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Materiais de Moldagem em Prótese Total

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Letícia Arruda – UFPE 
Possuem esse nome pela rigidez que apresenta na sua fase final. 
Godiva e pasta ZOE, são materiais bastante utilizados na prótese 
total. 
Propriedades físicas 
 Anelásticos 
 Não apresenta viscoelasticidade 
 Godiva (termoplástico) 
 Pasta zincoenólica (reação química) 
Godiva 
 Sofre influência direta das variações de temperatura, 
plastificando-se sob aquecimento e tornando rígido sob 
resfriamento 
 Reversibilidade – pode ser reutilizado no mesmo paciente 
 Termo plásticos são polímeros que, quando tem 
temperatura ambiente estão sólidos e quando aquecidos até 
sua temperatura de fusão, tornam-se maleáveis. 
 Transição vítrea – Fase sólida para a plástica (de 55º a 60ºC) 
 Temperatura < 45ºC = rígido 
 Contração de 1,5% 
 Alta viscosidade 
 Pouca estabilidade dimensional (molde deve ser vazado 
imediatamente após a desinfecção). Não permite uma cópia 
de estruturas por muito tempo. 
 Mucocompressivo (alta viscosidade) capacidade de afastar 
os tecidos que atrapalham a moldagem 
 Baixa reprodução de detalhes 
 Baixa condutividade térmica 
Componentes 
 Resinas orgânicas (goma-laca) 
 Cera de abelha 
 Plastificantes (guta percha ou ácido esteárico) 
 Cargas (carbonato de cálcio e a pedra pomes) 
Apresentação comercial 
 Forma de placas 
 Arcos desdentados totais 
 Acomoda em moldeiras de estoque – aquelas de 
altura mais baixa 
 Moldagem de estudo 
 
 Bastão 
 Viscosidade menor que a de placa 
Letícia Arruda – UFPE 
 Moldeira individual 
 Aquece na chama da lamparina 
 
 
ATENÇÃO 
 A temperatura indicada pelo fabricante tem como objetivo 
a manutenção de sua composição e propriedades, tendo em 
vista que alguns de seus componentes podem volatilizar em 
temperatura maiores. 
 Devido à sua baixa condutividade termica, após o tempo de 
imersão recomendado pelo fabricante, este material de 
moldagem deve ser manipulado com as mãos, a fim de 
promover a homogeneização de sua temperatura e 
consequente plastificação. 
 Para que se possa pôr em contato com a mucosa oral, a 
godiva deve estar com temperatura aproximada de 55 a 60º. 
Temperatura que mantem a plasticidade necessária para 
moldagem e ao mesmo tempo não lesiona os tecidos bucais 
do paciente. 
Aplicação 
 PLACA - Moldagem preliminar (estudo) em prótese total 
Prática laboratorial 
 Sequencia 
 Moldeira de estoque para desdentado total superior 
tamanho pequeno (sem retenção) 
 
 
 A moldeira de estoque deve cobrir a maxila em toda 
extensão, deixando uma folga de 2 a 3mm em todos os 
sentidos. 
 A borda vestibular da moldeira não deve ser baixa nem mais 
alta do que o rebordo alveolar, mas aproximadamente na 
mesma altura 
 A borda posterior deve recobrir as tuberosidades 
 
 Isolar a face interna da moldeira com vaselina sólida 
 Colocar 03 placas de godiva no plastificador 
Letícia Arruda – UFPE 
 Após atingir a fase plástica: manipular ate obter uma massa 
homogênea 7 
 Colocar a godiva plástica, sob a forma de uma esfera, no 
centro da moldeira superior selecionada 
 Distribuir o material em toda superfície 
 Mergulhar rapidamente o conjunto no plastificador 
 Moldar 
 
 
Exame do molde 
 Superfície fosca e distribuída uniformemente 
 Analisar: do sulco do molde de tuberosidade a tuberosidade 
 Falta de compressão/ excesso de compressão 
 Cópia da conformação anatômica 
 Centralização do molde 
 Ausência de báscula – não pode ter folga 
 
Modelos preliminares ou anatômicos confeccionados em gesso 
tipo III. 
o 50g para primeira camada 
o 50g para a base do modelo 
o Esperar no mínimo 1 hora para remover o modelo do 
molde 
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Remoção do modelo 
 Colocar o conjunto (moldeira/molde) no plastificador a 55 
a 60ºC por 30 segundos 
 Remover a godiva de cima da moldeira com auxílio da faca 
de gesso 
 Remover a moldeira e em seguida o material de moldagem 
 Recortar o modelo 
 
 
Pasta zinco-enólica 
 De precisão 
 Ativado quimicamente 
 Irreversibilidade 
 Comercializada em bisnaga, uma tem a pasta base e a outra 
o catalizador 
 Consistência tipo I ou tipo II 
 Destinada à moldagem secundária (funcional ou de 
trabalho) na prótese total removível (pacientes totalmente 
desdentados) 
 Passa da fase plástica para a fase rígida na dependência da 
reação química 
 Usada em moldeiras individuais 
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1. Pasta base 
 Óxido de zinco 
 Óleo de oliva 
 Óleo de linhaça 
 Acetato de zinco 
 Agua 
2. Pasta catalizadora 
 Eugenol 18% 
 Cargas: caulim, talco ou até ceras 
 
 Proporção: pasta base e pasta catalizadora paralelas, com 
comprimentos iguais sobre uma placa de vidro ou bloco de 
papel impermeável 
 Manipulação: Juntar o conjunto no centro da placa, em 
seguida deve-se efetuar sua espatulação a fim de que a 
mistura fique em cor uniforme 
 O fabricante indica o tempo ideal de espatulação de 30 a 
40seg 
 Tempo de presa de 5 a 15 min 
 Contração de polimerização: 0,6% 
 
 Modelos secundários ou funcionais – confeccionados em 
gesso pedra IV ou V 
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 Controle do tempo de presa 
o Adição de agua; aumento do tempo de espatulação 
ou aumento de temperatura – diminui o tempo 
o Resfriamento da espátula; resfriamento do material – 
aumenta o tempo 
Diferença de reação entre godiva e pasta ZOE 
GODIVA PASTA ZOE 
Não toma presa, apenas 
enrijece (transição vítrea) 
Toma presa, pois é obtida por 
mistura da pasta base com 
catalizador 
O enrijecimento pode ser 
acelerado diminuindo-se sua 
temperatura com água fria 
O tempo de presa da pasta 
ZOE pode ser acelerado 
adicionando-se à mistura das 
pastas uma gota de água 
Moldeira de estoque rasa e sem 
retenção 
Moldeira individual 
 
Pasta ZOE também pode ser usada para: 
 Cimentação provisória de coroas e pontes fixas 
 Como cimento cirúrgico 
 Para reembasar, provisoriamente, dentaduras completas e 
aparelhos parciais removíveis 
 Fazer registros de oclusão

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