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PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS E FICHAS TÉCNICAS Profa. Luana Padilha PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS O êxito na produção de refeições está em oferecer uma alimentação adequada, equilibrada, e segura que atenda ao paladar, qualidade e custo, de acordo com o perfil do cliente PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • O cardápio está diretamente ligado à estrutura gerencial da UAN, portanto, deverá ser adequado a essa realidade • Nos casos em que a UAN estiver em fase de planejamento, é a partir do cardápio que se determinará as matérias-primas, os equipamentos, os procedimentos e os fluxos, assim como os tipos e a qualificação dos recursos humanos PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Dimensionamento de recursos humanos e de materiais • Controle de custos • Planejamento de compras • Fixação dos níveis de estoque • Determinação dos padrões das receitas (receituários e fichas técnicas) • Pesquisa e análise das preferências alimentares e grau de satisfação dos clientes POSSIBILITA: PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS • Conhecer sua clientela • Ser criativo • Variação de receitas/preparações • Escolher fornecedores confiáveis • Otimizar a satisfação dos comensais OPORTUNIZA: PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS PERFIL DOS CLIENTES SEXO ATIVIDADE DESEMPENHADA GRAU DE ESCOLARIDADE HÁBITOS ALIMENTARES FAIXA ETÁRIA • Objetivos Operacionais • Gerenciar diversos setores do restaurante como: mão-de- obra, custos, compras, estoque, pesquisa e análise do hábito alimentar da clientela • Reestruturar receituário • Organizar ordem de produção • Otimizar equipamentos • Objetivos Comerciais • Utilizar como instrumento de venda positiva ou negativa • Fidelizar o cliente • Diversificar e conquistar novos clientes PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS CARDÁPIO • Conceituação Geral: Seqüência de pratos a serem servidos em uma refeição, ou todas as refeições de um dia ou por um período determinado Ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento gerencial para a administração da UAN. CARDÁPIO • É a tradução culinária das preparações e da forma de apresentação das refeições • Comercialmente, também representa um instrumento de venda, pois normalmente é apresentado antes do consumo • Através do planejamento do cardápio pode-se prever antecipadamente o seu custo CARDÁPIO – ALGUNS TIPOS • Cardápio Institucional • Cardápio Comercial • Cardápio Self Service • Cardápio Infantil • Cardápio para Terceira Idade • Cardápio Hospitalar • Cardápios Típicos e Temáticos... CARDÁPIO – CATEGORIAS • Rico (Superior) • Refinado (Superior) • Intermediário • Simples ou Modesto (Básico) Os cardápios variam conforme a instituição, sendo que podemos encontrar mais de um padrão de cardápio na mesma empresa CARDÁPIOS DA CATEGORIA BÁSICA • Custo mais baixo e formas de preparo pouco elaboradas • Vinculados ao PAT (recomendações quanto à composição da refeição do trabalhador) • Normalmente, sem opções de pratos e complementos CARDÁPIOS – INTERMEDIÁRIO E SUPERIOR • Maior variedade • Preparações elaboradas / sofisticadas • Opções de pratos • Oferta de diversos complementos CONSIDERAR NA ESCOLHA DAS PREPARAÇÕES... • Número de refeições servidas x Mão-de-obra x Tempo de preparo • Equipamentos e Utensílios disponíveis • Adequação ao orçamento previsto - CUSTO • Clima e estação do ano • Produtos da época - Sazonalidade • Preferências regionais • Padrão de cardápio e técnica de serviço • Combinação de cores, sabores, e texturas • Per capita • Valor Nutricional PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES - UAN • OBJETIVO Manter a saúde de seus clientes, através de uma alimentação adequada, que atenda a alguns requisitos: -Equilibrada em nutrientes, de acordo com os hábitos alimentares da clientela -Segura, sob o aspecto higiênico-sanitário -Ajustada à disponibilidade financeira da empresa PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES - UAN Se a empresa possui o PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador Refeições Calorias (Kcal) VET (%) CHO (%) PTN (%) LIP (%) GS (%) Fibras (g) Sódio (mg) Desjejum/ Lanche 300 a 400 15 a 20 60 15 25 < 10 4 - 5 360 – 480 Almoço/ Jantar/ Ceia 600 a 800 30 a 40 60 15 25 < 10 7 – 10 720 – 960 -VET de referência: 2.000Kcal/dia -As refeições podem ter um acréscimo de 20% em relação ao VET -NdPCal (% protéico-calórico) de no mínimo 6% e, no máximo, 10% NdPCal % = NpCal X 100 VET CARDÁPIO Elaborado de forma a permitir uma escolha saudável, dando enfoque considerável à orientação nutricional da clientela, estimulando uma alimentação equilibrada (SAUDÁVEL) PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO • Preferencialmente mensal -Reduz o risco de erros -Mais fácil visualizar a repetição de alimentos e de preparações -Facilita a distribuição das formas de preparo -Melhora a alternância de cores e consistências -Otimiza os custos (melhor “balanceamento”) PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO • Ao planejarmos o cardápio para as refeições principais (almoço / jantar), devemos levar em consideração a seguinte ordem (conforme padrão do cardápio): – Entrada – Prato protéico (principal) – Guarnição – Prato base – Sobremesa – Complementos PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO ENTRADAS: Sopas, saladas, salgados frios ou quentes. SALADAS: • Composta por alimentos que não estejam nas outras preparações • Contraste de cores, consistência e sabores • Salada cozida = sobremesa “crua” • Salada crua = sobremesa “cozida” PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO PRATO PROTÉICO (É a base para a elaboração do cardápio) • Quando não houver opção, variar os tipos de carnes e formas de preparo • Mais de um prato proteico: oferecer tipos diferentes de carnes • Evitar o excesso de frituras e carne vermelha • Tendência atual: duas opções de prato proteico, com porcionamentos menores • Introduzir, gradativamente, a soja como opção PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO GUARNIÇÃO (acompanha o prato proteico) • Inúmeras opções de alimentos e preparações (normalmente: vegetais e/ou massas) • Opta-se por dois pratos proteicos e uma guarnição: Esta deverá ser adequada às duas preparações • Quando a guarnição for apropriada apenas para um dos pratos proteicos, o outro deverá ter sua própria guarnição • Prato proteico clássico = guarnição apropriada PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO PRATO-BASE (arroz e feijão) • Composto por arroz e feijão (ou outra leguminosa), ou por uma massa • Massa como prato-base: Porcionamento equivalente do arroz com feijão • Massa como prato único (prato-base + prato proteico) = Deverá ser acompanhada apenas de uma guarnição • Maior número de opções: arroz integral, outra leguminosa, risoto, massas PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO COMPLEMENTOS • Muito variados e dependem do estabelecimento (empresa). Normalmente, compostos por: -Farinha de mandioca -Pimenta -Sucos / refrigerante -Molhos para salada -Molhos quentes -Temperos -Limão PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO SOBREMESAS • Conforme nova recomendação do PAT, na sobremesa deverá ser oferecida pelomenos uma porção de fruta • No caso de duas sobremesas = uma deverá ser fruta e a outra poderá ser um doce • Refeição mais simples = sobremesa mais sofisticada • Refeição mais sofisticada = sobremesa mais simples PROGRAMAÇÃO DO CARDÁPIO REFEIÇÕES ESPECIAIS • Portadores de doenças relacionadas à alimentação e nutrição, devidamente diagnosticadas (PAT) • Fornecimento de refeições adequadas, que permitam o tratamento das enfermidades (PAT) • Avaliação nutricional periódica (PAT) – Dieta programada a partir da refeição-base servida aos demais clientes, sendo o mais próxima possível da alimentação diária oferecida pela empresa ASPECTOS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • Nas segundas-feiras e feriados utilizar preparações mais simples (atenção especial às saladas, carnes e sobremesas) • Não estipular preparações em dias da semana • Reduzir ao máximo as frituras • Nunca introduzir mais de um “prato novidade” por dia • Utilizar menos carne vermelha • Evitar repetição de ingredientes/preparações na mesma semana ASPECTOS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • Variar cores, tipos de corte, técnica dietética, apresentação dos pratos, texturas e sabores • Cuidar da nomenclatura utilizada (glossário de Técnica Dietética) • Colocar nome nas preparações e seus ingredientes (balcão de servir) • Não oferecer no mesmo dia preparações com baixa aceitação • Atenção às “combinações esperadas” ASPECTOS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO PRATO LIGHT REDUÇÃO DE LIPÍDIOS E SÓDIO COMPOSIÇÃO TÉCNICA DAS RECEITAS CULINÁRIAS • Também chamada de FICHA TÉCNICA • Permite uma padronização das preparações e da qualidade e um planejamento adequado das operações e do custo • Podem ser classificadas por ordem alfabética, tipo de preparação ou por composição do cardápio • Utilizada como merchandising culinário e para elaboração de rotulagem nutricional, garantindo confiabilidade às informações apresentadas FICHA TÉCNICA • Tornar a receita reproduzível • Economizar tempo de preparo • Garantir a qualidade e a padronização do produto final • Reduzir custos • Controlar gêneros e mão-de-obra • Racionalizar as atividades • Evitar a monotonia na elaboração de cardápios • Diminuir o capital “investido” no estoque Objetivos FICHA TÉCNICA • Padronização do preparo • Adaptação das receitas, conforme a clientela / serviço • Estabelecer a qualidade e a quantidade dos ingredientes • Maior exatidão nos pedidos de compras • Melhor giro do estoque • Controle de custos • Informação nutricional das preparações • Confere cunho científico às atividades do nutricionista Permite ainda: FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS Grupo alimentar: Data: Preparação: Nº de Comensais: Alimento Medida caseira PB (g/ml) PL (g/ml) IPC = FC Custo Unitário (R$) Custo porção (R$) Pesar preparação total: _______ Pesar a porção: ________ Nº de porções:_______ Custo per capta R$: __________ Custo total R$: ___________ Técnica de Preparo CÁLCULO DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL - PORÇÃO Alimento PC líquido (g) HC (g) LIP (g) PTN (g) PTN líquida (g) Total (g) Total (kcal) VET _______________ Kcal QUADRO DE ANÁLISE NUTRICIONAL Nutrientes % Kcal g NDpcal HC PTN LIP TOTAL ATIVIDADE • Explique a importância do planejamento adequado de cardápios em UANs. • Cite e explique três considerações em relação à escolha das preparações do cardápio. • Explique com suas palavras a seguinte relação: Planejamento de cardápios x Educação nutricional. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS E FICHAS TÉCNICAS Profa. Luana Padilha