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MANEJO SEPSE

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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
Sepse 
Sepse é definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune 
desregulada a uma infecção. 
O diagnóstico de sepse é feito quando há aumento de 2 ou mais pontos no escore SOFA. 
 
qSOFA ≥ 2: apresenta baixa sensibilidade, mas alta especificidade para o diagnóstico de sepse. 
 
ETIOLOGIA 
A causa mais comum de sepse é pneumonia. Além do pulmão (que representa 63,5% dos casos de sepse), 
outros focos são: abdome (19,6%), corrente sanguínea (15,1%), trato urinário (14,3%), pele (6,6%), 
relacionados ao uso de cateter (4,7%) e sistema nervoso central (2,9%). 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
 
ACHADOS CLÍNICOS 
Ao exame físico, pode se encontrar febre, taquicardia e taquipneia. Hipotensão, diminuição do tempo de 
enchimento capilar, livedo ou cianose podem indicar choque. 
Sinais de disfunção orgânica (insuficiência respiratória, renal e hepática), assim como o choque, são 
indicativos de maior gravidade. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Da mesma forma que a anamnese e o exame físico, os achados laboratoriais são pouco específicos, e 
geralmente estão associados à etiologia da sepse. 
 Hemograma: avaliação de leucopenia ou leucocitose e plaquetopenia; 
 Coagulograma: pesquisa de CIVD; 
 Eletrólitos e função renal; 
 Função hepática: Aumento de bilirrubinas, fosfatase alcalina ou transaminases até três vezes os 
valores normais são encontrados em 30-50% dos pacientes sépticos. 
 Albumina sérica: a albumina pode cair até 1,5-2,0 g/dl em 24h, durante a sepse, devido ao dano 
endotelial difuso e ao aumento da permeabilidade capilar; 
 Proteína C reativa: proteína de fase aguda que se eleva em horas durante uma infecção bacteriana. 
 Glicemia: hiperglicemia acima de 140 mg/dl na ausência de diabetes faz parte do quadro séptico. 
Hipoglicemia também pode ser encontrada e ambas devem ser corrigidas. 
 Lactato: geralmente aumenta 3-5 vezes e está relacionado com a hipóxia tecidual. Sua dosagem 
seriada é importante na monitorização da resposta terapêutica. 
 Gasometria arterial: o grau de acidose é marcador da gravidade da doença. Na fase inicial pode 
haver distúrbio misto pela associação da acidose com alcalose respiratória (pela taquipneia). 
 
3 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022 
 
TRATAMENTO 
 
1. ESTABILIZAÇÃO 
Recomendamos suplementação de oxigênio com alvo de SatO2 ≥ 94%. 
Intubação orotraqueal e ventilação mecânicas invasivas devem ser consideradas em pacientes com 
rebaixamento de nível de consciência incapazes de proteger via aérea, em pacientes com hipoxemia 
refratária a suplementação não invasiva de oxigênio e em pacientes com esforço ventilatório. 
Estabelecimento de acesso venoso periférico. 
2. ANTIMICROBIANOS 
Recomenda-se que a antibioticoterapia seja iniciada o mais precocemente. 
A escolha do antibiótico deve ser de forma empírica e direcionada para o foco suspeito da infecção, de 
preferência de amplo espectro. 
3. RESSUCITAÇÃO VOLÊMICA 
Em pacientes sépticos com sinais de má perfusão é recomendada a reposição volêmica inicial com 30 
mL/kg de peso de solução cristaloide (solução fisiológica ou ringer lactato, por exemplo) iniciada em até 1 
h da apresentação do paciente e terminada nas primeiras três horas. 
4. DROVAS VASOATIVAS 
O alvo de pressão arterial média (PAM) em pacientes em choque séptico é de 65 mmHg; se necessário, 
drogas vasoativas estão indicadas. Pacientes hipertensos crônicos possivelmente se beneficiam de manter 
PAM entre 80-85 mmHg. 
A droga vasopressora preferencial é a noradrenalina. 
 
4 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022