir o nível de exposição e comprometimento das empresas no exterior. Lembrete O que caracteriza uma fusão de empresas é a criação de uma nova do ponto de vista legal com a extinção das empresas que a criaram. A aquisição tem como característica a incorporação de uma empresa por outra sem a alteração da forma de constituição legal e jurídica. O GRI é um índice calculado a partir dos dados informados pelas empresas participantes da pesquisa e vai de 0 a 1, a partir de uma média simples entre três indicadores de desempenho: • Valor dos ativos no exterior em relação aos ativos totais. • Valor das receitas externas em relação ao faturamento total. • Quantidade de funcionários no exterior em relação ao total empregado. Quanto maior o grau, maior a exposição das empresas no mercado internacional (FDC, 2015).2 Tabela 2 – Empresas brasileiras mais internacionalizadas em 2016 1 Fitesa 0,720 11 Magnesita 0,479 2 Odebrecht 0,644 12 Minerva 0,388 3 Intercement 0,573 13 Votorantim 0,365 4 Gerdau 0,560 14 Tupy 0361 2 Existem várias metodologias de cálculo do GRI , a FDC adota a metodologia da UNCTAD (1995). 78 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV 5 Stefanini 0,559 15 Santista 0,350 6 Marfrig 0,536 16 WEG 0,309 7 Artecola 0,521 17 Tigre 0,304 8 Metalfrio0,500 18 Vale 0,273 9 CZM 0,492 19 Marcopolo 0,258 10 JBS/Friboi 0,488 20 Embraer 0,256 Adaptado de: FDC (2017). Os dados da pesquisa confirmam a premissa de que a internacionalização passa pelas agroindústrias brasileiras, com três empresas entre as maiores do ranking. Tais dados confirmam a existência de sinergias entre recursos naturais e internacionalização como forma de adquirir vantagens competitivas. As empresas brasileiras estão presentes em 84 países e nos principais locais, como: Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, México, Peru, China e Reino Unido (FDC, 2015). Quadro 11 – Internacionalização das empresas brasileiras Fatores ambientais Fatores motivacionais Impactos na internacionalização Década 1960-1970 Milagre econômico. Expansão internacional. Políticas de apoio a exportações. Economia fechada. Protecionismo. Pedidos do exterior. Incentivos governamentais. Internacionalização via exportação. Década de 1980 Recessão internacional. Expansão Japão/Tigres Asiáticos. Década perdida, recessão. Fechamento da economia. Os pedidos de exportação são transferidos para a Ásia. Escasseiam os incentivos à exportação. Falta competitividade aos produtos brasileiros. Redução das exportações. De 1990 a 1995 Abertura de mercado, entrada de concorrentes estrangeiros. Criação do Mercosul. Lei Kandir (1993) isenta IPI e ICMS das exportações. Aumenta a percepção do risco no mercado interno. Open mind para novos mercados. Isenta de IPI e ICMS as exportações de bens primários e semielaborados. Investimento estrangeiro direto. Estímulo à exportação . De 1995 a 1998 Expansão do mercado interno. Sobrevalorização da moeda nacional, o Real. Aumenta a atratividade do mercado doméstico. Falta competitividade aos produtos brasileiros. Diminuição das exportações. Estímulo aos investimentos estrangeiros diretos 79 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING De 1998 a 2000 Crise cambial em 1999. Desvalorização. Foi adotado o regime de metas de inflação com câmbio flexível. Cresce a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Estímulo às exportações. Diminuição dos investimentos estrangeiros diretos. De 2000 a 2008 O ataque terrorista de 11 de Setembro modifica as relações dos EUA e o resto do mundo. Chega ao poder, no Brasil, governantes de esquerda. O Brasil inicia uma fase de estabilidade econômica, consegue acumular mais reservas do que a dívida externa, recebendo status de credor. Crise e moratória Argentina. A explosão da demanda por matérias-primas, especialmente na China, elevou os preços das commodities a níveis recordes. A combinação notavelmente virtuosa de baixas taxas de juros e abundante liquidez no mundo, com a melhoria dos balanços de pagamentos em contas correntes dos países emergentes, favoreceu o fluxo de investimentos e aplicações financeiras para esses países. O maior crescimento da absorção doméstica, combinado com a desvalorização da taxa de câmbio até meados de 2008, provocou uma redução dos superávits da Balança Comercial. Aumento das exportações do Brasil para a China e implantação de fábricas de empresas brasileiras no exterior, especialmente na China. 2008/2009 A China aparece como a segunda grande potencia mundial. Forte desvalorização do real no fim de 2008. Significativa queda de relação dívida/PIB nesse ano, quando comparada à posição observada no fim de 2007. Empresas brasileiras se internacionalizam para minimizar os riscos do câmbio. Adaptado de: Floriani (2010). Saiba mais Conheça o ranking 2016 das empresas brasileiras mais internacionalizadas acessando: FUNDAÇÃO DOM CABRAL (FDC). Ranking FDC das multinacionais brasileiras 2016. São Paulo, 2016. Disponível em: <https://www. fdc.org.br/professoresepesquisa/nucleos/Documents/negocios_ internacionais/2016/Ranking_FDC_Multinacionais_Brasileiras_2016. pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017. 8.1 Custos de internacionalização As empresas que buscam o mercado externo enfrentam vários desafios e um dos mais importantes é o ambiente financeiro local avesso às necessidades. Assim, atuar na internacionalização implica muitos custos para concretizar os negócios, podemos dividi-los em três grupos principais: 80 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV 1. Custos irrecuperáveis. 2. Custos de comércio. 3. Custos de atendimento. Os denominados custos irrecuperáveis para entrar e operar no exterior inviabilizam decisões de entrada em razão das realidades financeiras das exportadoras e inviabilizam as exportações. Essa é uma questão crucial para quem opera em mercados de alta intensidade de capital (indústrias) e vendem para empresas distantes. Os custos de comércio para as empresas são considerados altos para exportadores que operam em baixa escala e volumes, com infraestrutura deficiente em transportes centrados em rodovias, custos de alfândega e aduanas, com grande tempo de espera e elevados fretes. Quadro 12 – Determinantes dos custos de comércio Infraestrutura de transporte Administração de fronteiras Disponibilidade/Qualidade de infraestrutura logística. Eficiência aduaneiras de fronteiras. Qualidade dos serviços de transportes. Agilidade dos trâmites alfandegários. Disponibilidade tecnológica de sistemas informatizados. Transparência e rapidez dos trâmites de pagamentos de aduana. Adaptado de: BID (2015). Somam-se aos anteriores, os custos de atendimento às regras de conformidade comercial e adequação de produtos e serviços, de acordo com o padrão internacional, e às regras de acordos comerciais em termos de local de origem e conformidade, além de condições específicas dos mercados em termos de padronização de produção, qualidade e embalagens. Além das limitações de custos, as exportadoras precisam desenvolver competências organizacionais para gerenciar o processo com gestores experientes em comércio exterior que estabeleçam relacionamentos próximos com clientes e fornecedores. 8.1.1 Acesso a financiamentos As restrições financeiras limitam o crescimento das empresas que atuam em países em desenvolvimento, pois não acessam o mercado de capitais, como nos países desenvolvidos, e não conseguem acesso aos mercados financeiros internacionais, como as grandes empresas. De forma geral, as empresas exportadoras pagam taxas de juros mais elevadas, o que significa que precisam compensar essas taxas dos financiamentos com operações comercias mais lucrativas. 81 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING As principais limitações financeiras para a internacionalização são: • Instabilidade e riscos: as empresas apresentam maior instabilidade em termos de lucros e resultados, e os bancos avaliam as operações com maior restrição e riscos na concessão de créditos. • Custos de transação: dado o menor porte das empresas, incorrem em maiores custos por transação efetuada no mercado bancário, ocasionando uma relação inversa entre os valores recebidos e os custos das operações realizadas no mercado financeiro. • Seleção adversa: o sistema financeiro cobra taxas de juros elevadas das pequenas empresas devido aos riscos de gestão e erros de projetos comerciais, onerando esse grupo, que possui maiores riscos de falência. • Informação assimétrica: exportadoras podemser formais/informais, assim, possuem reduzido histórico de pagamentos. Logo, o nível de informação dos bancos sobre a gestão dos sócios e seus resultados é reduzido. Esse fator é crítico em países em desenvolvimento. • Relacionamento bancário: empréstimos de baixo valor para os bancos e de alto risco são rejeitados por instituições financeiras privadas que conhecem as condições econômicas das empresas, sabem dos custos de entrada no mercado externo e colocam barreiras na concessão de crédito a exportadoras. As características econômicas dos países em termos de mercado financeiro afetam a qualidade e a disponibilidade de crédito para as empresas exportadoras e, consequentemente, os projetos de internacionalização e aquisição de empresas no exterior. O mercado financeiro do Brasil apresenta um limitado acesso das pequenas empresas às linhas de exportação em razão das condições inerentes à atividade interna, como gestão do fluxo de caixa operacional, com linhas de crédito de alto custo e menor valor. Saiba mais Sobre a estrutura oficial brasileira de comércio exterior, acesse o site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC): <www.mdic.gov.br>. 82 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV resumo No Brasil, a internacionalização da economia começou com a chegada das empresas multinacionais, na década de 1920, com a instalação da Rhodia (1919) e da Ford (1921). Muitos anos depois, na década de 1990, é que as empresas brasileiras começaram a se internacionalizar em razão da abertura comercial e das iniciativas de integração regional (Mercosul) tendo como consequência a modernização da estrutura produtiva nacional (FLEURY; FLEURY, 2011). O processo de internacionalização como forma de expansão de mercados comporta várias modalidades e é objeto de ampla pesquisa acadêmica, porém, via de regra, essas pesquisas estão concentradas nas empresas multinacionais (EMN) dadas suas características estruturais e as vantagens competitivas que possuem em termos de disponibilidade de recursos naturais, acesso ao mercado de capitais, escala de produção, know-how tecnológico e recursos humanos qualificados. As empresas brasileiras, acostumadas à força do mercado nacional, pouco se esforçaram, até a década de 1990, para atuar no mercado internacional. Essa posição sofre considerável mudança com a abertura comercial, nos anos 1990, que teve como consequência uma profunda reorganização do parque industrial nacional, com a entrada de capitais estrangeiros no mercado produtivo através da aquisição das empresas nacionais mais tradicionais, com foco na exploração do mercado interno regional da América do Sul. Exercícios Questão 1. (CESGRANRIO 2010) Ao longo do ano de 2000, a empresa brasileira XYZ identificou crescente número de visitas em seu site, originadas da Argentina. Muitos dos argentinos que procuravam informações a respeito dos produtos da XYZ compravam produtos através do site de vendas da empresa. Com o objetivo de aumentar a abrangência da empresa e iniciar atividades internacionais a partir do mercado argentino, em 2001, a XYZ comprou a empresa argentina WW e passou a ser proprietária de suas plantas de produção, armazéns e centros de distribuição, que passaram a produzir e distribuir produtos XYZ. A estratégia de ingresso no mercado internacional da XYZ é classificada como: A) Exportação indireta. B) Exportação direta. 83 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 GEOMARKETING C) Joint venture. D) Licenciamento. E) Investimento direto. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o processo descrito não condiz com a venda direta de produtos entre dois países com a utilização de intermediários. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o processo descrito não condiz com a venda direta de produtos entre dois países pelos canais de comercialização externa. C) Alternativa incorreta. Justificativa: não apresenta um processo de associação entre empresas, e sim um processo de incorporação de uma empresa por outra. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o processo descrito não envolve a cessão de marcas ou direitos de produção entre duas empresas. E) Alternativa correta. Justificativa: pela descrição, trata-se da compra de uma empresa por outra, sendo que quando realizada por empresas de diferentes países será descrito como um investimento direto externo. Questão 2. Uma joint venture é uma forma das empresas conseguirem inserção em novos mercados. É denominada também de parcerias globais, em que uma associação entre empresas atua dispersando suas atividades de produção e venda com o intuito de conquistar vantagens competitivas e compartilhar riscos do negócio. Qual alternativa não apresenta uma característica das parcerias globais nessa modalidade? A) O foco está somente no mercado local da operação. B) As empresas determinam uma estratégia conjunta. 84 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade IV C) As decisões relevantes são compartilhadas. D) O pensamento sempre mira o horizonte de longo prazo. E) As empresas possuem vantagens competitivas nos mercados que atuam. Resolução desta questão na plataforma. 85 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 GLOBE-32299_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2012/04/13/12/58/ globe-32299_960_720.png>. 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Acesso em: 11 dez. 2017. Figura 12 Grupo Unip-Objetivo 86 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Figura 13 CONTAINER-SHIP-596083_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/01/11/ 10/28/container-ship-596083_960_720.jpg>. Acesso em: 11 dez. 2017. REFERÊNCIAS Textuais ALASSE, L. Riachuelo utiliza geomarketing para dobrar número de lojas no Brasil. Mundo do Marketing, mar. 2012. Disponível em: <https://www.mundodomarketing.com.br/reportagens/planejamento- estrategico/23323/riachuelo-utiliza-geomarketing-para-dobrar-numero-de-lojas-no-brasil.html>. Acesso em: 13 nov. 2017. ARANHA, F. Sistemas de informação geográfica: uma arma estratégicapara o database marketing. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 12-16, 1996. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/rae/v36n2/a03v36n2.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FRANCHISING (ABF). 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Administração. 89 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Gestor em Ciência e Tecnologia Relações Internacionais: 2013. Conhecimentos Específicos. Questão 58. Adaptado. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/ prova/32622.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017. Unidade IV – Questão 1: CESGRANRIO. Administrador(a) Júnior: 2010. Conhecimentos Específicos. Questão 35. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/1988/ cesgranrio-2010-petrobras-administrador-prova.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017. 90 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 91 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 92 Re vi sã o: M ar ci lia B ar ro s B rit o - Di ag ra m aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 /1 2/ 20 17 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000