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FÓRUM I ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÁREA DE SURDO-CEGUEIRA E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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FÓRUM II – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÁREA DE SURDO-CEGUEIRA E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Antes de falar das opções, vou falar das condições de escolarização. Aqui no IBC, por ser um programa de reabilitação, a meta é o encaminhamento para o mercado de trabalho. Para isso, a pessoa atendida precisa ter um sistema de comunicação e, em seguida, ser escolarizada. O currículo para esse público tem caráter funcional, diferenciando-se, em alguns casos, do currículo da escola regular. Quanto às opções, pela lei, seria a inclusão total, o aluno com surdo-cegueira deveria frequentar normalmente as salas de aula regulares, da creche ao ensino médio. Na prática, nem sabemos onde esses alunos estão. O próprio diagnóstico da surdo-cegueira não é fechado nas crianças. O que há é um encaminhamento da fala dos profissionais diagnosticando uma criança surda com baixa visão ou uma criança cega com dificuldade auditiva. Com isso, a criança com surdo-cegueira fica perdida na escola regular, com comportamentos considerados, muitas vezes, socialmente inadequados, sendo enquadrada como autista, deficiente intelectual…. Quando, na verdade, é uma pessoa angustiada que não sabe se expressar. Quando se estabelece uma linguagem, a comunicação é possível e a escolarização pode ser realizada.
Quais são as opções para a criança com surdo-cegueira ser escolarizada?
A escolarização da criança com surdocegueira pode ser realizada por meio de diferentes opções, levando em consideração as necessidades individuais e a disponibilidade de recursos e apoio adequados. Algumas opções comuns são:
Escolas especializadas em surdocegueira: Existem escolas especializadas que oferecem um ambiente de aprendizado e suporte específicos para crianças com surdocegueira. Essas escolas geralmente possuem professores e profissionais especializados em atender às necessidades educacionais e de comunicação dessas crianças. Nesse ambiente, são utilizadas estratégias e recursos adaptados para facilitar a aprendizagem e a comunicação.
Classes ou unidades especializadas em escolas regulares: Algumas escolas regulares possuem classes ou unidades especializadas para crianças com surdocegueira. Nessas classes, os alunos recebem suporte educacional individualizado e recursos adaptados para atender às suas necessidades específicas. Essa opção permite que a criança esteja inserida em um ambiente inclusivo, interagindo com seus pares ouvintes e com acesso aos recursos da escola regular.
Atendimento educacional especializado (AEE) na escola regular: O Atendimento Educacional Especializado é um serviço oferecido na escola regular para alunos com deficiência, incluindo aqueles com surdocegueira. O AEE pode envolver a presença de profissionais especializados, como professores de apoio, intérpretes de Libras ou outros recursos adequados para auxiliar a aprendizagem e a comunicação da criança com surdocegueira.
Inclusão em turmas regulares: Conforme mencionado anteriormente, a lei prevê a inclusão total das crianças com surdocegueira em salas de aula regulares. Essa opção visa promover a inclusão social e educacional da criança, proporcionando interações com seus pares ouvintes. No entanto, é importante ressaltar que a inclusão total requer um ambiente de apoio e recursos adequados, como intérpretes, materiais adaptados e estratégias de comunicação eficazes.
É essencial destacar que a escolha da opção de escolarização para uma criança com surdocegueira deve ser baseada em uma avaliação individualizada das suas necessidades, habilidades e preferências, levando em consideração o ambiente educacional mais adequado para promover o seu desenvolvimento e aprendizagem. A colaboração entre pais, profissionais da educação, especialistas em surdocegueira e a própria criança desempenha um papel fundamental na tomada de decisões relacionadas à sua escolarização.

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