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Doenças Pleurais

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Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
DOENÇAS PLEURAIS 
 
 
▪ O termo pleura abrange a pleura parietal (que reveste a superfície interna da parede 
toráxica). A pleura visceral reveste a superfície externo do pulmão. As pleuras parietal e 
visceral se fundem no hilo pulmonar e, assim, separam a cavidade torácica em dois 
hemitórax separados. 
▪ As superfícies pleurais visceral e parietal consistem em uma camada mesotelial e três 
a sete camadas de tecido conjuntivo, mas a pleura visceral é mais espessa que a pleura 
parietal. 
▪ Juntas, as camadas pleurais visceral e parietal e o líquido lubrificante no espaço pleural 
interposto (10 a 15 mL por hemitórax) têm uma espessura combinada de 0,2 a 0,4 mm. 
 
 
● Derrame Pleural 
▪ Acúmulo anormal de líquido entre as pleuras parietal e visceral. 
▪ O derrame pleural tem uma incidência anual, no brasil, de cerca de um milhão de 
pessoas por ano. 
▪ Diariamente são produzidos cerca de 700 ml/dia de líquido com função de lubrificação 
dos folhetos pleurais. 
▪ Principais causas são: 
➢ Aumento da pressão hidrostática; 
➢ Diminuição da pressão oncótica; 
➢ Diminuição da pressão no espaço pleural; 
➢ Aumento da permeabilidade na microcirculação 
➢ Bloqueio da drenagem linfática; 
➢ Passagem de líquido a partir do peritônio. 
▪ Pequenos derrames pleurais geralmente são assintomáticos. Derrames maiores 
podem causar: 
➢ Tosse; 
➢ Dispneia; 
➢ Dor torácica, geralmente unilateral, penetrante e com pior a nspiração 
(comumente quando a pleura parietal está inflamada). 
▪ Ao exame físico: 
➢ expansibilidade ipsilateral ao lado acometido diminuída, 
➢ frêmito toracovocal diminuído ou abolido, 
➢ murmúrio vesicular diminuído ou abolido 
➢ macicez à percussão. 
▪ É importantíssimo classificar se é um derrame exudato ou transxudato: 
❖ Transudatos: os transudatos resultam de desequilíbrios nas pressões 
hidrostática e oncótica no tórax, como ocorre na ICC e nefrose, ou condições 
externas ao espaço pleural. 
❖ Exsudatos: em contraste, derrames exsudativos apresentam mais um desafio 
diagnóstico. A doença em praticamente qualquer órgão pode causar derrames 
pleurais exsudativos por uma variedade de mecanismos. Abrangem uma maior 
quantidade de diagnóstico! 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
▪ Em pacientes jovens deve-se pensar em tuberculose pleural e processos infecciosos 
Nos idosos pensar em insuficiência cardíaca e neoplasia, não se esquecendo da 
tuberculose e tromboembolismo pulmonar. 
▪ Exame complementar: 
• Radiografia de tórax: são necessários pelo menos 75 mL para obliterar o sulco 
costofrênico posterior, e um mínimo de 175 mL é necessário para obscurecer o 
sulco costofrênico lateral em uma radiografia de tórax em pé. Um derrame 
pleural de 500 mL irá obscurecer o contorno diafragmático em uma radiografia 
de tórax em pé; se o derrame pleural atingir o nível da quarta costela anterior, 
cerca de 1000 mL estão presentes. * Dificilmente será pedido uma tomografia 
para um derrame pleural, a não ser que queria investigar outras coisas. 
• Ressonância magnética - pode exibir derrames pleurais, tumores pleurais e 
invasão da parede torácica. 
• Também é possível pedir a posição de Laurell, pois assim é possível ver e 
quantificar a quantidade de líquido. 
 
▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: 
➢ Facilitando a medição da espessura pleural; 
➢ Distinguir um empiema de um abscesso pulmonar; 
➢ Visualização de pequenos pneumotórax em pacientes em decúbito dorsal; 
▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: 
➢ Visualização de processos parenquimatosos pulmonares subjacentes que estão 
obscurecidos na radiografia de tórax por um grande derrame pleural; 
➢ Determinar a localização exata das massas pleurais e caracterizar sua 
composição. 
▪ Outros usos da tomografia computadorizada na avaliação de doença pleural incluem: 
➢ Identificando ocasionalmente fístulas broncopleurais periféricas; 
➢ Identificar ocasionalmente um defeito diafragmático em um paciente cirrótico 
com hidrotórax hepático; 
➢ Identificar anormalidades do parênquima pulmonar ou do abdome superior. 
 
▪ O tratamento inicial de pacientes sintomático envolve o tratamento do distúrbio 
primário. 
▪ Pacientes assintomáticos não requerem intervenção pleural! A única indicação de 
toracocentese em pacientes assintomáticos é para fins diagnósticos ou se houver 
suspeita de complicação (hemorragia ou infecção) 
▪ A toracocentese, ou punção pleural - acesso à cavidade pleural por punção com a 
finalidade diagnóstica ou terapêutica do derrame pleural pela remoção do acúmulo de 
líquido anormal ali presente. 
▪ Indicações do procedimento: 
● Diagnóstica; 
● Derrame pleural sem diagnóstico etiológico; 
● Terapêutica; 
● Alívio sintomático (dispneia, tosse e dor torácica). 
▪ Os testes líquidos pleural incluem o seguinte: 
● Contagem de células e diferencial celular; 
● pH; 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
● Proteína; 
● Lactato desidrogenase (LDH); 
● Glicose; 
 
▪ Testes adicionais comumente realizados em pacientes selecionados incluem amilase, 
colesterol, triglicerídeos, creatinina, adenosina desaminase, coloração de gram e bacilo 
álcool-ácido resistente (BAR), cultura bacteriana e citologia. 
 
→ Como determinar se o líquido pleural é esxudato? 
▪ Basta que tenha uma das características do Critério de Light: 
● Proteína pleural / Proteína sérica >0,5; 
● DHL pleural / DHL sérica >0,6; 
● Teor de DHL > que 2/3 do valor limite superior da concentração sérica normal. 
▪ Os critérios de Light foram criticados por incluir a razão de LDH do líquido pleural / HDL 
do soro e do LDH do líquido pleural porque eles estão altamente correlacionados 
 
○ Regra de Dois Testes 
▪ Colesterol do líquido pleural maior que 45 mg / dL. 
▪ LDH do líquido pleural maior que 0,45 vezes o limite superior do LDH sérico normal do 
laboratório 
 
○ Regra de Três Testes 
▪ Proteína do líquido pleural maior 2,9 g / dL(29g / L). 
▪ Colesterol do líquido pleural maior 45 mg / dL (1,165 mmol / L). 
▪ LDH do líquido pleural maior que 0,45 vezes o limite superior do LDH sérico normal do 
laboratório. 
 
➔ Adenosina desaminase: a medição da adenosina desaminase (ADA) pode ser útil 
para distinguir entre pleurisia maligna e tuberculosa quando um derrame 
exsudativo é linfocítico. O nível de ADA é tipicamente maior que 35 a 50 U / L em 
derrames pleurais tuberculosos e menos de 40 U / L em 94% dos derrames 
pleurais malignos. 
 
➔ Como realizar a TORACOCENTESE? 
o O paciente deve estar sentado com os braços apoiados em anteparo, mesa ou 
segurando um suporte de soro a sua frente. 
o Localizar, pela ausculta e percussão, o nível de líquido pleural. Determinar a 
altura da punção em um a dois espaços intercostais abaixo desse nível. 
o Evitar punções abaixo do 9º EIC (risco de punção abaixo do diafragma). 
o Identificar possíveis locais para punção: linha axilar posterior, linha axilar média 
(preferido em pacientes em ventilação mecânica) ou na metade do espaço entre 
a coluna e a linha axilar posterior. 
o Introduzir a agulha na borda superior do arco costal inferior, pois, o feixe vásculo-
nervoso está localizado na borda inferior do arco costal. 
o Complicações: 
➢ Pneumotórax: é a complicação mais comum da toracocentese; 
➢ Dor: Geralmente é leve e responde à analgesia local ou sistêmica; 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
➢ Reflexo vaso-vagal: Manifestado por sudorese, pré-síncope, sensação de 
mal-estar, náuseas ou vômitos. Os sintomas se resolvem com a 
interrupção do procedimento. 
➢ Sangramentos: Podem ocorrer sangramentos graves decorrentes de 
laceração vascular durante a toracocentese. Essa complicação, na maior 
parte das vezes, pode ser evitada realizando a punção na borda superior 
do arco costal inferior. 
 
*** Enfia agulha com anestésico, aspira pra ver se não pegou vaso. Passa a pleura easpira (sabe que é a pleura quando vier líquido ou ar). Volta com a agulha e anestesia 
antes da pleura, vai tirando agulha e colocando ao mesmo tempo o anestésico. Deixa a 
agulha e retira a agulha com anestésico. Pega a seringa com jelco 14, retira a agulha do 
anestésico e enfia a agulha da seringa da drenagem, puxa o líquido com a seringa, depois 
coloca um dreno à vácuo (equipo) pra puxar o líquido por gravidade (tem lugar que não 
tem esse equipo, dai tem que puxar com a seringa mesmo). 
 
▪ Tratamento: 
 * Tratar a causa subjacente! 
▪ A recorrência continuar e ouver sintomas de dispneia podemos realizar a pleurodese 
química em conjunto com a VATS, esta técnica também permite a obtenção de 
biópsia diagnóstica no caso de derrames sem causa definida. 
▪ Pleurodese mecânica ou pleurectomia é reservada apenas para derrames mais 
recalcitrantes. 
 
 
● Pneumotórax 
▪ Presença de gás entre as pleuras parietal e visceral. 
▪ Pode ser: 
➢ Pneumotórax espontâneo primário; 
➢ Pneumotórax espontâneo secundário; 
➢ Pneumotórax catamenial; 
➢ Pneumotórax traumático; 
➢ Pneumotórax iatrogênico. 
 
○ Pneumotórax Espontâneo Primário 
▪ Espontâneo é aquele que ocorre na ausência de um evento externo. 
▪ Definido como um pneumotórax que se apresenta sem um evento externo 
precipitante na ausência de doença pulmonar clínica. 
▪ É mais comum em homens do que mulheres (cerca de três a seis vezes maior). 
▪ Causada por pequenas bolhas ou bolhas subpleurais apicais (ou seja, sacos de ar entre 
o tecido pulmonar e a pleura) que se rompem na cavidade pleural. 
▪ Ocorre classicamente em homens altos e magros com idades entre 10 e 30 anos. 
▪ Acredita-se que o desenvolvimento de bolhas subpleurais seja devido ao aumento da 
pressão negativa ou maior estiramento alveolar mecânico no ápice dos pulmões durante 
o crescimento ou um fenômeno congênito no qual o tecido pulmonar no ápice cresce 
mais rapidamente do que a vasculatura, superando assim seu suprimento de sangue. 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-tor%C3%A1cico/pneumot%C3%B3rax-traum%C3%A1tico
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
▪ Avaliação patológica sugere áreas rompidas de células mesoteliais, inflamação e poros 
de 10 a 20 mícrons de diâmetro, em vez de uma ruptura na membrana pleural visceral. 
▪ O tabagismo (atual ou passado) é um fator de risco significativo. 
▪ Tratamento: 
• A abordagem deve ser baseada no tamanho e nos sintomas do pneumotórax. 
• Vários métodos estão disponíveis para avaliar o tamanho do pneumotórax, 
nenhum dos quais é altamente preciso ou superior, e muitos tendem a 
subestimar ou superestimar o tamanho. 
▪ O tamanho de um pneumotórax pode ser medido usando o Índice de Light: 
➢ Pneumotórax percentual = 100 - [(diâmetro médio do pulmão 3 / diâmetro 
médio do hemitórax 3 ) x 100]. 
▪ A definição de estabilidade compreende pacientes com todos os seguintes: 
➢ Frequência respiratória <24 respirações por minuto; 
➢ Frequência cardíaca <120 e> 60 batimentos por minuto; 
➢ Pressão arterial normal (não definida); 
➢ Saturação de oxigênio do ar ambiente> 90 por cento; 
➢ Capacidade de falar frases inteiras. 
 
▪ Pacientes clinicamente estáveis com um primeiro episódio nos quais o pneumotórax 
é pequeno (≤3 cm no ápice ou ≤2 cm no hilo) devem ser tratado com oxigênio 
suplementar e observação e receber alta, se possível. 
▪ Pacientes que estão clinicamente estáveis com um primeiro episódio e com 
pneumotórax é grande (> 3 cm no ápice ou> 2 cm no hilo) deve ser submetido a 
aspiração por agulha ou cateter, desde que haja experiência disponível. Se o 
pneumotórax não reaparecer após a aspiração, o paciente não precisa ser internado. 
▪ Pacientes instáveis devem ser submetidos a toracostomia com dreno torácico 
imediatamente. Se a toracostomia com dreno torácico for retardada, a descompressão 
com agulha do espaço pleural é recomendada. O pneumotórax hipertensivo é raro! 
▪ Pacientes com pneumotórax espontâneo primário prévio que recorrem com 
pneumotórax ipsilateral ou contralateral, toracostomia com dreno torácico. 
▪ A maioria dos pacientes após um primeiro episódio de pneumotórax espontâneo 
primário não precisa se submeter a um procedimento definitivo, pois a probabilidade 
de recorrência é considerada baixa. 
▪ Os dois procedimentos mais comuns realizados durante a toracoscopia cirúrgica são a 
pleurodese e a blebectomia / bulectomia. 
 
○ Pneumotórax Espontâneo Primário 
▪ Em geral, ocorre em repouso, embora alguns casos ocorram durante atividades que 
envolvem extensão ou estiramento. Pneumotórax espontâneo primário também ocorre 
durante o mergulho ou voo em altas altitudes. 
▪ É definido como o pneumotórax que se apresenta como uma complicação de doença 
pulmonar subjacente. 
▪ Tem uma preponderância masculina, mas em contraste com o pneumotórax 
espontâneo primário, se apresenta em pacientes mais velhos (> 55 anos). 
▪ As doenças mais comumente associadas sejam DPOC e a tuberculose. 
▪ O pneumotórax geralmente se apresenta como uma complicação dessas doenças 
comuns e raramente é uma manifestação inicia. 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
▪ O pneumotórax espontâneo secundário é tipicamente mais grave que o primário, pois 
ocorre em pacientes com doença pulmonar que diminui a reserva pulmonar. 
 
◌ Pneumotórax Catamenial 
▪ O termo “catamenial” refere-se a uma relação temporal com a menstruação. 
▪ É uma forma rara de pneumotórax espontâneo secundário que incide dentro de 48 h 
do início da menstruação em mulheres na pré-menopausa e, às vezes, na pós-
menopausa, em mulheres que tomam estrógeno. 
▪ A causa é a endometriose intratorácica, possivelmente pela migração de tecido 
endometrial peritoneal através de orifícios diafragmáticos ou por embolização pelas 
veias pélvicas. 
* Dor torácica ou escapular é o sintoma mais comum! 
▪ O pneumotórax é tipicamente direito (88 a 100%), de tamanho pequeno a moderado 
e raramente apresenta risco de vida. 
▪ Devido ao atraso no diagnóstico o pneumotórax é freqüentemente recorrente. 
 
▪ A Teoria de Sampson fornece uma explicação para a presença de tecido endometrial 
na cavidade torácica pelo movimento retrógrado do endométrio menstrual através da 
trompa de Falópio levando ao autotransplante de tecido / células endometriais nas 
cavidades peritoneal e torácica. Foi proposto que o endométrio ectópico pode migrar 
diretamente através de defeitos diafragmáticos que são observados em pacientes com 
endometriose torácica. 
▪ A disseminação metastática do tecido endometrial através do sistema venoso ou 
linfático para os pulmões é outro mecanismo proposto. Os focos endometriais em 
tecidos distantes da pelve e do tórax (por exemplo, cérebro, joelho e olho) apóiam a 
teoria “metastática”. 
▪ Semelhante ao endométrio eutópico, os implantes endometriais ectópicos passam 
pela fase lútea proliferativa de crescimento após a estimulação dos hormônios 
ovarianos, seguida pela retirada dos hormônios por decidualização. Assim, acredita-se 
que focos de tecido endometrial na pleura visceral e / ou parietal causem hemotórax e 
pneumotórax à medida que sofrem decidualização em resposta à retirada do hormônio 
durante a menstruação. 
▪ A teoria "fisiológica" do pneumotórax catamenial também tem sido usada para explicar 
tanto a endometriose quanto o pneumotórax catamenial não relacionado à 
endometriose. Esta teoria sugere que a vasoconstrição e broncoespasmo causados por 
altos níveis de prostaglandina F2 circulante durante a menstruação podem induzir a 
ruptura alveolar, particularmente em bolhas pré-existentes. 
 
▪ Tratamento: 
• O pneumotórax devido à endometriose torácica é tratado principalmente com o 
controle definitivo da manifestação (por exemplo, drenagem torácica) seguido 
por prevenção secundária de recorrência (por exemplo, blebectomia e 
pleurodese e supressão hormonal). 
• Ressecção de implantes endometriais e fechamento de defeitos diafragmáticos. 
• Terapia de supressãohormonal por 6 a 12 meses 
 
 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
◌ Pneumotórax Traumático 
▪ É uma complicação comum de contusões e lesões torácicas penetrantes. 
▪ É provocado por intervenções médicas, incluindo aspiração transtorácica com agulha, 
toracocentese, instalação de acesso venoso central, ventilação mecânica e reanimação 
cardiopulmonar. 
 
◌ Pneumotórax Iatrogênico 
▪ É provocado por intervenções médicas, incluindo aspiração transtorácica com agulha, 
toracocentese, instalação de acesso venoso central, ventilação mecânica e reanimação 
cardiopulmonar. 
▪ Sinais e sintomas: 
➢ Pequeno porte às vezes é assintomático; 
➢ Sintomas dispneia e dor pleurítica; 
➢ A dispneia pode ter início súbito ou gradual, dependendo da velocidade de 
desenvolvimento e do tamanho do pneumotórax; 
➢ A dor pode simular pericardite, pneumonia, pleurisia, embolia pulmonar, lesão 
musculoesquelética (quando referida no ombro) ou processo intra-abdominal 
(quando referida no abdome); 
➢ A dor também pode simular isquemia cardíaca, embora normalmente a dor de 
isquemia cardíaca não seja pleurítica. 
▪ Exame físico: 
• Ausência de frêmito tátil, hipersonoridade à percussão e diminuição do 
murmúrio vesicular no lado com pneumotórax. 
• Se o pneumotórax for grande, o lado comprometido pode estar aumentado, 
com a traqueia visivelmente desviada para o lado oposto. 
• No pneumotórax hipertensivo, pode ocorrer hipotensão. 
▪ Diagnóstico: 
• Radiografia de tórax inspiratória em posição ortostática. 
• Pneumotórax de pequena dimensão (p. ex., abaixo de 10%) passa despercebido 
na radiografia de tórax. 
• Tomografia de tórax 
▪ Tratamento: 
• Punção torácica (pneumotórax hipertensivo); 
• Drenagem torácica em selo d’água; 
• Drenagem torácica em selo d’água 
 
▪ É um procedimento comum em que qualquer tubo ou pequeno cateter é colocado 
através da parede torácica na cavidade pleural e usado principalmente para drenar ar 
ou fluido. 
 
* Contra indicações: anticoagulação, coagulopatia, infecção sobrejacente ou alterações 
do coagulograma são contra-indicações relativas para colocação de dreno torácico. Com 
exceção nos pacientes com lesão aguda com hemotórax maciço ou pneumotórax 
hipertensivo. 
 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
▪ Os tubos de tórax são tubos de silicone ou cloreto de polivinila (PVC) que possuem uma 
faixa radiopaca com uma lacuna que serve para marcar o orifício de drenagem mais 
proximal. 
▪ Tratamento: 
• Drenagem torácica em selo d’água. 
• Posição do paciente: paciente em decúbito dorsal com o braço ipsilateral 
abduzido e o cotovelo flexionado para posicionar a mão confortavelmente sobre 
a cabeça do paciente. 
• O dreno torácico pode ser prontamente inserido sob anestesia local com ou sem 
bloqueio do nervo intercostal. 
• Incisão no quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar anterior ou média 
axilar. 
• Em uma situação de emergência, os pontos de referência são a linha do mamilo 
nos homens e a prega inframamária nas mulheres. 
• O dreno torácico pode ser prontamente inserido sob anestesia local com ou sem 
bloqueio do nervo intercostal. 
• Incisão no quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar anterior ou média 
axilar. 
• Em uma situação de emergência, os pontos de referência são a linha do mamilo 
nos homens e a prega inframamária nas mulheres 
 
▪ Falha da drenagem: 
➢ Vazamentos de ar; 
➢ Falha do pulmão em se expandir; 
➢ Edema pulmonar por reexpansão; 
➢ Vazamentos de ar; 
➢ Falha do pulmão em se expandir; 
➢ Edema pulmonar por reexpansão; 
➢ Extravasamentos de ar - defeitos primários permanência de extravasamento de 
ar do pulmão para a cavidade pleural em torno do local de inserção do tubo 
torácico, se este local não for suturado e selado de maneira adequada. 
 
▪ A falha do pulmão em se reexpandir geralmente ocorre por causa de um dos seguintes: 
➢ Vazamento persistente de ar; 
➢ Obstrução endobrônquica; 
➢ Pulmão encarcerado; 
➢ Dreno torácico mal posicionado; 
➢ Edema pulmonar por reexpansão -quando o pulmão se expande rapidamente, 
como ocorre quando um dreno torácico é conectado à pressão negativa após o 
pulmão estar colapsado por > 2 dias. O tratamento é de suporte com oxigênio, 
diuréticos e suporte cardiopulmonar conforme necessário. 
 
 
● Tumores da Pleura 
▪ Vários tipos de câncer da pleura (benignos ou malignos). 
▪ O mais comum é o mesotelioma, que, quando localizado, é geralmente benigno, e 
quando difuso, é sempre maligno. 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
 
○ Metásteses na Pleura 
▪ Pode ainda ocorrer invasão direta da pleura por tumores do pulmão, da parede 
torácica, mamas, mediastino, esôfago ou de qualquer outro órgão do tórax. 
 
○ Mesotelioma Localizado Benigno 
▪ Reconhecido por vários nomes, incluindo, mesotelioma localizado, mesotelioma 
fibroso solitário, fibroma pleural, fibroma submesotelial, fibroma subserosal e tumor 
fibroso localizado. É um tumor raro, com cerca de 800 casos descritos na literatura. 
▪ São considerados raros em geral e responsáveis por menos de 2 % de todos os tumores 
de tecidos moles. 
▪ Podem surgir na pleura, no mediastino ou no parênquima pulmonar. 
▪ 40 a 60 % dos pacientes apresentam sintomas pulmonares inespecíficos, tipicamente 
tosse, falta de ar ou dor torácica. 
▪ Uma massa intratorácica é detectada acidentalmente em indivíduos assintomáticos no 
momento da imagem do tórax realizada por um motivo não relacionado. 
▪ Tumores pedunculados com origem na pleura visceral, de tamanhos variados, mas 
sendo infrequente a ocorrência de tumores benignos com mais de 10 cm. 
▪ Tratamento: 
o Os tumores pedunculados geralmente podem ser ressecados com uma 
ressecção em cunha, mas os grandes tumores sésseis e aqueles com metástases 
intrapleurais ipsilaterais podem ocasionalmente requerer uma lobectomia, 
pneumonectomia ou uma parede torácica ou ressecção do diafragma para obter 
margens negativas. 
 
○ Mesotelioma Maligno 
▪ É uma neoplasia rara e insidiosa com um prognóstico ruim. 
▪ A disseminação metastática à distância é menos comum. 
▪ O mesotelioma pleural maligno é o tipo mais comum e pode ser difícil de tratar porque 
a maioria dos pacientes apresenta doença avançada na apresentação. 
▪ Ocorre em pacientes com 60 anos ou mais, apresentando-se tipicamente décadas após 
uma exposição ao amianto, com piora gradual dos sintomas pulmonares inespecíficos. 
▪ Sintomas inespecíficos, como dor torácica, dispneia, tosse, rouquidão, sudorese 
noturna ou disfagia. 
▪ Sintomas: 
➢ Dor torácica; 
➢ Desconforto respiratório; 
➢ Fôlego curto (dispneia); 
➢ Falta de ar ou sensação de peso no tórax. 
 
○ Mesotelioma Maligno 
▪ Diagnóstico através de sintomas respiratórios no contexto de espessamento pleural ou 
derrame na imagem do tórax e história de exposição ao amianto. 
▪ Tomografia e uma biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico. 
▪ O prognóstico dos pacientes é ruim, com sobrevida global da ordem de 9 a 17 meses 
após o diagnóstico. 
▪ Tratamento: 
Luiza Weizenmann Massafra – Universidade Nove de Julho 
 
➢ Toracocentese; 
➢ Biópsia da pleura; 
➢ Videotoracoscopia; 
➢ Toracotomia.

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