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Aspectos fisiológicos da proteína

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Digestão 
 A proteína ingerida diariamente, 
somada a proteína proveniente 
do intestino na formação de 
enzimas digestivas, células 
descamadas e mucinas, é 
digerida e absorvida de forma 
quase completa. 
 O principal objetivo da digestão 
das proteínas é liberar 
aminoácidos, di e tripeptídeos a 
partir da proteína fornecida pela 
alimentação. 
 As enzimas responsáveis pela 
digestão das proteínas são as 
peptidases e são classificadas 
em duas categorias: 
 Endopeptidases: que atuam 
sobre ligações internas; 
 Exopeptidases: atuam sobre 
as extremidades da cadeia 
peptídica e liberam um 
aminoácido em cada reação. 
As exopeptidases são 
subdivididas de acordo com a 
posição em que atuam, ou seja, 
aqueles que agem na 
extremidade carboxila são 
denominados de 
carboxipeptidases, e as que 
atuam na extremidade amino, 
são denominadas de 
aminopeptidases. 
 A digestão das proteínas inicia-
se no estômago, onde o alimento 
é acidificado com o ácido 
clorídrico (HCL), o qual 
apresenta diversas funções, como 
morte de alguns organismos 
potencialmente patogênicos e 
desnaturação de proteínas, o que 
permite que elas se tornem mais 
vulneráveis à ação da pepsina. 
 A pepsina é liberada dentro da 
cavidade gástrica na forma de 
pepsinogênio (enzima inativa). 
 No momento em que o alimento 
chega ao estomago, ocorre a 
estimulação da liberação do HCL 
pelas células parietais e a 
consequente diminuição do pH 
intragástrico por cerca de 2, o 
que provoca a perda de 44 
aminoácidos da estrutura do 
pepsinogênio. 
 Uma vez que esses 44 aas atuam 
como um fragmento inibidor de 
pepsina, por meio de sua ligação 
ao sítio catalítico da enzima, a 
clivagem desse fragmento, além 
de propiciar a ativação da 
pepsina, também atua na 
sinalização da liberação de 
colecistocinina (CCK) no 
duodeno. 
 A CCK estimula a liberação de 
enzimas digestivas tanto pelo 
pâncreas exócrino quanto pelas 
células da mucosa intestinal. A 
ativação da pepsina também 
pode ocorrer por meio do 
processo de autocatálise, que 
ocorre quando a pepsina atua 
sobre o pepsinogênio, ativando-o. 
 A ação da pepsina termina 
quando o conteúdo gástrico se 
mistura com o suco pancreático 
alcalino no intestino delgado. 
 O quimo, no intestino, estimula a 
liberação de secretina e CCK, 
que estimulam a secreção de 
bicarbonato e de enzimas pelo 
pâncreas, que são secretados 
dentro do duodeno como 
precursores inativos. 
 O tripsinogênio, que não possui 
atividade proteolítica, é ativado 
pela enteropeptidase, uma 
enzima localizada na membrana 
apical de enterócitos na região 
duodenal. 
 A atividade da enteropeptidase 
é estimulada pelo tripsinogênio, 
enquanto sua liberação da 
membrana apical dos enterócitos 
é provocada pelos sais biliares. 
 A enteropeptidase ativa o 
tripsinogênio por meio da 
liberação de um hexapeptídeo a 
partir do N-terminal dessa 
molécula. 
 Posteriormente, a tripsina, além 
de atuar sobre as proteínas 
alimentares, também ativa 
outras pré-proteases liberadas 
pelo pâncreas exócrino, ou seja, 
a tripsina atua sore o 
quimiotripsinogênio, liberando a 
quimiotripsina; sobre a pró-
elastase, liberando elastase; e 
sobre a pró-carboxipeptidase, 
liberando a carboxipeptidase. 
 
 Tripsina e quimiotripsina clivam 
as moléculas de proteínas em 
pequenos peptídeos. A seguir, 
carboxipeptidase cliva os 
aminoácidos das extremidades 
carboxila dos polipeptídeos. 
 Posteriormente a ativação das 
proteases pancreáticas no 
intestino, essas sofrem rápida 
inativação por causa do processo 
de autodigestão, sendo a 
tripsina a enzima primariamente 
responsável por essa inativação. 
 Os produtos finais da digestão 
de proteínas no intestino são 
exclusivamente aminoácidos 
livres (40%) e pequenos 
peptídeos (60%). Esses 
peptídeos serão posteriormente 
hidrolisados por enzimas 
(aminopeptidase, dipeptidil 
aminopeptidase e dipeptidase) 
em aminoácidos livres, di e 
tripeptídeos. 
 
Absorção 
 Os aminoácidos livres que 
atravessam as paredes do ID 
são absorvidos, passam para a 
circulação e serão utilizados 
para a síntese das proteínas 
necessárias para o organismo. 
 Os peptídeos não digeridos não 
podem ser absorvidos e são 
eliminados nas fezes. 
 A absorção dos aminoácidos e 
dos pequenos peptídeos (di e 
tripeptídeos), ocorre no jejuno e 
no íleo. 
 A maior parte dos peptídeos 
absorvidos sofrem hidrólise 
pelas enzimas peptidases 
citosólicas, liberando 
aminoácidos livres. 
 O PepT1 é um transportador 
exclusivo de di e tripeptídeos e 
de íons H+. 
 Os mecanismos independentes 
de Na+ são responsáveis pelo 
transporte de aminoácidos da 
célula para a circulação 
sanguínea, caracterizando a 
absorção transcelular de 
aminoácidos a partir do lúmen 
intestinal, enquanto os sistemas 
dependentes de Na+ apresentam 
um papel relevante no 
fornecimento de aminoácidos 
para as células intestinais. 
 Os aminoácidos livres são 
absorvidos por transporte ativo 
utilizando o mecanismo de 
cotransporte de sódio e, são 
levados pela corrente sanguínea 
até o fígado para posterior 
distribuição as células. 
 Os aminoácidos são prontamente 
absorvidos assim que chegam as 
células. O fígado armazena 
aminoácido temporariamente, 
apenas para regular a sua 
concentração no sangue. 
 Sendo assim, os aminoácidos são 
absorvidos, passando do interior 
do ID para a corrente sanguínea 
e são levados para o fígado, onde 
são convertidos em formas 
utilizáveis de energia pelo corpo. 
 O fígado é o principal regulador 
do catabolismo de aminoácidos 
essenciais. 
 Após a absorção intestinal, os 
aminoácidos são transportados 
diretamente para o fígado por 
meio do sistema porta. 
 Cerca de 20% dos aminoácidos 
captados pelo fígado são 
liberados na circulação 
sistêmica, aproximadamente 
50% são transformados em 
ureia e 6% em proteínas 
plasmáticas. 
 Os aminoácidos liberados na 
corrente sanguínea, 
especialmente os aminoácidos de 
cadeia ramificada (isoleucina, 
leucina e valina), são depois 
metabolizados pelo músculo 
esquelético, pelos rins e outros 
tecidos. 
 
Destino dos aminoácidos 
 As proteínas e os aminoácidos 
não são armazenados como fonte 
de energia. 
 O destino do aminoácido em 
cada tecido varia de acordo com 
as necessidades de cada um 
deles, as quais estão 
relacionadas ao estado 
fisiológico do indivíduo 
(alimentado ou em jejum). 
 Os aminoácidos são importantes 
fontes de energia para o 
metabolismo celular, porem só 
são utilizados quando há uma 
carência energética ou durante a 
prática de exercícios físicos 
intensos.