Prévia do material em texto
Colecistite 1 🧱 Colecistite @Igvetstudy Definição Inflamação da vesícula biliar, que pode ser decorrente de estase biliar ou infecção ascendente do trato digestivo através do ducto biliar comum. Pode evoluir de diversas maneiras: Colângio-hepatite bacteriana Se ascender pelo trato biliar até o fígado, comum em gatos Colecistite necrosante Quando há lesão da parede da vesícula biliar, com possível ruptura e peritonite secundária Colecistite enfisematosa Quando há infecção é causada por bactérias formadoras de gases Os colélitos (cálculos na vesícula) podem ser achados sem importância clínica ou associados à colecistite. Os casos graves resultam na ruptura da vesícula biliar e subsequente peritonite biliar. A obstrução do ducto biliar ou a ocorrência de peritonite biliar intensifica a migração transmural de bactérias entéricas pela circulação portal, levando a endotoxemia, bacteremia, sepse e, em caso de peritonite biliar, peritonite séptica. Características O sistema biliar extra-hepático é formado pelos ductos hepáticos, cístico, biliar e a vesícula biliar, onde se encontra a bile, que é drenada a partir dos dutos hepático e biliar. A vesícula biliar tem função de armazenar a bile e liberar no duodeno, quando necessário. Colecistite 2 Identificação Cães e gatos Não há predileção racial, sexual nem etária Colecistite necrosante (cães) — geralmente em animais de meia-idade ou mais idosos. Causas Comprometimento do fluxo biliar no ducto cístico ou na vesícula biliar, distúrbio de motilidade ou lesão isquêmica à parede da vesícula biliar podem preceder a colecistite A presença de irritantes na bile (p. ex., sedimentação/deposição biliar, lisolecitina, prostaglandinas, colélitos e trematódeos hepáticos) ou o fluxo retrógrado das enzimas pancreáticas (gatos) podem desencadear ou aumentar a inflamação da vesícula ou do ducto biliar Distúrbios entéricos, traumatismos ou cirurgias abdominais prévios — podem ser fatores que contribuem para o quadro Desenvolvimento anômalo da vesícula ou do ducto biliar — cisto coledocal (raro, em gatos) Infecção bacteriana — comum; invasão retrógrada a partir do intestino ou disseminação hematógena Toxoplasmose e coccidiose biliar — causas raramente descritas Colecistite necrosante (cães) — a ruptura da vesícula biliar e o desenvolvimento de colelitíase são causas comuns; a Escherichia coli é a bactéria mais comumente isolada Colecistite/ coledoquite enfisematosa — associada ao diabetes mellito, à isquemia traumática da vesícula biliar e à colecistite aguda (com ou sem colelitíase); recuperação frequente de microrganismos produtores de gases (p. ex., Clostridia) e E. coli à cultura; a colecistite enfisematosa é rara Cães hiperlipidêmicos são predispostos à mucocele da vesícula biliar, levando à colestase e colecistite. Colecistite 3 Sinais clínicos Anorexia Dor abdominal Icterícia Febre Vômito Sendo que, em caso de peritonite, o animal pode entrar em choque Diagnóstico US: Distensão da vesícula e do ducto biliar, presença de colélitos, espessamento da parede da vesícula ou bile espessada Sinais de peritonite me casos de rompimento da vesícula Pode haver aumento da FA, ALT, colesterol e bilirrubina Tratamento Vai depender do curso da doença, da presença ou não de ruptura da vesícula biliar. No caso de rompimento da vesícula, o tratamento é cirúrgico (colecistectomia). Em todos os casos, os animais devem receber fluidoterapia e tratamento sintomático. Antieméticos: Colerético: Antibióticos: Colecistite necrosante: após a estabilização do animal realizar a colecisctomia e tratamento para peritonite Colélitos só devem ser retirados se estiverem associados com quadros sintomáticos de afecção/obstrução do trato biliar