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ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) É um sistema de controle que aborda a segurança do alimento através da análise e controle dos riscos físicos, químicos e biológicos, desde a produção da matéria-prima, suprimento e manuseio até fabricação, distribuição e consumo do produto acabado. PERIGO RISCO GRAU DE RISCO Contaminação inaceitável de origem química, física ou biológica. Estimativa da probabilidade de ocorrência de um perigo ou sequência de perigos Alto, moderado, baixo, desprezível. Condições de alto risco: o Estabelecimentos envolvidos em surtos de DTAs o Grande volume de alimentos comumente associados a surto o Alimentos deixados em temperatura ambiente ou aquecidos/resfriados de maneira inadequada o Contaminação cruzada (cru e cozido) o Higienização deficiente Condição de baixo risco: o Alimentos com pH abaixo de 4,5 o Alimentos processados em embalagens submetidas a tratamentos térmicos o Alimentos processados sob condições de boas práticas o Alimentos produzidos sob sistema de verificação de pontos críticos de controle PERIGO (CAUSA) RISCO (EFEITO) o Ponto crítico: toda situação onde existem perigos que levam a riscos à saúde o Ponto crítico de controle (PCC): Todo ponto crítico que pode ser monitorado, controlado e que traga segurança ao alimento. o O Codex Alimentarius é uma normatização de alimentos estabelecida pela ONU com a finalidade de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas equitativas no comércio regional e internacional de alimentos. As diretrizes referem-se aos aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, às normas de aditivos alimentares, pesticidas e resíduos. Esse sistema é baseado nos sete princípios abaixo: 1. Identificação e avaliação dos perigos 2. Identificação dos Pontos Críticos de Controle 3. Estabelecimento dos Limites Críticos RISCO • EXPOSIÇÃO A UM PERIGO (OU FATOR DE RISCO) PERIGO •INERENTE À SUBSTÂNCIA, MISTURA DE SUBST, PROCESSO, EQUIPAMENTO, SITUAÇÃO EXPOSIÇÃO •BASEADA NA INTENSIDADE, DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DE CONTATO COM O AGENTE https://www.infoescola.com/nutricao/aditivos-alimentares/ 4. Estabelecimento dos Procedimentos de Monitoração 5. Estabelecimento das Ações Corretivas 6. Estabelecimento dos Procedimentos de Verificação 7. Estabelecimento dos Procedimentos de Registro de resultados PERIGOS EM UAN FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS Presença de diversos tipos de fragmentos oriundos do ambiente de produção, como cacos de vidros, pedaços de madeira, metal e outros que possam causar dano ao consumidor Presença de toxinas endógenas como em moluscos, fungos e bactérias. Toxicantes exógenos ou gerados pelo processamento tais como resíduos de pesticidas, herbicidas, tintas, sanitizantes e etc. Presença de patogênicos como bactérias, vírus e parasitas PRINCÍPIOS DO SISTEMA APPCC: o Identificar potenciais de perigo associado a produção de alimentos -> desde a recepção de matéria prima até o consumo o Determinar pontos que podem ser controlados para minimizar ou eliminar probabilidade de ocorrência o Estabelecer limites críticos a ser cumprido de forma a assegurar que os PCC estejam sobre controle o Estabelecer monitorização para assegurar o controle de cada PCC através de testes e observações programadas o Estabelecer a ação corretiva a ser tomada quando a monitoração indica que determinada PCC não está dentro do limite estabelecido o Estabelecer procedimentos para verificação que inclua testes suplementares e procedimentos para confirmar que o sistem HACCP está funcionando de forma correta o Estabelecer a documentação respeitante a todos os procedimentos e registros apropriados a estes princípios e à sua aplicação. VERIFICAÇÃO: o Procedientos adicionais aos de monitoração que deve ser estabelecido para verificar se o sistema APPCC está funcionando corretamente, entre esses procedimentos podemos destacar: PROCESSO TÉCNICO OU CIENTÍFICO Verificação dos limites críticos nos PCC PROCESSO DE VALIDAÇÃO DO PLANO Verifica se o sistema APPCC funciona corretamente, pode ser feito através de auditorias PROCESSO DE REVALIDAÇÃO São revalidações periódicas que devem ser documentadas para assegurar a eficiência e exatidão do sistema APPCC PRÉ REQUISITOS APPCC: o APPCC funcione de modo eficaz o RDC 275 DE 21/10/2002 o BOAS PRATICAS DE FABRICAÇÃO ATUAIS o Procedimentos Operacionais Padronizados (POPS) o Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO) IMPLEMENTAÇÃO FORMAÇÃO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR TREINAMENTO PESSOAL ELABORAÇÃO DO PLANO APPCC COMPROMETIMENTO LIDERANÇA 3 a 7 participantes constituída por representantes de produção, higienização, controle de qualidade, inspeção conforme estrutura empresarial Disponibilização de recursos humanos e financeiros Coordenador do programa ETAPAS DO SISTEMA APPCC: PCCe (eliminação: efeito bactericida para microorganismos na forma vegetativa (não elimina esporos) Exemplo: cozimento, fervura, pasteurização, cocção PCCp (prevenção): efeito bacteriostático para microorganismos patogênicos mesófilos Exemplo: congelamento, refrigeração até 4°C, alimento a 60-65°C, banho maria, estufa, pH abaixo de 4 Aa abaixo de 0,82 PCCr (retardo): retarda a multiplicação dos microorganismos Refrigeração entre 4 e 6°C, aditivos, sais de cura PCCr (redução): reduz quantidade de microorganismos Higiene (lavagem e desinfecção) do ambiente, equipamento, utensílios, mao e alimento VANTAGENS DO APPCC: o Garantia da segurança de alimentos ou bebidas o Diminuição de custo, devido à redução de perdas o Aumento da credibilidade do cliente para com os produtos e ou serviços o Aumento da competitividade do produto o Atendimento a legislações internacionais BIOFILME MICROBIANO: o Pode apresentar uma ou mais espécies de microrganismos o Primeira fase da formação do biofilme é a adesão primária a uma superfície o ADESÃO SECUNDÁRIA: também chamada de ancoragem, quando as células microbianas passam a produzir a matriz de polissacarídeo agregando os elementos ancorados no biofilme o A coesão de todos os elementos entre si e a sua adesão a superfície são tão poderosas que muitos autores consideram que, uma vez formado, o biofilme será irreversível
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