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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CAMPUS PIÚMA POLO - ECOPORANGA CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMATICA LUIZA BETÂNIA GEVERGI LACERDA GARCIA MEMORIAL DE ESTÁGIO Ecoporanga - ES 2019 LUIZA BETÂNIA GEVERGI LACERDA GARCIA MEMORIAL DE ESTÁGIO Ecoporanga - ES 2019� SUMÁRIO Introdução......................................................................................................04 Introdução..................................................................................................... 05 Objetivos ...................................................................................................... 05 Objetivo Geral.................................................................................... 05 Objetivos Específicos......................................................................... 05 Referencial Teórico........................................................................................06 Análise Crítica ...............................................................................................07 Metodologia...................................................................................................08 Considerações Finais....................................................................................10 Referências....................................................................................................11 Anexos...........................................................................................................12 Entrevista com o Diretor.....................................................................13 Entrevista com o Supervisor Escolar .................................................16 Entrevista com o Coordenador Escolar .............................................19 Formulário de Coleta de Dados .........................................................22 Formulário de Observação Carta de Apresentação de Estágio Termo de Compromisso de Estágio Plano de Estágio INTRODUÇÃO A prática é a maneira pelo qual o profissional, principalmente da educação vai conhecer seu mundo. O campo no qual ele vai atuar daqui para frente é repleto de desafios, ora bons, ora ruins que precisarão ser enfrentados, mostrando ao profissional qual a melhor decisão tomar na sua carreira como educador. A formação na Universidade prepara o profissional para ingressar no mercado de trabalho, a prática prepara-o para o “mundo de verdade”, uma vez que no meio escolar existem várias situações adversas, momento este, que cabe ao recém “criado” educador desenvolver seu papel de forma firme e convicta, inclusive na sociedade, já que a cada dia que passa a mesma está mais exigente no que diz respeito a educação. Sendo assim nossa principal missão como educadores é transmitir aos nossos educandos o conhecimento necessário para prosperarem tanto profissionalmente, já que o mercado a cada dia que passa se torna mais competitivo, e como cidadãos de bem, críticos em busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Conhecemos até agora através da Teoria, diversas situações emblemáticas da educação. Quando entramos na sala de aula, seja nos momentos de observação e principalmente nos momentos de regência, conhecemos um outro lado da moeda, e passamos a vivenciar uma realidade bastante diferente. A sala de aula é composta por diferentes personagens, e somente os educadores que realmente estão dispostos é que de fato farão a diferença no cenário atual. Neste Memorial, pude retratar e eternizar um pouco das experiencias deste desafio que vivi neste breve período. Além disso pude despertar através do mesmo o prazer pela arte do ensinar e do conviver com diferentes realidades, que também tanto ensinam a nós educadores. Além disso, pude viver uma grandiosa troca de experiências com os educandos que contribuíram ainda mais para o meu crescimento não só profissional, mais como ser humano. O Estágio Supervisionado trouxe a oportunidade de conhecer profundamente as necessidades de aprendizagem que os alunos tem durante as séries, e vivenciar na pele a transmissão de conhecimento que o professor passa a estes alunos. O presente trabalho, portanto, tem a finalidade de relatar as atividades observadas durante o Estágio Supervisionado do Curso de Complementação Pedagógica em Matemática do Instituto Federal do Espírito Santo. O Estágio foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Governador Lindenberg” na turma do 8º ano matutino 01, supervisionada pelo Professor Renato Souza, professor efetivo da Rede Estadual de Ensino da referida escola. OBJETIVOS GERAL: Oportunizar ao futuro licenciado a inclusão do mesmo no ambiente da realidade escolar, a fim de formar profissionais aptos a atuarem no meio, desempenhando um papel de qualidade. ESPECÍFICOS Analisar o processo de ensino – aprendizagem em Matemática nas turmas do 8º ano, possibilitando assim o contato com a realidade; Proporcionar situações para utilização dos conhecimentos adquiridos e utilizar na prática os mesmos. Estabelecer profunda correlação entre teoria e prática, favorecendo o desenvolvimento do profissional como docente, articulando a formação teórica, com situações reais do trabalho docente. Colaborar no processo de aprendizagem dos alunos criando situações problematizadoras, introduzindo novas informações, dando condições para que eles avancem em nível cognitivo e de compreensão do conteúdo aplicado. REFERENCIAL TEÓRICO A Etapa de Estágio Supervisionado é obrigatória para os Cursos de Licenciatura – Formação de Professores da Educação Básica em Nível Superior de Graduação Plena em acordo com as resoluções do Conselho Nacional de Educação – CNE/CP nº 01/2002 e CNE/CP nº02/2002. O estágio busca a maneira mais propícia de conciliar a teoria e a prática, rompendo com as confrontações que há entre às duas etapas do ponto de vista da aprendizagem. O futuro educador pode viver na prática às mais diversas situações encontradas no dia – a – dia escolar, na observação o estagiário fica presente na sala de aula sem participar diretamente da aula. Na prática o estagiário vê a sala de aula por um outro ângulo, tendo orientação sobre o que busca e realiza. A observação às aulas possibilita ao estagiário uma melhor compreensão didática – pedagógica da organização curricular, assim como maturidade intelectual para poder se futuramente desenvolver no processo educativo. Diante disso a observação do estágio é de suma importância para apontar as possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente. Como afirmam Pimenta e Lima (2004 p. 114), “o estágio torna-se uma possibilidade de formação contínua para professores.” Durante a observação de sala de aula, o estagiário deve suscitar questionamentos sobre a prática pedagógica (Barreiro e Gebran, 2006). A escola é o local onde os alunos, através dos professores tem seu conhecimento moldado, proporcionando ao mesmo uma visão nova de mundo, tornando – os as principais peças desse processo de aprendizagem. O estágio permite aos futuros professores conhecer quais as ferramentas necessárias para melhorar a aprendizagem e o desempenho do aluno. É preciso o estágio seja a oportunidade de mostrar ao futuro professor que ele precisa ser flexível e trabalhar de forma dinâmica, principalmente no campo da Matemática. Para Feire (1983, p.68) “o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa é educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa.” ANÁLISE CRITICA O estágio é uma experiencia única onde se tem a oportunidade de vivenciar seu futuro no campo que será trabalhado. Durante o período de estágio supervisionado é a fase em que compreendemos de fato que quando se assume uma sala de aula, assume-se também todas as responsabilidades cabíveis a um professor, que na grande maioria das vezes é bem mais que ensinar. Apesardas dificuldades iniciais, o primeiro contato da relação professor – aluno, numa sala de aula dos dias atuais, o professor é muito mais que um professor, hoje a sala de aula vai além da educação dos conteúdos matemáticos, mais há vários outros fatores onde os professores contribuem para formação como indivíduos dos estudantes. Nas observações em que realizei participei ativamente das atividades que foram realizadas com os alunos. Pude ajuda-los bem de perto e sentir suas necessidades de aprendizagem, além de poder trocar experiencias com os educandos, e conversando com eles pude conhecer mais das suas realidades, e nessa troca ambos crescem juntos e se tornam sujeitos desse projeto. METODOLOGIA A EEEFM “Governador Lindenderg” localiza-se na Rua Dirceu Cardoso, 240, no bairro Irmãos Fernandes, na cidade de Barra de São Francisco – ES. A Escola é mantida pelo Governo do Estado do Espírito Santo pelo Ato de Aprovação: Res. CEE nº 41/75 de 28/11/75. É uma escola de tempo parcial que atende nos três turnos: matutino, vespertino e noturno com capacidade para atender 600 (seiscentos) alunos por turno. São 14 (catorze) salas de aula, 01 (uma) biblioteca, 01 (um) auditório, 01 (um) Laboratório de Ciências, 01 (um) Laboratório de Informática, 01 (um) refeitório, 01 (uma) sala de Recursos com professores especializados (sendo, profissionais do magistério para alunos com laudo, e 3 profissionais especializados em Libras). Além disso há o apoio administrativo com sala de Professores, Secretaria, Sala de Pedagogas, Sala da Coordenação e Sala da direção. Fui recebida pela diretora a Sra. GIRLENE RODRIGUES BARBOSA DA SILVA, que está a 3 anos a frente da escola. Fui encaminhada ao Professor RENATO SOUSA, que é membro efetivo do quadro de professores da Escola e é quem vai me acompanhar nestas 10 aulas de observação (houve dispensa das aulas de regência pelo fato de já ter exercido regência na área de Matemática). Renato é Mestre em educação e é professor de Matemática das turmas do 8º ano. Fui apresentada a turma na qual trabalharíamos juntos por 10 aulas no acompanhamento da minha observação. A turma do 8º M1 é uma turma composta por 34 anos alunos, de perfil dos mais diversos. É uma clientela com perfil sócio econômico bem diversificado. A turma é agitada mais sem graves desvios de conduta ou grave indisciplina, além disso é uma turma de alunos bem esforçados e que de maneira geral, não apresentam graves déficits de aprendizagem. Conheci também outra turma é a turma do 8º M2, que é composta por 28 alunos, onde 3 necessitam do acompanhamento da profissional da sala de recursos e uma turma mais agitada, entretanto sem grave indisciplina. Na turma do 8º ano 02 apenas fui apresentada e acompanhei apenas uma aula. O estágio em sua totalidade foi voltado para turma 01. Porém pude observar diferenças nas turmas. Ambas às turmas estavam em introdução as noções de álgebra, Equação de Primeiro Grau, Expressões Numéricas e Inequações. Apesar da escola dispor de vários recursos didáticos, os mesmos não são suficientes para todos os professores para uso simultâneo, portanto o professor Renato faz as aulas serem muito dinâmicas, com os recursos possível no momento (quadro branco e pincel). Uma aula expositiva / explicativa para o desenvolvimento da turma e do objetivo proposto, sempre com muita qualidade e uma atenção individualizada a particularidade de cada aluno (sempre na medida do possível, claro). O professor Renato enfatizou muito bem, que embora os recursos sejam escassos as aulas de Matemática precisam sempre ser muito dinâmicas afim de tentar “prender” a atenção do aluno sempre o máximo possível, uma vez que ainda nos dias de hoje há o “velho temor” e tabus em relação a dificuldade da Matemática. Durante às 10 aulas de observação o conteúdo trabalhado foi o mesmo, (como se tratava da introdução a um conteúdo há necessidade de um número “grande” de aulas) mais sempre de uma forma diferente e dinâmica para o verdadeiro entendimento dos alunos à um assunto que tanto será utilizado na sua vida escolar futura. A escola sempre está preocupada com a formação do pensamento crítico e a formação que cidadãos serão formados para a sociedade em geral. Em conversa com a diretora e mais alguns colegas professores é nítida a preocupação dos mesmos em relação a perspectiva de vida dos educandos do ponto de vista da formação de cidadãos para a sociedade, uma vez que estes fazem parte da missão da entidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio me proporcionou uma visão mais ampla do funcionamento escolar, além de oportunizar conhecer mais a prática docente de perto, viver o que tanto havia se falado e escrito na teoria, mais não havia se visto ainda. Além disso, é através do Estágio que pude enaltecer a grande beleza que é se trabalhar como educador, a grande responsabilidade de estar presente de forma tão significativa na vida de tantos jovens e adolescentes. Apaixonar -se todos os dias pela educação é parte de um processo de quem escolheu por vocação lidar com sentimentos e futuro de muitos. Além disso, foi através desta oportunidade que também pude observar que dentro de uma escola, há vários desafios a serem superados para uma verdadeira educação de qualidade. Como uma verdadeira apaixonada por educação, e crente que só ela pode mudar o lugar onde vivemos, nosso país e o mundo, pude entender que há vários desafios a serem superados por nós educadores. Em contrapartida, também pude ter certeza que quero contribuir com este crescimento e quero ser fator transformador na vida de vários adolescentes no entorno do lugar onde vivo. Faltam educadores que fazem esta opção por amor. E precisa – se de educadores que se juntem aos demais que assim como eu optaram em seguir esta carreira, o compromisso que querer transformar vidas. Comprovei também através desta brilhante oportunidade cedida pela EEEFM “Governador Lindenderg” a importância de lecionar o Estudo da Matemática de forma dinâmica para despertar o interesse do discente nesta disciplina tão temida que ao mesmo tempo, se faz totalmente necessária no dia – a – dia , ninguém vive sem Matemática, então porque teme – la ? Por fim, gostaria de aproveitar as considerações finais para agradecer a EEEFM “Governador Lindenderg”, na pessoa da diretora Sra. Girlene Rodrigues Barbosa da Silva e do Professor Renato Souza que prontamente se dispuseram com tanta prontidão e carinho, contribuir com esta fase tão importante da minha carreira profissional, compartilhando suas experiencias como educadores e suas vivencias em sala de aula, sempre me apontando o melhor caminho e as melhores decisões a serem tomadas, o meu muito obrigada! REFERENCIAS BARREIRO, I. M. de F.; GEBRAN, R. A. Pratica de Ensino e Estágio Supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006. PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docencia.2. ed: São Paulo: Cortez, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 13 ed. – Coleção Mundo O Hoje. Rio de Janeiro: Paz e Terra ., v.21, 1983. LEITE, Lúcia Helena Alvarez. Pedagogia de Projetos. In. Curso Projetos Educacionais: Reconstruindo a aprendizagem sob a perspectiva da pedagogia de projetos. São Paulo: Portal Educação – EAD, 2008. MARTINS, Jorge Santos. Projetos de Pesquisa: estratégias de ensino e aprendizagem em sala de aula. 2. Ed. Campinas, São Paulo: Armazém do Ipê (Autores Associados), 2007. CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA MEMORIAL DO ESTÁGIO – ANEXO I Aluno: Luiza Betânia G.L. Garcia Entrevista com o Gestor Escolar GIRLENE RODRIGUES BARBOSA DA SILVA – DIRETORA ESCOLAR 1 – Diretora, se apresente por favor. Meu nome é Girlene Rodrigues Barbosa da Silva, tenho 53 anos, sou natural de Água Doce do Norte, município do noroeste do Espírito Santo e a 3 anos sou diretora da EEEFM “Governador Lindenberg”, mais conhecida como Polivalente, que está situada em Barra de São Francisco. 2 – Qual éa sua formação Diretora? Conte um pouco mais sobre a sua trajetória. Sou professora formada pelo magistério em Água Doce do Norte, posteriormente me mudei para Vitória onde cursei Pedagogia e Artes Visuais na UFES, cursei alguns pós na área da educação. Dividi grande parte da minha vida, sem ser professora do ensino fundamental I e professora de artes. Sou educadora por amor. Há 6 anos retornei para o noroeste do Estado, onde fui convidada a me tornar técnica da Superintendência Regional de Educação. Fiquei no cargo por 3 anos, quando chegou minha aposentadoria. A partir daí, me ofereceram a direção da escola e foi onde aceitei o convite. 3- E como é ser a diretora da Escola Polivalente, você pode em um breve resumo nos contar mais sobre a Escola? Gosto de ser a diretora da Escola. Quando me foi feito o convite houve muito receio da minha parte, pois a “fama” da escola é de ser um tanto quanto conturbada, devido ao excesso de problemas tanto administrativos, quanto pedagógicos. O Polivalente infelizmente funciona como válvula de escape das outras de escolas de ensino fundamental, ou seja, um aluno indisciplinado por exemplo provindo de TC (Transferência Compulsória) por exemplo, vem para o Polivalente, então tínhamos a um tempo atrás graves problemas de indisciplina, quadro que hoje já é bem diferente de quando entrei. Toda minha equipe luta dia -a – dia para que nosso quadro mude, para que nossos alunos venham para escola com a verdadeira intenção que é a de estudar. Mas é um trabalho árduo. A escola hoje comporta em média 600 alunos, mais tem 800 e ainda atende o Sistema Prisional da cidade, o que faz que eu tenha que me ausentar da escola para monitorar as atividades realizadas com os detentos. Para ser diretor de uma escola tão grande às vezes é necessário ser mais de um, rsrs, porém com o trabalho sendo realizado de forma devida, tudo fica no lugar. 4 – E como você lida com o fato de a Superintendência Regional ter te indicado ao cargo? Quando recebi o convite eu já havia sido técnica da Superintendência, eu tinha sido responsável por esta escola. Então já conhecia bem de perto a realidade do Polivalente. O convite me foi feito, pois os outros métodos de escolha já tinham sido todos utilizados, mais ninguém se disponibilizou ao cargo. Eu topei o convite em caráter provisório, mais já se vão 3 anos desde a primeira vez, uma vez que os contratos de direção no Estado são renovados de 6 em 6 meses. A questão é que a escola precisa de um trabalho intensivo e contínuo, que não poderia ser feito caso houvesse uma troca constante na direção, então continuei na direção para realização dos projetos que temos em agenda. 5 – Quais projetos a escola desenvolve para a melhoria e formação de cidadãos conscientes, que é uma das metas da escola? A Escola desenvolve diversos projetos, principalmente de forma interdisciplinar. Mas, quero dar destaque a um que foi criado a 2 anos e que despertou uma verdadeira mudança no pensamento dos alunos. No lugar de uma Feira de Ciências que tínhamos, desenvolvemos uma Gincana, intitulada Gincana Científica e Cultural. A gincana consiste em provas que desenvolvem o cognitivo dos alunos atrelado ao lúdico. Além disso temos uma prova que consiste na arrecadação de alimentos, onde posteriormente montamos cestas básicas que são revertidas as famílias carentes da cidade. Neste ano mesmo a gincana ocorreu no dia 27,28,29 de julho e foram arrecadados alimentos para 150 cestas. Até um site da cidade fez a cobertura da gincana e deixou os alunos empolgadíssimos. Deixarei o link ao fim da entrevista para vocês poderem ver os resultados é fantástico, além de desenvolver o lado de pensamento de cidadãos conscientes. 6 – Qual o maior desafio da Gestão de sua escola hoje? Desafios sempre existirão e cada dia surge um novo. Mais hoje não dispomos de uma quadra de esportes para os alunos. E sou muito cobrada pelos alunos por isso. Infelizmente eles se sentem sem um espaço propício para realização das aulas de Educação Físicas e demais atividades lúdicas e /ou recreativa. 7 – Qual requisito necessário para ser um bom diretor hoje? Penso que sobretudo o diretor precisa ser organizado e sobretudo otimista. Não se pode desistir no primeiro percalço. Como eu destaquei na pergunta anterior, desafios sempre existirão, afinal cada escola tem suas particularidades, seus problemas, suas qualidades, seus pontos fortes. Basta sabermos transformar essas dificuldades em resultados. Então o quesito principal talvez seja esse. Saber transformar problemas em resultados e para isso precisa – se ser persistente. 8 – E como você avalia sua gestão? É difícil avaliar-se, mais procuro sempre dar o meu melhor a todos. Até porque escola não se faz sozinha, apenas com a Girlene. Junto de mim há o apoio do setor administrativo que me ajuda demais com a parte burocrática, há o quadro de professores maravilhoso que está empenhado em mudar a “cara” da escola, e vários outros profissionais que nem consigo contar pois posso correr o risco de esquecer para fazer uma escola diferente e de qualidade, pois ensino público a cada dia que passa precisa ser mais e mais de qualidade. 9 – Você destacou o relacionamento entre funcionários e gestão. Como é aqui na escola? Como você considera os seus funcionários? Não posso dizer que o relacionamento é 100%, mais tento fazer o máximo possível para que o relacionamento dentro da escola seja agradável e satisfatório a todos, ajudo a todos para que todos possam ajudar a escola, afinal de contas são todos seres humanos e seres humanos precisam ser bem tratados para terem um bom rendimento. Não sei se consigo atender a expectativa de todos, mais faço todo o possível para que todos se sintam bem acolhidos e valorizados no ambiente escolar, penso que isso faz toda diferença possível para um bom desempenho. 10- Diretora gostaria que você pudesse fazer suas considerações finais, dizendo o que achou pela da experiencia de poder falar mais da sua escola e apresentar seus projetos. Bom em primeiro lugar, a entrevista com o gestor faz parte de uma necessidade que todos nós gestores temos, a necessidade de avaliar sua gestão e de falar de sua gestão. Falar porque como eu disse anteriormente, temos aqui no Polivalente que divulgar essa “cara nova” que a escola tem tomado, e essa é uma grande oportunidade. Gostaria de agradecer e convidar a todos que forem alcançados por esta entrevista a acessar a página da Escola no Facebook deixarei o link abaixo. E que todos possam sempre se empenhar na constante mudança da Educação, pois só através da educação é que poderemos mudar o mundo. CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA MEMORIAL DO ESTÁGIO – ANEXO II Aluno: Luiza Betânia G.L. Garcia Entrevista com o Supervisor Escolar (Pedagogo) GEISA SANTOS PIMENTEL OLIVEIRA - PEDAGOGA 1.Qual é a função da Coordenação Pedagógica? E em nível de relacionamento interpessoal, como é o envolvimento desse órgão junto aos discentes e os demais componentes da comunidade escolar? Bem na nossa escola, o Coordenador Pedagógico é o responsável por intermediar a relação entre professor / aluno no processo de ensino aprendizagem, seja nas dificuldades do aluno, ou nas dificuldades do professor. O pedagogo precisa ter um bom relacionamento interpessoal com todas as pessoas que trabalha, afinal ele é o responsável por intermediar um meio termo entre os dois e também com toda a comunidade escolar em geral, pois precisa estar aberto a conversar com os pais, em alguma eventualidade. 2.Como se dá o acompanhamento do planejamento diário do professor? Qual a frequência de encontros? Na nossa escola optamos por concentrar os planejamentos por área. Cada professor com carga horária que chamamos de completa, (25 h) tem 18 horas aula e 7 horas de Planejamento. Dessas 7 horas 2 horas são distribuídas durante a semana e 5 horas ficam concentradas em um único dia, que foi separado por área de conteúdo. Língua Portuguesa em umdia, Matemática e Ciências da Natureza em outro dia e Ciências Humanas em outro dia. Em cada dia participo juntamente dos professores na busca de trocarmos ideias sobre formas de trabalho, sobre os problemas que eles estão enfrentando em sala de aula, ou até mesmo os alunos fazendo uma acareação entre os dois. Passou a ser mais proveitoso assim desta forma. 3.Como se dá o trabalho de acompanhamento das deficiências de aprendizagem do educando? Este é um ponto muito importante da minha função. Nossa busca pela melhora dos índices da escola, e do desenvolvimento cognitivo dos alunos é constante. Fazemos todo o possível para que o aluno se desenvolva na sua plenitude, tanto na base curricular quanto cidadão pensante, atuante e que luta por seus direitos. O Estado prevê uma portaria que uma vez por semana o professor faça o nivelamento da turma, além disso nossa escola é prioritária e recebeu do governo do estado professores que dão aulas de reforço. Além do acompanhamento de perto dos professores semanalmente nos planejamentos e das atividades que estão sendo desenvolvidas, também acompanho o portifólio de atividades dos professores de reforço. 4.Existe preocupação em proporcionar uma maior integração entre a família X escola? Como isso acontece? Uma parte importante de busca de diminuição da defasagem dos alunos da escola é a integração Escola X Família. Esta por sua vez tem parcela fundamental no sucesso do processo de Educação do seu filho. Então sempre procuramos estreitar os laços entre família e escola para o próprio bem do aluno. Além de reuniões, plantões e atividade de grupo interativos, temos em nosso próprio calendário escolar a realização de 2 vezes por ano, do dia da família na escola, que é onde nossos alunos tem a oportunidade de apresentar aos seus familiares as diversas atividades que realizam no decorrer do ano letivo, e é um momento onde a família se convence de seu próprio papel mediante a educação dos filhos. 5. O Supervisor / Coordenador Pedagógico auxilia ou coordena projetos interdisciplinares propostos pelos professores? Nossos professores desenvolvem diversos projetos interdisciplinares durante o ano. Eles buscam inserir na grade curricular temas transversais e de necessidade na formação do adolescente como ser humano e cidadão consciente de seu papel na sociedade. Todas atividades realizadas na escola passam por critérios de auxilio por parte dos pedagogos, até para que o professor possa ter o suporte necessário para realização de determinados tipos de atividades que envolvam material diferenciado por exemplo. É necessário que de forma participativa, comum e espontânea, sem incomodar (claro) o professor, que o pedagogo esteja próximo dele sendo o suporte do mesmo no dia a dia, orientando quando necessário, solicitando a mudança de sua didática quando necessário também, convocando a família quando o professor precisar. Na escola só há resultado positivo quando há trabalho em conjunto, quando há trabalho árduo, porém, intenso, todos juntos na busca de um só ideal. A educação. 6. As ações do Supervisor / Coordenador Pedagógico evidenciam a concretização do PPP na escola? O dia da família na escola por exemplo, é uma das ações previstas em nosso PPP. Pois desde a criação do mesmo, e sua principalmente após sua reformulação em 2018, vimos a necessidade da proximidade de família escola entre os alunos. Este então é mais uma das atividades que evidenciam minha atuação mediante ao PPP da escola. Nele também está contido ações que visam o desenvolvimento pleno do aluno, e isso também faz parte da nossa constante luta no dia a dia escolar para mudarmos os índices e a base escolar dos nossos alunos na busca constante de uma educação de qualidade. CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA MEMORIAL DO ESTÁGIO – ANEXO III Aluno: Luiza Betânia G.L. Garcia Entrevista com o Coordenador Escolar IRACILDA BARBOSA MOREIRA – COORDENADORA 1 - A nomeação para o cargo foi realizada por quem: Estado, Comunidade ou Direção da Escola? Minha nomeação foi feita pela direção escolar, juntamente com o quadro de professores, tendo em vista que faço parte do mesmo, de maneira efetiva e meus colegas confiaram em mim, a ajuda necessária para manter a organização no ambiente escolar. 2. Qual a sua habilitação? A senhora exerce outra função? Sou professora de Matemática por formação, pós-graduada nas áreas da educação. Atualmente só exerço a função da Coordenação Escolar, porém em dois turnos. Matutino e Noturno. 3-Qual a função do Coordenador dentro da Escola? O Coordenador Escolar, em nossas dependências é responsável em zelar pela organização do espaço escolar como num todo, tanto alunos quanto professores, interferindo em casos de indisciplina, falta de professores, ou não cumprimento de suas tarefas, fazendo caso necessário registros e tomando as providencias cabíveis em casos mais graves com os devidos órgãos competentes. 4 - Quais os problemas mais comuns entre alunos que chegam à Coordenação? Hoje o problema que mais enfrentamos sem dúvidas é a indisciplina. Mais infelizmente somos obrigados em situações mais graves interferir junto ao conselho tutelar, principalmente quando a indisciplina é refletida devido a algum problema familiar que o aluno enfrenta. São questões bem complexas que não costumamos expor, falei apenas de forma bem genérica para você entender. 5 - Qual a punição recebida pelos alunos? Há um regimento interno que ampare as decisões da escola? A escola possuí um regimento interno que ampara as decisões que são tomadas pela direção. Antes passamos todos os problemas pelo conselho escolar que é formado pela comunidade escolar em geral. Pais, professores, alunos, sociedade em geral e direção escolar. Tudo é decidido em conjunto e tudo sempre é pensado no bem da escola. As regras que a escola cria sempre são voltadas para que seja qual for a decisão tomada, o bem-estar do aluno esteja em primeiro lugar, sejam quais elas forem tomadas. 6 - Como o Coordenador analisa o papel do estagiário na escola? O estagiário é sempre um somatório na nossa escola. Costumamos dizer que aproveitamos o estagiário o máximo possível. Um exemplo claro disso, nos últimos dias 27,28 e 30 de agosto realizamos a tradicional Gincana Científica e Cultural do Polivalente onde dividimos nossos mais de 400 alunos do turno matutino em 4 equipes. Nestes dias tínhamos 4 estagiários de observação na escola nos mais diferentes níveis, fundamental e médio. As estagiárias entraram no contexto da escola, ajudaram os times e por pouco tempo, viveram uma realidade ainda mais intensa do processo educativo. Ser educador é isso, é estar sempre disposto a se doar pelo outro, pelo bem do outro, pela vontade de aprender do outro. Costumo dizer que problemas sempre enfrentaremos, em qualquer profissão, qualquer momento. O que nos destaca é a vontade de mudar a sociedade em que vivemos por meio da educação. Só assim teremos uma nova cidade, um novo estado e porque não, um novo país. Espero ter contribuído de forma significativa para sua formação docente! CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA MEMORIAL DO ESTÁGIO – ANEXO IV Aluno: Luiza Betânia G.L. Garcia Dados da Escola realizado o Estágio Supervisionado Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Governador Lindenberg” Endereço postal: Rua Dirceu Cardoso, 240 – Irmãos Fernandes – Barra de São Francisco – ES 29800-000 Entidade Mantedora: Governo do Estado do Espírito Santo Atual Diretor (a): Girlene Rodrigues Barbosa da Silva Endereço eletrônico (email): escolagovernador@sedu.es.gov.br Telefone: (27) 3756-1290 Cursos que ofertados: A Escola funciona em três turnos (manhã, tarde e noite), oferecendo o Ensino Fundamental Regular de 9 anos, nas séries finais (6º ao 9º ano), Ensino Médio Regular, EJA Semipresencial (Ensino Fundamental e Médio), NEEJA (Ead) e além disso, atende o Sistema Prisional da Cidade na modalidadeEJA. Ato de aprovação de oferta dos cursos Res. CEE nº 41/75 de 28/11/1975. Número de alunos por turno: Manhã: 408 Tarde: 274 Noite: 177 Sistema Prisional: 174 Detentos Contextualização da Instituição A E.E.E.F.M “Governador Lindenberg” é uma escola de 1975 da Cidade de Barra de São Francisco / ES, que atende em média 850 alunos e ainda 174 detentos do sistema prisional da mesma cidade, ofertando ensino fundamental e médio em diversas modalidades. A Escola possuí uma cliente bem diversificada em diversos aspectos, inclusive econômicos. É uma escola que atua em 3 (três) turnos, matutino, vespertino e noturno e tem capacidade para 600 alunos e é mantida pelo Governo do Estado do Espírito Santo. A escola apresenta traços fortes da cultura local, uma vez que a maioria dos alunos são residentes neste município e adquirem fortes traços desta cultura. A escola tem uma estrutura física bastante rica, com 1480 m² de área construída, sendo 14 salas de aula 4m² cada, 01 biblioteca, 01 auditório, 01 laboratório de ciências, 01 laboratório de informática, 01 laboratório de ciências, 01 refeitório, 01 sala de recursos, 86 m² de área recreativa (pátio) e as dependências administrativas que são 03. Nas dependências como a biblioteca por exemplo, há um profissional que acompanha os alunos quando é utilizado a mesma pelo professor. O profissional auxilia o professor na organização das obras e nas orientações aos alunos. Na biblioteca há diversas obras da literatura brasileira, como diversos clássicos infanto/juvenis, além dos livros didáticos que ficam à disposição dos alunos e professores para uso constante e sempre que necessários. A sala de recursos é um outro exemplo claro a ser destacado. Ela conta com 3 profissionais que reforçam as atividades dos professores regentes aos alunos laudados (alunos que possuem laudo devido a algum tipo de deficiência), a escola atende 18 alunos nesta situação, sendo 3 deles deficientes auditivos, acompanhados por um profissional, também deficiente auditivo e pela intérprete de libras na sala de aula regular. Os laboratórios que são equipados por materiais e computadores (10 máquinas) para utilização dos professores em sistema de agendamento prévio. É de responsabilidade do professor regente desenvolver as atividades elaboradas, pois os laboratórios não contam como profissional disponível apenas para este tipo de atendimento. O corpo docente da escola é composto por 74 professores, 23 profissionais na área administrativa, 10 profissionais de segurança que é feita por empresa terceirizada, 10 profissionais responsáveis pela alimentação que também é de responsabilidade de empresa terceirizada. O Professor que gentilmente se dispôs a concluir esta brilhante etapa, compartilhando seus conhecimentos é o Professor Renato Souza, no turno matutino, que é professor efetivo do quadro da escola, e é mestre em educação. Trabalho Acadêmico Interdisciplinar em cumprimento ao Curso de Complementação Pedagógica em Matemática do Instituto Federal do Espírito Santo para a obtenção do grau de Licenciado em Matemática.