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<p>CASO CLÍNICO 1 – CRIANÇA DM1</p><p>1. Avaliação Nutricional: Peso atual: 18 kg; Estatura: 1,15; IMC: 13,61 kg/m²</p><p>Avaliação da Composição Corporal: A presença de atrofia da bola de gordura de Bichat</p><p>e dos músculos temporais, indica perda de massa muscular e gordura, sugerindo</p><p>desnutrição.</p><p>Triagem Nutricional: Ferramentas como o StrongKids ou SGA-Pediátrica podem ser</p><p>usadas para avaliar o risco nutricional da criança, considerando fatores como perda de</p><p>peso, mudanças no apetite, presença de sinais clínicos de desnutrição e ingestão alimentar.</p><p>2. Diagnóstico Nutricional da Paciente: Desnutrição moderada ou grave.</p><p>A paciente perdeu 2 kg nas últimas duas semanas, o que representa uma perda</p><p>significativa (10% do peso habitual, que era 20 kg).</p><p>3. Tempo de Reavaliação: Devido ao estado nutricional comprometido e ao diagnóstico</p><p>recente de DM1, é importante monitorar de perto a resposta nutricional e o controle</p><p>glicêmico. Uma reavaliação deve ser feita indicada a cada 7 dias, e, conforme a</p><p>estabilização e progresso, a cada 15 dias</p><p>4. Conduta Nutricional</p><p>É importante considerar um plano alimentar personalizado, ajustando os carboidratos,</p><p>proteínas e lipídeos para garantir crescimento adequado e manutenção da glicemia.</p><p>Fracionar as refeições em 6 a 8 porções ao dia (3 refeições principais e 3 a 5 lanches) para</p><p>evitar hipoglicemias e fornecer energia adequada ao longo do dia. Incluir fontes de</p><p>carboidratos complexos e alimentos ricos em fibras para ajudar a manter níveis</p><p>glicêmicos estáveis. Ajustar a ingestão de proteínas para ajudar na recuperação de massa</p><p>muscular e gorduras saudáveis (como óleo de peixe, abacate e nozes) para energia e</p><p>recuperação de tecido adiposo.</p><p>Ensinar a paciente e sua família sobre contagem de carboidratos, escolha de alimentos</p><p>saudáveis e como gerenciar o diabetes em situações cotidianas (como durante atividades</p><p>físicas, doenças, etc.). Ajustar as doses de insulina com base na ingestão alimentar e nos</p><p>níveis de glicemia para evitar tanto hipoglicemias quanto hiperglicemias.</p><p>A paciente apresenta sinais de desnutrição e necessita de um acompanhamento nutricional</p><p>rigoroso, com um plano alimentar personalizado e monitoramento contínuo. A educação</p><p>da família e o ajuste de insulina são partes críticas do manejo.</p><p>CASO CLÍNICO 2 - ÚLCERA GÁSTRICA</p><p>1. Avaliação Nutricional: Peso atual: 53 kg; Peso habitual: 70 kg; Estatura: 1,70 m; CB:</p><p>23 cm; IMC: 18,3kg/m2 (IMC abaixo de 18,5 kg/m² é indicativo de desnutrição em</p><p>adultos.)</p><p>2. Diagnóstico Nutricional da Paciente: Paciente apresenta uma Desnutrição grave. Pois</p><p>perdeu 17 kg nos últimos 3 meses, o que representa aproximadamente 24% do peso</p><p>habitual (70 kg). Sua CB deu 23cm que indica perda de massa muscular. A Atrofia da</p><p>bola gordurosa de Bichat, indica perda significativa de massa muscular e gordura</p><p>corporal. Dor epigástrica, redução de 60% na ingestão alimentar e fezes pastosas de</p><p>coloração escurecida (possivelmente melena) sugerem complicações associadas à úlcera</p><p>gástrica, como sangramento ou irritação da mucosa.</p><p>3. Tempo de Reavaliação: De acordo com o estado nutricional, a presença de sintomas</p><p>gastrointestinais e a perda de peso significativa, o ideal seria a reavaliação semanal. Este</p><p>acompanhamento permitirá ajustes na terapia nutricional e no manejo clínico conforme</p><p>necessário.</p><p>4. Conduta Nutricional</p><p>É importante realizar refeições pequenas e frequentes (6 a 8 vezes ao dia) para minimizar</p><p>a sobrecarga gástrica e reduzir a dor epigástrica. Preferir alimentos de fácil digestão e</p><p>evitar alimentos que aumentem a secreção gástrica ou irritem a mucosa, como alimentos</p><p>gordurosos, frituras, alimentos ácidos, café, álcool, condimentos fortes e bebidas</p><p>carbonatadas. Começar com dieta pastosa e, conforme a tolerância, progredir para uma</p><p>dieta branda ou normal conforme os sintomas melhorem. Incluir fontes de proteína magra</p><p>como peixes, frango, ovos, tofu e leguminosas, que são importantes para a recuperação e</p><p>preservação da massa muscular. Pode ser indicado o uso de suplementação orais como</p><p>hipercalóricos e hiper proteicos para compensar a ingestão inadequada de nutrientes,</p><p>vitaminas e minerais. especialmente ferro (dado o quadro de hipocromia), cálcio,</p><p>vitamina D e vitaminas do complexo B.</p><p>Educar o paciente sobre a importância de uma alimentação adequada e o impacto dos</p><p>alimentos na saúde gastrointestinal. Realizar orientações para a família sobre como</p><p>preparar refeições adequadas e de fácil digestão, evitando alimentos irritantes.</p><p>O paciente apresenta um quadro de desnutrição grave associada a úlcera gástrica, com</p><p>perda significativa de peso e diminuição da ingestão alimentar. O manejo nutricional deve</p><p>ser intensivo, com um plano alimentar individualizado, suplementação nutricional e</p><p>monitoramento rigoroso. Reavaliações semanais são essenciais para ajustar a intervenção</p><p>nutricional conforme a resposta do paciente.</p><p>CASO CLÍNICO 3 - IDOSO COM CIRROSE HEPÁTICA</p><p>1. Avaliação Nutricional: Peso Atual: 49,3 kg; Altura: 1,64 m; IMC: 18,3 kg/m2; CB</p><p>(Circunferência do Braço): 33,5 cm; CP (Circunferência do Perímetro do Braço): 39,6 cm</p><p>(com edema até o joelho)</p><p>2. Ferramenta para Triagem Nutricional: Para a triagem nutricional deste paciente,</p><p>uma ferramenta útil pode ser a Mini Avaliação Nutricional (MAN) ou a Avaliação</p><p>Nutricional Global (ANG). Estas ferramentas são eficazes para avaliar rapidamente o</p><p>estado nutricional e identificar o risco de desnutrição.</p><p>3. Diagnóstico Nutricional: O paciente apresenta um peso corporal reduzido (49,3 kg) e</p><p>um IMC abaixo do normal considerando a perda de peso e a atrofia observada. A presença</p><p>de ascite e edema sugere que o paciente pode ter retenção de líquidos, o que pode</p><p>mascarar a real perda de peso. A alopecia, atrofia temporal e perda da bola gordurosa de</p><p>Bichart são indícios de possíveis deficiências nutricionais associadas à desnutrição</p><p>crônica. A icterícia e a cirrose hepática indicam que o metabolismo do paciente está</p><p>comprometido, o que pode afetar a absorção e o aproveitamento de nutrientes. A presença</p><p>de edema pode mascarar a gravidade da desnutrição, mas o quadro clínico sugere</p><p>comprometimento nutricional.</p><p>É necessário que o acompanhamento seja realizado a cada 1 a 2 semanas para monitorar</p><p>a evolução do estado nutricional.</p><p>4. Conduta Nutricional: A dieta deve ser rica em proteínas de alta qualidade, ajustada</p><p>em calorias e pobre em sódio para controlar a retenção de líquidos. Adicionalmente, tratar</p><p>complicações como infecções e educar o paciente e família sobre a dieta e cuidados</p><p>necessários. Elaborar uma dieta hipocalórica e hipossódica, fracionada em pequenas</p><p>refeições. Incluir fontes de proteínas de alta qualidade e suplementos nutricionais</p><p>conforme necessário. Gerenciamento das complicações com controle de líquidos e</p><p>suporte nutricional.</p><p>CASO CLÍNICO 4 - GESTANTE COM DEFICIÊNCIA DE FERRO</p><p>1. Avaliação Nutricional: O ganho de peso esperado para a gestação entre 20 e 25</p><p>semanas é geralmente de 5 a 8 kg, dependendo do IMC pré-gestacional. Com um ganho</p><p>de 10,8 kg, a paciente está com um ganho de peso ligeiramente elevado para o período,</p><p>especialmente considerando seu IMC pré-gestacional de sobrepeso a obesidade.</p><p>2. Os pontos da anamnese que sugerem deficiência de ferro incluem:</p><p>Hipocromia e Unhas Enfraquecidas, Cansaço Frequente e Humor Depressivo, Pernas</p><p>Inquietas, Constipação. Todos esses pontos estão frequentemente relacionados a</p><p>deficiência de ferro.</p><p>3. Conduta Nutricional para Melhorar o Quadro Geral</p><p>Para a gestante com deficiência de ferro, a conduta nutricional inclui iniciar a</p><p>suplementação de ferro ferroso com vitamina C para melhorar a</p><p>absorção, além de</p><p>promover uma dieta rica em ferro com fontes animais e vegetais e alimentos ricos em</p><p>vitamina C. É essencial ajustar a dieta para controlar o ganho de peso, evitando excessos</p><p>e focando em alimentos nutritivos, enquanto se maneja a constipação com aumento de</p><p>fibras e líquidos. Monitorar regularmente os níveis de ferro, o ganho de peso e ajustar a</p><p>dieta conforme necessário, além de educar a paciente sobre a importância da adesão ao</p><p>tratamento e à alimentação adequada, é crucial para melhorar seu quadro geral e garantir</p><p>uma gestação saudável.</p>