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Urologia Bianca Arcanjo – T16 Uma anamnese minuciosa para avaliação dos sintomas, bem direcionada É importante saber não apenas se a doença é aguda ou crônica, mas também se é recorrente, pois os sintomas redicivantes podem representar exacerbações agudas de uma doença crônica Exame físico completo ou limitado (direcionado), depende da anamnese Orientar os exames diagnósticos Manifestações Sistêmicas Febre Não é comum no ambulatório geral de urologia, porque as infecções urológicas mais comuns não dão febre Infecção urológica mais comum é a cistite, presente principalmente em mulheres jovens e não da febre Febre + Infecção/Inflamação Mais comum são doenças renais – Pielonefrites agudas, prostatites agudas, etc A pielonefrite ou a prostatite aguda podem manifestar-se com temperaturas altas (até 40°C), acompanhadas frequentemente de calafrios violentos. Lactentes e crianças com pielonefrite aguda podem apresentar altas temperaturas sem outros sinais ou sintomas de localização. A presença de febre associada a outros sintomas de infecção do trato urinário pode ser útil na avaliação do local da infecção OBS: Febre = Inflamação – A febre ela pode ser causada devido uma inflamação, mas não necessariamente devido uma infecção. Pode haver uma infecção, que vai causar a inflamação, aparecendo a febre. A ausência de febre não exclui de forma alguma a presença de infecção renal, pois a regra é que a pielonefrite crônica não causa febre Perda ponderal de peso Perda involuntária de peso maior que 10% do peso basal em período de 6 a 12 meses Característica de síndrome neoplásica, mas nem toda perda ponderal é câncer Inflamação/infecção crônica (ex. pielonefrite crônica xantogranulomatosa) pode causar perda ponderal Em crianças com “retardo do desenvolvimento” (baixo peso e altura aquém da média para a idade), deve-se suspeitar de obstrução crônica, de infecção do trato urinário ou de ambas. Pielonefrite crônica xantogranulomatosa – Infecção perpetual que está associada a presença de cálculos e diabetes, mais comum em mulheres na 3º e 4º década podendo desenvolver febre sem infecção ativa, com presença de inflamação e perda ponderal Prestar atenção na epidemiologia Dor Sintoma mais importante Em relação a localização: Rim Ureter proximal Ureter médio Ureter distal Vesical Testículo – Orquiepididimie x torção Lombar Irradiada (referida) são comuns em: Cólicas renais ou cólica nefrética – Dor lombar alta (no ângulo costovertebral) que se irradia para bolsa escrotal (testúculo ipslateral) ou para os grandes lábios, isso se explica devido a inervação ser comum Ciatalgia – Dor na região lombar baixa irradiada para região posterior da coxa, ocorre, pois, segue o nervo ciático Semiologia Urológica Urologia Bianca Arcanjo – T16 Cistite – Presença de dor em queimação com a micção é percebida na uretra distal nas mulheres e na uretra glandar nos homens A localização das dores irradiadas podem ocorrer: Ureteral-testicular Cistite-uretral (ardor ao urinar por sentir dor na uretra, enquanto a infecção é na bexiga) Cólica-diarreia/sudorese (ativação vagal devido a dor forte) Em relação a frequência: Contínua Inflamação Cólica (dor em pico) Obstrutiva Indolor Obstrução crônica Renal Dor constante no ângulo costovertebral(esterno- verbebra) lateralmente ao músculo sacrospinal e abaixo da 12º costela Irradia-se ao longo da área subcostal na direção do umbigo ou para o quadrante abdominal inferior Provocada pela distensão brusca da cápsula renal (inflamação ou obstrução da urina) A pielonefrite aguda (com seu edema súbito) e a obstrução ureteral aguda (com sua pressão retrógrada renal súbita) causam esse tipo de dor Devido o rim ter a inervação compartilhada, a dor vai até o testículo No entanto, deve-se assinalar que muitas doenças renais urológicas são indolores, pois sua progressão é tão lenta que não chega a ocorrer uma distensão capsular brusca. Essas doenças incluem câncer, pielonefrite crônica, cálculo coraliforme, tuberculose, rim policístico e hidronefrose devida à obstrução ureteral crônica. Ureteral Estimulada geralmente por obstrução aguda (eliminação de um cálculo ou coágulo sanguíneo) Dor lombar, provocada pela distensão capsular, combinada com intensa dor em cólica devido ao espasmo muscular do bascinete e do ureter A intensidade e a natureza em cólica dessa dor são devidas à hiperperistalse e ao espasmo desse órgão muscular liso quando tenta livrar-se de um corpo estranho ou vencer a obstrução Irradia do ângulo costovertebral para baixo em direção ao quadrante abdominal ínfero-anterior, ao longo do ureter No homem, irradia no escroto e testículo Na mulher, para a vulva Nível de obstrução: 1/3 superior – Dor em todo trajeto uretral e irradia para o testículo (inervação semelhante a do rim e do ureter superior) 1/3 médio – Simula apendicite (lado direito – dor referida no ponto de McBurney) e diverticulite (lado esquerdo) 1/3 inferior – Sintomas irritativos do TU (ex. cistite), vesicais, cólicas. Isso ocorre pois haverá inflamação e edema do orifício uretral. Saber o tempo em que ocorreu a obstrução é importante Disúria e polaciúria podem aparecer em tumores de bexiga Urologia Bianca Arcanjo – T16 Vesical Dor suprapúbica relacionada a micção Bexiga não costuma doer, então aparecem sintomas do TU inferior, como dirusia, urgência, polaciúria, esvaziamento incompleto, etc Retenção urinária aguda devido obstrução da bexiga causando sua hiperdistenção Dor aguda em cólica, presença de um globo vesical papável (“bexigoma”) indolor A causa mais comum de dor vesical é a infecção; a dor não costuma ser percebida sobre a bexiga, mas é referida à uretra distal e está relacionada com o ato da micção. Disúria terminal pode ser a principal queixa na cistite grave. Retenção urinária crônica é indolor A dor suprapúbica constante que não está relacionada com o ato da micção não costuma ser de origem urológica. Prostática Não é comum Próstata tem mais inervação visceral, com presença de dores mais vagas e espalhadas Quando existe inflamação aguda da próstata, o paciente pode ter um desconforto vago ou plenitude na área perineal ou retal Associada a sintomas do TU inferior Suspeita de inflamação aguda da próstata (prostatite): Dor perineal ou retal aguda Disúria Frequência aumentada Urgência Noctúria Testicular Traumatismo, infecção ou torção do cordão espermático Irradiação para o abdome inferior pois os nervos do testículo vem do abdome e do rim A varicocele pode causar um dolorimento incomodo no testículo que aumenta após exercício vigoroso Às vezes, o primeiro sintoma de uma hérnia inguinal indireta em fase inicial pode ser dor testicular (referida). A dor de um cálculo no ureter superior pode ser referida para o testículo Dor ausente presente na hidrocele não infecciosa, espermatocele e tumor de testículo Testículo raramente infecta Epididimária Dor escrotal + Infecção Doença mais comuns são no epidídimo, epididimite, raramente tem uma orquite infecciosa (devido a caxumba) A infecção aguda do epidídimo é a única doença dolorosa desse órgão. A dor começa no escroto, e um certo grau de reação inflamatória circundante envolve também o testículo adjacente, agravando ainda mais o desconforto. Nos estágios iniciais da epididimite, a dor pode ser percebida primeiro na virilha ou no quadrante abdominal inferior. Bastante comum Distúrbios Miccionais São sintomas do trato urinário inferior Divididos em dois grandes grupos: Esvaziamento (Obstrutivos) Armazenamento (Irritativos) Exemplo de uma situação que causa sintomas de armazenamento éo cálculo no ureter, inflama a bexiga, pode causar urgência, poliaciúria, disúria, incontinência. Outro exemplo é a cistite, tumores de bexiga, etc. Sintomas de Esvaziamento (Obstrutivo) Dificuldade de esvaziar a bexiga Sintomas: Diminuição do calibre e jato urinário Intermitência – Jato para e volta na mesma ida ao banheiro) Jato em 2 tempos (<2 horas) Esvaziamento incompleto Urologia Bianca Arcanjo – T16 Esforço miccional – Força na barriga para fazer micção Hesitação – Tenta urinar mas não consegue, espera um tempo para o xixi sair Gotejamento pós-miccional Saber analisar quando os sintomas são normais e quando são indicativos de doença, por exemplo, com a idade ocorre uma deterioração do sistema urinária. Entretanto esses sintomas estão geralmente relacionados a algo especifico, como no homem que é comum a hiperplasia prostática benigna que deteriora a micção devido crescimento da próstata estar obstruindo a uretra e como também na diabetes, que pode levar a uma neuropatia sistêmica, causando disfunções miccionais. Além disso, deve ser claro que idosos não devem urinar ruim, não é normal, sendo bom investigar a causa daquela condição para poder então achar soluções. Relacionados a qualidade de vida Sempre analisar como aquele sintoma impacta na qualidade de vida. Se impacta, você valoriza esses sintomas e investiga se é doença, podendo ser doença psicogênica ou orgânica. Causas comuns: HPB – Hiperplasia Prostática Benigna Câncer de próstata Estenose de uretra Corpos estranhos Bexiga neurogênica Sintomas de Armazenamento (Irritativos) Sintomas: Urgência – Dificuldade de armazenar urina com presença de vontade impetuosa de urinar Noctúria Urge-incontinência Polaciúria – Diurese de 24 horas boa, mas com um aumento da frequência de idas ao banheiro durante o dia, devido a bexiga não conseguir segurar tanto xixi Noctúria Enurese – Xixi na cama Analisar sempre a frequência, o impacto na qualidade de vida e se aquele sintoma está gerando alguma deterioração do trato urinário. Causas comuns: Doença neuropáticas Obstrução infravesicais Infecção Corpos estranhos Tumores Fibrose crônica vesical Distúrbios de comportamento Fármacos Distúrbios que aumentam a TFG Polaciúria Aumento do número de micções com intervalo menor que duas horas e sem alteração do volume miccional de 24 horas Pode ser decorrente de diminuição da capacidade vesical ou redução do limiar de sensibilidade da mucosa vesical Poliúria Aumento do volume urinário Micção de baixa qualidade, pois não consegue absorver/não filtrada Causas: Insuficiência renal Insuficiência cardíaca congestiva Diabetes Pessoas que bebem muito líquido Usado um diário miccional para análise do sintoma, em que deve ser anotado o tanto que ele urina durante 2-3 dias e o horário, assim como o tanto que ele bebe e o horário. Normal de volume urinário está entre 1000-2000ml por peso em 24 horas. Ex. Pessoa de 70kg, volume urinário normal é de 70ml/h. Ao multiplicar por 24, terá o resultado do volume urinário diário normal. Se urinar mais do que isso é poliúria. Urologia Bianca Arcanjo – T16 Paraurese Incapacidade de urinar diante de pessoas ou em ambientes estranhos Enurese Micção involuntária e inconsciente na cama Fisiológica até os 2-3 anos Diferenciar enurese de noctúria Na noctúria você acorda a noite para urinar, podendo ter também uma incontinência noturna (perda de urina no caminho ao banheiro ao acordar de noite), mas na enurese a pessoa não acorda, urina na cama. Fatores neuropsicogênicos + Herditariedade (pais tiveram enurese) + Retardo na mielinização + Maturação neuromuscular retardada do componente uretrovesical Se, porém, a saída involuntária de urina ocorrer também durante o dia, ou se houver outros sintomas urinários, torna-se essencial a investigação urológica A noite é o momento em que nossa bexiga é realmente testada, pois é o horário que mais precisamos utilizar o armazenamento da bexiga. Então, se você tiver uma disfunção urinária ela aparecerá primeiro a noite e depois durante o dia. Noctúria = Nictúria Aumento da frequência miccionsal que ocorre a noite Geralmente acima de 2 micções noturnas Pode estar presente, mas não impactar na sua qualidade de vida Pode ser um sintoma de doença renal relacionada com uma diminuição no parênquima renal funcional com perda da capacidade de concentração Urgência Corresponde ao desejo miccional imperioso, forte e repentino ao ponto de achar que não vai conseguir chegar ao banheiro Causado por hiperatividade e irritabilidade da bexiga, resultando de obstrução, inflamação ou doença vesical neuropática. Notar diferença entre incontinência e urgência Na incontinência você perde urina ao caminhar para o banheiro, já na urgência há presença da vontade de urinar repentina com uma sensação de quem vai perder. Se houver presença de uma urgência com perda de urina, isso é uma incontinência por urgência. Ocorre nas contrações involuntárias do detrusor, como em doenças neurológicas ou na instabilidade vesical Disúria Emissão de urina com diferentes graus de desconforto (qualquer desconforto ao urinar) Queixa de dor ou ardência na porção distal do pênis e de desconforto na região suprapúbica Disúria quer dizer inflamação – Pode ocorrer nas cistices, uretrites, prostatites, em pacientes com presença de corpo estranho na bexiga ou uretra e no câncer vesical Ex. Cistite – Disúria + Dor suprapúbica Ex. Não é comum ter disúria em casos de hiperplasia prostática, se houver está havendo uma inflamação da próstata. Nem toda hiperplasia prostática, há prostatite Disúria inicial Sugere patologia uretral (uretrites, uretrite por gonorreia) Disúria final/terminal Sugere doença vesical (prostatites, cistites, tumores) Disúria total Presente em cistites, prostatites, corpo estranho na bexiga ou uretra, etc Com frequência, a disúria é o primeiro sintoma sugestivo de infecção urinária e costuma estar associada à frequência e urgência. Retenção Urinária Grande desconforto suprapúbico causado pela distensão da bexiga Pode estar associada a urgência miccional As vezes a retenção se manifesta pela perda involuntária de urina Pode haver presença de uma incontinência paradoxal (incontinência por transbordamento), isso Urologia Bianca Arcanjo – T16 ocorre devido uma obstrução muito grande. Esse paciente pode estar tão obstruído, que ele faz uma retenção urinária crônica, causando tanta pressão dentro da bexiga que faz com que a urina volte pelos ureteres, levando a uma hidronefrose bilateral e o rim se dilata associado com diminuição dos glomérulos. Dessa forma, podemos notar que a pressão vesical > pressão uretral. Com isso, acaba escapando um pouco de urina pela obstrução, devido à alta pressão. O escape de urina só ocorre até determinada pressão. Se ocorrer, a diminuição desta, para de haver o escape, mas se voltar a aumentar, voltar a escapar urina. Ex. Paciente com bexiga palpável sem urinar ou com o Na retenção aguda o paciente se encontra com muita dor, enquanto a retenção crônica, que ocorre lentamente, é pouco dolorosa A incontinência urinária paradoxal ocorre somente em retenções urinárias crônicas Clássico da hiperplasia prostática – Ex. Próstata crescida. Paciente com 50-60 anos conseguia eliminar 80% da urina e armazenava 20%. Aos 65 anos, próstata cresce mais, e agora só consegue urinar 50% e armazenava 50%. O paciente chega em um ponto que urina 10% e armazena 90%, começando a entrar no processo de transbordamento da urina, praticamente não urinando mais, ocorrendo somente escapes. Necessário passar sonda em casos de incontinênciaparadoxal grave Incontinência Urinária Perda involuntária em quantidade suficiente para causar constrangimento social Homens desenvolvem incontinência devido um problema no esfíncter que fica na região da uretra membranosa, enquanto nas mulheres dependem do posicionamento da uretra com o colo e a bexiga. Então se a bexiga “despenca”, por ela não ter um esfíncter bem formado, leva a incontinência. Boa parte da incontinência por estresse nas mulheres tem uma melhora por meio da fisioterapia do assoalho pélvico, como pompoarismo, eletrochoques, etc, fortalecendo os músculos e ligamentos. IU aos esforços Perde urina quando espirra, tosse, partos vaginais Aumento da pressão vesical ultrapassa a resistência uretral Fraquexa dos mecanismos esfincterianos Mulheres multíparas -- Suporte muscular enfraquecido do colo vesical e da uretra IU paradoxal Também chamada por transbordamento Presente na retenção urinária Urina goteja constantemente Pressão intravesical se igual a resistência uretral Urge-incontinência Precedida de forte desejo miccional com perda involuntária de urina Presente na instabilidade vesical – CI Ocorre na cistite aguda, particularmente em mulheres Sintoma comum de lesão dos neurônios motores superiores IU verdadeira Ocorre o tempo todo, sempre perdendo urina Presente em ectopia uretral,prostatectomia radical prévia, fístula urinária, anomalias de implantação de ureter, etc Perda total do tônus esfincteriano (prostatectomias com lesão dos nervos que passam ao lado da próstata) – Ocorre nos primeiros meses após a cirurgia, mas depois volta ao normal Frequência A capacidade normal da bexiga é de aproximadamente 400 mL. A frequência pode ser causada por urina residual, que reduz a capacidade funcional do órgão. Quando a mucosa, a submucosa e até mesmo a muscular ficam inflamadas (p. ex., por infecção, corpo estranho, cálculos, tumor), a capacidade da bexiga diminui acentuadamente. Essa redução deve-se a dois fatores: Dor que resulta de uma distensão mesmo ligeira da bexiga Perda de complacência vesical que resulta de edema inflamatório Urologia Bianca Arcanjo – T16 Quando a bexiga está normal, a micção pode ser protelada se as circunstâncias o exigirem, porém isso não ocorre na vigência de uma cistite aguda. Uma vez alcançada a capacidade vesical reduzida, qualquer distensão adicional pode ser agonizante, e o paciente pode urinar involuntariamente se a micção não ocorrer imediatamente. Durante infecções agudas muito graves, o desejo de urinar pode ser constante, e cada micção pode produzir apenas uns poucos mililitros de urina. As doenças que causam fibrose da bexiga são acompanhadas de frequência miccional. Exemplos dessas doenças são tuberculose, cistite por irradiação (actínica), cistite intersticial e esquistossomose. Hesitação A hesitação em iniciar o jato urinário é um dos sintomas precoces de obstrução da saída vesical. À medida que o grau de obstrução aumenta, a hesitação é prolongada e, com frequência, o paciente se contorce para forçar a urina através da obstrução. A obstrução prostática e o estreitamento uretral são causas comuns desse sintoma. Características da Urina Hematúria Sinal de alerta É importante saber se a micção é dolorosa ou não, se a hematúria está associada a sintomas de irritabilidade vesical e se o sangue é observado em todo ou apenas em parte do jato urinário Momento da hematúria Sangue no começo da micção – Doença de uretra Sangue no final da micção – Doença do colo vesical ou uretra prostática Sangue durante toda micção – Doenças de bexiga, ureter ou rim Classificação Microhematúria – Presente somente no sumário de urina Macrohematúria – Visto a olho nu (ex. carcinoma do rim ou da bexiga, cálculos e infecção) Relação idade x origem A hematúria pode ser dividida em dois grupos, urológica ou renal - Por exemplo, na glomerulonefrite difusa-aguda um dos sintomas é o sangue na urina, esse sangramento é macroscópico, vindo dos glomérulos do rim. Um sangramento urológico, seria por exemplo, um tumor que nasce na bexiga. - Necessário a divisão pois o tratamento entre os dois é totalmente diferente Crianças – Renal (80% glomerulonefrite) Adultos – Causas urológicas (80% cálculos, tumores), mais relacionadas a causas malignas Coágulos apenas se formam em causas urológicas. Em causas renais não se formam coágulos, devido a liberação de enzimas chamadas de uroquinase e ativadores de plasminogênio, que impedem a formação do coágulo Tumores de rim irá dar uma hematúria urológica, pois só vai sangrar quando ocorrer invasão do sistema coletor Hematúria silenciosa é aquela que o paciente em qualquer momento do seu dia vai urinar e sai na micção um pouco de sangue, sem presença de dor, sendo esta típico de tumor. Principais tipos são tumores de bexiga. . Em geral é intermitente; mas o sangramento pode não recidivar por vários meses. A condescendência porque o sangramento cessou espantosamente deve ser refutada. As causas menos comuns de hematúria silenciosa são cálculo coraliforme, rins policísticos, doença falciforme e hidronefrose. Sangramento indolor é comum com a glomerulonefrite aguda. Hematúria x Uretrorragia – Uretrorragia é quando ocorre uma lesão da uretra, havendo saída de sangue pelo meato uretral, por exemplo devido algum trauma. Enquanto que a hematúria macroscópica ocorre no momento da micção. A hematúria associada à cólica renal sugere um cálculo ureteral, mas um coágulo devido a um tumor renal sangrante pode causar o mesmo tipo de dor Podem formar-se veias dilatadas na altura do colo vesical secundárias ao aumento de volume da próstata, e elas podem romper-se quando o paciente se esforça para urinar, resultando em hematúria macroscópica ou microscópica. Urina turva Devido à grande quantidade e muco na urina Urologia Bianca Arcanjo – T16 Sempre lembrar de infecções Quilúria Quilo na urina Raro Causada devido filariose, traumatismos, tuberculose e tumores retroperitoneais Pneumatúria Gás na urina Presença devido fístulas entero-urinárias Carcinoma do colo sigmoide, diverticulite com formação de abscesso, enterite regional e traumatismos causam a maioria das fístulas vesicais. As anomalias congênitas são responsáveis pela maioria das fístulas uretroentéricas. Certas bactérias, pelo processo da fermentação, podem liberar gás em ocasiões raras Outros Aspectos Genitopatias Alteração da genitália Em crianças é mais frequente em meninos. Principal a fimose, que pode ser fisiológica durante a infância, sendo revertida até os 6-7 anos (95%), e a hipospádia, em que o meato uretral pode estar malformado, como se a uretra não conseguisse se formar até a glande Em adultos é mais frequente devido doenças venéreas Organomegalias Crescimento dos órgãos Cistos Câncer renal Globo vesical palpável (“bexigoma”) Hidrocele, varicocele, orquipididimite, câncer testicular Distúrbios sexuais e dores crônicas Pesquisar causas psicogênicas sempre Disfunção erétil Ejaculação precoce Perda de libido Exame Clínico Avaliação geral Ictericia, palidez, caquexia, etc Rim Raramente palpável. Pode ser palpável em caso do paciente for magro, tiver presença de cistos, tumores renais, etc Difíceis de serem palpados pois são protegidos pelo retroperitôneo e o gradil costal. Coloca paciente em decúbito dorsal, uma mão vai no ângulo costovertebral, levantando o rim, e a outra mão palpa o abdome tentando palpar o lobo inferior do rim, pedindo que o paciente respire profundamente, para que o diafragma desça o rim. O rim direito é mais fácil depalpar pois é mais baixo que o esquerdo, devido a posição do fígado Giordano (Punho percussão do dorsol) – Ocorre a distensão da capsula renal Dor lombar – Pode ser a distensão da capsula renal, como também por irritação das raízes nervosas ou devido uma causa osteomuscular (dor à palpação da musculatura) Bexiga Não é palpável. Exceto quando seu volume está > 300ml, distendida demais passanda da região púbica para a suprapúbica, em crianças e pacientes magros Percussão é melhor que a palpação para diagnosticar distensão vesical Palpação bimanual – Toque vaginal e com a outra mão palpar a região suprapúbica Pacientes com retenção urinária muitas vezes estão com tanta dor que retraem o abdome, não sendo possível fazer uma palpação eficiente. Dessa forma, o melhor método seria percutir. Se estiver timpânico, mas encontra uma zona maciça Urologia Bianca Arcanjo – T16 na região suprapúbica, seria onde se encontra o bexigoma. Pênis Inspeção cuidadosa – Retrair a pele, olhar a região do prepúcio, da glande, etc Agenesia peniana, micropênis (versus síndrome adiposogenital) Retrair prepúcio para verificar lesões na glande, posição do meato (estenose, hipospádia) Palpar corpo do pênis em busca de placas (Peyronie- Camada que reveste os corpos cavernosos pode calcificar e inflamar, deixando o pênis torto) DSTs Bolsa escrotal Inspeção e palpação Atento a tumores de testículos, com presença de nódulos endurecidos que estão crescendo Palpar testículos e epidídimo entre polegar e indicador Consistência firme e emborrachada com superfície lisa Procurar palpar cistos, massas e apêndices testiculares Presença de varicocele (Veias dilatadas na bolsa escrotal que podem causar dores e infertilidade) – Paciente em pé faz a manobra de valsava Criptoquirdia (testículo não palpável ou mal descido) x ectopia x retrátil Escroto Agudo Paciente < 18 anos de idade – Distinguir de torção de testículo ou dor devido outra causa. Torção tem que ser diagnosticado precocemente pois é uma emergência médica, sendo operado imediatamente para não perder o testículo. Principal diagnóstico diferencial da torção é a osteoepididimite. Reflexo cremastérico Estimular a face interna da coxa com um estilete, obtendo como resposta positiva a elevação do testículo ipsolateral Quando o reflexo está presente, afasta a possibilidade de torção do testículo Com a torção, a compressão do nervo, não ocorrendo o reflexo de contração do musculo cremastérico Sinal de Prehn Indicativo para orquite Prehn negativo - Se ao elevar a bolsa escrotal do paciente em pé, melhorar a dor, indicativo de torção Prehn positivo – Se ao elevar, aumentar a dor, indicativo de orquite Sinal de Angel Sinal de horizontalização e elevação do testículo Na torção de cordão umbilical espermático pode se identificar o testículo afetado alto na bolsa. O testículo contra-lateral encontra-se horizontalizado devido à anomalia de sua fixação Alterações anatômicas Fimose Incapacidade de exteriorização da glande Parafimose Ocorre quando acontece a retração do prepúcio por trás da glande, ocasionando edema importante Extrofia vesical Exteriorização completa da parede vesical posterior com exposição da mucosa vesical e dos meatos ureterais na parede abdominal. Na região infra umbilical os músculos abdominais encontram-se totalmente separados Epispádia Falha na formação da uretra que se abre na parte dorsal do pênis Hipospádia Localização ectópica do meato uretral externo na face ventral do escroto ou do períneo Toque Retal Forma de palpar a próstata Analisar a próstata de acordo com: Consistência Fibroelástica Tamanho Tamanho de uma noz Mobilidade Forma Sensibilidade Nódulos Assimetrias Limites Doenças orificiais Ausência de tônus esfincteriano faz relação com algum comprometimento neurológico Na prostatite, ao tocar na próstata o paciente sente muita dor Urologia Bianca Arcanjo – T16 Cancer de próstata você a encontra com nódulos pétreos Deve ser realizado em todo paciente com queixas urológicas Rastreamento é feito a cada 2 anos. Sendo o toque retal e PSA, em pacientes assintomáticos, feitos a partir de 45 a 50 anos. HBP Câncer