Buscar

Aula 12 bromatologia fibras

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FIBRAS ALIMENTARES
Disciplina: Bromatologia
Profª Dra. Roberta J Ramos
2015 - 2
Fibra alimentar
• São substâncias componentes dos tecidos vegetais, que
não constituem fonte de energia, porque não podem ser
hidrolisadas por enzimas do intestino humano.
• Derivam:
Das paredes celulares das plantas, os polissacarídeos
não-amiláceos insolúveis (celulose, hemicelulose,
lignina),
Parte do material intercelular solúveis (algumas
hemiceluloses, pectinas)
Secretados pelos vegetais para desempenho de
funções especializadas (gomas e mucilagens).
2
Fibras alimentares
• Desempenham funções específicas em nosso
organismo.
• Os vários componentes das fibras alimentares
produzem diferentes respostas fisiológicas que estão
relacionadas às propriedades físico-químicas destes
integrantes;
3
Importância das fibras para a saúde
 Evitar ou aliviar a constipação; 
 Proteger contra câncer de cólon e retal;
 Evitar diverticulite;
 ↓ níveis séricos colesterol;
 Ajudar no controle do peso. 
Recomendação Nutricional
20 a 30g/dia (DRI)
Importância das fibras para a saúde
 Segundo a Association of Official Analytical Chemists (AOAC), 
órgão americano, “fibra alimentar é a parte comestível das plantas 
ou análogos aos carboidratos que são resistentes à digestão e 
absorção pelo intestino delgado humano, com fermentação parcial 
ou total no intestino grosso”.
 Essa definição permite incluir substâncias, que fisiologicamente
são semelhantes às fibras, façam parte dessa categoria de
nutrientes.
 São elas: a inulina, os frutooligossacarídeos (FOS) e os amidos
resistentes.
Classificação :
Fibras solúveis:
– Gomas, mucilagem, pectina e algumas hemiceluloses.
– Formam um gel, pois dissolvem-se em água, fermentam
rapidamente:
• retardando o esvaziamento gástrico,
•  o tempo de transito intestinal  +lenta a
absorção da glicose, e retardando a hidrólise do
amido,
•  os níveis elevados de colesterol,
Fontes: frutas e vegetais, aveia, leguminosas e psílio.
6
Classificação :
Fibras insolúveis:
– Celulose, hemicelulose, amido resistente e lignina.
– Não se dissolvem na água; não fermentam rapidamente:
•  o tempo de transito intestinal,
•  o volume fecal  + lenta a absorção de glicose e
retardando a digestão do amido.
•  radicais livres trato digestório.
Fontes: farelo dos cereais; grãos e vegetais(frutas,
legumes e verduras).
7
Classificação:
• Oligossacarídeos
– Frutoligossacarídeos (FOS):
São componentes de origem natural.
Encontrados muitos alimentos como: cebola, banana,
alcachofra, chicória, alho, raízes de almeirão, beterraba;
Podem ser obtidos industrialmente;
Uso como fibra, e não interferem nas propriedades
organolépticas dos produtos;
Resistentes às enzimas digestivas não-digeridos pelo
organismo humano,
Intestino grosso intactos  fermentados bactérias
anaeróbias no cólon.
8
Fibras alimentares – Classificação :
•Oligossacarídeos
– Frutoligossacarídeos (FOS):
•Quimicamente os FOS são formados por uma
unidade de glicose unida a duas ou três frutoses.
9
Fibras alimentares – Classificação :
•Oligossacarídeos
– Frutoligossacarídeos (FOS):
Os FOS são “açúcares não convencionais”, e têm
impacto na indústria de alimentos devido às suas
excelentes características funcionais:
 Para formulações dietéticas (como sorvetes, cremes
vegetais, patês e sobremesas)
 Adicionados em barras de cereais e biscoitos para elevar
o conteúdo de fibras alimentares,
 Bebidas lácteas e leites fermentados;
10
Classificação
• Polissacarídeos vegetais superiores
– Celulose
•É um homopolissacarídeo linear de ß-D-glicose, e
todos os resíduos estão ligados por ligações
glicosídicas ß (1 → 4)
•Cadeias individuais reunidas por pontes de H, que
dão às plantas fibrosas sua força mecânica
•É insolúvel em água, ácidos fracos ou álcalis,
difícil hidrólise a não ser por enzimas ou ácidos
fortes (H2SO4 a 70%).
•Hidrolisada - microcristais usados na industria de
alimentos volume sem Kcal
11
Classificação
• Polissacarídeos vegetais superiores
– Celulose
•Tecnologia
– Carboximetilcelulose (CMC)
»Titulação de celulose com solução de hidróxido de
sódio e monocloroacetato. As fibras intumescem pela
entrada de água e hidróxido de sódio entre as cadeias
e posteriormente sofrem a ação do
monocloroacetado.
» Adquire-se a solubilidade e viscosidade necessárias
» Uso:
•Produtos gelado ñ formação de cristais;
• Espessante e estabilizante de alimentos;
• Kcal em bebidas carbonatadas – dióxido de
carbono;
12
Classificação
• Polissacarídeos vegetais superiores
– Pectina: Polimeros de ácido D-
galacturônico com ligações
glicosídicas (1-4);
• Protopectinas - Insolúveis em água e
por aquecimento em meio ácido
formam os ácidos pécticos e ácidos
pectínicos.
– Frutas verdes – durante a
maturação são degradadas a
ácidos pectínicos e pécticos.
• Ácidos Pectínicos – podem formar
géis na presença de açúcar.
13
Classificação
• Ácidos Pécticos - formam géis na presença de íons metálicos bi ou
trivalentes como o íon Cálcio.
Indústria de alimentos.
– As pectinas podem ser de baixo teor de metoxilação (BTM), quando
geleificam na presença de íons como o Cálcio.
– O teor de metoxilas ideal para este fim (geleificação) é 3,5 % e são
importantes para a tecnologia de produtos dietéticos. Também são
chamadas pectinas lentas.
– As pectinas de alto teor de metoxilação (ATM) são denominadas de
pectinas rápidas e formam géis estáveis na presença de açúcar em
meio ácido.
– Algumas das enzimas que degradam a pectina são a Pectinesterase
(PE) e Poligalacturonase (PG).
14
15
Classificação
•Polissacarídeos vegetais superiores
– Gomas
• São na maioria heteropolissacarídios que por hidrólise
produzem uma grande quantidade de sacarídeos, como
pentoses, hexoses e ácidos urônicos
• Caule e raízes – traumatizadas ou adaptadas
• Principais tipos:
– goma arábica (Acacia senegal L.); goma caraia (Sterculia
tomentosa e urens); goma gati (Anogeissusgummifer);
goma adraganta (Astracantha gummifera) .
• Compostos muito hidrofílicos, portanto podem ser utilizados
como umectantes na estabilização de sorvetes, maioneses,
pudins, geléias artificiais, recheios, revestimentos em
confeitaria, cremes de leite, catchup, gomas de mascar.
16
Classificação
•Polissacarídeos vegetais superiores
– Mucilagens
• As mucilagens são polissacarídeos pouco ramificados presentes
no interior das sementes e algas. A goma guar, é tecnicamente uma
mucilagem e não uma goma, é encontrado na maioria das
leguminosas e é a mucilagem vegetal mais estudada.
• A distinção entre mucilagens e gomas é que as gomas se
dissolvem rapidamente em água, ao passo que as mucilagens formam
massas bem viscosas. Retém água no intestino, evitam o
ressecamento das fezes e aumentam o volume do bolo fecal,
estimulando os movimentos peristálticos => efeito laxativo.
• Agem como lubrificantes e protetoras. Formam um filme viscoso
que cobre mucosas, conferindo ação protetora, minimizando a ação
irritante de ácidos e bactérias.
• Protetoras das mucosas gástrica, respiratória (aumentam
secreção de muco). 17
Diferenças:
 Fibra bruta - resíduo determinado pelo método em que a
amostra sofre uma digestão ácida (ácido sulfúrico 0,255N)
seguida de uma digestão alcalina (hidróxido de sódio 1,25%)
- conceito químico e não biológico.
*Nesse processo ocorre a destruição da fração solúvel da fibra e
quantidades variáveis da fração insolúvel, fornecendo portanto valores
subestimados.
 Fibra alimentar - maior significado nutricional. Novos
métodos: amostra é digerida por enzimas (proteases, α-
amilase
e amiloglicosidade) e o resíduo da digestão
enzimática representa a fibra alimentar
*mais elevado que o conteúdo em fibra bruta – contém polissacarídeos não
hidrolisados pelas enzimas digestivas.
Fibra Bruta/Fibra Dietética ou Alimentar 
Aplicações da determinação:
 Avaliação nutritiva de rações
 Eficiência na moagem e refinação de farinhas
 Verificação da maturação de frutas e vegetais: produtos muito
maduros têm menor quantidade de fibra
 Adulterações do tipo de casca em nozes moídas, sementes
em frutas processadas e serragem em alimentos em geral:
estes adulterantes aumentam a quantidade de fibra
Fibra Dietética/Alimentar
Fibra Bruta/Fibra Dietética ou Alimentar 
Método enzimático-gravimétrico
Etapas:
 Amostra é seca
 Conteúdo de lipídios é extraído com solventes orgânicos apolares
 Amostra é digerida por várias enzimas como a amilase, protease e 
amiloglicosidase
 Etanol é adicionado para precipitar as fibras solúveis
 O resíduo é analisado por diferença do teor de proteínas e cinzas
Cálculo da fibra alimentar é dado por:
FA = resíduo – proteína - cinzas
1. Pesar cerca de 2 g de amostra seca e desengordurada (pode ser a
amostra do cartucho após a extração de lipídios) sobre um vidro relógio.
Digestão ácida:
2. Transferir a amostra para o frasco do digestor com auxílio de 150 mL de
ácido sulfúrico 0,255 N e adaptá-lo a um equipamento de refluxo pré-
aquecido.
3. Manter em ebulição por 30 minutos.
5. Após a digestão, filtrar a vácuo ainda quente sobre o papel filtro comum.
Com água destilada quente (100 mL), lavar o frasco digestor vazio e o
resíduo sobre o papel filtro.
Fibra Bruta/Fibra Dietética ou Alimentar 
Método de Hennemberg – fibra bruta
Digestão alcalina
6. Transferir o resíduo da digestão ácida do papel filtro para o frasco
digestor vazio utilizando 150 mL de solução de hidróxido de sódio
0,313 N e um funil.
7. Adaptar o frasco digestor no equipamento de refluxo e deixar a
digestão ocorrer por 30 minutos.
8. Enquanto a digestão alcalina ocorre, pesar um papel filtro
previamente seco na estufa. Anotar o peso do papel. Adaptar este
papel filtro no funil de Buchner.
9. No final da digestão, filtrar a digestão alcalina sobre este papel.
Com água destilada quente (100 mL) lavar o frasco digestor vazio e
lavar o resíduo sobre o papel filtro.
Fibra Bruta/Fibra Dietética ou Alimentar 
Método de Hennemberg – fibra bruta
10. Lavar o resíduo presente com 20 mL de álcool etílico.
11. Retire o papel contendo o resíduo do funil e evapore o álcool na
estufa por 15 minutos colocando o papel filtro sobre um vidro de
relógio.
12. Dobre o papel contendo o resíduo e pese o papel filtro + resíduo
Cálculo da fração fibra bruta:
Fibra bruta (%) = S x 100
P Onde, S = peso do resíduo (g)
P = Peso da amostra (g)
Fibra Bruta/Fibra Dietética ou Alimentar 
Método de Hennemberg – fibra bruta
Obrigada!!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando