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PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO Professor Me. Carlos E S Heeren Slides adaptados de Prof. MSc. Renata Wassmansdorf Variáveis agudas do Exercício Apresentar e refletir sobre as variáveis agudas do exercício - O exercício - Variáveis mecânicas - Variáveis fisiológicas - O aluno/cliente FORMAS DE MOVIMENTO O que é exercício? O QUE É EXERCÍCIO? = Movimento? O que é um movimento? Como ele se inicia/acontece? Estimulo X Resposta Força: Energia que permite mover objetos e superar resistências externas ou mesmo as do nosso próprio corpo. Fleck e Kraemer (2017) O QUE É EXERCÍCIO? “O exercício está totalmente relacionado à força sendo a produção de força interna em resposta à aplicação de forças externas para produzir o resultado esperado.” Tom Purvis; RTS, 2017 Estímulos a partir de ações tanto concêntricas quanto excêntricas são frequentemente usados sendo capazes de gerar adaptações no sistema musculoesquelético, sobretudo as relacionadas aos níveis de força (Brentano, 2011). O processo de produção de força ocorre devido a diversos fatores fisiológicos podendo ser aprimorados com a melhoria da função neuromuscular e aumento da seção transversa do tecido musculoesquelético. Todo este processo de diversas adaptações é interdependente e para que hajam mudanças, dependem da morfologia da fibra muscular, inervação e unidades motoras. (SUCHOMEL; NIMPHIUS; STONE, 2016). FORÇA MUSCULAR Força – Produção de tensão - Adaptações neurais melhora da sincronia de ativação das unidades motoras velocidade e número destas unidades recrutadas movimento ou tarefa a cumprir. - Uma boa relação entre as unidades motoras envolvidas = melhor sincronia = maiores níveis de produção de força durante a tarefa motora executada ou seja, quanto mais específico for a atividade, melhor será a adaptação. - Todas as adaptações ou mudanças fisiológicas podem acontecer devido a diversos processos os quais podem ser regulados/monitorados. Exemplo são estímulos X resposta compensatória = novas unidades contráteis = aumento da força e tamanho do músculo. O QUE É EXERCÍCIO? Exercício = estimulo força ação musculo esquelética. o cabo-de-guerra interno em torno de um eixo e de todos os eixos Tom Purvis; RTS, 2017 Exercício Levantar ou abaixar? Empurrar ou Puxar? - Sentado em uma abdução de braços até a linha dos ombros + flexão de cotovelos em 90º = supino maquina, iremos puxar ou empurrar? Qual musculatura irá trabalhar predominantemente? Qual a função da resistência? Movimento de abdução, mas a resistência está nos abdutores da perna? PERSPECTIVAS SOBRE O EXERCÍCIO Esse exercício é “bom para isso”? “pega”? Não existem exercícios bons ou ruins, o que existem são más decisões baseadas na falta de compreensão sobre o exercício. O exercício é “invasivo”, ele acontece internamente, reagindo a um estimulo externo/interno. - Todas as decisões sobre o exercício devem ser baseadas no cliente. Tom Purvis; RTS, 2017 Fatores do Exercício Tom Purvis; RTS, 2017 Fatores que contemplam o exercício: -Posições articulares -Restrição -Movimentos articulares -Guia -Resistência -Suporte -Intenção -Esforço (2) -Tempo (2) -Frequência (2) = Apropriado IMPLICAÇÕES FORÇA X RESISTÊNCIA X EFEITOS DA INÉRCIA ROTACIONAL - VOLUME - INTENSIDADE - SISTEMA ENERGÉTICO - TIPO DE FIBRA MUSCULAR Tom Purvis; RTS, 2017 COMO DEFINIR O CENÁRIO MECÂNICO? Perfil da Força x Perfil da Resistência - O perfil da força é a representação gráfica da capacidade de exercer/demostrar “força” ao longo da amplitude de um movimento (produção de tensão muscular) - O perfil da resistência é a representação gráfica das mudanças do torque à durante a amplitude de movimento, ou seja: onde, na amplitude, é difícil (+ resistência) e onde é mais fácil (-resistência) Tom Purvis; RTS, 2017 Variáveis fisiológicas - MCArdle et al. (2003, p.472) descreve que o principal objetivo do exercício físico é estimular alterações estruturais e funcionais que trazem o aprimoramento dos músculos em determinadas tarefas. Bacurau e Navarro (2001) apontam o aumento de força promovido através de exercícios com pesos como uma das principais respostas neurofisiológicas - Existem fatores indispensáveis para a hipertrofia, entre eles estão a tensão mecânica, estresse metabólico e dano tecidual (Howe et al., 2017). A tensão mecânica refere-se a carga imposta por implementos do treino resistido no sistema neuromuscular, gerando um pequeno dano nesse mesmo sistema, desencadeando assim uma sequência de reações metabólicas COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Perfil da Força – Exercícios uniarticulares Tom Purvis; RTS, 2017 COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Peitoral COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Costas COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Triceps COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Deltoide COMO MONTAR O CENÁRIO MECÂNICO? Perfil da Força – exercícios multiarticulares - de puxar Tom Purvis; RTS, 2017 COMO ORGANIZAR A DEMANDA FISIOLÓGICA? Variáveis fisiológicas X aluno/cliente Iniciante? Intermediário? Avançado? A anamnese é fundamental para que possa ser feita a analise da bagagem motora do aluno, assim como sua experiência com o exercício físico. Quem é seu cliente? Iniciante Intermediário Avançado Indivíduos sem experiência na modalidade; sem treinar a pelo menos 3 meses Realizam uma prática regular a pelo menos 6 meses Realizam a prática regular a pelo menos 1 ano. Tudo inicia em quem é o cliente? Nível de treinamento Variáveis agudas Nº exercícios, nº séries, repetições Sistemas de Treino Alternado por segmento, alternado por articulação agonista/antagonistas, drop set, bi set, tri set ... Periodização Linear, reversa, ondulatória Estudo demonstrou respostas diferentes com base no status de treinamento dos participantes, no qual o treinamento com intensidade média-60% de 1RM provoca ganhos máximos em indivíduos não treinados, enquanto 80% é mais eficaz naqueles treinados. Participantes não treinados experimentam ganhos máximos treinando cada grupo muscular 3 d.sm e indivíduos treinados 2 d.sm – 4 séries por G.M provocaram ganhos máximos em indivíduos treinados e não treinados. Como organizar as variáveis fisiológicas da prescrição de Treinamento Resistido? Variáveis fisiológicas da prescrição Dose/ Carga Intensidade % 1 RM Zonas de 1RM Volume Tempo da sessão (duração): quantidade de exercícios, séries e repetições Intervalos Velocidade Ação muscular Concêntrica, excêntrica e Isométrica Variáveis fisiológicas da prescrição Dose – Resposta biológica Intensidade Recrutamento de U.M. Volume Trabalho Mecânico Intervalos Velocidade e Ação muscular Predomínio metabólico Intervalos entre as sessões Recuperação Magnitude das microlesões Mediante: Variáveis agudas do treino Dose de esforço/ carga de esforço Adaptações Fisiológicas Resultados Avaliação / Reavaliação (apud, Ceschini 2021) (ACSM 2009 apud, Ceschini 2021) (ACSM 2009 apud, Ceschini 2021) (ACSM 2009 apud, Ceschini 2021) (ACSM 2009 apud, Ceschini 2021) Variáveis fisiológicas X aluno/cliente GASTO ENERGÉTICO DIÁRIO E ATIVIDADE FÍSICA O gasto energético total = três componentes: A taxa metabólica de repouso (TMR) é definida como o gasto energético necessário à manutenção dos processos fisiológicos no estado pós-absortivo e, dependendo do nível de atividade física, pode compreender aproximadamente 60 a 70% do gasto energético total. O efeito térmico dos alimentos refere-se ao aumento da taxa metabólica acima dos valores de repouso em reposta ao consumo de uma refeição e corresponde a aproximadamente 10% do gasto energético total. A atividade física é o componente mais variável e diz respeito ao gasto energético necessário à atividade muscular esquelética. Sedentários - aproximadamente 15% do gasto energético total Fisicamente ativos - podechegar a compreender 30%. Variáveis fisiológicas X aluno/cliente G.E X TF - G.E decorrente do exercício contra-resistência = seleção de exercícios; número de séries; intervalo de recuperação; número de repetições; velocidade de execução e carga. - O grande número de variáveis impossibilita uma informação precisa pois características individuais como: gênero, idade, composição corporal, nível de aptidão física, influenciam diretamente. - American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda que a atividade contra-resistência voltada à promoção da saúde de adultos inclua pelo menos uma série de 8- 12 repetições para cada um dos 8-10 exercícios que devem envolver grandes e pequenos grupamentos musculares. . Variáveis fisiológicas X aluno/cliente G.E X Período de recuperação do TF - O consumo extra de O2 pós exercício é maior do que quando estamos em repouso sendo ele denominado EPOC (do inglês excess post-exercise oxygen consumption). - Exercícios aeróbios – o G.E pode permanecer significativamente elevado durante mais de 12 horas após o término da execução de alguns exercícios (add de 73 a 150kcal) - Variáveis como duração e intensidade da atividade interferem na magnitude dos resultados. - Embora sua existência seja bem estabelecida, sua magnitude, duração e bases metabólicas precisam ainda ser melhor compreendidas, assim como o efeito de diferentes variáveis relacionadas ao exercício físico. Variáveis fisiológicas X aluno/cliente - Para Platonov (2008), o TF abrange variações na resistência, cadência de movimento, ângulos articulares, número de repetições nos exercícios, esforço muscular, número de séries em cada tarefa, sequência dos movimentos, tempo sob tenção e tempo de descanso. - Para alcançar a hipertrofia existem diversos fatores que devem ser levados em conta. Howe et al. (2017) listou os seguintes fatores: volume de treino, cargas, frequência de treino, treinamento/esforço para alcançar a falha muscular momentânea, variação dos exercícios, tipos de contração, ordem dos exercícios, tempo de cada repetição (cadência) e recuperação entre os exercícios, séries ou dias de treino. Aluno/cliente - Escala visual analógica de dor (EVA), graduada de 0 a 10, 0 caracterizado por ausência total de dor e 10 como o nível de dor máximo suportado pelo indivíduo (Jönhagen et al., 2004). - Percepção de esforço de Borg: varia de 6 a 20 pontos; o 6 corresponde à classificação ‘‘muito fácil’’ e o 20 a ‘‘exaustivo’’ (Parr et al., 2009). - Escala de Equilíbrio de Berg - avaliação de 14 tarefas relacionadas ao dia-a-dia, que envolvem o equilíbrio estático e dinâmico, tais como alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se. Balance Scale (Berg e cols., 1992), REFERÊNCIAS ACSM. Progression Models in Resistance Training for Healthy Adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, Special Comunication. 2009. Barbosa, Danielli Aguilar et al. Resposta aguda de variáveis clínicas e funcionais em exercício máximo de contração concêntrica versus excêntrica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte [online]. 2015, v. 37, n. 1 Efeitos agudos da atividade contra-resistência sobre o gasto energético: revisitando o impacto das principais variáveis Cláudia de Mello Meirelles1,2,3 e Paulo Sergio Chagas Gomes1,4 PURVIS, Thomas Clark. A evolução da prescrição clínica do exercício : a identidade da fisioterapia / Thomas Clark Purvis, Mariane Franceschi Malucelli.— Curitiba : Edição do Autor, 2017. RESPOSTA AGUDA DE VARIÁVEIS FUNCIONAIS EM EXERCÍCIO MÁXIMO DE CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA VERSUS EXCÊNTRICA -Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011 RHEA, Mattew R. et al. A Meta-analysis to determine the dose reponse for Strength Development. Med. Sci. Sports Exerc., v; 35, n. 3, pp. 456-464, 2003.