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ESTUDO DE CASO
 –
 BULIMIA NERVOSA
Identificação da paciente e antecedentes pessoais
R.C.A - feminina, 30 anos, solteira, vive só, profissional liberal, natural de Atibaia (SP) 
Queixa e duração: Quando procurou tratamento nutricional, relatou depressão (“fiquei 6 meses bem deprimida”) e vômitos (“comecei vomitar o que comia e a emagrecer”).
O quadro de depressão começou no fim de um namoro no meio do ano de 2006. Não se lembra de como começou a vomitar (+/- 8 meses antes da primeira consulta), chegou a acontecer varias vezes ao dia, mesmo liquido e água. Resolveu buscar tratamento, sofria se comesse a mais, porque vomitava e ficava pior. Os vômitos eram provocados de duas a três vezes por dia. 
Pais separados, um irmão mais novo. Não sabia referir casos de depressão ou transtornos alimentares na família.
Hábitos de vida
Não tabagista, sem hábitos de ingestão de álcool. 
Medicamentos: Refere ter feito uso de gel laxativo a base de sene. Foi medicada com antidepressivo e suplemento de potássio. Depois passou a usar Fluoxetina, a qual faz uso até o momento.
Histórico de peso corporal
A paciente chegou no primeiro tratamento com 41,4 Kg e 1,57m (IMC = 16,8 kg/m2), e havia perdido recentemente cerca de 10 Kg; o peso habitual era de 50 Kg antes do inicio do quadro. 
 Nesse momento preenchia os critérios diagnósticos para anorexia nervosa do subtipo bulímico. Referiu que tinha intenção de perder 3-4Kg quando começou a sua restrição; dizia-se feliz com o peso atual, mas achava que era aceitável o ganho de 2 – 3 Kg. 
 Disse que na adolescência tinha mania de fazer regime, e que a mãe chegou a levá-la a endocrinologista e que as pessoas de sua convivência diziam que era gordinha. Chegou a usar medicações para perder peso, mas não sabia referir quais – ao longo do tempo o diagnóstico foi modificado para Transtorno alimentar não-específico ou bulimia atípica.
Avaliação do estado nutricional
Eutrofia – transtorno alimentar não-especifico ou bulimia atípica, porque não mais apresentava episódios compulsivos e purgartivos com a frequência exigida para critério de BN (pelo menos duas vezes por semana por três meses consecutivos). 
Exames laboratoriais: Series branca e vermelha normais – Potassio: 3,2 mEq/l (VR: 3,5 – 5,0 mEq/L)
Dados Dietéticos
A paciente relata não consumir carne vermelha e julga doces e gorduras como “engordativos” e perigosos. 
Relata ter nojo de alguns alimentos, como frituras, e refere não sentir vontade de doces. 
Faz uso de alimentos dieteticos e refere “horror” a açúcar. Refere consumir refrigerantes dietéticos 2 latas ao dia e preferencia por agua com gás.
Fisiopatologia da Bulimia Nervosa
A doença consiste em compulsão na ingestão de alimentos e posteriormente a utilização de métodos para eliminação das calorias. 
- métodos purgativos 
- métodos não purgativos. 
É desenvolvida por distorções de imagem e auto avaliações feitas pelo próprio individuo provenientes de sentimentos de rejeição, perda e estresse.
O individuo pode desenvolver:
 Erosões no esmalte dentário
 Aumento das glândulas parótidas
 Diminuição do potássio no sangue
 Ruptura do estômago ou esôfago
 Diarreia crônica
 
Exame físico
 
Vômito recorrente: provoca perda do esmalte dentário, especialmente das faces linguais dos dentes anteriores. Esses dentes podem lascar e ter uma aparência serrilhada e corroída, com maior incidência de cáries dentárias. As glândulas salivares, particularmente as glândulas parótidas, podem tornar-se notavelmente hipertróficas. Calos e cicatrizes na superfície dorsal da mão, por traumas repetidos produzidos pelos dentes na indução dos vômitos.
Irregularidades menstruais ou amenorréia: podem estar relacionadas a flutuação de peso, deficiências nutricionais ou estresse emocional.
Excesso de laxantes: os indivíduos com BN podem tornar-se dependentes deles para estimularem os movimentos intestinais.
As perturbações hidroeletrolíticas resultantes do Comportamento purgativo podem ser suficientemente graves a ponto de constituírem problemas clinicamente sérios. Estes incluem rupturas do esôfago, ruptura gástrica e arritmias cardíacas. Prolapso retal também foi relatado entre indivíduos com esse transtorno.
 
 
Objetivos e Tratamento
Os objetivos do tratamento nutricional da BM são: diminuir as compulsões, minimizar as restrições alimentares, estabelecer um padrão regular de refeições, incrementar a variedade de alimentos consumidos, corrigir deficiências nutricionais e estabelecer práticas de alimentação saudáveis.
O tratamento da bulimia nervosa requer acompanhamento de médicos, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. Medicamentos antidepressivos podem ser úteis, especialmente se ocorrerem distúrbios como depressão e ansiedade. 
A TCC ( Terapia Cognitivo-Comportamental) é atualmente a psicoterapia convencionada para o tratamento da BN. Tentar direcionar a TCC para a regulação emocional tem um efeito mais significativo na melhoria dos sintomas psiquiátricos do que direcionando-a para os comportamentos bulímicos, portanto, o tratamento da depressão é um preditor mais eficaz de remissão a longo prazo da BN do que uma diminuição nos comportamentos compensatórios purgativos. 
Já o tratamento nutricional deve visar à promoção de hábitos alimentares saudáveis, a cessação de comportamentos inadequados (como a restrição, a compulsão e a purgação) e a melhora na relação do paciente para com o alimento e o corpo.
Conduta Nutricional
Dieta adequada;
Reestabelecer habito alimentar saudável;
Introdução dos alimentos taxados como “engordativos”;
Educação nutricional;
Além de uso de medicamentos e psicoterapia.
Referências
DE ABREU, Ana Catarina Pereira. O papel das perturbações do humor na fisiopatologia da bulimia nervosa. 2019.
Evelyn Attia , MD, Columbia University Medical Center, New York State Psychiatric Institute 
B. Timothy Walsh , MD, College of Physicians and Surgeons, Columbia University
Alvarenga M, Larino MA. Terapia nutricional na anorexia e bulimia nervosas. Rev Bras Psiquiatr 2002;24(Supl III):39-43.
LATTERZA, Andréa Romero et al. Tratamento nutricional dos transtornos alimentares. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 31, n. 4, p. 173-176, 2004.
Silva, P. F. O. A, et al. Intervenção nutricional em adolescente com anorexia nervosa e componente bulímico: relato de caso. Pernambuco, 2018
Romaro, Rita Aparecida et al. Bulimia Nervosa: Revisão da Literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2002, 15(2), pp. 407-412
American Psychiatric Association. Practice Guideline for the Treatment of Patients with Eating Disorder. In: Practice Guidelines for the Treatment of Psychiatry Disorder. 3. Ed. Arlington: American Psychiatry Publishing Inc.; 2006.