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Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho DOENÇAS PLEURAIS ▪ O termo pleura abrange a pleura parietal (que reveste a superfície interna da parede toráxica). A pleura visceral reveste a superfície externo do pulmão. As pleuras parietal e visceral se fundem no hilo pulmonar e, assim, separam a cavidade torácica em dois hemitórax separados. ▪ As superfícies pleurais visceral e parietal consistem em uma camada mesotelial e três a sete camadas de tecido conjuntivo, mas a pleura visceral é mais espessa que a pleura parietal. ▪ Juntas, as camadas pleurais visceral e parietal e o líquido lubrificante no espaço pleural interposto (10 a 15 mL por hemitórax) têm uma espessura combinada de 0,2 a 0,4 mm. ● Derrame Pleural ▪ Acúmulo anormal de líquido entre as pleuras parietal e visceral. ▪ O derrame pleural tem uma incidência anual, no brasil, de cerca de um milhão de pessoas por ano. ▪ Diariamente são produzidos cerca de 700 ml/dia de líquido com função de lubrificação dos folhetos pleurais. ▪ Principais causas são: ➢ Aumento da pressão hidrostática; ➢ Diminuição da pressão oncótica; ➢ Diminuição da pressão no espaço pleural; ➢ Aumento da permeabilidade na microcirculação ➢ Bloqueio da drenagem linfática; ➢ Passagem de líquido a partir do peritônio. ▪ Pequenos derrames pleurais geralmente são assintomáticos. Derrames maiores podem causar: ➢ Tosse; ➢ Dispneia; ➢ Dor torácica, geralmente unilateral, penetrante e com pior a nspiração (comumente quando a pleura parietal está inflamada). ▪ Ao exame físico: ➢ expansibilidade ipsilateral ao lado acometido diminuída, ➢ frêmito toracovocal diminuído ou abolido, ➢ murmúrio vesicular diminuído ou abolido ➢ macicez à percussão. ▪ É importantíssimo classificar se é um derrame exudato ou transxudato: ❖ Transudatos: os transudatos resultam de desequilíbrios nas pressões hidrostática e oncótica no tórax, como ocorre na ICC e nefrose, ou condições externas ao espaço pleural. ❖ Exsudatos: em contraste, derrames exsudativos apresentam mais um desafio diagnóstico. A doença em praticamente qualquer órgão pode causar derrames pleurais exsudativos por uma variedade de mecanismos. Abrangem uma maior quantidade de diagnóstico! Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ▪ Em pacientes jovens deve-se pensar em tuberculose pleural e processos infecciosos Nos idosos pensar em insuficiência cardíaca e neoplasia, não se esquecendo da tuberculose e tromboembolismo pulmonar. ▪ Exame complementar: • Radiografia de tórax: são necessários pelo menos 75 mL para obliterar o sulco costofrênico posterior, e um mínimo de 175 mL é necessário para obscurecer o sulco costofrênico lateral em uma radiografia de tórax em pé. Um derrame pleural de 500 mL irá obscurecer o contorno diafragmático em uma radiografia de tórax em pé; se o derrame pleural atingir o nível da quarta costela anterior, cerca de 1000 mL estão presentes. * Dificilmente será pedido uma tomografia para um derrame pleural, a não ser que queria investigar outras coisas. • Ressonância magnética - pode exibir derrames pleurais, tumores pleurais e invasão da parede torácica. • Também é possível pedir a posição de Laurell, pois assim é possível ver e quantificar a quantidade de líquido. ▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: ➢ Facilitando a medição da espessura pleural; ➢ Distinguir um empiema de um abscesso pulmonar; ➢ Visualização de pequenos pneumotórax em pacientes em decúbito dorsal; ▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: ➢ Visualização de processos parenquimatosos pulmonares subjacentes que estão obscurecidos na radiografia de tórax por um grande derrame pleural; ➢ Determinar a localização exata das massas pleurais e caracterizar sua composição. ▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: ➢ Identificando ocasionalmente fístulas broncopleurais periféricas; ➢ Identificar ocasionalmente um defeito diafragmático em um paciente cirrótico com hidrotórax hepático; ➢ Identificar anormalidades do parênquima pulmonar ou do abdome superior. ▪ O tratamento inicial de pacientes sintomático envolve o tratamento do distúrbio primário. ▪ Pacientes assintomáticos não requerem intervenção pleural! A única indicação de toracocentese em pacientes assintomáticos é para fins diagnósticos ou se houver suspeita de complicação (hemorragia ou infecção) ▪ A toracocentese, ou punção pleural - acesso à cavidade pleural por punção com a finalidade diagnóstica ou terapêutica do derrame pleural pela remoção do acúmulo de líquido anormal ali presente. ▪ Indicações do procedimento: ● Diagnóstica; ● Derrame pleural sem diagnóstico etiológico; ● Terapêutica; ● Alívio sintomático (dispneia, tosse e dor torácica). ▪ Os testes líquidos pleural incluem o seguinte: ● Contagem de células e diferencial celular; ● pH; Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ● Proteína; ● Lactato desidrogenase (LDH); ● Glicose; ▪ Testes adicionais comumente realizados em pacientes selecionados incluem amilase, colesterol, triglicerídeos, creatinina, adenosina desaminase, coloração de gram e bacilo álcool-ácido resistente (BAR), cultura bacteriana e citologia. → Como determinar se o líquido pleural é esxudato? ▪ Basta que tenha uma das características do Critério de Light: ● Proteína pleural / Proteína sérica >0,5; ● DHL pleural / DHL sérica >0,6; ● Teor de DHL > que 2/3 do valor limite superior da concentração sérica normal. ▪ Os critérios de Light foram criticados por incluir a razão de LDH do líquido pleural / HDL do soro e do LDH do líquido pleural porque eles estão altamente correlacionados ○ Regra de Dois Testes ▪ Colesterol do líquido pleural maior que 45 mg / dL. ▪ LDH do líquido pleural maior que 0,45 vezes o limite superior do LDH sérico normal do laboratório ○ Regra de Três Testes ▪ Proteína do líquido pleural maior 2,9 g / dL(29g / L). ▪ Colesterol do líquido pleural maior 45 mg / dL (1,165 mmol / L). ▪ LDH do líquido pleural maior que 0,45 vezes o limite superior do LDH sérico normal do laboratório. ➔ Adenosina desaminase: a medição da adenosina desaminase (ADA) pode ser útil para distinguir entre pleurisia maligna e tuberculosa quando um derrame exsudativo é linfocítico. O nível de ADA é tipicamente maior que 35 a 50 U / L em derrames pleurais tuberculosos e menos de 40 U / L em 94% dos derrames pleurais malignos. ➔ Como realizar a TORACOCENTESE? o O paciente deve estar sentado com os braços apoiados em anteparo, mesa ou segurando um suporte de soro a sua frente. o Localizar, pela ausculta e percussão, o nível de líquido pleural. Determinar a altura da punção em um a dois espaços intercostais abaixo desse nível. o Evitar punções abaixo do 9º EIC (risco de punção abaixo do diafragma). o Identificar possíveis locais para punção: linha axilar posterior, linha axilar média (preferido em pacientes em ventilação mecânica) ou na metade do espaço entre a coluna e a linha axilar posterior. o Introduzir a agulha na borda superior do arco costal inferior, pois, o feixe vásculo- nervoso está localizado na borda inferior do arco costal. o Complicações: ➢ Pneumotórax: é a complicação mais comum da toracocentese; ➢ Dor: Geralmente é leve e responde à analgesia local ou sistêmica; Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ➢ Reflexo vaso-vagal: Manifestado por sudorese, pré-síncope, sensação de mal-estar, náuseas ou vômitos. Os sintomas se resolvem com a interrupção do procedimento. ➢ Sangramentos: Podem ocorrer sangramentos graves decorrentes de laceração vascular durante a toracocentese. Essa complicação, na maior parte das vezes, pode ser evitada realizando a punção na borda superior do arco costal inferior. *** Enfia agulha com anestésico, aspira pra ver se não pegou vaso. Passa a pleura easpira (sabe que é a pleura quando vier líquido ou ar). Volta com a agulha e anestesia antes da pleura, vai tirando agulha e colocando ao mesmo tempo o anestésico. Deixa a agulha e retira a agulha com anestésico. Pega a seringa com jelco 14, retira a agulha do anestésico e enfia a agulha da seringa da drenagem, puxa o líquido com a seringa, depois coloca um dreno à vácuo (equipo) pra puxar o líquido por gravidade (tem lugar que não tem esse equipo, dai tem que puxar com a seringa mesmo). ▪ Tratamento: * Tratar a causa subjacente! ▪ A recorrência continuar e ouver sintomas de dispneia podemos realizar a pleurodese química em conjunto com a VATS, esta técnica também permite a obtenção de biópsia diagnóstica no caso de derrames sem causa definida. ▪ Pleurodese mecânica ou pleurectomia é reservada apenas para derrames mais recalcitrantes. ● Pneumotórax ▪ Presença de gás entre as pleuras parietal e visceral. ▪ Pode ser: ➢ Pneumotórax espontâneo primário; ➢ Pneumotórax espontâneo secundário; ➢ Pneumotórax catamenial; ➢ Pneumotórax traumático; ➢ Pneumotórax iatrogênico. ○ Pneumotórax Espontâneo Primário ▪ Espontâneo é aquele que ocorre na ausência de um evento externo. ▪ Definido como um pneumotórax que se apresenta sem um evento externo precipitante na ausência de doença pulmonar clínica. ▪ É mais comum em homens do que mulheres (cerca de três a seis vezes maior). ▪ Causada por pequenas bolhas ou bolhas subpleurais apicais (ou seja, sacos de ar entre o tecido pulmonar e a pleura) que se rompem na cavidade pleural. ▪ Ocorre classicamente em homens altos e magros com idades entre 10 e 30 anos. ▪ Acredita-se que o desenvolvimento de bolhas subpleurais seja devido ao aumento da pressão negativa ou maior estiramento alveolar mecânico no ápice dos pulmões durante o crescimento ou um fenômeno congênito no qual o tecido pulmonar no ápice cresce mais rapidamente do que a vasculatura, superando assim seu suprimento de sangue. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-tor%C3%A1cico/pneumot%C3%B3rax-traum%C3%A1tico Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ▪ Avaliação patológica sugere áreas rompidas de células mesoteliais, inflamação e poros de 10 a 20 mícrons de diâmetro, em vez de uma ruptura na membrana pleural visceral. ▪ O tabagismo (atual ou passado) é um fator de risco significativo. ▪ Tratamento: • A abordagem deve ser baseada no tamanho e nos sintomas do pneumotórax. • Vários métodos estão disponíveis para avaliar o tamanho do pneumotórax, nenhum dos quais é altamente preciso ou superior, e muitos tendem a subestimar ou superestimar o tamanho. ▪ O tamanho de um pneumotórax pode ser medido usando o Índice de Light: ➢ Pneumotórax percentual = 100 - [(diâmetro médio do pulmão 3 / diâmetro médio do hemitórax 3 ) x 100]. ▪ A definição de estabilidade compreende pacientes com todos os seguintes: ➢ Frequência respiratória <24 respirações por minuto; ➢ Frequência cardíaca <120 e> 60 batimentos por minuto; ➢ Pressão arterial normal (não definida); ➢ Saturação de oxigênio do ar ambiente> 90 por cento; ➢ Capacidade de falar frases inteiras. ▪ Pacientes clinicamente estáveis com um primeiro episódio nos quais o pneumotórax é pequeno (≤3 cm no ápice ou ≤2 cm no hilo) devem ser tratado com oxigênio suplementar e observação e receber alta, se possível. ▪ Pacientes que estão clinicamente estáveis com um primeiro episódio e com pneumotórax é grande (> 3 cm no ápice ou> 2 cm no hilo) deve ser submetido a aspiração por agulha ou cateter, desde que haja experiência disponível. Se o pneumotórax não reaparecer após a aspiração, o paciente não precisa ser internado. ▪ Pacientes instáveis devem ser submetidos a toracostomia com dreno torácico imediatamente. Se a toracostomia com dreno torácico for retardada, a descompressão com agulha do espaço pleural é recomendada. O pneumotórax hipertensivo é raro! ▪ Pacientes com pneumotórax espontâneo primário prévio que recorrem com pneumotórax ipsilateral ou contralateral, toracostomia com dreno torácico. ▪ A maioria dos pacientes após um primeiro episódio de pneumotórax espontâneo primário não precisa se submeter a um procedimento definitivo, pois a probabilidade de recorrência é considerada baixa. ▪ Os dois procedimentos mais comuns realizados durante a toracoscopia cirúrgica são a pleurodese e a blebectomia / bulectomia. ○ Pneumotórax Espontâneo Primário ▪ Em geral, ocorre em repouso, embora alguns casos ocorram durante atividades que envolvem extensão ou estiramento. Pneumotórax espontâneo primário também ocorre durante o mergulho ou voo em altas altitudes. ▪ É definido como o pneumotórax que se apresenta como uma complicação de doença pulmonar subjacente. ▪ Tem uma preponderância masculina, mas em contraste com o pneumotórax espontâneo primário, se apresenta em pacientes mais velhos (> 55 anos). ▪ As doenças mais comumente associadas sejam DPOC e a tuberculose. ▪ O pneumotórax geralmente se apresenta como uma complicação dessas doenças comuns e raramente é uma manifestação inicia. Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ▪ O pneumotórax espontâneo secundário é tipicamente mais grave que o primário, pois ocorre em pacientes com doença pulmonar que diminui a reserva pulmonar. ◌ Pneumotórax Catamenial ▪ O termo “catamenial” refere-se a uma relação temporal com a menstruação. ▪ É uma forma rara de pneumotórax espontâneo secundário que incide dentro de 48 h do início da menstruação em mulheres na pré-menopausa e, às vezes, na pós- menopausa, em mulheres que tomam estrógeno. ▪ A causa é a endometriose intratorácica, possivelmente pela migração de tecido endometrial peritoneal através de orifícios diafragmáticos ou por embolização pelas veias pélvicas. * Dor torácica ou escapular é o sintoma mais comum! ▪ O pneumotórax é tipicamente direito (88 a 100%), de tamanho pequeno a moderado e raramente apresenta risco de vida. ▪ Devido ao atraso no diagnóstico o pneumotórax é freqüentemente recorrente. ▪ A Teoria de Sampson fornece uma explicação para a presença de tecido endometrial na cavidade torácica pelo movimento retrógrado do endométrio menstrual através da trompa de Falópio levando ao autotransplante de tecido / células endometriais nas cavidades peritoneal e torácica. Foi proposto que o endométrio ectópico pode migrar diretamente através de defeitos diafragmáticos que são observados em pacientes com endometriose torácica. ▪ A disseminação metastática do tecido endometrial através do sistema venoso ou linfático para os pulmões é outro mecanismo proposto. Os focos endometriais em tecidos distantes da pelve e do tórax (por exemplo, cérebro, joelho e olho) apóiam a teoria “metastática”. ▪ Semelhante ao endométrio eutópico, os implantes endometriais ectópicos passam pela fase lútea proliferativa de crescimento após a estimulação dos hormônios ovarianos, seguida pela retirada dos hormônios por decidualização. Assim, acredita-se que focos de tecido endometrial na pleura visceral e / ou parietal causem hemotórax e pneumotórax à medida que sofrem decidualização em resposta à retirada do hormônio durante a menstruação. ▪ A teoria "fisiológica" do pneumotórax catamenial também tem sido usada para explicar tanto a endometriose quanto o pneumotórax catamenial não relacionado à endometriose. Esta teoria sugere que a vasoconstrição e broncoespasmo causados por altos níveis de prostaglandina F2 circulante durante a menstruação podem induzir a ruptura alveolar, particularmente em bolhas pré-existentes. ▪ Tratamento: • O pneumotórax devido à endometriose torácica é tratado principalmente com o controle definitivo da manifestação (por exemplo, drenagem torácica) seguido por prevenção secundária de recorrência (por exemplo, blebectomia e pleurodese e supressão hormonal). • Ressecção de implantes endometriais e fechamento de defeitos diafragmáticos. • Terapia de supressãohormonal por 6 a 12 meses Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ◌ Pneumotórax Traumático ▪ É uma complicação comum de contusões e lesões torácicas penetrantes. ▪ É provocado por intervenções médicas, incluindo aspiração transtorácica com agulha, toracocentese, instalação de acesso venoso central, ventilação mecânica e reanimação cardiopulmonar. ◌ Pneumotórax Iatrogênico ▪ É provocado por intervenções médicas, incluindo aspiração transtorácica com agulha, toracocentese, instalação de acesso venoso central, ventilação mecânica e reanimação cardiopulmonar. ▪ Sinais e sintomas: ➢ Pequeno porte às vezes é assintomático; ➢ Sintomas dispneia e dor pleurítica; ➢ A dispneia pode ter início súbito ou gradual, dependendo da velocidade de desenvolvimento e do tamanho do pneumotórax; ➢ A dor pode simular pericardite, pneumonia, pleurisia, embolia pulmonar, lesão musculoesquelética (quando referida no ombro) ou processo intra-abdominal (quando referida no abdome); ➢ A dor também pode simular isquemia cardíaca, embora normalmente a dor de isquemia cardíaca não seja pleurítica. ▪ Exame físico: • Ausência de frêmito tátil, hipersonoridade à percussão e diminuição do murmúrio vesicular no lado com pneumotórax. • Se o pneumotórax for grande, o lado comprometido pode estar aumentado, com a traqueia visivelmente desviada para o lado oposto. • No pneumotórax hipertensivo, pode ocorrer hipotensão. ▪ Diagnóstico: • Radiografia de tórax inspiratória em posição ortostática. • Pneumotórax de pequena dimensão (p. ex., abaixo de 10%) passa despercebido na radiografia de tórax. • Tomografia de tórax ▪ Tratamento: • Punção torácica (pneumotórax hipertensivo); • Drenagem torácica em selo d’água; • Drenagem torácica em selo d’água ▪ É um procedimento comum em que qualquer tubo ou pequeno cateter é colocado através da parede torácica na cavidade pleural e usado principalmente para drenar ar ou fluido. * Contra indicações: anticoagulação, coagulopatia, infecção sobrejacente ou alterações do coagulograma são contra-indicações relativas para colocação de dreno torácico. Com exceção nos pacientes com lesão aguda com hemotórax maciço ou pneumotórax hipertensivo. Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ▪ Os tubos de tórax são tubos de silicone ou cloreto de polivinila (PVC) que possuem uma faixa radiopaca com uma lacuna que serve para marcar o orifício de drenagem mais proximal. ▪ Tratamento: • Drenagem torácica em selo d’água. • Posição do paciente: paciente em decúbito dorsal com o braço ipsilateral abduzido e o cotovelo flexionado para posicionar a mão confortavelmente sobre a cabeça do paciente. • O dreno torácico pode ser prontamente inserido sob anestesia local com ou sem bloqueio do nervo intercostal. • Incisão no quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar anterior ou média axilar. • Em uma situação de emergência, os pontos de referência são a linha do mamilo nos homens e a prega inframamária nas mulheres. • O dreno torácico pode ser prontamente inserido sob anestesia local com ou sem bloqueio do nervo intercostal. • Incisão no quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar anterior ou média axilar. • Em uma situação de emergência, os pontos de referência são a linha do mamilo nos homens e a prega inframamária nas mulheres ▪ Falha da drenagem: ➢ Vazamentos de ar; ➢ Falha do pulmão em se expandir; ➢ Edema pulmonar por reexpansão; ➢ Vazamentos de ar; ➢ Falha do pulmão em se expandir; ➢ Edema pulmonar por reexpansão; ➢ Extravasamentos de ar - defeitos primários permanência de extravasamento de ar do pulmão para a cavidade pleural em torno do local de inserção do tubo torácico, se este local não for suturado e selado de maneira adequada. ▪ A falha do pulmão em se reexpandir geralmente ocorre por causa de um dos seguintes: ➢ Vazamento persistente de ar; ➢ Obstrução endobrônquica; ➢ Pulmão encarcerado; ➢ Dreno torácico mal posicionado; ➢ Edema pulmonar por reexpansão -quando o pulmão se expande rapidamente, como ocorre quando um dreno torácico é conectado à pressão negativa após o pulmão estar colapsado por > 2 dias. O tratamento é de suporte com oxigênio, diuréticos e suporte cardiopulmonar conforme necessário. ● Tumores da Pleura ▪ Vários tipos de câncer da pleura (benignos ou malignos). ▪ O mais comum é o mesotelioma, que, quando localizado, é geralmente benigno, e quando difuso, é sempre maligno. Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ○ Metásteses na Pleura ▪ Pode ainda ocorrer invasão direta da pleura por tumores do pulmão, da parede torácica, mamas, mediastino, esôfago ou de qualquer outro órgão do tórax. ○ Mesotelioma Localizado Benigno ▪ Reconhecido por vários nomes, incluindo, mesotelioma localizado, mesotelioma fibroso solitário, fibroma pleural, fibroma submesotelial, fibroma subserosal e tumor fibroso localizado. É um tumor raro, com cerca de 800 casos descritos na literatura. ▪ São considerados raros em geral e responsáveis por menos de 2 % de todos os tumores de tecidos moles. ▪ Podem surgir na pleura, no mediastino ou no parênquima pulmonar. ▪ 40 a 60 % dos pacientes apresentam sintomas pulmonares inespecíficos, tipicamente tosse, falta de ar ou dor torácica. ▪ Uma massa intratorácica é detectada acidentalmente em indivíduos assintomáticos no momento da imagem do tórax realizada por um motivo não relacionado. ▪ Tumores pedunculados com origem na pleura visceral, de tamanhos variados, mas sendo infrequente a ocorrência de tumores benignos com mais de 10 cm. ▪ Tratamento: o Os tumores pedunculados geralmente podem ser ressecados com uma ressecção em cunha, mas os grandes tumores sésseis e aqueles com metástases intrapleurais ipsilaterais podem ocasionalmente requerer uma lobectomia, pneumonectomia ou uma parede torácica ou ressecção do diafragma para obter margens negativas. ○ Mesotelioma Maligno ▪ É uma neoplasia rara e insidiosa com um prognóstico ruim. ▪ A disseminação metastática à distância é menos comum. ▪ O mesotelioma pleural maligno é o tipo mais comum e pode ser difícil de tratar porque a maioria dos pacientes apresenta doença avançada na apresentação. ▪ Ocorre em pacientes com 60 anos ou mais, apresentando-se tipicamente décadas após uma exposição ao amianto, com piora gradual dos sintomas pulmonares inespecíficos. ▪ Sintomas inespecíficos, como dor torácica, dispneia, tosse, rouquidão, sudorese noturna ou disfagia. ▪ Sintomas: ➢ Dor torácica; ➢ Desconforto respiratório; ➢ Fôlego curto (dispneia); ➢ Falta de ar ou sensação de peso no tórax. ○ Mesotelioma Maligno ▪ Diagnóstico através de sintomas respiratórios no contexto de espessamento pleural ou derrame na imagem do tórax e história de exposição ao amianto. ▪ Tomografia e uma biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico. ▪ O prognóstico dos pacientes é ruim, com sobrevida global da ordem de 9 a 17 meses após o diagnóstico. ▪ Tratamento: Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho ➢ Toracocentese; ➢ Biópsia da pleura; ➢ Videotoracoscopia; ➢ Toracotomia.