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UNIDADE I Fundamentos da Bromatologia Profª Mariana Taranto Bromatologia - Conceitos • Do grego BROMA, BROMATOS “alimentos, dos alimentos”; LOGO, LOGIA “ciência”. BROMATOLOGIA – CIÊNCIA QUE ESTUDA OS ALIMENTOS 2 Bromatologia - Finalidades • Estudar nos alimentos: – Composição química; – Ação no organismo; – Valor calórico; – Propriedades físicas, químicas e toxicológicas; – Adulterantes, contaminantes; – Outros PRODUÇÃO – COLETA – ROTULAGEM - TRANSPORTE - VENDA 3 Bromatologia - História • Empírico (até século 18) – Caça, agricultura. – Instintiva – salga, defumação, resfriamento. 4 Bromatologia - História • A partir do século 18 • Quantitativa – Química – Pesquisas não frequentes - Lavoisier – Pesquisas de rotina – Pasteur • Qualitativa – Área tecnológica, fiscalização – análise de alimentos. 5 Bromatologia - Alimentos Decreto – Lei nº 986/69 “Institui Normas Básicas sobre Alimentos” • Alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento; • Matéria-prima alimentar: toda substância de origem vegetal ou animal, em estado bruto, que para ser utilizada como alimento precisa sofrer tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica; • Produto alimentício: todo alimento derivado de matéria-prima alimentar ou de alimento in natura, adicionado ou não, de outras substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado; 6 Bromatologia - Importância • Análise de alimentos - Importância • Indústrias – controle de qualidade, controle de processos em águas, alimentos, matérias-primas, produto acabado, embalagens, vida-de-prateleira, etc. • Universidades e Institutos de pesquisa - desenvolvimento de metodologia, controle de processos em pesquisas, prestação de serviços, etc. • Órgãos Governamentais – registro de alimentos, fiscalização na venda e distribuição, etc 7 Bromatologia • Análise de alimentos – Classificação – Controle de qualidade de rotina – Fiscalização – Pesquisa 8 Bromatologia • Análise de alimentos – Métodos de análise –Convencional • Vidraria, reagentes – Instrumental • Equipamentos eletrônicos 9 Bromatologia • Análise de alimentos – Métodos de análise • Amostra - definida como uma porção limitada do material tomada do conjunto – o universo, na terminologia estatística selecionada de maneira a possuir as características essenciais do conjunto. • Amostragem - é a série sucessiva de etapas operacionais especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com a necessária condição de representatividade. – coleta da amostra bruta: – - preparação da amostra de laboratório; – - preparação da amostra para análise 10 Padrão de Identidade e Qualidade • PIQ - estabelecido pelo órgão competente do Ministério da Saúde dispondo sobre a denominação, definição e composição de alimentos, matérias-primas alimentares, alimentos in natura e aditivos intencionais, fixando requisitos de higiene, normas de envasamento e rotulagem, métodos de amostragem e análise. (Decreto – Lei nº 986/69) 11 Padrão de Identidade e Qualidade • Será aprovado para cada tipo ou espécie de alimento um padrão de identidade e qualidade dispondo sobre: – I - denominação, definição e composição, compreendendo a descrição do alimento, citando o nome científico quando houver e os requisitos que permitam fixar um critério de qualidade; – II - requisitos de higiene, compreendendo medidas sanitárias concretas e demais disposições necessárias à obtenção de um alimento puro, comestível e de qualidade comercial; 12 Padrão de Identidade e Qualidade – III - aditivos intencionais que podem ser empregados, abrangendo a finalidade do emprego e o limite de adição; – IV - requisitos aplicáveis a peso e medida; – V - requisitos relativos à rotulagem e apresentação do produto; – VI - métodos de colheita de amostra, ensaio e análise do alimento. 13 Padrão de Identidade e Qualidade Ex: Chocolate - Resolução RDC nº 264, de 22 de setembro de 2005 - Aprova o "REGULAMENTO TÉCNICO PARA CHOCOLATE E PRODUTOS DE CACAU". Chocolate: é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados. 14 Análise de Controle para Alimentos • Análise de controle de alimentos - aquela que é efetuada imediatamente após o registro do alimento, quando da sua entrega ao consumo, e que servirá para comprovar a sua conformidade com o respectivo padrão de identidade e qualidade. • Análise fiscal - a efetuada sobre o alimento apreendido pela autoridade fiscalizadora competente e que servirá para verificar a sua conformidade com os dispositivos deste Decreto-Lei e de seus Regulamentos 15 Análise de Controle para Alimentos • Registro e controle - Todo alimento somente será exposto ao consumo ou entregue à venda depois de registrado no órgão competente do Ministério da Saúde. • Renovação – 10 anos 16 Análise de Controle para Alimentos • Obtenção do registro REGISTRO/FISCALIZAÇÃO – FEDERAL - Min. Agricultura (SIF) - Min. Saúde (ANVISA) – ESTADUAL - Min. Agricultura (SISP) - Min. Saúde (CVS) – MUNICIPAL - Min. Agricultura - Prefeitura ; 17 Análise de Controle para Alimentos • Ministério da Saúde • - Alimentos com alegações funcionais • - Suplementos de vitamina e/ou de minerais • - Alimentos para fins especiais • - Aditivos • - Embalagens • - Demais Alimentos • Produtos com obrigatoriedade de registro no MS / Resolução n.23 de 16/03/00e RDC (nº 278 23/09/05) 18 Análise de Controle para Alimentos • Ministério da Agricultura • - Produtos de origem animal • - Vegetais e cereais (grãos) in natura • - Bebidas e vinagres • - Mel 19 Fiscalização • I - pela autoridade federal, no caso de alimento em trânsito de uma para outra unidade federativa e no caso de alimento exportado ou importado; • II - pela autoridade estadual ou municipal, dos Territórios ou do Distrito Federal nos casos de alimentos produzidos ou expostos à venda na área da respectiva jurisdição. Sugestão de leitura Resolução nº 23, de 15 de março de 2000 DECRETO-LEI nº 986 - DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 20 Alimentos próprios e impróprios ao consumo 21 Próprios ao consumo • Genuínos – São aqueles que respondendo às exigências das leis vigentes, não contém substâncias não autorizadas que constituam adulteração, vendendo-se com a denominação e rótulos legais. • Alimento in natura - todo alimento de origem vegetal ou animal, para cujo consumo imediato se exija, apenas, a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação. 22 23 Alimentos impróprios ao consumo São aqueles que por diferentes causas não estão dentro das especificações da lei. Podem ser: • Alimentos contaminados – Agentes vivos (bactérias, fungos, parasitas); – Substâncias químicas mineraisou orgânicas estranhas à sua composição (metais pesados). 24 Alimentos impróprios ao consumo • Alimentos alterados – Causas naturais; – Natureza química, física ou biológicas; – Tratamento tecnologico não adequado. 25 Alimentos impróprios ao consumo • Alimentos falsificados – Características gerais de um produto legítimo; – Produzidos clandestinamente; – Locais não autorizados. 26 Alimentos impróprios ao consumo • Alimentos adulterados – Privados de elementos úteis ou característicos; – Adição ou retirada de elementos; – Ocultar alterações. 27 Alimentos contaminados 28 Alimento alterado Alimentos falsificados 29 Alimentos adulterados 30 Aditivos • Aditivo intencional Toda substância ou mistura de substâncias, dotadas ou não , de valor nutritivo, ajuntada ao alimento com a finalidade de impedir alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu estado físico geral ou exercer qualquer ação exigida para uma boa tecnologia de fabricação do alimento 31 Aditivos • Aditivo incidental: Toda substância residual ou migrada, presente no alimento em decorrência dos tratamentos prévios a que tenham sido submetidos a matéria prima alimentar e o alimento in natura e do contato do alimento com os artigos e utensílios empregados nas suas diversas fases de fabrico, manipulação, embalagem, estocagem, transporte ou venda 32 Rotulagem • Art. 10. Os alimentos e aditivos intencionais deverão ser rotulados de acordo com as disposições deste Decreto-Lei (986)e demais normas que regem o assunto. • Rótulo Qualquer identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou gravados a fogo, por pressão ou decalcação, aplicados sobre o recipiente, vasilhame envoltório, cartucho ou qualquer outro tipo de embalagem do alimento ou sobre o que acompanha o continente 33 Rotulagem • Conteúdo doa rótulos – I - a qualidade, a natureza e o tipo do alimento, – II - nome e/ou a marca do alimento; – III - nome do fabricante ou produtor; – IV - sede da fábrica ou local de produção; – V - número de registro do alimento no órgão competente do Ministério da Saúde; 34 Rotulagem – VI - indicação do emprego de aditivo intencional, mencionando-o expressamente ou indicando o código de identificação correspondente com a especificação da classe a que pertencer – VII - número de identificação da partida, lote ou data de fabricação, quando se tratar de alimento perecível; – VIII - o peso ou o volume líquido; – IX - outras indicações que venham a ser fixadas em regulamentos. Ex: Corante artificial, aroma artificial. 35 Rotulagem Nutricional • Obrigatória (regras estabelecidas) • Objetivos - Benefício do consumidor - Evitar obstáculos técnicos ao comércio * Resolução ANVISA RDC 360/03 36 Rotulagem Nutricional • A rotulagem nutricional se aplica a todos os alimentos e bebidas produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor. 37 Rotulagem Nutricional Os produtos que estão dispensados da rotulagem nutricional obrigatória são: • As águas minerais e demais águas destinadas ao consumo humano; • As bebidas alcoólicas; • Os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia; • As especiarias, como pimenta do reino, cominho, noz moscada, canela e outros; • Os vinagres; • O sal (cloreto de sódio); • Café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes 38 Rotulagem Nutricional • Os alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, prontos para o consumo, como por exemplo, sanduíches embalados, sobremesas do tipo flan ou mousses ou saladas de frutas e outras semelhantes. • Os produtos fracionados nos pontos de venda a varejo, comercializados como pré-medidos. Alimentos fatiados como queijos, presuntos, salames, mortadelas, entre outros. • As frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados ou congelados; • Produtos que possuem embalagens com menos de 100 cm2 (esta dispensa não se aplica aos alimentos para fins especiais ou que apresentem declarações de propriedades nutricionais 39 Manual de Orientação às Industrias de Alimentos – Anvisa – UNB - 2005 40 Controle de qualidade • Sensorial - Organolépticas – Aspecto; Cor; Cheiro e Sabor • Físico e Químico – Valor Nutricional e Calórico Total – Aspectos de Deterioração do Produto – Aspecto de Adulteração 41 Controle de qualidade • Microbiológicas – Bactérias, fungos e Leveduras • Microscópico – Matérias macroscópicas e microscópicas prejudiciais à saúde humana - Resolução RDC nº 175/2003 - Anvisa 42
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