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Contabilidade Enxuta Prático Brian Maskell e Bruce Baggaley Junho 2004 Grupo Rui Tadashi Yoshino Carlos Donizete Ferreira Da Silva Leandro Ronaldo de Souza Greggio Rogério Cerávolo Calia Bibliografia Brian H. Maskell Experiência profissional desde o chão de fábrica até a gerência da Xerox. Bruce Baggaley Trabalhou em Contabilidade e Auditoria na KPMG Contabilidade Tradicional Ativo Passivo Ativo Circulante 1.325 Passivo Circulante 1.094 Caixa 155 Obrigações Trabalhistas 183 Bancos 100 Obrigações Tributárias 102 Títulos de Curto Prazo 50 Títulos a Pagar 143 Duplicatas a Receber 300 Duplicatas a Pagar 277 (-) P.D.Duvidosos -30 Outras Contas a Pagar 389 Estoques 750 Realizável Longo Prazo 430 Exigível a Longo Prazo 89 Realizável a Longo Prazo 430 Exigível a Longo Prazo 89 Total do Passivo 1.183 Ativo Imobilizado 424 Patrimônio Líquido 996 Terrenos 70 Ações Preferenciais (210) 700 Edifícios 170 Ações Ordinárias (30) 300 Máquinas e Equipamentos 280 Ágio Venda Ações Ordin. 0 Veículos/Móveis/Utensílios 85 Lucros Retidos -4 Depreciação Acumulada -181 Total do Ativo 2.179 Total do Passivo + P.L. 2.179 Indústrias Atlântico S.A. Balanço Patrimonial - 200X Contabilidade enxuta � Suas vantagens. � Suas características. � Sua importância para as empresas Para que se utilizar da contabilidade enxuta � Precisamos mostrar o impacto financeiro das melhorias enxutas � Precisamos de um modo melhor para entender os custos do produto. � Precisamos de novos tipos de medidas de desempenho enxutas. Kit de Medições de Desempenho Enxuto para o Projeto Piloto Custo Médio por Unidade Vendas por Funcionário Dias Acima do Prazo das Contas a Receber Efetividade dos Equipamentos Primeira vez AtravésSatisfação do Cliente Primeira vez AtravésTempo de Porta-a- Porta Entrega no PrazoCultura de Otimização Contínua Material em ProcessoEntrega no PrazoDias de Inventário Aumentar Vendas e Participação de Mercado Produção diário por hora Vendas por PessoaCrescimento de Vendas Aumentar o Fluxo de Caixa Medições de Célula/Process o Medições do Fluxo de Valor Medições Estratégica s Assuntos Estratégicos O que está errado com medida tradicional? � Grandes lotes, aumentando inventário, com fluxo ruim e tempo de ciclo longo . As informações chegam tarde e contém informações financeiras primárias. Relatórios tradicionais trata de eficiência das pessoas, utilização das máquinas. Poucos relatórios às vezes diários e são poucos dados para dar suporte às metas LEAN. . Desperdício grande tempo em coleta de dados O que está certo com medidas de células lean � São poucas as medidas de célula LEAN e seu foco está no resultado da manufatura LEAN, proporcionando a motivação. � Informações são apresentadas visualmente � Coleta de dados e relatórios é rápido, fácil e relevante, através das pessoas na célula e colocado num quadro branco. � As medidas são desenvolvidas diretamente da estratégia da empresa e motivam as pessoas alcançar a estratégia Medidas desempenho tradicional x Desempenho das células LEAN? Medições de Desempenho do Fluxo de Valor � Para que medir? � Pra quem medir? � Quando medir? � Como responder às medições? � Qual é o diferencial frente às medições tradicionais? � Medir quem? �Medições de Desempenho de células LEAN Brian Maskell e Bruce Baggaley Processo de medidas de desempenho células LEAN � Produção Diário por Hora � Material em Processo � Primeira vez Através de � Efetivo Operação dos Equipamentos 1- Relatório diário - hora � Mais fundamental medida de desempenho LEAN � Sucesso da célula é realização no TAKT TIME. � Célula lean são projetados para alcançar o tempo de ciclo. � O tempo de ciclo da célula é determinado pelo TAKT TIME � Relatório diário hora colocado num quadro branco e mostra a produção necessária a cada hora para suprir o TAKT TIME do cliente. Há três formas de apresentar essa medição 1. Focar a manter as pessoas operando na célula focando na manutenção consistente de saída de produtos na linha de acordo com a demanda do cliente 2. Fornecer um rápidofeedback quando problemas na célula precisam ser rapidamente resolvidos 3. Agrupar dados sobre problemas que podem ser estudados e resolvidos permanentemente Relatório diário por hora � Day by the hour ajuda a manter o ritmo da produção na demanda do cliente � Treinamento das pessoas- padronização dos métodos, fornecimento efetivo de partes e materiais � Quando uma máquina faz uma grande quantidade de produtos- Andon (método visual) � Requer mudança de comportamento gerencial (pouco inventário, fluxo takt-time) 2- Primeira vez através de � FTT é para monitorar se a célula está fazendo produtos certos � Mostra o porcentual de produtos feitos na célula com necessidade de retrabalho, reparos ou refugo. Se a padronização do trabalho adere então FTT será 100% � Como medir FTT FTT= (total unidades processadas – rejeitos ou retrabalho)/ total unidades processadas � Célula FTT = FTT1 . FTT2.FTT3 = 90% .95% . 85% = 72,7 % Como os dados são coletados? � Pela próprias pessoas da célula monitorando seu próprio processos de produção � Cada pessoa inclui no monitoramento do FTT e faz um relatório . Normalmente os relatórios tem uma coluna para os problemas mais comuns e um espaço extra para anotar outras medidas e problemas Como faço para fazer um relatório FTT? � No quadro junto com relatório day-by-hour � Num quadro ou gráfico de barra 3- Material em Processo � Mostra nível de inventário na célula � WIP é o trabalho em progresso � SWIP é a padronização do trabalho em progresso � Células contém inventário e é determinado pelo número de kanbans entre os centros de trabalhos das células � Kanbans- buffer entre os processos de produção � Kanban é a espinha dorsal do sistema LEAN. Se o kanbans estão errados, o sistema falha: ciclo extenso, a taxa de produção cai. � Mede-se WIP to SWIP por causa da rotina dos sistemas puxados. Se o inventário atual na célula é sempre o mesmo como padrão WIP projetado para a célula, então o pull system está correto. Se o inventário está abaixo ou acima do projetado, então o pull system é falho. Como o relatório é calculado? � Quantidade de inventário na célula/inventário WIP padrão � Ideal =1 WIP = SWIP � Se > 1 muito inventário na célula � Se < 1 há pouco inventário e na célula é perigoso Como os dados são coletados? � Número de kanbans na célula ou número de unidades na célula ( se não houver kanbans) Como fizemos o relatório WIP-to-SWIP � Por hora, mas pode ser o relatório por turno ou por dia. � Plotado num quadro ou gráfico de barra � O bloco cinza significa inventário com padrão WIP � Bloco preto significa inventário significantemente alto � O bloco xadrez significa inventário baixo Relatório WIP-to-SWIP sexta Quinta quarta Mix de produtos não nivelados 13Terça Segunda Sexta Quinta Quarta Terça 8Segunda Sexta Quantidade de clips e holders 16Quinta Quantidade de clips14Quarta Terça Segunda 4- Equipamento Operacional Efetivo OEE � OEE trata das máquinas nas células � Combinação de medidas de rotina da máquina para produzir no tempo e com alta qualidade � Em muitos processos o tempo de ciclo da célula é determinado pela habilidade da máquina para fazer no tempo de ciclo. Rotina OEE trata das razões dos problemas � OEE requer três atributos de máquina: tempo de manutenção, padrão de produção, e primeiro tempo e tempo sem interrupção. � Não se recomenda aplicação para todas as máquinas ou mapa fluxo. � OEE trata de padrão e medida. Uso de OEE na máquina gargalo na célula � OEE usado para dar suporte TPM � Operadores de máquina usam OEE para monitorar a capabilidde de suas máquinas e iniciar manutenção preventiva. Como fazemos as medidas OEE? � OEE requer três dados: eficácia da máquina, desempenho da máquina e qualidade dos produtos � OEE= eficácia . Eficiência do desempenho . Qualidade � Eficácia= (tempo total – tempo manutenção)/tempo total � Eficiência do desempenho = % � Qualidade= (total manufaturado – quantidd rejeitada)/quantidade total manufaturada �Medições de Desempenho do Fluxo de Valor Brian Maskell e Bruce Baggaley • Aumentar o valor para o cliente, eliminar desperdício e aumentar a quantidade de dinheiro que o fluxo ganha. • Manter a melhoria contínua no fluxo de valor. • Motivar a mudança e a melhoria. • Mostrar como o fluxo de valor está atingindo sua metas de desempenho. • Corrigir problemas no processo. Para que medir? Pra quem medir? � Para o Time de Melhoria Contínua. � O Time de Melhoria Contínua é trans- funcional. � A maioria do time trabalha no fluxo de valor, mas também podem participar: � especialistas externos, � contadores, � pessoal de finanças � e representantes de fornecedores ou clientes. Quando medir? � Toda a semana para iniciar projetos que garantam que os números das medidas de desempenho melhorem continuamente. � O time se reúne semanalmente para revisar a última medição do desempenho e relatar as ações de melhoria e para começar novos projetos de melhoria. Como responder às medições? � Com projetos de curto prazo, de menos de dois meses. � Mesmo que os projetos individualmente tenham impacto modesto, a soma de todos os projetos cria significativa melhoria contínua no fluxo de valor. Qual é o diferencial frente às medições tradicionais? � As medidas de desempenho de fluxo de valor são similares às tradicionais. � A diferença esta em COMO são usadas. � Medidas tradicionais medem TODA a manufatura a cada MÊS. � As métricas enxutas medem apenas o FLUXO DE VALOR específico a cada SEMANA. Medir quem? � Medidas tradicionais medem AS GERÊNCIAS de cada fábrica para estimular COMPETIÇÃO entre as fábricas. � As métricas enxutas medem apenas o FLUXO DE VALOR específico a cada SEMANA. Como as medições NÃO devem ser usadas? � Para criar competição indesejável entre os times de fluxo de valor. Como as medições DEVEM ser usadas? � Para gerar MUDANÇA, não apenas RELATÓRIOS. � Mais importante do que os números resultantes das medições, é a taxa e a direção da mudança. Como começar a medir de forma enxuta? � Os projetos-piloto de medições de desempenho enxutas devem selecionar POUCAS métricas. � O conjunto das métricas deve ser balanceado e fácil de compreender. � A diretoria da empresa define as metas de longo prazo e o time define as metas de curto prazo. Vendas por Pessoa � Mede a produtividade do fluxo de valor. É a Venda Total dividida pelo número de pessoas no Fluxo de Valor. � Princípio Enxuto: Aumentar continuamente o valor criado com os mesmos recursos ou diminuição dos mesmos. � Requisitos: Campo em cada pedido vendido identificando o fluxo de valor de origem � Objetivo: A taxa da mudança. Cerca de 20% de melhoria por ano. Entrega no Prazo � Mede o grau de controle dentro do fluxo. � É o percentual de ordens entregues ao cliente no prazo. � Princípio Enxuto: Garantir que todos os processos do Fluxo de Valor estejam sob controle Tempo de Porta-a-Porta � Mede o fluxo de materiais. � É o tempo para uma matéria-prima ir da área de recebimento, passar pela produção até a expedição. � Princípio Enxuto: Aumentar a taxa de fluxo de materiais pelo Fluxo de Valor � Horas de porta a porta=Inventário Total / Taxa de Expedição de produtos � Horas de porta a porta= (Matéria-prima +WIP + Estoque de Produtos Finais) / Produtos despachados esta semana /Horas na semana Primeira vez Através � Mede a capacidade do fluxo de valor produzir com perfeição. � É a percentagem de produtos que passaram pelo fluxo sem re-trabalho ou perda. � Princípio Enxuto: Produzir de forma padrão todas as vezes. Custo Médio por Unidade � Mede o custo total do Fluxo de Valor dividido pelo número de produtos despachados aos clientes. � Princípio Enxuto: Reduzir continuamente a quantidade de recursos necessários para fazer e vender os produtos. Dias Acima do Prazo das Contas a Receber � Mede a quantidade de dinheiro que os clientes estão devendo expressa em dias de expedição. � Princípio Enxuto: Aumentar a taxa de fluxo de caixa no fluxo de valor. � Total de dinheiro devido pelos clientes para produtos expedidos pelo fluxo de valor dividido pela média do valor de vendas da expedição. CASAPRONTA Decorações Ltda. Case-Study Setor Montagem João Paulo P. Jardim Marco Antonio Argenton Leandro Greggio Projeto Montagem Pontuação Implantação de células de manufatura Metas do projeto � Estimular o resultado do setor de montagem e remunerar os montadores de acordo com os resultados individuais. � Teve como meta elevar a capacidade produtiva dos montadores no setor de montagem. Descrição � Em síntese houve um controle do setor de produção por pontuação e não mais por peças, na qual de acordo com os resultados obtidos os montadores e ajudantes serão remunerados de acordo com descrição a seguir: Descrição técnica do Projeto � 1º- Foram feitos levantamentos dos tempos gastos na montagem das peças � 2º- Foram atribuídos uma pontuação na proporção de 1 ponto = 1 hora trabalhada por equipe composta de 1 montador e 1 ajudante. � 3º- Nesta fase o ajudante entregava a peça polida no setor de acabamento. Descrição técnica do Projeto � 4º- Foi feita uma alteração estrutural na montagem. Foi dispensado 2 montadores e realocado 1 , foram realocados 1 ajudante e o encarregado da montagem passou a ser facilitador, foram dispensados ainda 2 ajudantes. � 5º- Foi feita alteração no setor realocando um funcionário do acabamento e um outro da montagem para fazer o polimento das peças, foi feita a contratação de 1 ajudante, com isto o recurso do setor aumentou 12,5%. Descrição técnica do Projeto � 6º- foram feitas a classificação dos montadores: A - 1ponto +25% = 1.25p/h B - 1 ponto (média que corresponderia a 1 hora trabalhada pela equipe) C - 1 ponto -25% = 0.80 p/h esta diferença de 25% está relacionada com a diferença salarial dos montadores respeitadas as mesmas categorias � 7º - fazer classificação dos ajudantes A - acrescentar 35% na pontuação do montador B - acrescentar 25% na pontuação do montador C - acrescentar 12.5% na pontuação do montador ( igual ao aumento do recurso do setor) Descrição técnica do Projeto � 8º Faz se a composição das equipes respeitados os números anteriores e considera-se o resultado com o valor mínimo a ser atingido ou seja a cota. � 9º Para se determinar o valor da meta foi utilizada a seguinte lógica: valor considerado bom: 50% a mais que a pontuação de classificação do montador menos 35% da classificação do ajudante tipo A o resultado é de 15% e acrescido dos 25% necessário para se atingir a meta de 100 pçs por semana com 8 montadores, o resultado final é de 40%. � 10º- Entre a cota e a meta o montador e ajudante recebe uma remuneração percentualmente proporcional, sendo esta diferença 20%. Isto se dará desde que atingido a cota mínima estipulada de acordo com o número de horas disponiveis. Descrição técnica do Projeto � 11º- Atingido a meta tanto o montador quanto o ajudante recebem percentualmente proporcional ao aumento em relação a meta + 10% de bonificação. Isto se dará desde que atingido a meta estipulada de acordo com o número de horas disponíveis. � 12º- Numa possível falta do ajudante, o dia será desconsiderado para efeito de resultado a critério do montador. � 13º- Uma possível falta do Montador não será desconsiderado para efeito de resultado. � 14º- Os relatórios de não conformidades serão descontadas da pontuação total e será pontuada pelo dobro de horas gastas para a restauração sendo que a pontuação mínima ser descontada é de 0,5 ponto. � A pontuação positiva será paga no mesmo dia do pagamento mensal. � A pontuação negativa ficará num banco a ser compensado num prazo de 6 meses,a compensação será através de pontuações positivas ou desconto dos vencimentos. � Montagem: Cota Meta Acumula saldo negativo p/ período seguinte Ganho proporcional p/ montador e ajudante + 10% Bonificação + 20% p/montador e ajudante + Ganho proporcional � Trabalho além do horário; � Sem horas-extra; � Sem contar horas adicionais p/ cota; 20% Critérios para Medidas Desempenho Implantação de células de manufatura Gestão Visual das Células � Quadro de programação visual para as atividades das células; � Legenda do equipamento, do item, ordem da tarefa e atividade; � Possibilidade de mobilidade de programação com base na variação da demanda; � Possibilidade de trabalhadores multifuncionais; Gestão Visual das Máquinas � Quadro de programação visual para as atividades; � Legenda do equipamento, do item, ordem da tarefa e atividade; � Possibilidade de mobilidade de programação com base na variação da demanda; � Possibilidade de trabalhadores multifuncionais; QUADRO DE PROGRAMAÇÃO REVISÃO DA PROGRAMAÇÃO DATA __/__/__ REVISOR:_________ PENDÊNCIAS QUADRO INFORMATIVO PRINCIPAIS PROBLEMAS RNC 6:30 7:00 8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 Gestão Visual da Montagem � Quadro de programação visual para cada um dos montadores; � Box para organização de ferramentas e pertences; Resultados Gerais (após 5 meses de projeto) � Produção orientada para fluxo específico de família de produtos; � Diminuição de lotes de produção; � Programação diária ao invés de semanal; � Envolvimento e empowerment dos funcionários; � Nivelamento de produção; � Produção puxada; �Acompanhamento visual da programação: � apontando desvios e mudanças; � ferramentas de comunicação e aprendizado; � percepção comum das atividades do processo; � Diminuição do Lead-Time (± 25%); � Redução de Movimentação (60%); � Aumento da produtividade (cerca de 30%); Situação Inicial 5 meses de implementação