Buscar

GESTÃO E MAPEAMENTO DE PROCESSOS AULA 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO E MAPEAMENTO DE 
PROCESSOS 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Roberto Candido Pansonato 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Depois de conhecer e compreender o que é desperdício e valor, você já 
é capaz de começar a elaborar representações gráficas para mapeamento de 
processos. Na rota anterior, verificamos também o que é valor agregado e lead 
time (lembram-se do exemplo da fila?); vimos ainda como funciona o conceito 
de cadeia de valor de Porter, em que se tem uma visão das atividades primárias 
e de apoio dentro das organizações. Costumo dizer que, como linguagem de 
expressão do resultado do seu trabalho, as notações para mapeamento de 
processos, tais como o fluxograma e o mapeamento do fluxo de valor, por 
exemplo, estão para o analista de processos assim como o desenho mecânico 
está para o projetista ou engenheiro mecânico. É a principal ferramenta de 
trabalho para ambos os profissionais. Portanto, após mapear os processos, 
chegou a hora de traduzi-los para uma linguagem técnica que seja de 
conhecimento de todos os envolvidos. Por mais que possam parecer fáceis de 
entender, será que esse entendimento condiz fielmente com as características e 
os fluxos dos processos? Processos mal desenhados são como textos mal 
escritos: passam informações confusas, incompletas e que muitas não retratam 
a realidade do mapeamento. Como foi visto na Aula 2, existem várias linguagens 
para mapeamento de processos. Para esta aula foram destacadas duas 
notações importantes: o fluxograma, que, como será visto adiante, possui vários 
tipos, e o mapeamento do fluxo de valor, também conhecido com VSM, que 
embora tenha surgido para resolver problemas de manufatura, tem encontrado 
bastante aplicação na área de serviços. 
Seguem os principais temas desta aula: 
1. Fluxograma de Processo: Representação 
2. Fluxograma de Processo: Elaboração 
3. Mapa do Fluxo de Valor (VSM): Apresentação 
4. Mapa do Fluxo de Valor (VSM): Elaboração 
5. Visões no Mapeamento do Fluxo de Valor 
CONTEXTUALIZANDO 
Conhecer bem as linguagens e notações para mapeamento de processos 
pode fazer toda a diferença para um analista de processo, pois para cada 
processo mapeado poderá ser utilizada uma linguagem específica. O diagrama 
 
 
3 
a seguir é relativo a um mapeamento de um processo simples. Vamos ver se 
vocês já conhecem alguns símbolos utilizados em fluxogramas? 
Conforme já foi verificado nas rotas anteriores, pode-se afirmar que: 
Figura 1 – Trecho de um fluxograma 
– 
Exercício 
I. O ponto 1 refere-se a um caminho natural do processo, enquanto o ponto 
2 significa o fim dessa etapa. 
II. O ponto 3 significa a necessidade de um relatório para que o processo 
avance, e o ponto 1 refere-se a uma condição de decisão. 
III. O ponto 2 refere-se a um conector de rotina, enquanto o ponto 3 significa 
que algum documento deve ser gerado para sequência do processo. 
IV. O ponto 2 significa um conector de rotina, enquanto o ponto 1 refere-se a 
uma condição de desvio inerente ao processo. 
a. ( ) As alternativas I e III estão corretas. 
b. ( ) As alternativas II e III estão corretas. 
c. ( ) Somente a alternativa I está correta. 
d. ( ) As alternativas II e IV estão corretas. 
e. ( ) Somente a alternativa IV está correta. 
 
 
 
4 
Análise 
O exemplo acima é relativo a um fluxograma simples; no entanto, já se 
pode observar alguns itens que são essenciais à compreensão de um mapa de 
processos. No caso específico deste exercício, a alternativa “b” é a correta: 
• O ponto 1 significa uma condição de decisão (normalmente com duas 
possíveis respostas: sim ou não). 
• O ponto 2 expressa uma circunstância em que se tem uma referência para 
“quebra do fluxograma”, ou seja, o processo deve iniciar em outra posição 
conforme indicado no círculo A. Este recurso é utilizado para evitar 
cruzamentos (intersecções) de linhas. 
• Quanto ao ponto 3, é um símbolo que significa que existe algum 
documento (relatório por exemplo) que deve ser utilizado como um input 
(entrada) para sequência do processo. 
TEMA 1 – FLUXOGRAMA DE PROCESSO: REPRESENTAÇÃO 
Conforme visto anteriormente, um fluxograma é uma linguagem em forma 
de diagrama que tem como finalidade representar processos ou fluxos de 
materiais e operações (diagramação lógica ou de fluxo). É uma forma de notação 
para comunicação de fluxos de processo, entre as várias existentes, talvez a 
mais simples e com certeza uma das mais utilizadas. 
Quando se utiliza o termo fluxograma, ocorrem algumas dúvidas 
referentes a diagrama (ou fluxograma) de blocos, fluxograma de processos, 
fluxograma funcional, vertical etc. 
A seguir será apresentada, de forma resumida, uma classificação 
referente a fluxogramas: 
a. Diagrama de Blocos: Apresenta uma sequência de atividades contínua 
e sem envolvimento de decisão. Pode ser utilizado em Instruções de 
Trabalho Simples ou Macro Fluxo de Processos. No macro fluxo só 
funciona para demonstrar relações contínuas entre os processos. 
Nota 
Os diagramas de blocos são comumente citados quando utilizados em 
uma linguagem de programação de softwares, que não é o tema desta disciplina. 
 
 
5 
Figura 2 – Fluxograma de Blocos 
 
b. Fluxograma de Processo Simples: Como já citado anteriormente, 
mostra as relações entre as fases e necessidades básicas de qualquer 
processo. 
Figura 3 – Fluxograma Simples 
 
c. Fluxograma Funcional (ou de Raias): Mostra a sequência das 
atividades de um processo entre as áreas ou seções por onde ele flui. É 
útil para processos que não se completam em uma única área, pois indica 
também os responsáveis por cada fase ou função. 
 
 
 
6 
Figura 4 – Fluxograma Funcional ou de Raias 
 
d. Fluxograma Físico ou Geográfico: Mostra o caminho percorrido por um 
processo no ambiente. É geralmente confeccionado sobre uma planta de 
um setor de serviços ou da fábrica (similar a um mapa). 
Figura 5 – Fluxograma Físico 
 
 
 
7 
e. Fluxograma ANSI: É o mais complexo deles, mas provavelmente o mais 
completo, apresentando uma relação fiel (se for bem feito) da interação 
das etapas do processo. Para executá-lo, normalmente começamos com 
um Diagrama de Blocos e vamos detalhando e incluindo alternativas de 
tomada de decisão até que tenhamos um “retrato” do processo o mais 
próximo possível da realidade. Ele possui uma simbologia 
internacionalmente compreendida, criada pelo American National 
Standards Institute (ANSI), que será apresentado posteriormente. 
Figura 6 – Fluxograma Padrão ANSI 
 
Fonte: <http://pagotto.wordpress.com>. 
f. Diagrama Vertical: Mostra uma sequência de eventos (processos) pela 
qual o produto/serviço passa. O diagrama ilustra os passos do(s) 
processo(s), seu relacionamento e informações referentes a distância 
percorrida e tempo das atividades. Normalmente utilizado para pequenos 
processos de manufatura. 
 
 
8 
Figura 7 – Diagrama Vertical 
 
Embora tenhamos uma série de tipos de fluxograma, a sim bologia não 
tem uma alta rigidez, o que faz com que invariavelmente alguns profissionais 
utilizem-se de pequenas alterações para poder apresentar um mapeamento de 
processo. 
Segue uma simbologia básica para construção de fluxogramas (a mais 
usual e aceita pela maioria dos modeladores de processos). 
Quadro 1 – Simbologia pata construção de fluxogramas 
SÍMBOLO NOME SIGNIFICADO 
 
Terminação 
Utilizado quando queremos indicar o 
início ou o fim de uma rotina ou de um 
fluxograma. 
 
 
 
Operação ou 
atividade 
Dentro do símbolo deve ser descrita, 
de forma sucinta, a operação ou 
atividade que é realizada.9 
 
Decisão 
Símbolo utilizado quando no fluxo de 
informações existe mais de um 
caminho a seguir. Neste caso, uma 
pergunta deve ser feita dentro do 
símbolo, de forma resumida. As 
respostas a esta pergunta devem ser 
preferencialmente sim ou não (saída 
binária), que nascem em dois ângulos 
diferenciados e seguem caminhos 
alternativos. 
 
Documento 
Utilizado quando determinada etapa 
do processo deve incluir a emissão de 
um documento impresso (relatório, 
por exemplo). 
 
 
 
Dados (computador) 
Utilizado quando determinada etapa 
do processo é realizada por meio de 
uma tela de programa de 
computador. 
 
Subprocesso 
(interfaces) 
Indica que toda uma rotina é realizada 
neste ponto e que, para simplificar o 
fluxo, esta rotina foi desenhada em 
outra página ou está em outro 
arquivo. 
 Área de arquivo 
físico 
Representa arquivo definitivo de 
documentos físicos. Dentro dele deve 
ser colocado o local de arquivamento. 
 
Conector de Rotina 
ou de Fluxo 
O conector de rotina permite 
simplificar a vinculação de sub-
rotinas e/ou fluxogramas sem que 
haja intersecções de linhas. Portanto, 
dentro do símbolo deve ser colocada 
uma letra ou outro sinal que permita a 
identificação de onde se encontra a 
continuação da rotina. 
 
Conector de Página 
Caso um fluxograma não caiba em 
uma página, coloca-se um símbolo 
para indicar que existe continuação. 
Dentro do símbolo coloca-se o 
número da página que dá 
continuidade ou uma referência para 
localização. Na outra página, em 
sentido contrário, coloca-se a 
referência ou o número da página 
anterior. 
 
Dados Dados digitados e armazenados automaticamente no sistema 
 
Banco de dados 
Banco de dados: Mídia eletrônica. 
Quando utilizado, deve ser precedido 
pelo símbolo de digitação de dados 
do sistema. Não pode ser utilizado no 
começo e no fim do fluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 Linha de ponta cheia 
Mostra a direção do fluxo das 
atividades, indicando o caminho 
obrigatório. Não se deve escrever 
sobre este símbolo. 
 Linha tracejada ponta cheia 
Mostra a direção obrigatória do fluxo 
de informação. Não se deve escrever 
sobre este símbolo. 
 
Executante 
Símbolo utilizado para representar a 
troca de executante das 
operações/atividades. Em todos os 
momentos que o executante é 
alterado, o novo executante é 
identificado com este símbolo. 
Outra simbologia importante é a ANSI (American National Standards 
Institute), que criou um padrão em que alguns símbolos são similares aos 
mostrados acima. 
Figura 8 – Fluxograma ANSI 
 
TEMA 2 – FLUXOGRAMA DE PROCESSO: ELABORAÇÃO 
Endosso que, de início, a melhor forma de se elaborar um fluxograma para 
retratar um mapa de processos é manualmente. 
E por que deve ser feito assim? 
Você deve se perguntar: por que, com tanta tecnologia e tantos softwares 
que facilitam as nossas vidas, vamos voltar ao passado e utilizar papel e lápis? 
 
 
 
11 
Neste momento é o melhor caminho, pois na maioria das vezes o profissional de 
mapeamento de processos deve percorrê-lo na prática. Como dizem os 
japoneses, gemba gembutsu: “vá ao local de trabalho e enxergue o que está 
acontecendo”. Por experiência, não existe melhor método para mapear um 
processo. 
Mas você pode perguntar: eu vou ficar para sempre com desenhos 
elaborados à mão com lápis em uma folha de papel? Não. 
Aí é que entra a tecnologia. De posse de todas as informações obtidas no 
chão de fábrica ou na área de serviços (conhecido como gemba), utilize as 
ferramentas e tecnologias disponíveis para agilizar o trabalho. Para elaboração 
de fluxogramas, podem ser utilizados aplicativos do pacote Office da Microsoft 
(Excel ou Powerpoint, por exemplo, que não foram criados especificamente para 
esse fim, no entanto podem atender bem a esta demanda), ou utilize o Visio, 
também da Microsoft (este sim um aplicativo que foi criado com a finalidade de 
se elaborar diagramas dos mais variados tipos, como fluxogramas, 
organogramas, mapas de fluxo de valor etc.). Outro software para elaboração de 
fluxogramas é o Bizagi (disponível em: <http://www.bizagi.com/>). A Figura 9 
mostra um exemplo de elaboração de fluxograma simples, e a Figura 10 o 
mesmo fluxograma completo. 
Figura 9 – Elaboração de fluxograma simples (fragmentos) 
 
 
 
 
12 
Figura 10 – Fluxograma simples (completo) 
 
Fonte: <www.comexito.com.br>. 
Agora que você sabe como elaborar um fluxograma, vamos ao 
mapeamento do fluxo de valor. 
TEMA 3 – MAPA DO FLUXO DE VALOR (VSM): APRESENTAÇÃO 
Na Aula 2 aprendemos quais são as principais notações de processos. 
Nesta rota, verificamos como se elaboram os fluxogramas, com as técnicas e 
simbologias apropriadas e executamos alguns exercícios de aplicação. Com o 
fluxograma é possível mapear a grande maioria dos processos, sejam eles no 
ambiente fabril ou num ambiente de serviços. Vamos ver agora uma ferramenta 
muito utilizada pelo pessoal do Lean Manufacturing (ou produção enxuta, 
baseado no STP). 
Trata-se do mapeamento do fluxo de valor. As vantagens desta 
ferramenta em relação a outras referentes a mapeamento de processos são: 
a. Ajuda a visualizar mais do que simplesmente os processos individuais, 
por exemplo, solda, montagem ou um processo de publicação, conforme 
visto anteriormente. É possível pode enxergar o todo. 
b. Ajuda a identificar os desperdícios e sua origem no fluxo de valor. 
c. Junta conceitos e técnicas enxutas, que ajudam a evitar a implementação 
de técnicas isoladas. 
 
 
13 
d. Mostra a relação entre fluxo de informação e fluxo de materiais. 
e. Identifica com clareza o lead time, o tempo real de processamento e 
consequentemente as atividades que não agregam valor. 
f. Descreve como sua unidade deve operar para criar um fluxo. 
g. Liga todos os processos, desde o consumidor final até a matéria-prima, 
em um fluxo regular para gerar o menor lead time, a mais alta qualidade 
e o custo mais baixo. 
Como mencionado, essa ferramenta tem uma visão mais macro, se 
comparada com o fluxograma. Com essa ferramenta se consegue enxergar os 
fluxos de matérias e informação bem como clientes, fornecedores e processos. 
Praticando o mapeamento do fluxo de valor, aprende-se a enxergar o 
chão de fábrica (ou uma área de serviço) de tal modo a apoiar a produção enxuta. 
Lembre-se que mapear é apenas uma técnica, sendo a implementação de um 
estado futuro baseado em conceitos da produção enxuta o objetivo principal 
desta ferramenta. 
TEMA 4 – MAPA DO FLUXO DE VALOR (VSM): ELABORAÇÃO 
Mapear um fluxo de valor é algo que necessita de técnicas, 
conhecimentos e habilidades apuradas. A seguir apresentamos alguns passos 
primordiais antes de se iniciar o mapa propriamente dito: 
a. Acompanhe a trajetória de produção de um produto desde o início até o 
final, e faça uma representação visual do fluxo de material e de 
informação. 
b. Desenhe (utilizando ícones) um mapa do estado futuro de como o valor 
deveria fluir. 
c. Inicie por uma família de produto (numa empresa que produz vários 
eletrodomésticos, mapear uma família de manufatura de um micro-ondas, 
por exemplo). Não tente mapear mais famílias ao mesmo tempo, pois o 
resultado não será satisfatório. 
d. Embora o mapeamento do fluxo de valor possa ser realizado em vários 
níveis, é recomendável que se faça o mapeamento do cliente ao 
fornecedor ou, como é comumente conhecido, um mapeamento porta a 
porta. 
Figura 11 – Mapeando uma família de produto 
 
 
14 
 
A simbologia para o mapeamento do fluxo de valor difere um pouco da 
simbologia que aprendemos sobre fluxogramas. Segue um resumo dos íconesutilizados e suas funções: 
Figura 12 – Simbologia para mapeamento do fluxo de valor 
 
 
 
15 
TEMA 5 – VISÕES NO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR 
O mapeamento do fluxo de valor dever ser construído baseando-se em 
quatro visões: 
1. Visão do Cliente 
2. Visão dos Processos 
3. Visão do Fluxo de Materiais 
4. Visão do Fluxo de Informações 
Para melhor descrever as visões, serão apresentados sequencialmente 
exemplos de ícones do mapa de fluxo de valor fundamentado em uma empresa 
fictícia (Montadora São Jorge) juntamente com cada visão. Note que a cada 
inserção de uma visão, o mapa vai evoluindo e crescendo em tamanho e 
informações. Este exemplo é baseado no livro Aprendendo a Enxergar, de Mike 
Rother e John Shook (2009). 
1. A visão do cliente 
Informações necessárias do cliente: 
• volume anual contratado e volume mensal; 
• combinação (mix) de produtos com seus respectivos volumes; 
• tamanho da embalagem; 
• frequência de entrega. 
Figura 13 – Visão do cliente no mapa de fluxo de valor 
 
 
 
16 
2. Visão dos processos: 
Informações necessárias do processo: 
• quantidade de turnos; 
• quantidade de operadores por turno; 
• T/CP = tempo de ciclo do processo (3600/produção horária da célula); 
• T/C = tempo de ciclo operador (somatória de todos os tempos de ciclo 
manual da célula); 
• T/S ou (TR) = tempo de setup da célula (caso haja vários tempos de 
setup, considerar o mais representativo); 
• TPT = tamanho dos lotes de produção; 
• porcentagem de refugo; 
• OEE = eficiência global do equipamento. 
Figura 14 – Visão dos processos no mapa de fluxo de valor 
 
 
 
 
17 
3. Visão do Fluxo de Materiais 
Informações necessárias do fornecedor: 
• tamanho da embalagem; 
• frequência de entrega. 
Figura 15 – Visão do fluxo de materiais no mapa do fluxo de valor 
 
4. Visão do Fluxo de Informações 
Informações necessárias: 
• frequência de entrega; 
• previsão de volumes. 
 
 
 
18 
Figura 16 – Visão do fluxo de informações no mapa de fluxo de valor 
 
Figura 17 – Mapa do fluxo de valor completo 
 
Conforme mostrado nos diagramas (mapas) anteriores, esta ferramenta 
fornece a oportunidade de cobrir todo o processo de uma maneira macro, em 
 
 
19 
que é possível também identificar gargalos, tempo de agregação de valor e lead 
time, sendo bastante utilizada por profissionais e empresas que praticam os 
conceitos de produção enxuta. 
TROCANDO IDEIAS 
Leia atentamente o estudo de caso disponibilizado no link a seguir: 
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2710/1/CT_GEOB_XVIII_2
013_05.pdf>. 
Com base no item “Apresentação, Análise de Dados e Resultados” do 
estudo de caso e no texto de aprendizagem, responda às perguntas e identifique 
conceitos que se associam a esta aula. 
Realize as seguintes atividades: 
1. No estudo de caso apresentado, a autora elabora um descritivo inicial para 
conhecer quais são as entradas, as saídas e os fornecedores do processo 
de orçamento de estruturas pré-fabricadas conforme alternativas abaixo: 
I. As entradas do processo são: declaração técnica das estruturas pré-
fabricadas e programação de orçamentos. 
II. As entradas do processo são: projetos, memorial descritivo e 
especificações técnicas. 
III. São considerados fornecedores: cliente externo, representantes, 
fornecedores de itens metálicos e expedição da matriz/filial. 
IV. São considerados fornecedores: representantes, fornecedores de itens 
metálicos e expedição da matriz/filial. 
V. As saídas são: estruturas pré-fabricadas conforme solicitação do 
cliente. 
No levantamento realizado, admite-se como verdadeiro que: 
a. ( ) I e II estão corretas. 
b. ( ) III e V estão corretas. 
c. ( ) I, III e V estão corretas. 
d. ( ) II e III estão corretas. 
e. ( ) I e V estão corretas. 
2. Realizando uma análise comparativa entre o mapeamento do estado atual 
e o mapeamento do estado futuro, percebe-se que houve um ganho nas 
atividades do coordenador de orçamento. Este ganho refere-se a: 
 
 
20 
a. ( ) Analise de viabilidade. 
b. ( ) Espera. 
c. ( ) Solicitação de informações. 
d. ( ) Revisão de orçamento. 
e. ( ) Viabilidade. 
ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO 
1. No texto, a identificação inicial da autora mostra que as entradas do 
processo são: projetos, memorial descritivo e especificações técnicas 
(item II), e que fornecedores são: cliente externo, representantes, 
fornecedores de itens metálicos e expedição da matriz/filial (item III). 
Reparem que, neste caso, o cliente também aparece como fornecedor. 
2. A atividade “solicitar informações” foi eliminada, obtendo-se um ganho. 
Essa atividade foi realocada para a primeira atividade do coordenador de 
orçamentos. 
NA PRÁTICA 
Um mapeamento de processos foi realizado na empresa PrintEasy, que 
executa impressões de publicações a partir de pedidos dos clientes. 
Inicialmente, as informações foram descritas para posterior elaboração do 
fluxograma. Com base nas técnicas de mapeamento de processos, elabore um 
fluxograma com raias no sentido horizontal conforme dados a seguir. Procure 
fazer sem ver a resposta. 
• O cliente inicia o processo com a requisição do pedido. 
• O departamento de impressão coleta a informação a ser processada 
(dados no computador). 
• O departamento de fechamento encaderna o material. 
• O departamento de qualidade verifica a gramática. 
• Se estiver correto, segue para o departamento de envio, que processa o 
preenchimento do pedido e o envia ao cliente. 
• Se não estiver correto, retorna ao processo de impressão. 
 
 
21 
RESPOSTA 
Figura 18 – Resposta ao mapeamento da empresa PrintEasy 
 
FINALIZANDO 
Por mais que se tente expressar como funcionam os processos dentro de 
uma empresa (com suas entradas, atividades, tarefas, saídas) de forma 
descritiva, o entendimento nunca ocorrerá de forma clara. Traçando um paralelo 
com a técnica de desenho técnico mecânico, será quase impossível transmitir 
uma ideia ou uma concepção de uma peça relativamente complexa somente por 
meio de um descritivo ou até mesmo de fotografia. No caso do exemplo 
apresentado, o desenho técnico mecânico transmite todas as ideias de forma e 
dimensões de uma peça, e ainda oferece uma série de informações, como: 
• o material de que é feito a peça; 
• o acabamento das superfícies; 
• unidade de medida; 
• a tolerância dimensional etc. 
Conforme mencionado, o fluxograma (ou outro tipo de notação) está para 
o mapeamento de processos tal qual o desenho técnico mecânico está para 
 
 
22 
engenharia mecânica. É a forma mais inteligente de se expressar aquilo que se 
pretende mostrar. Tanto os fluxogramas quanto o mapeamento do fluxo de valor 
(VSM) apresentam de forma clara características essenciais dos elementos de 
um processo (entradas, atividades, saídas, pontos de decisão, departamentos, 
funções, cliente, fornecedores etc.). Conhecer e saber aplicar essas linguagens 
é fundamental, tanto para o profissional de mapeamento quanto para o 
administrador que tem como objetivo visualizar os processos de forma clara e 
ordenada. 
No caso do VSM (mapeamento do fluxo de valor), a grande vantagem é 
poder ter uma visão do todo e enxergar os desperdícios que muitas vezes ficam 
ocultos. 
Para Shook (2002), a “falta de visão holística e a aplicação de ferramentas 
de forma desestruturada são as principais causas de implantações malsucedidas 
de projetos lean”. 
 
 
23 
REFERÊNCIAS 
E. WILDAWER; L. WILDAWER, D. B. S. Mapeamento de Processos: conceitos, 
técnicas e ferramentas. Curitiba: InterSaberes, 2015.LIKER, J. K. O Modelo Toyota: 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do 
Mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005 
PAVANI JUNIOR, O.; SCUCUGLIA, R. Mapeamento e Gestão por Processos: 
BPM. São Paulo: MBooks, 2011. 
ROTHER, M.; SHOOK, J. Aprendendo a Enxergar: mapeando o fluxo de valor 
para agregar valor e eliminar o desperdício. São Paulo: Lean Institute Brasil, 
2009. 
STADLER, A. et al. Gestão de Processos com Suporte em Tecnologia da 
Informação. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
 
 
 
24 
GABARITO 
Exercício referente à Figura 1. 
Resposta: b. 
 
Trocando ideias 
1. b 
2. c. 
 
	TEMA 2 – FLUXOGRAMA DE PROCESSO: ELABORAÇÃO
	TEMA 3 – MAPA DO FLUXO DE VALOR (VSM): APRESENTAÇÃO
	TEMA 4 – MAPA DO FLUXO DE VALOR (VSM): ELABORAÇÃO
	TEMA 5 – VISÕES NO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
	TROCANDO IDEIAS
	Análise do estudo de caso
	NA PRÁTICA
	Resposta
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS
	GABARITO

Outros materiais