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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA INTRODUÇÃO É uma doença caracterizada pelo aumento da próstata; Crescimento da glândula prostática promove estreitamento da uretra prostática e dificuldade para urinar Mais comum em homens a partir dos 50 anos; Associar-se a sintomas do trato urinário inferior; Quando não tratada, pode levar à retenção urinária, hidronefrose e insuficiência renal. EPIDEMIOLOGIA Inicia-se na terceira década de vida; 85% dos homens apresentam HPB aos 80 anos Prevalência semelhante entre homens de diferentes etnias; O envelhecimento e os testículos funcionantes constituem os principais fatores de risco, aparecimento de manifestações clínicas de HPB antes dos 65 anos de idade em um parente de primeiro grau FISIOPATOLOGIA Desenvolvimento de múltiplos nódulos fibroadenomatosos na região periuretral da próstata; Fluxo de urina é progressivamente obstruído (estreitamento da uretra prostática) Aumento da pressão associado à micção e distensão vesical -> hipertrofia do m. detrusor, formação de divertículos vesicais Esvaziamento incompleto da bexiga -> estase -> formação de cálculos + infecção Obstrução do trato urinário prolongada -> hidronefrose e função renal comprometida ESCORE INTERNACIONAL DE SINTOMAS PROSTÁTICOS DIAGNÓSTICO Diagnóstico clínico: sintomas de trato urinário inferior e exame digital da próstata (pode ou não estar aumentada); Questionar o paciente sobre -> história de infecção urinária recorrente, disfunção sexual, hematúria, doenças neurológicas, antecedentes cirúrgicos, cálculo vesical e história familiar de câncer de próstata; Exame digital da próstata (EDP) / Toque Retal: feito em homens com suspeita de HPB para avaliar o tamanho da próstata e a presença de sinais de neoplasia (nódulo, endurecimento ou assimetria); A gravidade dos sintomas NÃO está relacionada ao tamanho da próstata! EXAMES COMPLEMENTARES Auxiliam na avaliação inicial a fim de excluir diagnósticos diferenciais Exame Qualitativo de Urina (EQU) -> exclui infecção e hematúria. PSA total sérico; Função renal (Creatinina/Taxa de filtração glomerular); Ecografia das Vias Urinárias. TRATAMENTO Conduta expectante: pode ser utilizada em pacientes com sintomas leves ou moderados e sem complicações; Tratamento medicamentoso Alfabloqueadores adrenérgicos (p. ex., terazosina, doxazosina, tansulosina, alfuzosina) -> relaxam a musculatura lisa da próstata e da uretra e melhoram rapidamente os sintomas Inibidores da 5 alfa-redutase (finasterida, dutasterida) -> inibem a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona, podendo reduzir a hiperplasia Inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (se houver função erétil associada) Ressecção transuretral da próstata ou procedimento alternativo de ablação Evitar o uso de anticolinérgicos, simpaticomiméticos e opioides TRATAMENTO CIRÚRGICO INDICAÇÕES Retenção urinária ao tratamento; Hematúria; Insuficiência renal e cálculo vesical. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Hiperplasia prostática benigna. São Paulo: AMB; Brasília: CFM, 2006. (Projeto Diretrizes). KOFF, W. J. Doenças comuns em urologia. In: DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J.; et. al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 1835. Hiperplasia Prostática Benigna- Regula SUS- www.telessauders.ufrgs.br Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 22aEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2005.