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CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 Zeros reais de funções – Parte 1 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 3/60 Objetivo ¨ Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da forma: sendo f uma função real dada. ( ) 0=xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 4/60 APLICAÇÃO 1 ¨ Você está projetando um tanque esférico para armazenar a água para uma pequena vila em uma região em desenvolvimento. O volume de líquido que ele armazena pode ser calculado por: onde: V é o volume [m3], h é a profundidade da água no tanque [m], R é o raio do tanque. 3 32 hRhV −=π Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 5/60 APLICAÇÃO 1 Se R = 3 m, até que profundidade o tanque deve estar cheio para que ele armazene 30 m3 de água? Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 6/60 APLICAÇÃO 1 ¨ A equação a ser resolvida será: Onde V = 30m3. Como determinar h ? ( ) 0 3 32 =−⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛−= VhRhhf ππ Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 7/60 APLICAÇÃO 2 ¨ O montante acumulado de um investimento baseado em depósitos regulares periódicos pode ser determinado a partir da seguinte equação: onde: A é o montante da conta; P é o valor regularmente depositado e i é a taxa de juros por período para os n períodos em que os depósitos foram efetuados. A = P i 1+ i( )n −1"# $ % Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 8/60 APLICAÇÃO 2 ¨ Um investidor deseja ter em sua conta um montante de R$ 750.000,00 após 20 anos. Considerando um depósito mensal de R$ 1.500,00, qual a taxa de juros mensal mínima deste investimento? Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 9/60 APLICAÇÃO 2 ¨ Temos que: A = 750.000; P = 1.5000; n = 240 meses ¨ Então, queremos obter i, tal que A seja igual a 750.000. ¨ ou seja, dado: ¨ Queremos obter i, tal que f (i) =0. f i( ) = P i 1+ i( )n −1"# $ %− A Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 10/60 ¨ A solução exata de pode ser encontrada apenas em alguns casos: ¤ Polinômios de grau menor ou igual a quatro; ¤ Algumas funções trigonométricas. ¨ Mesmo quando a solução analítica está disponível, sua determinação pode ser “complicada”. ( ) 0=xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 11/60 ¨ Em alguns casos, por exemplo, de equações polinomiais, os valores de x que anulam f (x) podem ser reais ou complexos. ¨ Estamos interessados somente nos zeros reais de f (x). ¨ Graficamente: ¤ Os zeros reais são representados pelas abscissas dos pontos onde uma curva intercepta o eixo x. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 12/60 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 13/60 ¨ A ideia central dos métodos que iremos aprender é partir de uma aproximação inicial para a raiz e em seguida refinar essa aproximação através de um processo iterativo. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 14/60 ¨ Assim, os métodos constam de duas fases: ¨ Fase I: Localização ou isolamento das raízes ¤ Consiste em obter um intervalo que contém a raiz. ¨ Fase II: Refinamento ¤ Consiste em, escolhidas aproximações iniciais para o intervalo da Fase I, melhorá-las sucessivamente até se obter uma aproximação para a raiz dentro de uma precisão ε pré-estabelecida. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 15/60 FASE I: Isolamento das Raízes ¨ Nesta fase é feita uma análise teórica e gráfica da função f (x). ¨ O da Fase II depende fortemente da precisão desta análise. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 16/60 Fase I: Isolamento das Raízes ¨ Na análise teórica, usa-se: TEOREMA 1 Seja f (x) uma função contínua em [a, b]. Se f (a) f (b) < 0, então existe ponto x = ξ entre a e b que é zero de f (x). ¨ Esta é uma consequência do Teorema do Valor Intermediário. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 17/60 Fase I: Isolamento das Raízes TEOREMA 1 a b ξ x f (x) f (a) < 0 f (b) > 0 f (a) . f (b) < 0 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 18/60 Fase I: Isolamento das Raízes TEOREMA 1 a b ξ1 x f (x) ξ2 ξ3 f (b) > 0 f (a) . f (b) < 0 f (a) < 0 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 19/60 Fase I: Isolamento das Raízes TEOREMA 1 a b ξ1 x f (x) ξ2 f (b) > 0 f (a) . f (b) < 0 f (a) < 0 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 20/60 Fase I: Isolamento das Raízes Sob as hipóteses do Teorema 1, se f’ (x) existir e preservar o sinal em ]a, b[, então este intervalo contém um zero de f (x). Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 21/60 Fase I: Isolamento das Raízes f ' x( ) > 0, ∀x ∈ a,b[ ] a b ξ x f (x) Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 22/60 Fase I: Isolamento das Raízes f ' x( ) < 0, ∀x ∈ a,b[ ] Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 23/60 Fase I: Isolamento das Raízes Uma forma de isolar as raízes de f (x) usando os conceitos anteriores é tabelar f (x) para vários valores de x e analisar as mudanças de sinal de f (x) e o sinal da derivada nos intervalos em que f (x) mudou de sinal. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 24/60 Fase I: Isolamento das Raízes ¨ EXEMPLO 1: Seja f (x) = x3 – 9 x + 3. Vamos analisar o sinal desta função. ¨ Construindo uma tabela de valores para f (x) e considerando apenas os sinais, temos: x - ∞ -100 -10 -5 -3 -1 0 1 2 3 f(x) - - - - + + + - - + Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 25/60 Fase I: Isolamento das Raízes ¨ Sabendo que f (x) é contínua para qualquer x real e observando as variações de sinal, podemos concluir que cada um dos intervalos I1 = [-5, -3], I2 = [0, 1], I3 = [2, 3], contém pelo menos um zero de f (x). ¨ Como f (x) é um polinômio de terceiro grau, podemos afirmar que cada intervalo contém um único zero de f (x) e, assim localizamos todas as raízes de f (x) = 0. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 26/60 Fase I: Isolamento das Raízes ¨ Se f (a) f (b) > 0: ¤ Podemos ter várias situações no intervalo [a, b], conforme mostram os gráficos a seguir. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 27/60 Fase I: Isolamento das Raízes raiz Nenhuma f (b) < 0 f (a) < 0 f (x) a b f (a) . f (b) > 0 x Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 28/60 Fase I: Isolamento das Raízes raízes Várias f (b) < 0 f (a) . f (b) > 0 f (a) < 0 a b x f (x) ξ1 ξ2 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 29/60 Fase I: Isolamento das Raízes raiz única Uma f (b) > 0 f (a) . f (b) > 0 f (a) > 0 f (x) x a b ξ1 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 30/60 Fase I: Isolamento das Raízes ¨ A análise gráfica da função f (x) ou da equação f (x) = 0 é fundamental para se obter aproximações para a raiz. ¨ Temos três processos de análise de gráficos. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 31/60 Processos Gráficos ¨ ESBOÇAR O GRÁFICO: Análise do comportamento da função, que envolve: domínio da função, pontos de descontinuidade, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de máximo e mínimo, concavidade, ponto de inflexão e assíntotas da função. ¨ Através da EQUAÇÃO EQUIVALENTE g (x) = h (x): A partir da equação f (x) = 0, obter a equação equivalente g (x) = h (x), esboçar os gráficos das funções g (x) e h (x) no mesmo eixo cartesiano e localizar os pontos x onde as duas curvas se interceptam, pois neste caso: f ( ξ ) = 0 è g ( ξ ) = h( ξ ). ¨ GRÁFICOS COMPUTACIONAIS: Exemplo: uso do Matlab. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 32/60 Equação Equivalente g(x) = h(x) ¨ EXEMPLO 2: Suponha f (x) = x log x – 1, então queremos encontrar x tal que: ¨ Chamando: e x xxx 1log01log =⇔=− ( ) xxg log= ( ) x xh 1= Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 33/60 Equação Equivalente g(x) = h(x) h(x) y ξ g(x) x 1 2 3 4 5 6 ξ 2 3 Verificou-se que ξ ∈ [2, 3] Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 34/60 Fase II: Refinamento ¨ Veremos vários métodos de refinamento de raízes. A forma como se efetua o refinamento é que diferencia os métodos. ¨ Um método iterativo consiste em uma sequência de instruções que são executadas passo a passo, algumas das quais são repetidas em ciclos. ¨ Os métodos iterativos para refinamento da aproximação inicial para a raiz exata podem ser colocados em um diagrama de fluxo. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 35/60 Início Dados Iniciais Cálculo Iniciais k = 1 Calcular a nova aproximação Cálculos Intermediários Cálculos Finais Fim k = k+1 Essa aproximação está próxima o suficiente da raiz exata? Sim Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 36/60 Critério de Parada ¨ TESTE: xk está suficientemente próximo da raiz exata? ¨ Existem duas interpretações para raiz aproximada que nem sempre levam ao mesmo resultado: ¨ é raiz aproximada com precisão ε se: ¤ i) ¤ ii) x x −ξ < ε ou ( ) ε<xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 37/60 Critério de Parada ¨ Como efetuar o teste (i) se não conhecemos o valor exato da raiz ξ ? ¨ Usamos os conhecimentos de erro absoluto e erro relativo para determinarmos o critério de parada. ¤ ERRO ABSOLUTO: ¤ ERRO RELATIVO: ε<− −1kk xx ε< − − k kk x xx 1 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 38/60 Nem sempre é possível ter as exigências (i) e (ii) satisfeitas simultaneamente. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 39/60 f (x) x ξ x ( ) εξ ε >>− < xMas xfTemos ( )xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 40/60 f (x) x ξ x ( ) ε εξ >> <− xfMas xTemos ( )xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 41/60 f (x) x ξ x ( ) εξ ε <− < xe xfTemos ( )xf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 42/60 Em programas computacionais, além do teste de parada usado para cada método, deve-se ter o cuidado de estipular um número máximo de iterações, para se evitar que o programa entre em “looping”. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 43/60 Métodos Iterativos ¨ Métodos iterativos para a obtenção de zeros reais de funções: ¤ Bissecção; ¤ Falsa posição; ¤ Ponto fixo; ¤ Newton-Raphson; ¤ Secante. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 44/60 Método da Bissecção ¨ Suponha que f (x) seja uma função contínua definida em [a,b], tal que f (a) f (b) < 0. ¨ De acordo com o Teorema do Valor Intermediário, existe um número c em ]a, b[ para o qual f (c) = 0. ¨ Vamos supor, para simplificar, que ]a, b[ contenha uma única raiz da equação f (x) = 0. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 45/60 Método da Bissecção O objetivo deste método é a amplitude do intervalo que contém a raiz até se atingir a precisão requerida usando, para isto, a sucessiva . Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 46/60 Método da Bissecção ¨ Graficamente: x a0 ξ f(x) b0 x1 = (a0 + b0)/2 x1 f(x) x ξ x1 = b1 x2 = (a1 + b1)/2 x2 a0 = a1 Repete-se o processo até que o valor de x atenda às condições de parada. x ξ f(x) b1=b2 x3 = (a2 + b2)/2 x2=a2 x3 f (a0) . f (b0) < 0 f (a1) . f (b1) < 0 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 47/60 Método da Bissecção ¨ As iterações são realizadas da seguinte forma: ( ) ( ) ( ) ] [ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = = ∈ ⇒ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ > > < + = 11 01 10 1 0 0 00 1 , 0 0 0 2 xb aa xa xf bf af bax ξ ( ) ( ) ( ) ] [ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = = ∈ ⇒ ⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ < > < + = 12 22 12 2 1 1 11 2 , 0 0 0 2 bb xa bx xf bf af bax ξ ! ! Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 48/60 Método da Bissecção ¨ Ao se conseguir um intervalo [a, b] tal que: ¨ Portanto, pode ser tomado como ξ ∈ a,b[ ] b− a < ε então, e ∀x ∈ a,b[ ], x −ξ < ε. ∀x ∈ a,b[ ] x. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 49/60 EXEMPLO 4 Considerando o método da bissecção com ε = 0,002 e adotando [2,3] como intervalo inicial, obtenha uma aproximação para a função: ( ) ( ) 1log −= xxxf Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 50/60 EXEMPLO 4 h(x) y ξ g(x) x 1 2 3 4 5 6 ξ 2 3 Verificou-se que ξ ∈ [2, 3] Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 51/60 EXEMPLO 4 k ak bk f(ak) f(bk) xk+1 f(xk+1) 0 2,00000 3,00000 -0,39794 0,43136 2,50000 -0,00515 1 2,50000 3,00000 -0,00515 0,43136 2,75000 0,20816 2 2,50000 2,75000 -0,00515 0,20816 2,62500 0,10021 3 2,50000 2,62500 -0,00515 0,10021 2,56250 0,04720 4 2,50000 2,56250 -0,00515 0,04720 2,53125 0,02094 5 2,50000 2,53125 -0,00515 0,02094 2,51563 0,00788 6 2,50000 2,51563 -0,00515 0,00788 2,50782 0,00136 |f(x)| < ε = 0,002 |b - a| = 0,01563 > ε = 0,002 2 50782x ,= Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 52/60 EXEMPLO 4 7 2,5000 2,50782 -0,00515 0,00136 2,50391 -0,00189 8 2,50391 2,50782 -0,00189 0,00136 2,50587 -0,00026 9 2,50587 2,50782 -0,00026 0,00136 - - k ak bk f(ak) f(bk) xk+1 f(xk+1) 0 2,00000 3,00000 -0,39794 0,43136 2,50000 -0,00515 1 2,50000 3,00000 -0,00515 0,43136 2,75000 0,20816 2 2,50000 2,75000 -0,00515 0,20816 2,62500 0,10021 3 2,50000 2,62500 -0,00515 0,10021 2,56250 0,04720 4 2,50000 2,56250 -0,00515 0,04720 2,53125 0,02094 5 2,50000 2,53125 -0,00515 0,02094 2,51563 0,00788 6 2,50000 2,51563 -0,00515 0,00788 2,50782 0,00136 |b - a| = 0,00195 < ε =0,002 [ ]2 50587 2 50782x , , ,∈ Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 53/60 Método da Bissecção ESTIMATIVA DO NÚMERO DE ITERAÇÕES: Dada uma precisão ε e um intervalo inicial [a, b], vamos determinar quantas iterações serão efetuadas pelo método da bissecção até . Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 54/60 Método da Bissecção a0 b0 a1 b1 b2 a2 2 00 11 abab −=− 2 0011 22 22 ababab −=−=− 3 0022 33 22 ababab −=−=−b3 a3 Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 55/60 Método da Bissecção ¨ Então temos que: ¨ Devemos obter o valor de k tal que , ou seja: b0 − a0 2k < ε k kk kk ababab 22 0011 −= − =− −− bk − ak < ε Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 56/60 Método da Bissecção ¨ Portanto, se k satisfaz a relação anterior, ao final da iteração k, teremos o intervalo [a, b] que contém a raiz ξ, tal que: ∀x ∈ a,b[ ]⇒ x −ξ ≤ b− a ≤ ε Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 57/60 ¨ Podem ocorrer sequências em que as diferenças convergem para zero, enquanto a própria sequência diverge. ¨ Podem ocorrer de estar próximo de zero, mesmo quando xn for significativamente diferente de x. ¨ Sem outras informações sobre f ou x, o melhor critério é: por ser o que mais se aproxima da ideia de testar o . xn − xn−1 xn < ε xn − xn−1 f xn( ) Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 58/60 Método da Bissecção VANTAGENS: ¨ Facilidade de implementação; ¨ Estabilidade e convergência para a solução procurada; O número de iterações é dependente da tolerância considerada. Aula 4 – Zeros de funções – Parte1 Cálculo Numérico 59/60 Método da Bissecção DESVANTAGENS: ¨ Lentidão do processo de convergência (requer o cálculo de f (x) em um elevado número de iterações); ¨ Necessidade de conhecimento prévio da região na qual se encontra a raiz de interesse (o que nem sempre é possível); ¨ Complexidade da extensão do método para problemas multivariáveis. Aula 4 – Zeros de funções – Parte 1 Cálculo Numérico 60/60 Exercício ¨ Seja f (x) = x3 – 9x + 3; I = [0, 1]; ε = 10-3, use o critério | f (x)|< ε. k ak bk f(ak) f(bk) xk+1 f(xk+1) |b – a| 0 0 1 3 -5 0,5 -1,375 1 1 0 0,5 3 -1,375 0,25 0,76563 0,5 2 0,25 0,5 0,76563 -1,375 0,375 -0,32227 0,25 3 0,25 0,375 0,76563 -0,32227 0,3125 0,21802 0,125 4 0,3125 0,375 0,21802 -0,32227 0,34375 -0,05313 0,0625 5 0,3125 0,34375 0,21802 -0,05313 0,32813 0,08216 0,03125 6 0,32813 0,34375 0,08216 -0,05313 0,33594 0,01445 0,01562 7 0,33594 0,34375 0,01445 -0,05313 0,33985 -0,01940 0.00781 8 0,33594 0,33985 0,01445 -0,01940 0,33790 -0,00252 0,00391 9 0,33594 0,33790 0,01445 -0,00252 0,33692 0,00597 0,00196 10 0,33692 0,33790 0,00597 -0,00252 - - 0,00098
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