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PANIFICAÇÃO E LANCHES Webconferência VI Professor(a): ZILMEIRE MARQUES Classificação dos sanduíches frios Sanduíches frios simples – preparados com duas fatias de pão, que normalmente recebem alguma pasta ou molho e um recheio frio. Sanduíches com várias camadas – feitos com mais de duas fatias de pão aos quais se intercalam diversos recheios. Sanduíches abertos – são feitos com apenas uma fatia de pão. Sanduíches para aperitivo – são porções menores, servidas para abrir o apetite, como entrada de uma refeição. Os sanduíches quentes O consumo deve ser rápido. Hambúrgueres Cachorros-- quentes Mistos e queijos quentes Baurus Wraps São receitas em que um pão bastante fino é enrolado, envolvendo o recheio, como um rocambole salgado. Os wraps podem ser frios ou quentes, e feitos com qualquer pão fino. A preparação dos lanches e sanduíches Mise en place Higienização dos ingredientes e manipuladores Controle as porções dos ingredientes, principalmente do recheio, seguindo as fichas técnicas, receitas padronizadas Cachorro-quente • Absoluto em festas infantis. • Pode vir com batata-palha, purê de batata, ovos de codorna, molho de tomate e pimentão, carne moída e vinagrete Misto-quente • Geralmente no pão de fôrma ou no francês. Queijo quente • Pode ser servido no pão de fôrma ou no pão francês. Buraco quente • O buraco quente é um sanduíche de carne moída que faz muito sucesso nas festas infantis. Hambúrguer Reina absoluto. Pão de qualidade. Os puristas dizem que o hambúrguer perfeito deve ser feito com um blend de carnes, uma magra e uma gordurosa (no máximo 20%). Se você tiver 500 g de fraldinha e 500 g de patinho, 200 g de gordura de costela serão suficientes. Não salgar a carne crua 130 e 220 g de carne para um pão com diâmetro em torno de 11 cm. Equipamentos - masseira Divisora de pães Fornos Fornos Fornos de cocção lenta: podem aumentar o rendimento das carnes em torno de 15% dependendo do corte da peça, mesmo com uma redução do consumo de energia que pode chegar a 50% do consumo de um forno convencional. Fornos combinados: a grande vantagem deste tipo de forno é sua capacidade de associação entre preparar, resfriar, conservar e regenerar os alimentos. Ele possibilita que se atinja um alto nível de eficiência, segurança alimentar e rapidez no atendimento. Fornos modulares de lastro: são fornos modernos que garantem alta produtividade e grande qualidade na cocção, apresentando como principal característica o aquecimento rápido. Hoje o mercado oferece fornos neste estilo que aquece alguns produtos em menos de 5 minutos. Forno turbo: conserva o calor por mais tempo porque o pré-aquecimento e a retomada de temperatura são muito rápidos. Podem ser utilizados para assar ampla variedade de alimentos, e são indicados para a produção de pães e produtos de confeitaria em geral. Fornos • Miniforno de convecção: tem uma dimensão que o torna ideal para a panificação em pequena escala, lojas de conveniência, lanchonetes ou mesmo como apoio em cozinhas comerciais. O cozimento dos alimentos é uniforme, os tempos de preparação reduzidos, o aquecimento rápido e os controles de tempo e temperatura precisos. Modeladora A modeladora mecânica efetua cinco processos sobre as peças da massa: desgaseificação, laminação, alongamento, enrolamento e selagem. Depois, a massa é arrumada observando-se a disposição dos produtos nas assadeiras ou esteiras. Resfriadores e congeladores rápidos São equipamentos que têm como objetivo o descongelamento sem perda de líquidos e mantém a qualidade dos produtos após serem regenerados. Os resfriadores e congeladores rápidos evitam a formação de macrocristais no ato de congelamento do produto. É possível o resfriamento rápido de alimentos quentes, diminuindo os riscos de contaminação e deterioração, e preservando as características originais dos alimentos preparados. Estufa para fermentação São equipamentos que favorecem o processo de fermentação auxiliando para que a produção possa ser organizada, aumentando a produtividade e eliminando o trabalho noturno o que reduz a mão de obra e outros custos. Pontos importantes Um alimento adotado por toda a humanidade, considerado sinônimo de vida e trabalho; O pão é feito de ingredientes simples como água e farinha, que podem assumir as formas mais diferentes possíveis; A história do pão é tão antiga que é difícil encontrar na literatura uma data precisa para sua criação; A panificação é uma prática que acompanha a história da humanidade e da tecnologia. História e evolução • Reconectarmos com os saberes de nossos ancestrais; • Podemos afirmar que o pão adquiriu a forma e as receitas de hoje a partir de quatro processos muito importantes: 1) Produção e colheita do trigo; 2) Técnica da moagem desse grão; 3) A fermentação; 4) O enriquecimento da massa por meio de gorduras e açúcar. História e evolução A grande descoberta científica e tecnológica da panificação ocorreu ainda na Pré-História; O resultado foi uma massa achatada e sólida; O ser humano se deu conta da fermentação de maneira espontânea; Os primeiros indícios da existência de pães fermentados foram encontrados em sítios arqueológicos egípcios de cerca de 4000 a.C. Expansão para o mundo • Idade Média, que se estendeu do século V ao XV, o pão era considerado a base alimentar; • Nesse período, inicia-se a profissionalização do padeiro e também da ciência denominada panificação. Nos anos 1650; • Esses padeiros certificados podiam ter seus próprios estabelecimentos; • Ao longo do período medieval os padeiros e confeiteiros se uniram. A arte da panificação, associando-a à pâtisserie; • O surgimento de novas tecnologias proporcionou uma maior sofisticação e aprimoramento da panificação. Alguns tipos de padaria Tradicionais Com serviços múltiplos Abertas 24 horas Artesanais – de pães de levedação natural; estas têm se multiplicado. Os principais tipos de padarias artesanais • Loja tradicional; • Loja master: padaria com oferta variada de mix e oferece toda a conveniência; • Loja gourmet: padarias que apresentam alimentos prontos para todas as refeições do cliente. • Loja express: são padarias com serviço rápido focado em lanches e refeições rápidas. • Loja especializada, Confeitaria ou Boutique de Pães: são padarias que trabalham a produção própria com intensidade. • Loja quiosque: são padarias, com uma pequena área de atendimento (estrutura física com 10 a 20m²), localizadas em locais públicos de grande circulação de pessoas, como praças, shoppings, largos, aeroportos, rodoviárias, dentre outros. Glúten O Glúten é um complexo proteico que resulta da combinação da gliadina e glutenina, duas proteínas; No momento em que a farinha de trigo entra em contato com a água e recebe ação mecânica começa a ocorrer a formação do glúten; O ponto de véu irá indicar um correto desenvolvimento do glúten. Farinha de trigo A farinha produzida a partir do miolo do endosperma é denominada farinha de trigo especial ou de primeira; Já a farinha que surge das capas externas do endosperma é a comum ou tradicional, se apresenta em cor mais escura e contém alto teor proteico; Finalmente, a farinha feita com toda essa parte do trigo é a mais escura de todas, porque contém os componentes mais escuros da semente. Fermentação Saccharomyces cerevisiae A fermentação é realizada por levedura. Co² e álcool O amido da farinha é hidrolisado em açúcares simples por enzimas. No forno 1. A massa infla muito rapidamente; 2. Com o aumento uniforme da temperatura as enzimas param de reagir. O sal na panificação Temperar e potencializar o sabor da receita em preparo. Fortalecer a ação do glúten na receita, isto é, tornar a massa mais elástica. A presença do sal faz o glúten reter mais água e dióxido de carbono, assim a massa cresce sem perder a estrutura química e física. A grande quantidadepode atrasar a fermentação e o crescimento e, ao contrário, sal de menos pode acelerar as reações do fermento. Ingredientes e suas reações nas massas • Glutamina – Proteína que forma a rede interligada do glúten ela dá elasticidade à massa; • Gliadina - Proteína que estabelece ligações fracas com a rede glutina - Dá plasticidade ou maleabilidade à massa; • Amido - Carboidrato que preenche a rede de glúten, absorve água durante a cocção - Dá acidez à massa, estabelece e firma a estrutura durante o assado; • Água – Permite a formação da rede de glúten; dilui a rede Em quantidade muito pequena ou muito grande, proporciona produtos mais macios; Ingredientes e suas reações nas massas • Fermento biológico ou químico - Células vivas, substâncias químicas purificadas - Produz gás carbônico nas massas firmes e líquidas Torna os produtos mais leves e macios; • Sal - Fortalece a rede de glúten - Torna a massa mais elástica; • Gorduras, óleos, gordura vegetal hidrogenada- Enfraquecem a rede de glúten- Torna os produtos mais macios; • Açúcar - Carboidrato que enfraquece a rede de glúten absorve umidade - Torna os produtos mais macios - preserva a umidade. Etapas da panificação Pesagem Mistura Fermentação Descanso ModelagemAssamentoResfriamento Envelhecimento Pesagem Selecionar e separar todos os ingredientes Utilize uma balança ou aparatos de medida Proporção da água ou do leite e fermento. Mistura Se misturam a água e a farinha aos demais ingredientes da receita Proteínas gliadina e glutamina existentes na farinha Glúten Ao final da mistura, a temperatura adequada é de 26 a 28°C, Fermentação Repouso da massa surgimento do gás carbônico e de modificações físicas e químicas na estrutura da massa como um todo: variação na temperatura (23 até 27°C.), na consistência e na cor da massa e perda de umidade. Modelagem Feita manual ou industrialmente A modeladora mecânica efetua cinco processos sobre as peças da massa: desgaseificação, laminação, alongamento, enrolamento e selagem. Depois, a massa é arrumada observando- se a disposição dos produtos nas assadeiras ou esteiras. Assamento A atividade do fermento diminui com o aquecimento a 55°C; Evaporação da água da massa – forma a casca ou crosta do pão. Volatilização de substâncias aromáticas Aumento do volume do pão – depende da concentração de gases; da elasticidade e resistência; e da capacidade de retenção de gases. Formação e coloração da casca – ocorrem reações químicas com os amidos, açúcares e proteínas. São essas reações que vão deixando a casca mais dourada. Gelatinização do amido – temperatura interior de 40°C; na massa não há água suficiente para gelatinizar todo o amido. Essa água é transferida das proteínas, quando elas são desnaturadas Assamento - Produção de cor e aroma - Reação de escurecimento não enzimática acontece devido à presença de açúcares, que também produzem o aroma característico do pão assado – é a chamada reação de Maillard. Provocada pela temperatura de cozimento. A casca do pão adquire cor acastanhada devido à caramelização dos açúcares e à interação complexa entre a proteína e amido. Resfriamento • O resfriamento do pão, após ser retirado do forno, precisa atingir uma temperatura ideal de 30°C antes de ser fatiado e embalado O envelhecimento Caracteriza pela alteração da textura e do aroma de todos os produtos panificados. O pão envelhecido está longe de ser um produto perdido, pois pode ser transformado em torradas, farinha de rosca, farofas, sobremesas. Brioche • O brioche é uma espécie de pão doce, esponjoso e úmido, que pode ser preparado de muitas maneiras diferentes. • Brioche é uma receita de origem francesa, cuja palavra vem da raiz verbal broyer, que significa moer ou sovar. Brioche • Brioches podem ser elaborados pelo direto ou indireto (utilizando um pré- fermento). Depois de pronto, os pães podem ser boleados em formato de trança, tresse russe, coroa, brioche suisse e formato de hambúrguer. Sonho Para aproveitar as sobras de massa, os padeiros brasileiros faziam bolinhos, fritavam e recheavam com um creme feito de leite, gemas, açúcar, farinha de trigo, manteiga e essência de baunilha, polvilhado com açúcar de confeiteiro. Agora, a massa tem uma fórmula e um modo de preparo mais padronizado, ainda que ocorram apropriações e diferenciações quanto ao recheio Donut • São preparados a partir da técnica denominada método direto modificado, que se caracteriza pela mistura de gordura, açúcar, ovos e saborizantes na primeira etapa do procedimento, até alcançar uma consistência lisa e homogênea anterior ao crescimento da massa. Outro fator importante é que essas massas costumam ser fritas em óleos ou cozidas em frigideiras ou chapas de metal quentes. Crepes, waffles e panquecas A principal diferença entre essas preparações é a consistência e a textura da massa O acréscimo de ingredientes secos Incorporação de ar Procedimentos básicos para o preparo das massas Os waffles Origem belga Os waffles estão se popularizando por conta da venda de máquinas de waffles Pancakes e waffles são preparações elaboradas com uma mesma receita. A diferença é que na cocção dos waffles, deve-se utilizar uma máquina específica Pancake e panqueca • A massa para pancake e para panqueca é bem diferente • Para o cozimento da pancake, colocar um pouco de manteiga derretida em uma frigideira plana antiaderente e derramar um pouco da preparação sobre a frigideira aquecida. Quando começarem a aparecer borbulhas na superfície da massa, vira-la e terminar o cozimento. Retirar assim que os dois lados ficarem dourados. Crepe • Sua preparação exige menor quantidade de massa e quase nunca são consumidos sem recheio. Pão de centeio • Distintas receitas, de acordo com as particularidades de cada país, como é o caso de uma das variantes que o Pumpernickel. • É um pão de miolo mais denso e pesado, e isso acontece justamente porque a farinha proveniente desse cereal proporciona um baixo teor de glúten para a massa, dificultando seu crescimento. Pão de leite Farinha de trigo branca, sua textura e massa são mais leves, cresce mais e, por causa da farinha, sua cor também é bem mais clara. Pão de hambúrguer Estados Unidos e suas redes de fast-food Origem na Alemanha Lanche apropriado em praticamente todo o mundo Pode ser feito com várias massas Pães doces Se, por um lado, apresentam essa “desvantagem”, por outro, a gordura com os ovos tem como resultado uma massa bem macia. As massas de pão doce se caracterizam pelo teor considerável de açúcar e gordura, ingredientes que inibem a fermentação, por isso necessitam de grande quantidade de fermento. ELABORAÇÃO DE PÃES MÉTODO DAS PORCENTAGENS: •No método da porcentagem, o peso da farinha é sempre considerado como 100% da fórmula e todos os outros ingredientes são expressos como uma porcentagem relativa ao peso da farinha. •Para determinar a porcentagem dos outros ingredientes basta: Dividir o peso de cada um dos produtos pelo peso da farinha; multiplicar o resultado, que vai estar em forma decimal, por 100 para convertê-lo em porcentagem. FARINHA INTEGRAL E FARINHA BRANCA A casca (parte mais exterior do grão); O germe (responsável pelo desenvolvimento de uma nova planta. Contem altos teores de vitaminas, minerais, proteínas e gorduras); Endosperma (é o corpo do grão, rico em carboidrato). •A farinha integral é feita com o grão inteiro do cereal. É mais disponível à degradação (oxidação lipídica). •No caso da farinha branca, ela é feita apenas com o endosperma do grão. Ciabatta • É um pão rústico de origem italiana, com grande quantidade de ar em seu miolo. É ideal para preparação de sanduíches; • A ciabatta surgiu das mãos do padeiro italiano Arnaldo Cavallari; Pão francês e baguete • A baguete é símbolo da França. • Os primórdios da história desse pão remontam à Áustria, mais especificamenteà sua capital, Viena, considerada a grande capital do pão em toda a Europa. • Existe diferença entre os ingredientes. • No Brasil podemos diferenciar a baguete do pão francês pelo tamanho e formato. Massa folhada • A massa folhada tem uma estrutura formada por uma grande quantidade de camadas, que alternam gordura (geralmente manteiga) e massa em suas diversas dobras. • Também é chamada de massa laminada. • Consistência firme, que requer determinados procedimentos para sua confecção, sendo eles: 1. Preparação da massa base; 2. Incorporação da gordura ou empastamento; 3. Laminação; 4. Formação das folhas durante a cocção. A laminação das massas folhadas A massa folhada recebe esse nome justamente porque durante a sua cocção, ela forma folhas, ou seja, camadas finas de massa, uma sob as outras, que conferem crocância, textura, sabor e palatabilidade ao produto final. A massa deverá ser aberta em formato de retângulo e deverá ser dobrada sobre si mesma diversas vezes. Cocção da massa folhada Durante a cocção, a gordura presa entre as diversas camadas da massa é derretida, incorporando-se à massa. A umidade contida na massa e na gordura se vaporiza, ou seja, vira vapor, sob a ação do calor e é aprisionada na rede formada pela coagulação do glúten e gelatinização do amido. Isso faz com que finas e delicadas camadas sejam criadas na massa. Se não há uma boa etapa de empastamento e laminação, o crescimento e desenvolvimento da massa folhada ficará comprometido.
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