Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
31/10/2017 1 Nádia Fátima Gibrim gibrim@hotmail.com Os lipídios formam juntamente com os carboidratos e as proteínas, o grupo de compostos mais importante em alimentos e mais encontrado na natureza, tanto em vegetais como em animais. As principais fontes de energia utilizadas pelo homem se encontram entre os lipídios: Fornecem em peso 2,3 vezes mais calorias que os carboidratos e proteínas. No organismo humano têm funções biológicas específicas. São substâncias orgânicas de aspecto e consistência untuosa que fazem parte dos tecidos animais e vegetais de onde são retiradas para a alimentação humana. Exemplos: as gorduras, os óleos, os fosfolipídios, os pigmentos carotenóides (caroteno), os hormônios esteróides (estrógeno, progesterona e testosterona) e as ceras. Os óleos tornam-se líquidos na temperatura ambiente, enquanto as gorduras permanecem sólidas. Insolúveis na água e são solúveis nos solventes orgânicos (álcool, éter, benzina e clorofórmio). Energia (9 Kcal/g); Os óleos e gorduras armazenam energia; Textura, sabor, palatabilidade, cor e conservação; Transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K); Proteção de órgãos e isolante térmico e físico; Precursores de hormônios; Os fosfolipídios realizam papel estrutural sendo um dos componentes das membranas celulares. É uma forma diferente na posição dos hidrogênios nas cadeias dos MUFA´s. Estão presentes nas margarinas que são preparadas na forma de hidrogenação (transformação de óleos líquidos em semi-sólidos e mais estáveis), como as margarinas, frituras comercializadas, produtos de panificação, ricos em gorduras e lanches salgados. • Componente essencial das membranas estruturais de todas as células dos mamíferos, é o principal componente do cérebro e das células nervosas. 31/10/2017 2 Penetração do solvente depende da natureza da amostra; Quantidade de água e gordura presentes em relação aos outros constituintes; Difícil penetração do solvente: lipídeos ligados a CHO e proteínas; Necessidade de pré-tratamento (aquecimento com ácido diluído). Rompimento da parede celular; Liberada ligação CHO e proteína; Natureza do solvente x capacidade de extração (éter etílico é melhor que éter de petróleo, mas é explosivo e tem de ser anidro); Superfície da amostra: quanto maior o tamanho da partícula, menor a penetração; Razão quantidade de solvente/quantidade de gordura. GoldFish Soxhlet Bligh-Dyer Rose Gottlieb Babcook Gerber Cromatografia Gasosa Gravimétricos Volumétricos Cromatográficos Solventes Característicais ideais do solvente: Alto poder solvente Não solubilizar proteínas, aminoácidos e carboidratos Evaporar rapidamente Penetrar rapidamente nas partículas da amostra Não inflamável, atóxico Barato e não higroscópico. Éter de petróleo Éter etílico Clorofórmio Acetona Benzeno e outros Extração com solvente à quente: Extração da gordura da amostra com solvente Evaporação do solvente Pesagem da gordura extraída 31/10/2017 3 Permite a extração de lipídios através da contínua passagem de um solvente através da amostra. Preparo da amostra: Secar em estufa (retirar a umidade) e triturar permitindo, assim, o máximo contato do material com o solvente Amostra homogeneizada Solvente O extrator utiliza o refluxo do solvente; Só pode ser usado com amostras sólidas; A amostra não fica em contato direto com o solvente em ebulição; A quantidade de solvente deve ser suficiente para atingir o sifão. Só extrai lipídeos neutros; Vapores condensados não entram em contato com a amostra; Extração a frio; Menor decomposição da amostra; Saturação do solvente; Processo mais demorado; Usa-se mais solvente; Exemplo de extração com solvente à quente (Método de Soxhlet) 31/10/2017 4 Exemplo de extração com solvente à quente (Método de Soxhlet) Definição: Polímeros de PM formados por aas ligados entre sí por ligações peptídicas. Composição: Carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio. Fórmula estrutural do aminoácido: C CH3 O OHH2N N CH HCOOH H CH2OH H2O CH CH3 C N CH CH2OH COOHO H2N ALANINA SERINA ALANILSERINA Aminoácidos seqüência (±100X) Essenciais: Lisina Leucina Fenilalanina Valina Isoleucina Metionina Treonina Triptofano Histidina 31/10/2017 5 O procedimento mais comum para análise de proteína é através da determinação de um elemento ou um grupo pertencente à proteína. A conversão para conteúdo de proteína é feito através de um fator. Os elementos analisados geralmente são carbono ou nitrogênio, e os grupos são aminoácidos e ligações peptídicas. Digestão mais fácil do que para o nitrogênio; Menores erros no resultado por causa da maior quantidade em relação ao nitrogênio; Fator de correção mais constante que para o nitrogênio; Maior dificuldade em separar os carbonos pertencentes à proteína dos carbonos de outros componentes. E a determinação mais utilizada; Considera que as proteínas têm 16% de nitrogênio em média (vai depender do tipo de proteína); Fator geral na transformação de nitrogênio para proteína é de 6,25. % N x FC = % de proteína. Ocorrem erros quando o conteúdo em N de um alimento é muito diferente de 16%. Existem fatores de conversão específicos para cada alimento: Histórico 1875 - Cervejaria Kalsberg, Kopenhague (Dinamarca); laboratório de bromatologia - desenvolver um método mais preciso e mais prático; 1890 - chefia de laboratório; 1893 - bolou um método que consistia na oxidação da amostra por um ácido. Determina N orgânico total, isto é, o N protéico e não protéico orgânico. Porém, na maioria dos alimentos, o N não protéico representa muito pouco no total. A razão entre o nitrogênio medido e a proteína estimada depende do tipo de amostra e de outros fatores. Consiste na transformação do N das substâncias nitrogenadas, por ebulição com ácido sulfúrico concentrado (d> 1,84) e catalisadores, em sulfato de amônio. O sulfato de amônio é tratado com hidróxido de sódio em excesso, liberando a amônia sob forma de hidróxido de amônio, destilado e recolhido em ácido bórico. O N é determinado por titulação com ác. clorídrico valorado, ao vermelho de metila - pH 4,2 - 6,3). 31/10/2017 6 Destilador de proteínas Digestor de proteína Digestor de proteína REAGENTES Ácido sulfúrico - H2SO4 Sulfato de potássio anidro - K2SO4 Sulfato de cobre anidro - CuSO4 Dióxido de titânio - TiO2 Hidróxido de sódio (NaOH), solução a 50% em água; Indicador de Andersen (50ml de sol. de vermelho de metila - 0,1g em 75 ml de álcool + e 25ml de sol. de azul de metileno - 0,1g em 80 ml de álcool) HCl 0,02N. EQUIPAMENTOS Bloco digestor para tubos, com termostato, até 450°C Aparelho para digestão semi-micro Kjeldahl. Etapas do método: digestão, destilação e titulação. Pesar aproximadamente 0,1 a 0,2g de amostra ou mais se for líquida ( 10 a 50mg de ptn) e transferir para o tubo de digestão; Adicionar 1g de catalisador (TiO2 : CuSO4 : K2SO4), na proporção 0,3 : 0,3 : 10) e 5 ml de H2SO4; Iniciar a digestão com 100°C e aumentar gradativamente a temperatura de 50°C por vez, até 350 a 375°, evitando a formação de espuma; Atingida a temperatura de digestão continuar até que as paredes do tubo fiquem completamente limpas, a fumaça branca de SO2 (dióxido de enxofre) praticamente cessar e o líquido apresentar coloração verde límpida; Após esfriar, conectar o tubo ao aparelho de destilação, que já deverá ter a ponta do condensador mergulhada em 10ml de sol. de H3BO3, contendo 3 ou 4 gotas do indicador deAndersen, em erlenmeyer de 250 ml; Adicionar lentamente a solução de NaOH ao tubo contendo a amostra, até o aparecimento de precipitado pardo escuro de CuO (óxido cúprico) e proceder a destilação de forma moderada, atingindo o volume de 100 ml; Titular o destilado em sol. de HCl 0,02N. % N = vol. de HCl x N HCl x 0,014 x 100 g amostra % Proteína bruta = % N x fator de conversão 31/10/2017 7 Falhas: Superestima os valores de N, interpretados como N protéico. Conversão de N em Proteína: Kjeldahl utilizou albumina de carne bovina (carne moída) 100g de carne = 16g de N; Fator de conversão de N: gN = 100 = 6,25 16 Kjeldahl interpretou o fator 6,25 como sendo o fator de conversão para todas as proteínas alimentares: N x 6,25 = Ptn da amostra Alimento Fator de conversão Leite e produtos lácteos 6,38 Trigo e derivados 5,70 Gelatina 5,55 Ovos 6,68 Arroz 5,95 Soja 5,71 Cevada, aveia, centeio 5,83 Nozes 5,46.
Compartilhar