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Enfermagem em Oncologia II

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Enfermagem em Oncologia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.ª Regina Aparecida Cabral
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Julio Cesar
Revisão Textual:
Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira
Tipos de Câncer Mais Comuns 
Tipos de Câncer Mais Comuns 
 
 
• Identificar os principais tipos de câncer, a fim de subsidiar a assistência de enfermagem 
pautada nos conhecimentos científicos, na ética e na humanização.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Leucemias;
• Linfomas;
• Câncer Colorretal;
• Câncer de Mama;
• Câncer de Próstata;
• Câncer de Pele;
• Câncer de Pulmão.
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Leucemias 
As leucemias são neoplasias malignas no tecido hematopoético, onde a célula tronco 
anormal passa a produzir células sanguíneas não funcionais e imaturas.
Observe a imagem a seguir:
Figura 1
Fonte: Adaptado de centrodemidias.am.gov.br
As leucemias são classificadas conforme a apresentação clínica, em agudas e crôni-
cas, e conforme a linhagem celular acometida, em mieloide e linfoide. Desta forma, as 
leucemias têm suas diferenças na apresentação clínica, na forma de evolução e quanto 
ao tratamento. São consideradas: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide 
crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC). 
Sobre os Tipos de Leucemias
A LMA caracteriza-se pela infiltração de percursores hematopoiéticos anormais na 
medula óssea, interrompendo a produção normal da linhagem mieloide. Assim, os sinais 
e sintomas apresentados pelo paciente são decorrentes da alteração na produção normal 
dos componentes sanguíneos na infiltração das células leucêmicas em diferentes tecidos. 
Essas queixas consistem em fadiga e dispneia, decorrentes da anemia, sangramentos, 
equimoses hematomas e petéquias, decorrentes de trombocitopenia, e febre, com ou 
sem infecção, decorrente de neutropenia. As infecções de vias aéreas superiores são 
as mais comuns. Quando ocorre infiltração extra medular, também pode ser notado 
comprometimento do baço, fígado ou linfonodos. A dor óssea ou a infiltração da pele, 
gengiva ou de outros tecidos moles, geralmente surgem na variante monocítica. O pa-
ciente pode apresentar qualquer combinação de anemia, trombocitopenia e leucopenia. 
A leucocitose também pode ocorrer, provocando cefaleia e alterações do estado mental. 
Embora aumentados, os leucócitos são imaturos e não têm atividade funcional. Pode-
-se verificar a presença de blastos, o aspirado de medula óssea revela mais de 30% de 
blastos, enquanto o valor normal situa-se abaixo de 5%.
A LMC é um transtorno mieloproliferativo caracterizado pela proliferação da série leu-
cocitária granulocítica. As leucemias crônicas diferem das agudas pelo fato de os leucócitos 
malignos terem aspecto maduro e bem diferenciado. Quanto às manifestações clínicas, o 
8
9
paciente apresenta algum grau de anemia, risco para infecção e trombocitopenia. Os pa-
cientes com LMC entram, inevitavelmente, na fase plástica, uma fase agressiva, refratária 
ao tratamento e que se assemelha às leucemias agudas, com os mesmos sinais e sintomas. 
A LLA compreende 20% das leucemias no adulto, embora seja mais comum em crianças 
(em média 85% de todos os casos). Nos adultos ocorre, em geral, na terceira década de vida, 
sendo menos frequentes nesta faixa etária do que a leucemia mieloide aguda. As manifes-
tações clínicas incluem fadiga, anorexia, perda de peso, sangramentos, infecções, cefaleias 
ou distúrbios visuais, e hipertrofia gengival pela infiltração de leucócitos, esplenomegalia e 
hepatomegalia. Os pacientes normalmente se apresentam com uma leucocitose no hemo-
grama. A contagem de plaquetas na maior parte dos casos é normal.
A LLC é um transtorno hematológico maligno caracterizado pela proliferação e acú-
mulo de linfócitos de aspecto relativamente normal, porém funcionalmente inertes. Aco-
mete mais os homens e pessoas acima de 50 anos, e pode passar despercebida por 
anos. As manifestações clínicas incluem infecção de pele e respiratória, fadiga, linfade-
nomegalia e trombocitopenia, anemia e esplenomegalia. Pode haver outros sintomas, 
como febre, sudorese e perda de peso.
Leia os textos abaixo:
• Tipos de Leucemia em Crianças. Disponível em: https://bit.ly/3mxvJIV
• Leucemia – Adulto. Disponível em: https://bit.ly/3s7jGDb
Diagnóstico 
O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemo-
grama, mostrando, na maioria das vezes, um aumento do número de leucócitos (rara-
mente este número estará diminuído), associado ou não à plaquetopenia e anemia. 
Outros exames: análise de bioquímica e da coagulação, mielograma, biópsia da me-
dula óssea e biopsia de linfonodos (em casos com suspeita de metástase). 
Tratamento 
O tratamento depende do tipo de leucemia, podendo envolver quimioterapia e re-
alizado com combinações de quimioterápicos, controle das complicações infecciosas e 
hemorrágicas, prevenção ou tratamento das afecções no Sistema Nervoso Central e 
transplante de medula óssea para alguns casos imunológicos. A escolha dependerá do 
tipo de leucemia e de aspectos clínicos inerentes ao paciente (como idade, presença de 
outras doenças, capacidade de tolerar quimioterapia, entre outros).
Linfomas 
De acordo com o INCA (2020), o termo linfoma é usado para designar os tipos de 
câncer que se originam nos linfócitos (B e T), células que desempenham papel importante 
no funcionamento do sistema imunológico. O comportamento dos linfomas depende de 
seu tipo histológico, sendo divididos em linfomas de Hodgkin e linfomas não Hodgkin.
9
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Linfoma de Hodgkin 
É uma doença linfoproliferativa maligna, caracterizada pelo aparecimento da célula 
gigante multinucleada Reed-Sternberg. Geralmente, dissemina-se através dos canais 
linfáticos, afetando os linfonodos, o baço e os locais extra linfáticos. A doença também 
pode se disseminar por meio da corrente sanguínea até o trato gastrintestinal, medula 
óssea, pele e vias aéreas superiores e outros órgãos.
Fatores de Risco 
Indivíduos imunossuprimidos, como portadores do vírus HIV e os pacientes que fa-
zem uso de drogas imunossupressoras, a exemplo, os transplantados de órgãos sólidos. 
Apesar de muito raro, também pode ocorrer por hereditariedade.
O vírus Epstein-Barr está associado a um maior risco de ter linfomas. 
Diagnóstico 
A biópsia do linfonodo identifica o tipo de linfoma, enquanto o aspirado e a biópsia 
bilaterais da medula óssea mostram se a medula está afetada. 
São necessários exames de imagem para determinar a extensão da doença, ou seja, 
a definição do estadiamento inicial:
• As radiografias de tórax, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética 
são indicadas para detectar o envolvimento dos linfonodos profundos; 
• A cintilografia detecta as áreas de doença ativa e pode ser empregada para deter-
minar a agressividade da doença;
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT).
Tratamento 
Atualmente, cerca de 70-80% dos pacientes são curados com os esquemas quimio-
terápicos disponíveis, a radioterapia também pode ser utilizada. Para os pacientes com 
linfoma de Hodgkin recaídos ou refratários ao tratamento inicial, o tratamento de es-
colha é com quimioterapia de resgate e transplante de medula óssea (TMO) autólogo. 
A  cura pode ser obtida em mais de 50% dos casos.
Linfoma de Hodgkin: versão para Profissionais de Saúde: https://bit.ly/3wCGbDz
Linfoma não Hodgkin
O Linfoma não Hodgkin (LNH) constitui um grupo de malignidade do tecido linfoide 
que se origina dos linfócitos T e B, ou de seus precursores. Esses linfomas são oriundos 
da transformação maligna do linfócito em algum estágio de seu desenvolvimento. O nível 
10
11
de diferenciação e o tipo de linfócito influenciam o curso da doença e o prognóstico. 
A incidência aumenta continuadamente a partir dos 40 anos de idade. Os homens são 
mais predispostos do que as mulheres.
Fatores de Risco 
Sabe-se que o Linfoma não Hodgkin está associado a defeitosou alterações no siste-
ma imunológico, além de maior incidência em pessoas que recebem imunossupressores, 
com vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatite C e outros tipos de vírus.
Ocupações como agricultores (exposição aos agrotóxicos) e cabeleireiros (tintura de 
cabelo) aumentam o risco, assim como pintores (solventes orgânicos: benzeno), trabalha-
dores da indústria metalúrgica, instaladores elétricos, trabalhadores têxteis, carpinteiros 
e pedreiros.
Sinais e Sintomas 
Hipertrofia indolor dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha; suor noturno ex-
cessivo, febre; prurido na pele; perda de peso sem causa aparente.
Diagnóstico
Entre os exames indicados estão a biópsia, punção lombar, tomografia computadori-
zada e ressonância magnética.
Importante!
O estadiamento cirúrgico envolve a laparotomia com esplenectomia, a biópsia hepática 
e a biópsia de múltiplos linfonodos.
Tratamento 
A estratégia de tratamento dependerá do tipo específico de Linfoma não-Hodgkin, 
sendo que a maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunote-
rapia e quimioterapia, ou radioterapia. A radioterapia é geralmente paliativa e não cura-
tiva. O transplante de medula óssea autólogo ou alógeno também pode ser indicado.
Tratamentos do Linfoma de Hodgkin. Disponível em: https://bit.ly/3uBNeKF
Câncer Colorretal 
O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso 
(cólon) e no reto. Trata-se de um tumor de evolução lenta e sua taxa de sobrevida é de 
50% em cinco anos. É potencialmente curável em 75% dos casos, se o diagnóstico for 
11
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
precoce, antes que os linfonodos apareçam. Os tumores malignos quase sempre são do 
tipo adenocarcinoma.
Conforme a estimativa do INCA, o número de casos novos de câncer colorretal para 
cada ano do triênio 2020-2022, é de 40.990 novos casos, sendo 20.520 homens e 
20.470 mulheres. O número de mortes em 2018 foi 19.603; sendo 9.608 homens e 
9.995 mulheres (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Fatores de Risco 
São considerados fatores de risco: ingestão excessiva de gordura animal saturada, do-
enças do trato digestório, idade superior a 40 anos, história de colite ulcerótica, polipose 
familiar, doença de Grohn, obesidade, dieta hiperproteica e baixo teor de fibras. 
A incidência da doença vem aumentando nos últimos anos e, em paralelo, observa-se 
que a população está cada vez mais exposta aos fatores de risco, e menos exposta aos 
fatores de proteção.
Importante!
De acordo com INCA (2019), as carnes, quando são submetidas a altas temperaturas, 
resultam na produção de aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromá-
ticos, que têm importante potencial carcinogênico em pessoas com predisposição 
genética. Também o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, quando a quan-
tidade de etanol ingerida é superior a 30 gramas por dia, aumentam o risco para o 
câncer de intestino. 
Você Sabia?
O etanol funciona como solvente, facilitando a entrada de outras substâncias carcinó-
genas nas células.
Sinais e Sintomas 
Alteração dos hábitos intestinais, incluindo fezes pretas como piche, em forma de fita 
ou lápis, ou sangue nas fezes; dor abdominal, pressão e cólica; anemia causada por de-
ficiência de ferro; diarreia, constipação e vômito; fraqueza; sensação de pressão no reto.
Importante!
A Organização Mundial da Saúde preconiza, além do diagnóstico precoce, o rastreamen-
to do câncer colorretal em pessoas acima de 50 anos, por meio de um exame simples e 
de fácil acesso, que é a pesquisa de sangue oculto nas fezes.  Quando houver presença 
de sangue, outros exames serão solicitados para investigação.
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Câncer de intestino: versão para Profissionais de Saúde: https://bit.ly/31YNWph
Diagnóstico 
O diagnóstico de câncer de cólon é estabelecido pelo exame de colonoscopia, que pos-
sibilita a inspeção visual e fotográfica do reto até o íleo e proporciona acesso para polic-
tomias e biopsia de lesões suspeitas, pela visualização histopatológica de lesões suspeitas.
Outros métodos incluem:
• Exame de enema opaco; 
• Exame de tomografia computadorizada e ressonância magnética, que possibilitam 
a melhor visualização, principalmente se o enema for inconclusivo;
• O exame PET-CT deve ser indicado em situações particulares, e com cautela.
Tratamento 
A cirurgia pode ser o tratamento inicial, retirando a parte do intestino comprometida 
e tecidos adjacentes dos linfonodos cancerosos; radioterapia pré ou pós operatória para 
induzir a redução do tumor; e quimioterapia. 
Importante!
Quando o diagnóstico é tardio e/ou há presença de metástases para o fígado, pulmão, 
ou outros órgãos, diminui-se a possibilidade de cura. 
Prevenção 
As medidas de prevenção incluem a manutenção do peso ideal (IMC entre 18.5 e 
24.9 Kg/m²); recomenda-se consumir menos de 500 gramas de carne vermelha cozida 
por semana; aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e cereais integrais; con-
sumir leite e derivados, assim como a suplementação de cálcio; realizar atividade física 
rotineiramente; e evitar hábitos sedentários.
Câncer de Mama
O câncer de mama é provavelmente o mais temido entre as mulheres, sobretudo pelo 
impacto psicológico que provoca, pois envolve negativamente a percepção da sexuali-
dade e a própria imagem corporal, o que se observa mais que em qualquer outro tipo 
de câncer. Há vários tipos de câncer de mama, o que explica as diferentes formas de 
evolução da doença. 
13
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Com exceção do câncer de pele não melanoma, é o câncer que mais acomete às 
mulheres e o que mais causa mortalidade, de acordo com os dados do INCA (2020). 
Os homens também podem ter a doença, representando apenas 1% do total de casos. 
Conforme o INCA, a estimativa de novos casos para cada ano do triênio (2020-2022) 
é de 66.280 novos casos. Foram 17.763 mortes em 2018, sendo 17.572 mulheres e 
189 homens (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Fatores de Risco 
• A idade é um dos principais fatores, sendo que as mulheres acima de 50 anos têm 
o risco aumentado;
• Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva, tais como: história de me-
narca precoce; nuliparidade; primeira gravidez após os 30 anos; menopausa após 
os 55 anos; uso prolongado de anticoncepcionais orais e de terapia de reposição 
hormonal após a menopausa devido à exposição aos hormônios estrogênio e pro-
gesterona por longo período;
• Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente incluem etilismo, dieta 
com alto teor em gorduras, mulheres que estão acima do peso ideal após menopau-
sa, exposição à radiação ionizante e tabagismo;
• Fatores genéticos/hereditários estão relacionados à presença de mutações em de-
terminados genes, transmitidas na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. 
Você Sabia?
Em mulheres cuja mãe ou irmã tiveram câncer de mama, o risco de também desenvol-
verem aumenta de duas a três vezes.
Sinais de Sintomas 
Na fase inicial, o câncer de mama é geralmente assintomático, o que dificulta sua 
detecção precoce. O sinal mais notado é a presença de nódulos mamários, que normal-
mente são de consistência endurecida e fixos, e que podem surgir em mulheres adultas 
de qualquer idade.
Outros sinais:
• Saída espontânea de secreção sanguinolenta pelo mamilo (unilateral); 
• Mama edemaciada e com aumento progressivo do tamanho, e presença de retra-
ção do mamilo;
• Em casos mais avançados, hiperemia cutânea, espessamento cutâneo da mama 
com aspecto “casca de laranja”, lesão eczematosa da pele da mama, presença de 
linfonodos palpáveis na axilar e dor;
• Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral.
14
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Diagnóstico Precoce e Rastreamento 
O ministério da saúde (MS), recomenda aos profissionais da saúde que orientem às 
mulheres quanto ao autoexame das mamas. Este deve ser realizado através da palpação 
e observação das mamas, sempre que as mulheres se sentirem confortáveis para tal (seja 
no banho, nomomento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem ne-
cessidade de aprenderem uma técnica ou de seguirem uma periodicidade regular e fixa. 
Nesse sentido, a mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas 
e, assim, sempre que perceber alguma alteração suspeita nelas, independentemente de sua 
idade, procurar o atendimento na unidade de saúde. Posteriormente, após o exame clínico 
das mamas, se o profissional julgar necessário, solicitará outros exames, a exemplo: ultras-
som das mamas, mamografia, biopsias por agulha fina, por agulha grossa e cirúrgica. 
Diretrizes para a detecção precoce do cancêr de mama no Brasil. 
Disponível em: https://bit.ly/3t4vnMk
Importante!
• Para as mulheres de 50 a 69 anos, o MS recomenda a mamografia de rotina a cada 
dois anos;
• Para mulheres pertencentes a grupos com risco aumentado para desenvolvimento 
de câncer de mama, recomenda-se mamografia anual a partir dos 35 anos de idade. 
Tratamento 
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características 
biológicas, bem como as condições da paciente (idade, status, menopausa, comorbida-
des e preferências). As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser a 
cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 
O tratamento paliativo também poderá ser indicado e tem como objetivos principais pro-
longar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, principalmente em casos de metástases.
Câncer de mama – versão para Profissionais de Saúde: https://bit.ly/2OAMqXb
Câncer de Próstata 
No Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma, o câncer de próstata é mais 
comum entre os homens. Devido ao alto índice de mortalidade, esse câncer precisa da 
15
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
maior atenção dos profissionais de saúde, no sentido de criar espaços de comunicação 
para que os homens busquem o autocuidado e a prevenção adequada. 
Com o aumento da expectativa de vida, doenças como câncer de próstata, que sur-
gem com envelhecimento, e que podem ser detectadas e tratadas precocemente, vêm 
assumindo dimensão cada vez maior, não somente como um problema de saúde pública, 
mas também por conta do impacto socioeconômico sobre a população. A doença é 
mais comum em homens com idade superior a 50 anos.
A maioria dos tumores se desenvolve de forma lenta, podendo demorar anos para o 
aparecimento dos sintomas e ameaçar a saúde do homem. Poucos casos podem crescer, 
evoluir para metástase e causar à morte de forma rápida. 
Conforme a estimativa do INCA, o número de casos novos de câncer de próstata 
esperados para cada ano do triênio 2020-2022, é de 65.840. O número de mortes em 
2018 foi de 15.576 (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Fatores de risco 
Dentre os fatores de risco, destaca-se a idade após os 50 anos; homens com sobrepeso 
ou obesidade; a hereditariedade, parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata 
antes dos 60 anos; e exposição a determinadas substâncias industriais (ocupacional). 
Sinais e Sintomas, Diagnóstico Precoce e Rastreamento 
O diagnóstico precoce do câncer de próstata deve ser valorizado e se baseia na rá-
pida e oportuna investigação dos sinais e sintomas. Sendo mais comuns os sintomas 
urinários, tais como o gotejamento e retenção da urina, hematúria visível e disfunção 
erétil. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, retenção da urina ou, quando mais 
grave, infecção generalizada ou lesão renal.
O diagnóstico poderá ser feito com a combinação dos achados no exame clínico 
(toque retal), com o resultado da dosagem do antígeno prostático específico (PSA) no 
sangue, ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível) e biópsia pros-
tática transretal. 
Importante!
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais 
benefícios do que riscos. Conforme Nota Técnica de 2013, o INCA não recomenda o 
rastreamento do câncer de próstata.
16
17
Tratamento 
Cada caso deve ser analisado de forma individual. De uma maneira geral, a cirurgia, 
a radioterapia e a terapia hormonal costumam ser as opções mais comuns, isoladamente 
ou em combinação.
Câncer de próstata – versão para Profissionais de Saúde: https://bit.ly/3221oIY
Câncer de Pele
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a 
pele. De acordo com o INCA (2020), é o mais frequente no Brasil e no mundo, corres-
pondendo a 27% de todos os tumores malignos do país.
 Tem como principais fatores de risco a exposição prolongada e repetida ao sol, prin-
cipalmente durante a infância e adolescência, ter olhos claros, ser albino e ter vitiligo. 
Também estão mais vulneráveis as pessoas com histórico da doença na família e quem 
faz tratamento com medicamentos imunossupressores.  
Tipos de Câncer de Pele 
Os tumores não melanoma originam-se na camada superficial da pele e apresentam 
menor mortalidade quando comparados ao melanoma. Representam cerca de 95% do 
total dos casos de câncer de pele e são os mais frequentes no Brasil, tanto nos homens 
quanto nas mulheres. 
Conforme a estimativa do INCA, o número de casos novos de câncer de pele não 
melanoma, para cada ano do triênio 2020-2022, é de 176.930, sendo 83.770 em ho-
mens e de 93.170 em mulheres. Em 2018, foram 2.329 mortes, sendo 1,35 homens e 
971 mulheres (Atlas da mortalidade por câncer – SIM). 
Câncer Não Melanoma 
O câncer não melanoma, quando diagnosticado no início, tem mais de 90% de 
chance de cura. A doença pode se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns 
denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. 
• Carcinoma basocelular: É o câncer de pele mais frequente na população brasilei-
ra, correspondendo a aproximadamente 70% dos casos. O seu processo se inicia 
em uma área exposta ao sol, mais comumente na face. Manifesta-se por lesões 
elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas, que crescem lentamente;
17
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Importante!
Depois dessa fase, a lesão apresenta ulceração central recoberta por crosta, que se for re-
tirada sangra com facilidade. Raramente provoca metástases, mas a recidiva é comum. 
No entanto, uma lesão negligenciada pode provocar perda de nariz, orelha ou lábio. 
• Carcinoma espinocelular: É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência 
no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença, geralmen-
te surgindo após os 60 anos, por exposição a agentes cancerígenos (sol, fumo). É 
caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis 
semanas. Geralmente causam dor e apresentam sangramentos. 
Sinais e Sintomas 
Alterações que facilitam o diagnóstico precoce:
Na pele:
• Pinta ou sinal em constante crescimento, que provoca prurido, sangramento fre-
quente ou alteração de cor, consistência ou espessura;
• Lesão rosada ou avermelhada de crescimento lento, mas constante;
• Qualquer ferida de difícil cicatrização;
• Qualquer mancha de nascimento que no decorrer do tempo apresente alteração da 
cor, espessura ou tamanho.
Na mucosa, inicia-se em placa de leucoplasia por área de infiltração ou lesão vegetante. 
Câncer de Pele Melanoma
O melanoma é uma neoplasia que tem sua origem no melanócito epidérmico, cuja 
função primária na pele é proteger o corpo do excesso de luz UV. Inicialmente, há 
um aumento da atividade dos melanócitos, traduzida clinicamente pela melanose solar. 
Quando evolui com a proliferação de melanócitos atípicos na epiderme, constitui o me-
lanoma maligno, que é a forma mais grave do tumor. 
Pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, manifestada na for-
ma de manchas, pintas ou sinais. Essas lesões costumam ter formato assimétrico, bordas 
irregulares, mais de uma cor, mudar de tamanho de forma rápida e ter sangramentos. 
O  melanoma pode ocorrer em adolescentes e adultos jovens, em média 45% nas pes-
soas com menos de 60 anos, sendo mais comum em pessoas de pele clara.
O melanoma pode provocarmetástase rapidamente e levar à morte. 
Veja as principais características dos tumores benignos e malignos, agrupadas na regra de-
nominada “ABCDE”. Disponível em: https://bit.ly/3s5ihgz
18
19
Importante!
O exame clínico detalhado é importante para detecção do melanoma, sendo que fre-
quentemente o diagnóstico é feito pelo dermatologista ou cirurgião. Para complemen-
tar o exame clínico, é necessário procedimento invasivo, que é a biópsia. Quando o 
melanoma for maior que 4 mm de espessura ou quando houver comprometimento de 
linfonodos, a possibilidade de metástase dentro de 5 anos é de 50%.
Tratamento 
A cirurgia é o tratamento mais indicado para este tipo de câncer. A radioterapia e 
a quimioterapia também podem ser utilizadas, dependendo do estágio da doença. Em 
estágios avançados, os objetivos são minimizar a sua evolução e oferecer uma melhor 
qualidade de vida aos pacientes por meio do tratamento paliativo. 
Para melhor compreensão sobre os tipos de câncer de pele, veja as imagens a seguir: 
Figura 2
Fonte: Reprodução
Figura 3
Fonte: Adaptado de csggroup.org 
Câncer da pele. Disponível em: https://bit.ly/3d52IAZ
19
UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Prevenção
• Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h; 
• Procurar lugares com sombra; 
• Usar proteção apropriada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos 
escuros com proteção ultravioleta, guarda-sol e barracas;
• Usar filtro solar com fator de proteção conforme a faixa etária, lembrando que é 
necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, bem como após mergulho ou 
grande transpiração; os lábios também precisam de protetores específicos; 
• Em caso de contato prolongado com a água, usar filtros solares “à prova d’água”; 
• Mesmo na ausência do sol, também são importantes as medidas de proteção; 
• Nas atividades laborais em contato direto com sol, pode ser necessário rever carga 
horária, remanejar o tempo de exposição e/ou a organização das atribuições. 
• Fundação do Câncer dá Dicas de Prevenção ao Câncer de Pele. 
Disponível em: https://bit.ly/3a1fT4e
• Câncer de pele: saiba como prevenir, diagnosticar e tratar. 
Disponível em: https://bit.ly/3fUniGh
Câncer de Pulmão 
De acordo com os dados do INCA (2020), no Brasil, o câncer de pulmão é o segundo 
mais comum em homens e mulheres, excluindo o câncer de pele não melanoma. É o 
primeiro em todo o mundo, tanto em incidência quanto em mortalidade. Representa em 
média 13% de todos os casos novos de câncer.
No entanto, o diagnóstico precoce ainda é um desafio, apenas 16% dos cânceres são 
diagnosticados em estágio inicial (câncer primário).
Conforme a estimativa do INCA, o número de casos novos de câncer de pulmão 
esperados para cada ano do triênio 2020-2022, é de 30.200, sendo 17.760 homens e 
12.440 mulheres. O número de mortes em 2018 foi 28.717, sendo 16.371 homens e 
12.346 mulheres (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Fatores de Risco 
• O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão. Além do cigarro, 
inclui-se o fumo de charutos, cigarrilhas, cigarro de palha, entre outros;
• Deficiência ou excesso de vitamina A; 
• Poluição urbana, com maior exposição aos poluentes no ar; 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica, infecções pulmonares de repetição, tuberculose;
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• A susceptibilidade genética (por exemplo, história familiar) desempenha papel no 
desenvolvimento do câncer de pulmão, especialmente naqueles que desenvolvem a 
doença ainda jovens;
• Outros fatores incluem exposição ao fumo passivo, ao amianto, a certos metais 
(cromo, cadmio, arsênico), alguns produtos químicos orgânicos, radiação, escape 
de diesel. Outras exposições ocupacionais que aumentam o risco incluem fabrica-
ção de borracha, pavimentação, coberturas, pintura e varredura de chaminé.
Sinais e Sintomas
Sibilos, tosse e rouquidão persistentes, dor torácica, síndrome de Cushing e síndrome 
de carcinoide, dispneia, febre, anorexia, astenia e perda de peso sem causa aparente.
Diante do exposto, destaca-se importância de identificar pessoas predispostas ao 
câncer de pulmão e reconhecer casos suspeitos através da manifestação dos sinais e 
sintomas. Os profissionais envolvidos devem facilitar o acesso prioritário aos serviços 
de saúde. 
Importante!
O rastreamento para o câncer de pulmão, na população geral, até o momento não é 
recomendado pelo INCA devido à falta de evidências científicas quanto aos benefícios 
em relação aos possíveis riscos. 
Diagnóstico 
A realização dos exames de imagem, radiografia simples e tomografia computadorizada, 
de tórax e mediastino, é fundamental para a avaliação inicial. A etapa seguinte estabelece 
o diagnóstico definitivo e deve se basear no exame histopatológico de fragmentos do tumor 
obtidos pela biopsia ou por exame citopatológico de líquido obtido no escarro, lavado brôn-
quio e broncoscopia. Outros exames: ressonância nuclear, PET-CT, cintilografia óssea.
Tratamento
O tratamento do câncer de pulmão consiste em: cirurgia, quimioterapia, radiotera-
pia, imunoterapia e terapia alvo. Podendo ser utilizadas as terapias combinadas, a con-
siderar o tipo histológico e o estágio da doença. 
• Câncer de pulmão. Disponível em: https://bit.ly/2OyTIL0
• Câncer do Pulmã o – Albert Einstein. Disponível em: https://bit.ly/3wDXtQN
• Guia Detalhado do Câncer de Pulmão. Disponível em: https://bit.ly/3dQpz2v
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UNIDADE Tipos de Câncer Mais Comuns 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Fundação do câncer
https://bit.ly/2PIFlVi
SBOC – Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
https://bit.ly/3t7yXFh
A. C. Camargo – Câncer Center
https://bit.ly/3d2xSsH
 Leitura
ACB do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer
https://bit.ly/3uBRERL
Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço
https://bit.ly/2Rim4dr
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Referências
FIGUEIREDO, N. M. A. Enfermagem oncológica: conceitos e prática. 1. Ed. São 
Caetano: Yendis, 2009.
FONSECA, S. M.; PEREIRA, S. R. (Coord.). Enfermagem em oncologia. São Paulo: 
Atheneu, 2014. 
MOHALLEN, A. G. C.; RODRIGUES, A. B. Enfermagem oncológica. Barueri, SP: 
Manole, 2007.
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