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O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 1 O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 2 É comum ouvirmos, quase como algo da ordem do senso comum, que vivemos na era da informação, do conhecimento. Também ouvimos que, para conseguirmos trabalhar e viver na contemporaneidade, precisamos de pessoas que sejam capazes de pensar de forma crítica e colaborativa. Não há como negar que isso tudo seja verdade. É fato que vivemos na era da informação e que o conhecimento é fundamental para que todos nós consigamos nos sair bem tanto em termos profissionais quanto em termos pessoais, afinal todas as facetas de nossas vidas estão intimamente ligadas. Mas, como alcançar um pensar mais crítico e em colaboração com outras pessoas? Como dar conta de tamanho desafio? Certamente podemos arriscar dizer que a escola e a educação, em uma acepção bem ampla, estão implicadas na resolução desse desafio. Como educadores, podemos sim colaborar para uma formação mais significativa dos nossos alunos, preparando-os para um mundo que prima pela necessidade de posicionamento crítico e visão global dos problemas que afligem a vida humana. No entanto, a pergunta que precisamos nos fazer é: será possível mesmo vencer o desafio posto pelo mundo contemporâneo com uma escola que se mantém, grosso modo, ainda nos moldes da escola do século XIX? A resposta, com certeza, é não. Então, como fazer? O que fazer para desenvolver em nossos alunos habilidades e competências que os municiem para a construção de um processo de aprendizagem que favoreça a criticidade e a colaboratividade? O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 3 Existem muitas possibilidades no cenário educacional contemporâneo que acenam no sentido de promover processos de aprendizagem diferenciados que sejam mais compatíveis com a realidade que vivemos, afinal não é mais possível acreditar que uma educação do tipo “bancária” seja eficiente para a formação de jovens que possam ser efetivamente atores sociais e de suas próprias vidas. A educação “bancária”, como nos ensinou o grande educador e pensador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), é aquela na qual há uma narração de conteúdos que se tornam petrificados, mortos mesmo, porque não dialogam com as realidades dos alunos. E mais, uma narração na qual se pressupõe que há um narrador – o professor – e os objetos passivos e pacientes – os alunos (FREIRE, 19883, p. 65). Ensinar é conscientizar. Aprender é conscientizar-se. O processo de aprendizagem é de mão dupla, porque não se ensina sem que se aprenda e não se aprende sem que se ensine. Há, aqui, uma dialética essencial. No entanto, aprender-ensinar só é possível na medida em que os aprendizes se colocam como sujeitos ativos de seus processos de aprendizagens e o professor entende que seu papel não é mais o de transmissor de saberes, mas, antes, entende que seu papel é de mediação, de auxílio para que os alunos consigam vencer seus próprios desafios. E, novamente, Freire está a nos lembrar de que, se pretendemos que os nossos jovens e adultos sejam livres, não há nenhuma possibilidade de que a libertação ocorra na alienação. A libertação não é algo que se possa depositar em alguém, é, antes de tudo, práxis que traz em seu bojo a implicação da ação e da reflexão de cada um sobre o mundo para, enfim, poder transformá-lo (idem, ibidem, p. 77). Tomando como ponto de partida as prerrogativas do pensamento freireano, podemos pensar em muitas e variadas propostas para a consecução de uma abordagem O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 4 que traga, em si mesma porque tem por base a ideia de promover um processo de ensinoaprendizagem significativo, maiores chances de êxito em relação ao desafio proposto aos educadores de hoje. Uma dessas propostas é, sem dúvida, a aprendizagem baseada em problemas (ABP). A abordagem da aprendizagem baseada em problemas traz, no seu âmago, a forte determinação de facultar aos alunos a capacidade de construir seus próprios processos de aprendizado. Este aprendizado não se diz no singular. Na verdade, são muitos os aprendizados possíveis, sendo todos eles objetivos da ABP. Refiro-me aos aprendizados não apenas conceituais, mas também os procedimentais e os atitudinais. Metodologicamente, a ABP propõe, a fim de alcançar os objetivos de aprendizagem, problemas que devem ser resolvidos pelos alunos. No entanto, é fundamental ter em mente que os problemas precisam ser reais, isto é, não podem ser problemas genéricos ou imaginários. Aos alunos, o realismo deve ser explicitado. A ideia de aprendizagem baseada em problemas não é nova e não pode ser mapeada com precisão uma vez que diversos educadores e pensadores preconizaram abordagens partindo dos mesmos pressupostos, ainda que não as tenham nomeado dessa forma. Assim, já em Paulo Freire, nas obras Educação como prática da liberdade (1967) e Pedagogia do oprimido (1968), apontava-se na direção de um processo de ensinoaprendizagem que considerasse os aprendizes como sujeitos ativos e protagonistas. É possível também encontrar no filósofo e pedagogo estadunidense John Dewey (1859- 1952) e no psicólogo, também estadunidense Jerome Bruner (1915-2016) premissas que encontramos na abordagem ABP. Dewey, inserido no movimento denominado Nova Escola, traz na sua Pedagogia Ativa ou Pedagogia da Ação a ideia que a aprendizagem deve, obrigatoriamente, se dar O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 5 por meio da proposição de problemas aos alunos. Assim, frente a problemas reais, os alunos, em grupos, a partir do compartilhamento de suas ideias e propostas de resolução de seus problemas, compartilham dúvidas e manifestam desconforto intelectual ou conflitos cognitivos que surgem das suas próprias experiências, reais. Em Dewey há um apelo todo particular à noção de experiência. Mas, o que se entende aqui por experiência? A noção de experiência, expressa por Dewey, toma a complexidade do mundo como ponto de partida. Assim, tendo em vista que no mundo há conjuntos virtualmente infinitos de elementos que se relacionam das mais diversas formas, a multiplicidade dessas relações o faz instável, sujeito à contínua transformação. As coisas do mundo devem sua existência a essas relações mútuas, por meio das quais uma coisa age sobre a outra modificando-a e modificando a si mesma nesse processo (DEWEY, 2010 [1938]. É exatamente a essa ação mútua constante e de afetação transformante que Dewey chama de experiência. Dessa noção de experiência depreende-se um pertencimento ao mundo das coisas e da vida. Não pode haver um apartamento. Disso decorre que a filosofia deweyana aponta, necessariamente, para uma crítica da separação entre a teoria e a prática que, para Dewey, se constituem em uma unidade. Essa unidade podia ser percebida pela sua própria ação como intelectual e militante político. Um marco dessa união entre pensamento e ação pode ser visto no livro Democracia e educação: introdução à filosofia da educação (DEWEY, 1959 [1916]). Esse é um aspecto da biografia de 4 Dewey que vale à pena ser conhecido e tomado como possível referência para os educadores. O educador não pode se eximir de sua responsabilidade social, de seu engajamento político sob o risco de promover uma ruptura entre teoria e O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico6 prática. Essa ruptura acaba por se tornar uma espécie de “esquizofrenia” que leva a prática docente ao vazio. Dessa forma, compreende-se que a educação deve ser uma constante e contínua “reconstrução da experiência”. É isso que o pensamento de Dewey nos ensina, é isso que o pensamento de Paulo Freire nos ensina. Percebe, portanto, que, de fato, a fundamentação teórica da aprendizagem baseada em problemas inspira-se bastante na filosofia de John Dewey, mas não apenas nela. O pensamento do psicólogo Jerome Bruner é tido como aquele em que se pode encontrar uma das primeiras elaborações de uma formulação complexa do uso de problemas nos processos de ensino-aprendizagem. Ao seu nome também são associadas as ideias acerca dos processos de ensino- aprendizagem por descoberta. Ambas, como se pode notar, defendem que as propostas educacionais devem consistir essencialmente no embate dos estudantes diante problemas. Nesse embate, a discussão na busca de soluções é o que garantiria a aprendizagem efetiva e significativa. Assim, é nos grupos de discussão que os estudantes ganham a motivação necessária para conhecer o mundo e nele agir. É importante perceber que todos os pensadores mencionados até aqui apostam em processos de ensino-aprendizagem fundamentalmente ativos, isto é, o aprendiz não é aquele a quem se deve transmitir conteúdos, mas, antes, um sujeito que, junto a seus colegas e professores, busca os conteúdos, os descobre, os coloca no mundo da vida e, portanto os significa. Assim, a partir desse embasamento filosófico e teórico sobre processos de ensino-aprendizagem que, insisto, valem ser conhecidos mais profundamente, pode-se identificar a elaboração sistemática da ABP por volta de 1965 com o médico e professor canadense John Evans (1929-2015) que, ao O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 7 assumir a reitoria da escola de Medicina de McMaster, propôs inovações no ensino de Medicina justamente utilizando a aprendizagem baseada em problemas. Evans criou um comitê com vistas ao desenvolvimento dessa abordagem diferenciada e, a partir desse ponto, a escola de Medicina passou a formar seus estudantes dentro da perspectiva de discussão em grupos de problemas reais com vistas ao encontro da melhor solução para o dado problema. É bastante razoável supor que essa metodologia de trabalho na formação de estudantes ajusta-se perfeitamente ao desenvolvimento de habilidades profissionais de que esses jovens necessitarão no futuro. De fato, a ABP tem certa penetração no mundo acadêmico, sobretudo em cursos de Medicina. Mas, será que essa abordagem seria adequada apenas na formação de futuros médicos? Certamente, não. Uma metodologia de trabalho que busca desenvolver a autonomia dos estudantes a partir da motivação provocada pelo desafio de resolver problemas reais é uma aposta que deveria ser feita em todos os cursos e em qualquer nível de escolaridade. Este curso busca, justamente, dar subsídios para que você, professora, você, professor, consigam implementar, à luz de reflexões constantes, essa abordagem pedagógica que, com certeza, pode enriquecer a sua prática docente e favorecer a aprendizagem de seus alunos. Para que você aumente suas chances de êxito nessa empreitada, que não é fácil, abaixo seguem algumas sugestões de livros, filmes, sites. O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 8 Aproveite-as, afinal a docência é uma profissão em que nunca se pode parar de refletir, estudar, conhecer. Referências bibliográficas: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. DEWEY, John. Democracia e Educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959 [1916]. ____________. Experiência e Educação. São Paulo: Vozes, 2010 [1938]. Olhares Transversais Sugestões para o professor Livros Norte e Sul, Elizabeth Gaskell, Landmark, 2012: o romance, publicado em 1855, retrata a grande mudança vivida pela sociedade inglesa promovida pela Revolução Industrial por meio da narração das mudanças ocorridas na vida da personagem Margareth Hale. A moça, moradora do sul da Inglaterra, é obrigada a mudar-se para o norte. Lá, a personagem depara-se com uma nova organização social. Trata-se de um livro 6 complexo que ensina muito sobre como mudanças políticas, econômicas e sociais afetam diretamente a vida das pessoas. Vale à pena conferir, pois têm muito a dizer ao momento de mudanças vivido na contemporaneidade. Há versão adaptada para o cinema. Pedagogia Profana, Jorge Larrosa, Autêntica, 1999: o filósofo da educação, professor da Universidade de Barcelona, convida a todos os educadores a pensarem a respeito da educação a partir de uma abordagem calcada nas filosofias de Friedrich Nietzsche e de Michel Foucault. O livro é muito instigante O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 9 e nos leva a refletir sobre a prática docente por um viés que subverte ideias feitas e desafia o senso comum. Trata-se de uma leitura bastante pertinente à abordagem pedagógica proposta neste curso. John Dewey. Robert B. Westbrook e Anísio Teixeira, Coleção Educadores, MEC /Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, 2010: o livro traz uma abrangente e profunda análise do pensamento de John Dewey que ajuda a entender de forma mais completa e proveitosa as ideias do educador. O livro está inteiramente disponível para download no endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4677.pdf. Acesso em: nov. 2016 Filmes Sociedade dos poetas mortos. Direção: Peter Weir, 1989, Estados Unidos, 128 minutos. Esse filme, já bastante conhecido, conta a história de um professor de poesia que escolheu inovar em uma escola bastante conservadora dos meados do século XX. Sua abordagem pedagógico-didática fez dos alunos participantes ativos em seus processos de aprendizagem promovendo grande motivação e significação de conteúdos entre eles. Um belo filme para nos animar e fazer pensar e repensar as nossas próprias escolhas pedagógico-didáticas. O Sorriso de Mona Lisa. Direção: Mike Newell, 2003, Estado Unidos, 114 minutos. O filme pode ser visto como uma “versão feminina” do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Nele, uma professora de arte, formada em uma universidade liberal, é contratada para ministrar aulas em uma escola feminina bastante conservadora. Ambientado no início da década de 1950, a professora busca disseminar entre as alunas 7 a ideia de que as mulheres têm identidades O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 10 culturais próprias e são, portanto, membros da sociedade como atores sociais ativos. Também aqui entra em cena uma abordagem mobilizadora que busca trazer elementos para que as alunas repensem seu papel e lugar na sociedade, apontando, portanto, para o papel político do educador. Sites Instituto Paulo Freire. No site do Instituto Paulo Freire você pode encontrar muitas informações, livros, artigos, entrevistas, vídeos de Paulo Freire e sobre o seu pensamento. Vale à pena consultar como fonte para aumentar seus conhecimentos sobre um dos mais importantes e marcantes educadores do Brasil e do mundo. Endereço: http://www.paulofreire.org/ Experienciando Você viu, ao longo desta unidade, que a aprendizagem baseada em problema tem como base a proposição, junto aos alunos, de uma situação- problema que seja percebida pelos alunos como real. Mas, muitas vezes, é difícil para nós, professores, imaginar uma situaçãoproblemaque possa ser percebida pelos alunos como real e na qual seja possível trabalhar os conteúdos que objetivamos, não é mesmo? Por isso, segue uma proposta. Não se trata de uma receita pronta a ser seguida, mas uma ideia para provocar a sua imaginação e criatividade. Proposta Tema: espectro eletromagnético – luz visível Justificativa O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 11 A luz visível do espectro eletromagnético é o que nos permite enxergar o mundo. Não apenas enxerga-lo, mas vê-lo da forma como o vemos. As imagens e cores que somos capazes de perceber dependem não apenas de nossos aparatos físicos – olhos e cérebro - , mas também dos meios nos quais as luz se propaga. Dessa forma, entender que aquilo que tomamos por real, na verdade, depende de determinadas condições que, se mudadas, podem produzir outras “realidades”, é fundamental para os alunos. Assim, a proposta que se segue pode ser aplicada a 8 qualquer nível da escolaridade básica bastante apenas estabelecer os objetivos pertinentes para cada um deles. Como Pensando nessa temática e nos conteúdos conceituais a ela associados, seguem algumas perguntas que podem ser disparadoras para a abordagem dentro da ABP. Situação-problema: - Por que o céu é azul se o Sol é amarelo e a luz que ele emite é branca? - Por que o pôr do sol e a alvorada são avermelhados? - Todos os animais enxergam a mesma coisa? - Que tipo de imagem é formada nos olhos compostos dos insetos? - Que imagens são formadas pelos morcegos? - Sabendo-se que as abelhas enxergam o ultravioleta, como deve ser o mundo visto pelas abelhas? A partir dessas intrigantes questões, faça um levantamento das concepções prévias dos alunos. Esse levantamento é muito precioso, pois dá O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 12 elementos para a elaboração de encaminhamentos mais efetivos. Por exemplo, se você percebe que vários alunos têm uma boa noção do tema, seu encaminhamento poderá ser no sentido de aprofundamento das questões. Mas, em contrapartida, se perceber que boa parte dos alunos sequer havia pensado nisso antes, a condução das pesquisas deverá ser em um sentido mais básico. Além do levantamento de conhecimentos prévios, as perguntas colocadas na situação-problema abarcam tanto conteúdos específicos de Física quanto de Biologia. No caso do Ensino Médio, uma parceria entre as duas disciplinas seria muito bemvinda. Isso pode ser feito de forma multidisciplinar, mas, ainda melhor, se for interdisciplinar. Para mais detalhes sobre multi e interdisciplinaridade veja a unidade 2 deste módulo. Para deixar a proposta ainda mais interessante e com maiores chances de promover uma aprendizagem significativa dos conteúdos que deseja trabalhar com os alunos, faça uma aula prática. É bem simples e ajuda muito no entendimento dos alunos, além de ter um aspecto lúdico que, naturalmente, provoca o engajamento dos alunos. Tendo em vista que a resposta para as questões acerca da cor do céu em determinadas situações tem a ver com o fato de a luz branca ser composta, e que a 9 atmosfera acaba atuando como uma espécie de prisma, a aula prática faria uso de prismas. Os endereços eletrônicos abaixo são sugestões de protocolos muito simples que você pode usar para montar essa prática que pode ser feita, inclusive dentro da própria sala de aula ou ao ar livre. Há também a sugestão de uma leitura complementar para você caso deseje trabalhar com o tema a O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 13 partir de um episódio histórico envolvendo Isaac Newton (1643- 1727) e a Teoria das Cores. Mais detalhes sobre o uso de História das Ciências no Ensino veja a unidade 2 do módulo 2. Segue, ainda, uma sugestão de leitura sobre a visão nos animais. Para a aula prática: - Site da Unesp: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt11.htm. Acesso em: dez./2016. - Site da Universidade Estadual de Londrina: http://www.uel.br/pessoal/inocente/pages/arquivos/2FIS010%20%20LABORA TORIO%20DE%20FISICA%20GERAL%20II/15Dispersao%20da%20luz%20em%2 0prismas.pdf. Acesso em: dez./2016. História das Ciências: SILVA, Cibelle Celestino e MARTINS, Roberto de Andrade. A teoria das cores deNewton: um exemplo do uso da História da Ciência em sala de aula. Revista Ciência &Educação, v. 9, n. 1, p. 53-65, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n1/05.pdf. Acesso em: dez./2016. Visão nos animais Site da Revista Ciência Hoje: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/visao-animal/ O que é ABP e para quê? O que é ABP: pressupostos teóricos e histórico 14