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MANEJO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS Fontes: INCA, 2019 e (Correia et al., 2013) Por: Isaac Müller · Câncer: É o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Ele surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. (INCA, 2019) · Fatores predisponentes: O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer. · Tratamento: O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade. · Quimioterapia: medicamentos para combater o câncer. Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes (e as saudáveis) que estão formando o tumor e impedindo, também, que se espalhem. Normalmente atinge as células da mucosa oral, causando assim, mucosite; os folículos pilosos, causando queda de cabelo; atinge os leucócitos, causando um quadro de imunidade baixa. · Radioterapia: utilizam radiações ionizantes localizadas (raio-x, por exemplo), que são um tipo de energia para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. As aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes. · Cirurgia: consiste na retirada do tumor através de operações no corpo do paciente. Quando indicada, sua intenção é remover totalmente o tumor. O ato cirúrgico pode ter finalidade curativa, sobretudo quando há detecção precoce do tumor e é possível sua retirada total; ou finalidade paliativa, quando o objetivo é de reduzir a quantidade de células tumorais ou de controlar sintomas que comprometam a qualidade da sobrevivência do paciente. A cirurgia oncológica também é uma forma de avaliar a extensão da doença. Ou seja, em alguns casos, o estadiamento do câncer só é possível de ser certificado durante o ato cirúrgico. · Transplante de Medula Óssea: consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. É proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue. PRÉ QUIMIO E RADIO (PREVENÇÃO) · Prevenção de efeitos colaterais: manutenção da higiene oral, dentifrício com uma maior quantidade de flúor, laserterapia profilática, substituto salivar (pilocarpina (colírio)= cuidado, desmame; bioxtra, kinhidrat= spray, creme), ingestão de líquidos (pode ser difícil devido mucosite ou disfagia), adequação do meio bucal/preparo de boca. · Estímulo das glândulas salivares com laser ou sialogogos; alimentação (ácidos e condimentados) (se houver função residual/ realizar ordenha; Se não houver produção de saliva, significa que todas as células estão mortas). · Realizar sialometria TRANS QUIMIO E RADIO (IMUNIDADE) · Manifestações bucais em pacientes oncológicos: · Manutenção de higiene oral; · Moldeiras com flúor (avaliar); · Fisioterapia (evitar trismo); · Bochechos; · Cuidado com a imunidade osteorradionecrose; realizar profilaxia antibiótica (500mg, 1 hora antes); · Evitar o uso de prótese (se possível), porém pode ser necessário para se alimentar e manter uma autoestima boa; (de acordo com as informações repassadas pelo paciente) · Laserterapia em glândulas salivares, alimentação mais ácida (se o pct não tiver com mucosite); lubrificação das mucosas · Lubrificar os lábios (bepantol; lanolina (lanidrat, mater care, lanolina, memê)) · Imunidade, mucosite, saliva e lábio. PÓS QUIMIO E RADIO (ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO DE SEQUELAS) · Avaliação bucal periódica; · Manutenção da higiene bucal; · Sempre realizar profilaxia antibiótica em pct de radioterapia, pois tem risco aumentado para osteorradionecrose; Em quimio realizar por pelo menos 1 ano (avaliar imunidade no hemograma); · Hipossalivação (necrose das células).