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Relatorio de aula pratica, bromatologia

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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SOBRE ANÁLISES BROMATOLÓGICAS DE FORRAGENS E CONCENTRADOS
VALOR NUTRITIVO DOS ALIMENTOS
REPORT OF PRACTICAL CLASSES OF FOOD AND FEED ON ANALYSIS OF BROMATOLOGICALS FODDER AND CONCENTRATED
NUTRITIONAL VALUE OF FOOD
Aline Steffens¹Géssica Paula Tobias²Marina Marangoni³
Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC123steffensaline@yahoo.com.br1; gessicatobias@hotmail.com2; marinamarangoni.zoo@hotmail.com3.
RESUMO
Segundo BOLSAN. C.R, (2013) a bromatologia é o estudo dos alimentos, sob o ponto de vista de sua composição química, a estrutura e seus critérios de qualidades. Foram feitas análises laboratoriais com o intuito de fornecer aos alunos conhecimentos prévios de como proceder às análises de um alimento, para formulações de dietas, com confiabilidade no uso dos alimentos e bem-estar animal. Nas aulas práticas foram feitas amostragens de forragens e concentrados, bem como análises de MS (ASA e ASE); MM; calorimetria; energia bruta, análise de nitrogênio, extrato etéreo, índice de durabilidade do milho, fabricação de ração. Analisar os alimentos é conhecer a composição química, além de verificar o grau de pureza. Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância da análise e apresentar alguns métodos e técnicas rotineiras da área de nutrição animal.
PALAVRAS CHAVE: COMPOSIÇÃO, QUALIDADE, FORMULAÇÃO, TÉCNICAS
ABSTRACT
	According BOLZAN. CR (2013) bromatologia is the study of food from the point of view of its chemical composition, structure and quality criteria. Laboratory tests were made in order to provide students with prior knowledge of how to proceed to the analysis of a food for diet formulations, with reliability in the use of food and animal welfare. In practical classes of fodder and concentrated samples were taken and MS analysis (ASA and ASE); MM; calorimetry; gross energy, nitrogen analysis, ether extract, corn durability index, manufacture of feed. Analyze the food is to know the chemical composition, in addition to verifying the degree of purity. This work aims to show the importance of analysis and present some methods and routine techniques of animal nutrition area.
KEYWORD: COMPOSITION, QUALITY, FORMULATION, TECHNICAL
INTRODUÇÃO
O setor de alimentação animal é bastante influenciado pelas decisões e capacidade de compra do consumidor e suas exigências em relação ao suprimento e segurança dos alimentos. Por isso se faz necessário ter confiabilidade das composições químicas das dietas dos animais, para garantir a qualidade, que segue até a mesa do consumidor (ZANI. A, 2011). 
Com a análise de alimentos têm-se as características gerais de suas composições, que permite um zootecnista saber a digestibilidade dos alimentos que fornece ao animal, junto de análises laboratoriais, como matéria seca, matéria mineral, proteína bruta, gordura, estrato estéreo, entre outras. Ou seja, a análise dos alimentos é um dos principais pontos a ser observado na nutrição animal, e que o objetivo principal é o de conhecer a composição química, além de verificar a identidade e pureza, sejam de natureza orgânica ou inorgânica (AZEVÊDO. G. A. J, 2011).
Para análises dos alimentos existe o método de Weende, que foi proposto por Henneberg, em 1864, na Estação Experimental de Weende, na Alemanha. Com esse método que se tem análise aproximativa dos alimentos, mas que não é satisfatório para se obter informações sobre carboidratos, pois inclui no grupo da fibra bruta a celulose e apena a lignina insolúvel em álcali (AZEVÊDO. G. A. J, 2011).
Para resolver o problema da fibra bruta existe o método de Van Soest, o qual divide os componentes em carboidratos não fibrosos e os carboidratos fibrosos. Este método separa melhor os diversos componentes da fração fibrosa, sob o ponto de vista nutricional (AZEVÊDO. G. A. J, 2011).
Diante disso as aulas práticas seguiram sequencia quanto às análises de alimentos para nutrição animal, e os métodos ideias para realização do processo.
MATERIAL E MÉTODOS
As aulas práticas da disciplina de Alimentos e Alimentação dos Animais, pertencente à grade curricular do curso de zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina–UDESC, foram realizadas no Laboratório de Nutrição Animal- LANA. As práticas foram realizadas durante o período letivo do segundo semestre de dois mil e quinze, na parte da tarde nas quintas- feiras, onde era dividido em duas turmas (a,b), e cada semana era designada para uma turma, onde dentro dessas se formaram grupos de três integrantes. Para início das aulas o professor Diovani Paiano, apresentou os materiais e equipamentos disponíveis no laboratório para realização das análises. Os equipamentos e materiais utilizados para as práticas foram: balança, dessecador, estufa, bomba colorimétrica, moinho tipo martelo, placa aquecedora; mufla, extrator de gordura; aparelho tipo micro Kjeldahl, capela (400°C), peneiras dos diferentes tamanhos de malha e diâmetros, cadinhos,, reagentes líquidos e sólidos, vidros masson, misturador tipo Y, entre outros. 
A primeira aula prática aconteceu no dia seis de agosto de dois mil e quize, onde foram coletadas amostras de espécies forrageiras disponíveis no terreno da universidade. Os autores deste trabalho ficaram responsáveis pelas análises da espécie Dactylon de gênero Cynodon spp, sendo que esta foi coletada através do método do quadrado tendo este uma área de 0,5m x 0,5m (0,25m²) e levada para posterior análise no laboratório. A coleta das forrageiras foi realizada nos horários do dia onde a umidade do ar esta mais baixa como no final da tarde, para não interferir na matéria seca da planta. Assim quanto mais irregular é a pastagem mais amostragens devem ser feitas pra estimar a área total de forma mais precisa possível, o quadrado para amostragem foi lançado ao acaso.
As forragens foram colocadas em sacos de papel, e separadas em B1 e B2 e realizado o peso da tara. Em seguida foi adicionada a amostra de volumoso nas embalagens e também foram pesadas (Tabela 01). Depois de registrado o peso das embalagens com a amostra, foi colocado em estufa por 72 horas à 65ºC.
 No dia dez de agosto de dois mil e quinze, foram retiradas da estufa as amostras com as forragens, que foi deixado esfriar em dessecadores por 15 minutos e pesado novamente até atingir a temperatura ambiente. Com isso ás 09h15min da manhã, obteve-se a ASA (pré-secagem, amostra seca em estufa de ar forçado) e realizado a amostragem (Tabela 01).
A determinação do conteúdo de umidade das forragens e em silagens é um dos procedimentos mais utilizados em pesquisas hoje em dia na área de pastagens, principalmente em estimativas de rendimento e disponibilidade de matéria seca.
A matéria seca (MS) tem sido utilizada, como importante parâmetro para expressar a produção de forragens (CRESPO 2002).
A qualidade das forragens para realização de posterior análise está associada a fatores relacionados às condições durante a secagem. A secagem do material vegetal é necessária para evitar alterações químicas e a degradação e decomposição dos tecidos durante o armazenamento, sendo em embalagens, silos, a granel etc, além de ser requerida para estimar as quantidades de nutrientes que os animais consumirão (PETRUZZI et al. 2005).
Em nossa aula prática do dia dezenove de agosto de dois mil e quinze, foi feita análises de volumoso e um concentrado para bovinos, coletado em uma propriedade rural, para determinar a ASE. Após os cadinhos serem retirados da estufa a aproximadamente 135ºC, por pelo menos duas horas, colocamos no dessecador por pelos menos 20 minutos, onde é recomendado para atingir a temperatura ambiente, para a segurança dos alunos em relação a queimaduras, e para não dar interferências nas pesagens, em seguida, com auxílio de uma pinça retiramos um cadinho por vez, taramos a balança e objetivemos o peso do cadinho, adicionamos aproximadamente 2 g de amostra moída nos cadinhos, onde registramos o peso do recipiente mais amostra e identificamos em baixo de cada recipiente com aletra e o numero seguindo a ordem de nossas amostras, sendo que dois cadinhos com amostras de volumoso e dois cadinhos com amostra de concentrado seguiram para estufa já pré-aquecida por 24 horas a 105ºC, no outro dia, foram retirados da estufa com auxilio de pinças e armazenados no dessecador por aproximadamente 30 min, e depois de feita as pesagens, determinamos a ASE (amostra seca em estufa). Após ter conhecido os valores fizemos ASA x ASE e obtivemos o valor de matéria seca. 
Matéria seca definitiva é usada para amostra de forragens que foram submetidas à pré-secagem, deve ser feita preferencialmente em estufa com circulação forçada de ar a 135ºC, 100ºC ou 105ºC, o tempo é variado em media duas horas a 135ºC, 24 horas a 100ºC e 16 horas a 105ºC. A perda de água que se verifica na secagem definitiva é a umidade total, portanto o material antes de ser colocado na estufa, deve ser pesado em balança analítica adequada, com precisão de 0,1 g Silva e Queiroz (2002).
No mesmo dia dezenove de agosto fizemos o mesmo procedimento para analise da Matéria Mineral, colocaram-se os cadinhos na estufa a 105ºC, deixando secar por duas horas em média, após serem retirados da estufa seguiram para o dessecador por uma hora, é necessário para estabiliza-los a uma temperatura ambiente, pesamos 2,0 g de amostra seca ao ar, sendo dois cadinhos de volumosos e dois de concentrados levados para mufla a 450ºC, onde ficou por 24 horas, até atingir a temperatura de 600ºC, posteriormente desligamos, e aguardamos os cainhos chegarem a uma temperatura de 250ºC e colocamos no dessecador, após atingir temperatura ambiente pesamos novamente e determinado à matéria mineral ou cinza.
Cinza ou matéria mineral é o produto que se obtém após o aquecimento de uma amostra, à temperatura de 500 a 600ºC, durante quatro horas ou até a combustão total da matéria orgânica, por meio de aquecimento em temperatura elevada, todas as substancias voláteis que se decompõem pelo calor são eliminada, e a matéria orgânica é toda transformada em CO2, H20, etc (TONISSI; GOES, 2015).
Prática de determinação de energia bruta. Segundo Silva e Queiroz (2002), a energia bruta refere-se á quantidade de calor liberado (kcal/kg ou kcal/g) de determinada amostra, quando esta é completamente oxidada em ambiente rico de oxigênio (25 a 30 atm de oxigênio). Para a determinação da energia bruta dos alimentos foi utilizada a bomba calorimétrica (calorímetro adiabático de Ika), que esta está sendo utilizada no laboratório de alimentos e alimentação animal (ALAN) da UDESC. Ela consiste em um cilindro metálico e hermeticamente fechado, onde a amostra é colocada em recipiente próprio com trinta bars de oxigênio.
 A combustão foi feita através de um circuito elétrico que determinou a queima de um fio de ignição de algodão, que encontrou em contato com a amostra, liberando uma faísca elétrica para início da combustão, Silva e Queiroz (2002). Na aula prática, essa combustão se deu em 1500°C. A bomba calorimétrica no momento da analise foi mergulhada em um recipiente com água destilada, onde a combustão da amostra provoca a elevação da temperatura desta água. 
De acordo com Silva e Queiroz (2002) a pesagem da amostra pode variar de 0,5 a 1,0 g da amostra, dependendo do tipo de material a ser analisado. A amostra foi colocada em um cadinho de alumínio, e nesse mesmo cadinho foi colocado o fusível (na ocasião foi utilizado um fio) para que ocorresse a queima da amostra, ele teve contato com a amostra, mas não tocou na cápsula. 
 Em seguida fechamos bem a tampa da bomba, adicionando lentamente, o oxigênio até atingir trinta bars. Foi colocada água destilada, no recipiente oval do calorímetro ocorrendo à imersão na bomba. A temperatura da água esteve entre os valores mensuráveis nos termômetros, preferencialmente próxima aos 23°C.
Após esse procedimento a bomba calorimétrica foi acionada e ajustamos a temperatura da água da parte externa com a da interna pela adição de água quente ou fria, e registrado o peso da amostra. Observamos ocorrer o equilíbrio térmico do termômetro. Após esse procedimento ficamos aguardando o resultado da queima que se deu em J/Kg, em seguida ao resultado fizemos o ajuste para matéria seca sendo essa em Kcal/Kg.
Segundo Silva e Queiroz (2002), gorduras, óleos, pigmentos e outras substanciam gordurosas solúveis contidas em uma amostra seca serão dissolvidas através da extração com éter, o qual é, então, evaporado desta solução gordurosa, o resíduo resultante é pesado, sendo chamado de extrato etéreo ou gordura bruta.
As gorduras ou lipídios são substâncias insolúveis em água, mas solúveis em éter, clorofórmio, benzeno, e em outros solventes orgânicos chamados de extratores. A gordura constitui a fração mais energética dos alimentos e, como os carboidratos, são compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio. Silva e Queiroz (2002).
Para determinação do extrato etéreo, foi utilizado aproximadamente 2g de amostra, tanto para concentrado como para volumoso, após pesadas às amostras foram colocadas em um papel filtro e enrolada, a amostra foi colocada em tubo, onde foram adicionados dois dedos de éter, e levadas ao extrator de gordura, estas amostras permaneceram no condensador por aproximadamente 8 horas, onde o alimento fica sendo lavado pelo éter para que toda a gordura seja dissolvida, este éter usado no processo é aquecido até se tornar volátil, e ao se condensar arrasta a gordura, a nossa amostra ficou fazendo o processo de lavação com o éter por 4 horas, depois disso o éter vai para outro recipiente para que a gordura extraída possa ser calculada. 
Depois do processo de extração a amostra foi colocada em estufa, com temperatura de 105˚, por aproximadamente 40 minutos para que as gorduras não sejam oxidadas, para eliminar algum resíduo de éter que possa ter ficado na amostra, através da temperatura da estufa o éter é volatilizado restando apenas à gordura extraída da amostra, a qual se obteve um valor conhecido pela diferença de peso comparando com a amostra inicial. Após a retirada da amostra da estufa foi reservado por 30 minutos para depois se fazer a pesagem.
Para a análise do Nitrogênio total, fizemos o uso da mesma amostra do material utilizado para as demais análises, no dia primeiro de outubro de dois mil e quinze. Para seguirmos com a amostragem de determinação do Nitrogênio utilizamos um tubo de ensaio onde colocamos aproximadamente 1g de amostra, sendo B1 e B2 para volumoso, e B3 e B4 para concentrado, em seguida adicionamos 5 ml de ácido sulfúrico ( H2SO4), e selênio mais cobre que tem a finalidade de agirem como catalizadores e também levam o ponto de ebulição o acido sulfúrico. Depois de feito este processo os tubos de ensaio foram colocados no aparelho tipo micro Kjeldahl, para ocorrer à digestão do material. Tem-se uma cor mais clara da amostra depois de ocorrida a digestão, apos passar por estre processo a amostra foi colocada no destilador de nitrogênio e foi adicionado NaOH afim de alcalinizar o ácido e a amônia poder ser liberada. No destilador foi utilizado um erlernmeyer contendo ácido bórico que fica adaptado ao tubo de ensaio com a amostra, quando mudou de coloração e ficou verde, ocorreu o tamponamento do ácido bórico, colocamos em um pipetador um indicador de viragem (ácido sulfúrico), onde neutralizou e mudou de cor, que antes era verde, para o rosa, anotamos o volume gasto e quantificamos o nitrogênio da amostra. A quantidade de ácido gasto nos indica a quantidade de N total presente na amostra, e por uma simples multiplicação deste valor obtido pelo fator 6,25 obtém-se o teor de proteína bruta.
O termo Proteína bruta (PB) envolve um grande grupo de substancias com estruturas semelhantes, porém com funções fisiológicas diferentes. Baseado no fato das proteínas terem porcentagens de nitrogênio quase constante (em torno de 16%), o que se faz é determinar o nitrogênio e por meio de um fator de conversão, a porcentagem de proteína bruta é obtida pela multiplicação de nitrogênio no alimento, pelofator de conversão 6,25 (TONISSI; GOES, 2015).
O método de Kjedahl é o mais utilizado, e vem sendo usado nos laboratórios de nutrição animal por mais de 120 anos. Este método determina o nitrogênio contido na matéria orgânica, incluindo o nitrogênio proteico e outros compostos não proteicos, como: aminas, amidas, lecitinas, nitrilas e aminoácidos, além de se basear numa digestão ácida, na qual o nitrogênio da amostra é transformado em amônia, sendo posteriormente separado por destilação e finalmente dosado pela titulação (TONISSI; GOES, 2015).
No dia quinze de outubro de dois mil e quinze, realizou-se nova aula prática com a avaliação das características físicas do milho, para fazer o índice de durabilidade disponibilizada pelo professor, o milho passou pelo moinho tipo martelo, em seguida separado em amostras uniformemente e colocados no jogo de peneira para posterior agitação. As peneiras apresentadas foram com 2 de diâmetro e 8 de diâmetro, e o conjunto de peneiras, que são, de malha 4, peneira de malha 2,2, peneira de malha 1,18, peneira de malha com 600 micrometros, peneira de malha com 300 micrometros, e peneira de 150 micrometros .
 Antes de peneirar o ideal é que as amostras fiquem 24 horas á 105°C e para peneirar usa-se tomizador (1995). É conhecido que para suínos o granulômetro com 8 mm, as partículas de ração ficam grossas para alimentação, assim como granulometrias com 2 mm, as partículas ficam muito finas, e dificultam consumo. Na prática foi realizados densidade e diâmetro de repouso, e discutido, que quanto mais grosso a partícula, maior o ângulo de repouso.
No dia 26 de novembro foi realizada a pratica de fabricação de rações, onde esta foi dividida inicialmente em duas partes: A primeira fabricação da ração através da formulação que havia sido feita em sala de aula, e a segunda para ver se ela estava adequadamente misturada, onde depois foi utilizado marcador. A fabricação começou de forma em que, os primeiros alimentos a serem pesados foram os macros ingredientes, com granulometria maior e seguido pelos de menor granulometria, onde o tempo para pesagem desses elementos foi de 20 minutos aproximadamente para os 12 ingredientes. A ração foi misturada no misturador tipo Y, onde o primeiro ingrediente a ser colocado é o de maior volume na ração, e em seguida os de ordem decrescente. 
Na aula prática foi utilizado o marcador Micro Tracer, para avaliar a qualidade da ração. O tempo ideal de misturar a ração nesses equipamentos seria de 11 a 14 minutos, porém foram utilizados quatro minutos para simular uma mal mistura, e a ração foi separada em doze amostras e pesadas. Em seguida usou-se a técnica de masson adaptada, colocado placa de imã na tampa de vidro masson em que se colocou as amostras, para mistura dessas, por dois minutos. Para contagem do Micro Tracer Red foram usadas folhas de papel toalha com a amostra e álcool para melhor visualização. Os ingredientes utilizados com suas respectivas quantidades utilizadas nesta formulação estão apresentados na tabela 09.
RESULTADO E DISCUÇÃO
A matéria seca (MS) é a fração do alimento excluída a sua umidade natural e onde estão contidos os nutrientes (carboidratos, proteínas, minerais, etc). A determinação da matéria seca tem grande importância na nutrição animal, pois está relacionada com a capacidade de consumo dos alimentos pelos animais, além de todo o cálculo relativo ao balanceamento de rações, custo e transporte de alimentos.
Observou-se que com está análise da determinação de matéria seca, ela influência bastante nos sistemas de controle de qualidade e de produção, tem-se entendimento que este tipo de determinação é possível controlar a nutrição animal, e conhecer sua composição química, além de conhecer também a digestibilidade, isto é, a parte do alimento que estaria disponível para o animal, a principal vantagem desse método é ser mais preciso, e a desvantagem é o custo, e o tempo para ficarem pronta às análises. Valores de MS apresentados na tabela a seguir:
	
Amostra
	
Peso Tara
	
Peso Amostra Natural
	
Peso da Asa +Tara
	
Peso Asa
	
%
ASE
	
Média Erro
	
	
	
	
	
	
	
	Volumoso B1
	12,96g
	73,24g
	36,37g
	23,41g
	31,96
	
6,54
	Volumoso B2
	13,29g
	99,17g
	47,13g
	33,84g
	34,12
	
Tabela 01. Valores de Matéria Seca
Tabela 02: Pesos utilizados para as análises e porcentagem de Matéria seca e Matéria mineral da amostra.
	
Material
	
CAD
	
Peso da tara
	
Peso da ASA
	
Peso da ASE+ TARA
	
Peso da ASE
	
% ASE
	
Média
	
Erro
	VOL MS
	BV1
	19,0116
	2,1391
	19,1520
	0,1404
	6,56
	6,815
	7,4834
	
	VOLMM
	BV2
	18,1496
	2,2144
	18,3061
	0,1565
	7,07
	
	
	
	VO MM
	BV3
	18,2197
	2,1467
	20,2627
	2,043
	95,16
	95,28
	0,2623
	
	VO MS
	BV4
	18,1585
	2,0725
	20,1359
	1,9774
	95,41
	
	
	
	CO MS
	BC5
	17,7205
	2,2140
	17,8561
	0,1356
	6,12
	7,624
	0,1173
	
	CO MS
	BC6
	17,1199
	2,2713
	17,2591
	0,1392
	6,128
	
	
	
	CO MM
	BC7
	31,7589
	2,2169
	33,7633
	2,0044
	90,41
	90,45
	0,0844
	
	CO MM
	BC8
	31,1371
	2,5311
	33,4276
	2,2904
	90,49
	
	
	
Em nossos resultados de matéria mineral podemos perceber que nos fornece apenas uma indicação de riqueza de elementos minerais na amostra, e outras análises como qualitativas e quantitativas são necessárias para a determinação real de cada fração de mineral presente na amostra. Os valores podem ser observados na tabela acima.
Segundo OLIVEIRA. M.R, submetendo a matéria seca (M.S.) a 650°C, verifica-se que parte do alimento se queima e se volatiliza, restando resíduo mineral ou cinzas. A parte que entra em combustão é a matéria orgânica do alimento e a cinza seu conteúdo mineral e que é importante enfatizar que todo o equilíbrio nutricional de uma ração é feito com base em nutrientes referidos à matéria seca da mesma. 	Nestes dois grandes grupos estão contidos os nutrientes orgânicos e os minerais, e que ambos estão contidos na matéria seca dos alimentos, assim o valor nutritivo de um alimento depende a princípio, do seu teor em matéria seca.
Tabela 03: Quantidade de material por hectare 
	MATÉRIA VERDE 
Em ¼ de m² tem 146,16 matéria verde
	
5846,4 toneladas
 
É muito importante saber o quanto de energia cada alimento fornece na hora de formular uma dieta. Para tal verificarmos o quanto de energia dos nossos ingredientes (concentrado e volumoso), pois hà uma grande variação climática encontrada no Brasil, o que pode ocasionar grande variação nos valores nutricionais. Principalmente nos teores de óleo, que influencia diretamente os valores energéticos, Lima (2003). 
O milho por ser o ingrediente mais utilizado na fabricação das rações para bovinos de leite é o alimento que mais possui energia principalmente no teor de óleo. 
Analisando tanto concentrado quanto o volumoso, percebe-se que os mesmo tem uma boa energia, apesar de o volumoso estar apresentando senescência quando coletado apresentou um resultando bom. Já o concentrado por ter quantidade elevada de energia, devido ao grão não ser de boa qualidade podendo ser um fator, a energia foi bem próxima ao volumoso. A tabela abaixo mostra os valores de energia corrigida para matéria seca dos alimentos, tanto volumoso quanto concentrado:
 Tabela 04: Valores de energia dos alimentos corrigidos para MS
	 
	Peso da Amostra
	 J/Kg
	Kcal
	Kcal Corrigido pra MS
	
	
	
	
	
	Volumoso 
	0, 5480
	16, 880
	4,03432
	3,84390
	
	
	
	
	
	Concentrado 
	0, 4538
	16, 143
	3, 85810
	3,48960
Neste tipo de analise não é possível determinar o perfil de ácidos graxos (saturados ou insaturados), presentes na amostra, para saber esse perfil é necessário se fazer a analise de cromatografia.
A riqueza em gorduras pode influenciar o armazenamento de alguns produtos, uma vez que a gordura dos alimentos constitui uma fração bastante instável, pois alimentos ricos em tal substância ramificam-se facilmente. Silva e Queiroz(2002).
Tabela 05: Valores obtidos durante a análise e resultado dos teores de extrato etéreo dos alimentos
	Alimento
	Amostra
	Tubo vazio
	Tubo cheio Extrator 
	% de Extrato Etéreo 
	
	
	
	
	
	Volumoso
	2,3185
	134,7720
	134,7680
	 - 0,1725%
	Concentrado
	2,4533
	137,6865
	137,7414 
	 2,36%
 
De acordo com os valores encontrados, na análise do volumoso não está correta, pois o resultado ficou negativo. O que pode ter ocorrido algo de errado durante o processo de analise, seja na pesagem, como na leitura das pesagens, entre outros fatores.
Os capins do gênero Cynodon geralmente apresentam respostas lineares crescentes no teor médio de proteína bruta (%PB) à medida que se aumentam as doses de N. O conteúdo crítico para o consumo animal é de 7% de PB na matéria seca. Para um bom desempenho de vacas em lactação, a forragem deve conter, aproximadamente, 15% de PB e, para animais em crescimento, o nível de 11 a 12% é aceitável (RODRIGUES; LOPES, 2005).
Sendo que o valor médio apresentado é de 6,87% e 11,25% para volumoso considera-se um valor razoável levando em consideração que a forrageira foi coletada apenas para realização práticas e não era uma área utilizada para fins produtivos, portanto a espécie do genêro cynidon , sendo que não estava recebendo suplementação com N. Para concentrado o valor médio obtido de proteína bruta foi de 23,75% e 22,5 considerando que o concentrado era pronto para fornecer ao animal ,então o alimento avaliado neste quesito apresenta boas condições de ser consumido e colaborar para atender as exigências nutricionais de categorias animais. Conforme a tabela abaixo.
Tabela 06: Porcentagem de PB para concentrado e volumoso
	Amostra
	HCL gasto
	%Proteína %PB (ASA)
	
	
	
	B1 Volumoso
	1,1
	9,32 6,87
	B2 Volumoso
	1,8
	13,67 11,25
	B3 Concentrado
	3,8
	18,31 23,75
	B4 Concentrado
	3,6
	17,16 22,5
O erro padrão aceitável para esse tipo de analise seria até 6% ou próximo disso, como podemos observar na tabela 07 o volumoso esta muito acima desse valor, o recomendado seria repetir a analise, geralmente obteve-se um erro de titulação.
Tabela 07: Erro padrão 
	Amostra
	Erro padrão
	B1/B2 Volumoso
	37,58%
	B3/B4 Concentrado
	6%
O moinho mais utilizado na indústria para particionar o milho é o moinho tipo martelo. Este é usado para obter tamanhos entre intermediário a pequeno que é o mais utilizado na fabricação de rações. O material é quebrado pelo impacto dos martelos e lançado para as paredes do moinho onde se encontram as peneiras. Então as partículas que se encontram no tamanho desejado passam pela peneira que é regulada de acordo com o tamanho de partícula desejada.
Tanto as peneiras como os martelos dos moinhos devem passar por manutenção constantemente, pois, no caso das peneiras, as forças das partículas que são arremessadas contra elas podem romper aumentando os furos e deixando passar partículas maiores que as desejadas. Já os martelos quando gastos consomem maior energia e gastam mais tempo para chegar ao tamanho ideal de partícula.
Tabela 08: Resultados de DGM E DPG do milho moído grosso e fino.
	Tamanho de peneiras
	Peso partícula grossa
	Peso partícula fina
	Tara
	4,0
	465, 30
	-
	464, 42
	2,0
	468, 28
	425, 76
	425, 67
	1,18
	462, 46
	427, 62
	417, 97
	600
	446, 20
	482, 62
	413, 28
	300
	415,04
	443, 15
	407, 79
	150
	394, 98
	411, 06
	390, 56
	Fundo
	369, 61
	368, 25
	367, 03
	DGM
	1410
	623
	-
	DPG
	2,13
	18, 1
	-
A granulometria é o estudo da distribuição do tamanho das partículas de um alimento apresentado na forma farinácea. A partícula alimentar é importante na nutrição animal, pois seu tamanho, formato e estrutura influenciam a digestibilidade dos nutrientes, a homogeneidade, densidade. Para diminuir os custos de produção e aumentar a rentabilidade do setor, deve-se identificar qual a granulometria do milho que proporciona boa aceitação das dietas, apresenta a mais alta digestibilidade dos nutrientes, preserve a saúde dos animais e que seja economicamente viável. O tamanho e uniformidade das partículas são expressos pelo diâmetro geométrico médio (DGM) e pelo desvio-padrão geométrico (DPG). Como exemplo afirmaram o DGM ótimo para o milho usado em dietas de frango de 1 a 21 dias de idade fica entre 700 e 900 mm (FREITAS. J. H, COTTA. B. T. J, OLIVEIRA. G. A, 2000).
Tabela 09: Formulação da ração
	Relatório para produção g/tonelada
	Alimento
	Quantidade
	Milho grão
	844.4969
	Soja farelo 45%
	125.4342
	Fosfato bicálcico
	9.6545
	Min-suíno
	5.0000
	Calcário
	4.8202
	L-Lisina HCL
	3.5320
	L-Treonina
	2.4316
	Óleo de soja
	2.0000
	Bicarbonato de sódio
	1.5705
	Sal comum
	0.6128
	L-Triptofano
	0.2863
	DL-Metionina
	0.2863
	Total
	1000.0000
Tabela 10: Resultados da qualidade de mistura
Os resultados obtidos de fabricação de rações estão na tabela abaixo:
	Amostra
	G
	Micro Tracer
	Ajustado para 100g
	1
	43,7
	41
	93
	2
	39,26
	38
	96,79
	3
	59,52
	53
	89,05
	4
	60,26
	55
	91,27
	5
	58,50
	49
	79,01
	6
	48,09
	38
	83,76
	7
	55,24
	32
	59,93
	8
	66,97
	40
	59,72
	9
	59,92
	64
	106,81
	10
	52,09
	50
	95,99
	11
	40,52
	37
	90,36
	12
	50,27
	34
	67,63
Com os resultados de coeficiente de variação, pode-se identificar qual foi a melhor mistura, sendo os valores estabelecidos de CV abaixo de 10 considerados uma boa mistura, até 15 é aceitável e acima disso a ração não foi bem misturada. Portanto verifica-se que a ração com Micro Tracer Red apresentou coeficiente de variação acima do desejado, sendo de 17,9, com um desvio padrão de 15,1. 
CONCLUSÃO
O conhecimento da composição química e da digestibilidade dos alimentos, é importante para que as dietas sejam formuladas de acordo com os requerimentos nutricionais dos animais, a fim de diminuir excreções desnecessárias de nutrientes no meio ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FREITAS. J. H, COTTA. B. T. J, OLIVEIRA. G. A. Grãos de milho inteiros e moídos na alimentação de frangos de corte. Lavras-MG, 2000.
Laboratório de Nutrição Animal. Matéria Seca. Disponível em: http://www.labnutrianimal.uff.br/.
LIMA, M. L. M. Analise comparativa da efetividade da fibra de volumosos e subprodutos. 2003. Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba.
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OLIVEIRA. M.R. Nutrição Animal. Disponível em: http://www.dzo.ufla.br/Roberto/nutricao_animal.pdf.
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ZANI. A. Setor de Alimentação Animal. Boletim Informativo do Setor · Março 2011. Sindirações Março, 2011. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Aves_e_suinos/16RO/Boletim_Sindira%C3%A7%C3%B5es.pdf.

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