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ECG AULA 1: IDENTIFICAÇÃO • INDICAÇÕES: SCA, arritmia, sobrecarga atrial e ventricular, efeito de medicação, alteração eletrolítica (K, Ca, Mg), funcionamento de marcapassos, entre outras… • IDENTIFICAÇÃO: nome, sexo (homem x mulher - QRS menor pela mama), idade, biotipo (pesoxaltura), quadro clínico Conceitos fundamentais • Onda P é a primeira onda → despolarização atrial; • Complexo: QRS → marca despolarização ventricular • Onda T → repolarização do ventrículo • Segmento: linha reta; se encontra DENTRO do intervalo • Intervalo: final de onda ao início da próxima/complexo ◦ ex: intervalo QT = intervalo QRS + segmento ST + onda T Sistema de condução • Impulso NASCE no nó sinusal ◦ Marca-passo natural; despolariza mais rápido que demais estruturas; entre VCS e aurícula direita; nutrição ramo CD ou Circunflexa (Cx) • → Feixe de Bachmann + Feixes Internodais (anterior/médio/posterior) • → Nó atrioventricular ◦ Leve retardo da condução; triângulo de Koch (válvula tricúspide); limitar qte de estímulos (impede inclusive arritmia atrial p/ ventrículo); ramo da CD (90%) ou Cx • → Feixe de His → Ramo esquerdo + Ramo direito ◦ Ramos percorrem septo interventricular; ramo esquerdo forma hemifascículos (geralmente 2) p/ músculos papilares • → Hemifascículos + Fibras de Purkinje ◦ Purkinje se localizam no final do trajeto; despolarizam VD e VE AULA 2: PADRONIZAÇÃO / CALIBRAÇÃO Padronização e Calibração do ECG • Divisão em quadrados de 1mm (vertical e horizontal) • Vertical ↓↑: VOLTAGEM/AMPLITUDE ◦ Calibração habitual: 10mm de amplitude = 1mVolt → 1mm = 0,1mVolt • Horizontal →←: TEMPO ◦ Registra em 25mm/seg; 1mm = 0,04s = 40ms ◦ Ex: paciente com hipertrofia ventricular pode ser necessário redução da calibração pois qrs invade outros traçados ◦ Ex2: paciente com derrame pericárdico pode ser necessário aumento do calibração pois traçado vem muito baixo ◦ Ex3: paciente com taquicardia ventricular pode ser necessário aumento do tempo (25 → 50mm/s) para avaliar onda P, espaça mais os intervalos Derivações • Derivações Periféricas (PLANO FRONTAL) ◦ Ds. Bipolares = triângulo de Einthoven ▪ DI, DII, DIII ◦ Ds. Unipolares ▪ aVR, aVL, aVF (esquerda) ◦ Obs: Resultante de vetores • Derivações Precordiais (PLANO HORIZONTAL) V1 | Quarto espaço intercostal à dir. do esterno | Septo interventricular | V2 | Quarto EI esq. do esterno | Septo | V3 | Ponto médio entre V2 e V4 | Anterior | V4 | Quinto EI esq. sobre linha hemiclavicular anterior | Anterior | V5 | Nível de V4, linha axilar anterior (ou entre V4 e V6) | Lateral | V6 | Nível de V5, linha axilar média | lateral | • Outras derivações específicas: ◦ Suspeita de IAM de parede posterior/dorsal ▪ V7: 5o EIC linha axilar posterior ▪ V8: ponta da escápula, linha hemiescapular ◦ Suspeita de infarto de VD ▪ V3R (trazer V3 p/ lado direito, mesmo posicionamento) ▪ V4R (trazer V4 p/ lado direito, mesmo posicionamento) ◦ Obs: infra desnivelamento nada mais é que o supra desnivelamento da parede contrária! → Ou seja, se em V1 está com infra, o supra (infarto) pode estar em V6, V7 e V8… ◦ Lista AULA 3: FREQUÊNCIA CARDÍACA Frequência cardíaca • Velocidade padrão é 25mm/s → 25x60s = 1500mm a CADA MINUTO • Cada QRS gera um batimento ◦ Dividir 1500/distância QRS = FC ▪ 1500/No. quadradinhos entre 2 QRS (Intervalo RR) ▪ 300/No. quadrados grandes entre 2 QRS (RR) • Macete: 1Q = 300BPM, 2Q = 150BPM, 3Q = 100BPM, 4Q = 75BPM, 5Q = 60BPM, 6Q = 50BPM ◦ 300, 150, 100, 75, 60, 50 ▪ Válido somente para ritmos regulares • Ritmos Irregulares: ◦ REGRA DOS 10 SEGUNDOS: ▪ Derivação LONGA de 10s 1. Conta-se o n. de QRS 2. Multiplica por 6x 3. Obtêm-se o valor em 1min (BPM) AULA 4: EIXO ELÉTRICO EIXO • Direção de despolarização; alteração pode ser patológica • Normal: entre -30o e +90o • Desvio para direita: entre +90 e +180 • Desvio para esquerda: entre -90 e -30o • Desvio extremo: entre +180 e -90 Método do quadrante • Eixo Normal = D1 + aVF + • Desviado para direita = D1 - aVF + • Desviado para esquerda = D1 + avF - e D2 - • Desvio extremo = D1 - aVF - ◦ Avaliar se eletrodos D1 não estão trocados de lugar ◦ Avaliar possível dextrocardia Método da derivação isodiafásica 1. Busca-se QRS isofásico (porção positiva = porção negativa) 2. Buscar qual derivação é perpendicular àquela derivação (DI → aVF; DII → aVL; DIII → aVR) AULA 5: ONDA P E INTERVALO PR • Útil para avaliar suspeita de BAV, SOBRECARGA ATRIAL, PRÉ-EXCITAÇÃO VENTRICULAR • Lista Onda P • Morfologia: monofásica, arredondada, pequenos entalhes em DI, aVF e bifásica em V1; na taquicardia, é pontiaguda ◦ + em DI e aVF, - em aVR ◦ Amplitude < 0,25mV (3q) ◦ Duração <120ms (3-5q) ◦ Deflexão negativa em V1 normalmente < 1mm • Marcada pela despolarização do AE + despolarização AD ◦ Em V1 (que vê o septo) geralmente avalia P como bifásico (máx 1mm) Intervalo PR • Início P até início QRS • de 120-200ms (3-5q) • Menor que 3q = Sinal pré-excitação ventricular ◦ + onda delta • Maior que 5q = BAV 1o grau Sobrecarga Atrial Esquerda • Plano frontal: aumento da duração • Plano horizontal: índice de Morris (deflexão em V1 > 1mm) ◦ Sinal indireto de crescimento de AE Sobrecarga Atrial Direita • Aumento da amplitude isoladamente (mais apiculada) → >2,5q Sobrecarga Biatrial • Aumento da amplitude e duração • Lista AULA 6: COMPLEXO QRS • Início da Q até última S • Duração 60-120ms • Amplitude 5-20mm periféricas (DI, DII…) • Amplitude 10-30mm precordiais (V1 - V6)