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GESTÃO E PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS E GESTÃO DE CUSTOS Webconferência I Professor(a): Amanda Vogas GESTÃO E PLANEJAMENTO DE CARDÁPIOS E GESTÃO DE CUSTOS PROFESSORA AMANDA VIVIANI VOGAS Webconferência I EMENTA: Fator de correção e de cocção. Peso bruto e limpo. Ficha técnica de preparação. Tipos de cardápios. Custo das prepações. Elaboração de cardápios. Lista de compras. Pedido de compras. Controle. Custos. Mercado de alimentação. Análise de viabilidade de instalação de um restaurante. Sistema de compras. Sistema de controle de estoques. Administração de custos e preços. PLANO DE ENSINO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS: • Planejar e elaborar cardápios; • Desenvolver fichas técnicas de preparações e de custos; • Elaborar lista de compras; • Calcular custos das preparações; • Elaborar uma carta para restaurante; • Conhecer e analisar padrões de rentabilidade de um investimento através do controle financeiro e do levantamento de custos operacionais; • Avaliar a viabilidade de instalação de um restaurante; • Fazer compras; • Controlar estoques. UNIDADE I: CONFECÇÃO DA CARTA CONFECÇÃO DA CARTA - VISUAL - TAMANHO DO MENU - REDAÇÃO DO MENU - TÍTULOS DA ORDEM DE SERVIÇO - DIMENSÕES - MATERIAL PLANO DE ENSINO UNIDADE II: FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO - CONCEITO - OBJETIVOS - COMPONENTES BÁSICOS (NOME, INGREDIENTES, MODO DE PREPARO) - PESO BRUTO, PESO LIMPO E PER CAPITA DE ALIMENTOS - FATOR DE CORREÇÃO DOS ALIMENTOS - FATOR DE COCÇÃO DOS ALIMENTOS - FATOR DE CORREÇÃO TOTAL DOS ALIMENTOS - PERCENTUAL DE DEGELO - RECEITUÁRIO PADRÃO - FICHA TÉCNICA DE CUSTOS (CUSTOS DOS INSUMOS) UNIDADE III: CONTROLE E CUSTOS CONCEITOS GERAIS E OBJETIVOS CICLO DE VIDA DE UM RESTAURANTE E MERCADO DE ALIMENTAÇÃO ANÁLISE DE VIABILIDADE DE INSTALAÇÃO DE UM RESTAURANTE: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO E MERCADO ROTEIRO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO DE UM RESTAURANTE LOCAL DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO LOCAÇÃO DE IMÓVEL PLANO DE ENSINO UNIDADE IV: ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS E PREÇOS POLÍTICA DE PREÇOS E APURAÇÃO DE CUSTOS MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DAS VENDAS MARGEM DE SEGURANÇA; APURAÇÃO DO PREÇO DE VENDA CÁLCULO DO CUSTO E PREÇO DE PRODUTO ESTRUTURA DE CUSTOS, VENDAS E RESULTADOS CUSTOS E PERDAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO Cardápio ≠ Menu ≠ Carta? • Pratos a serem servidos em uma refeição. • A palavra “menu” vem do francês e significa “lista detalhada”. • Você já deve ter ouvido várias formas de se chamar o cardápio, não é? Algumas delas: cardápio, menu, carte, lista, carta. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://mimosbytati.files.wordpress.com/2009/07/cardapio.jpg&imgrefurl=http://mimosbytati.wordpress.com/2009/07/21/cardapios-personalizados/&usg=__hARBW6xdNAPydzCtK2k-pYPLSkw=&h=1327&w=993&sz=271&hl=pt-br&start=86&zoom=1&itbs=1&tbnid=-8lpBv-Q5CmIdM:&tbnh=150&tbnw=112&prev=/images?q=card%C3%A1pios&start=80&hl=pt-br&sa=N&gbv=2&ndsp=20&tbs=isch:1&ei=3PVqTdTdCoSUtwfD35DoAw É o cartão de visitas do restaurante, o primeiro contato do cliente com a casa e responsável pela primeira impressão, boa ou má, que esse cliente vai desenvolver. Função básica de informar os pratos a serem servidos em um restaurante e seus respectivos preços. E tem por finalidade auxiliar os clientes na escolha dos alimentos e bebidas. O menu tem origem na ordem de serviço da seqüência dos pratos que serão servidos. Mas no Brasil chamamos cardápio e menu como sinônimos. CARDÁPIO Os restaurantes em Paris foram os primeiros a adotar o sistema de listagem de pratos oferecidos pelo restaurante. A lista ficava na entrada do restaurante ou dependurado na parede, o que permitia aos comensais a opção de escolha do que pediriam. Outros restaurantes que o serviço de mesa e o atendimento eram fatores que agregavam valor ao empreendimento, e logo passaram a adotar um cardápio em formas menores que pudessem vir dependurados na cintura dos garçons e consultados por estes quando houvesse dúvidas sobre algum tipo de prato. O curioso é que as tábuas eram dependuradas de cabeça para baixo, ou seja, apropriada para a visualização do garçom. Mas com o tempo, os próprios clientes passaram a solicitar a tábua que eles carregavam na cintura, para que pudessem escolher melhor seus pratos. CARDÁPIO E SUA ORIGEM No Brasil, provavelmente decorrente dos seus aspectos culturais, as refeições apresentam-se com a seguinte composição: uma entrada (ou no máximo duas); prato principal (com guarnição e/ou acompanhamento), sobremesa e bebidas. Isto dependerá dos hábitos dos clientes atendidos e do custo. CARDÁPIO CARACTERÍSTICAS DO MENU • Visual – de acordo; • Tamanho proporcional; • Redação; • Cada sugestão deve conter informações detalhadas; • Nomes clássicos devem ter composição correta; • Material impresso de boa qualidade; • Limpeza, sem rasura, correções de caneta; • Número suficientes para reposição; • Patrocínios; Lembrar que um cardápio não pode ser eterno. Precisa ser alterado constantemente e sempre utilizar produtos sazonais (da época/do local). Outro cuidado necessário são os nomes e descrições dos pratos. Nenhum cliente é obrigado a descobrir o que o prato é feito. E tenha cuidado no layout gráfico e material do cardápio. CARDÁPIO CORES, FORMAS E TAMANHOS MEDALHÕES BRUXELLOISE (grelhados, couxe-de-bruxelas, batata château, molho Madeira) MEDALHÕES BRUXELLOISE (grelhados, couxe-de-bruxelas, batata château, molho Madeira) MEDALHÕES BRUXELLOISE (grelhados, couxe-de-bruxelas, batata château, molho Madeira) O NOME DO PRATO • O nome do prato é a parte mais importante para vendê-lo a quem não o conhece. Um cliente não será incentivado a experimentar um prato novo por causa do preço. O nome precisa ser criativo, criar interesse, despertar a curiosidade. • Os adjetivos também não devem ser poupados, eles são tão importantes quanto o próprio nome. O que você acha melhor? Ovos mexidos ou ovos mexidos com manteiga fresca? • Pense em sabores e gostos, palavras como crocante e picante dão ao cliente uma melhor ideia do que está por vir. Longas descrições devem ser reservadas para os pratos mais rentáveis. • As pessoas que vão participar da elaboração do cardápio precisam ter conhecimentos necessários para tanto. Devem levar em conta o mercado, as combinações, apresentações dos pratos e lembrar das limitações operacionais, que são os custos e mão-de-obra. • Várias pessoas pensam que o cardápio pode ser feito apenas com a vontade do dono, ou gerente do restaurante, com os pratos feitos por sua avó, mãe, tias ou algo do tipo. • Na confecção do cardápio a participação de profissionais como chefe de cozinha, maître, o gestor financeiro e um comprador é essencial. Cada um deve contribuir de acordo com sua área de atuação, como segue: • Chef de cozinha – equipamentos, disponibilidade de cozinheiros para executar a preparação e a montagem; ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • Maître – informará se a brigada dispões de conhecimentos e utensílios para o serviço dos pratos propostos; • Gestor financeiro – verificará a disponibilidade econômica dos novos pratos em termos de adequação às expectativas dos clientes e à lucratividade a ser alcançada; • Comprador – mercado abastecedor, fornecedores e/ou sazonalidade das mercadorias. Em restaurantes menores, muitas vezes o dono ou gerente atribui funções dos profissionais acima. ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO • Os itens do cardápio dependem do tipo de restaurante. O número e a variedade de itens têm importância fundamental para o restaurante. Se os itens forem muito extensos, você terá problemas com o tempo da preparação. • A melhor forma de enumerar as preparações é da mais lucrativa à menos lucrativa e não por ordem alfabética ou ordem de preço (do maior ao menor ou vice-versa), lembre-se que nem sempreo prato mais caro é o mais lucrativo para o restaurante. EDIÇÃO DO CARDÁPIO EDIÇÃO DO CARDÁPIO Quase aceito como exigível, que ao lado de cada prato listado no cardápio coloquem em letras menores, todos os ingredientes que estão na preparação, para facilitar a escolhe do cliente e existem pessoas com restrições alimentares que precisam saber o que contêm no prato, pois o cliente não tem a obrigação de conhecer os ingredientes de todos os pratos. Em muitos restaurantes, a obrigação de explicar a composição do prato cabe ao garçom. Isso, porém, deve ser cuidadosamente analisado, pois além de exigir bom treinamento do pessoal do salão acarreta demora na escolha do prato. SUGESTÃO DO CHEF • Pratos encalhados, • Limite de validade; • Teste de aceitação; • Jamais usar como sugestão eterna; • Fazer boa apresentação; • Preço mais compatível. OBRIGATORIEDADE • Descrição honesta • Preço – lei 1948 • Condições de pagamento – Cartões • Horário de funcionamento • Regras gerais do serviço – Porcionamento, embalagem • A elaboração do cardápio deve apresentar os pratos que serão servidos pelo restaurante. Os itens oferecidos deverão levar em consideração o perfil do cliente, preferências regionais, tipo do serviço do restaurante, número de refeições, horário de atendimento, equipamentos, utensílios e mão-de-obra, além do sistema de compras e estocagem. • Alimentos oferecidos no cardápio não poderão estar em falta, os alimentos que compõem o cardápio deverão ter suas fontes para suprir o que é oferecido. ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO A restauração e o serviço de alimentação fora do lar ou food service, tem hoje em dia lugar de destaque para a mais variada clientela: Executivos, Turistas, Viajantes, Funcionários (cantinas), Doentes (refeições em hospitais), Estudantes (refeições universitárias). Atualmente, existem diversos estabelecimentos para atender esta demanda que tem como finalidade comum de servir refeições, como: restaurantes comerciais, restaurantes de cozinha típica regional ou internacional, redes de restaurante fast-food, self-service, praças de alimentação, padarias, lanchonetes, cozinhas hospitalares, dentre outros. TIPOS DE CARDÁPIOS: ➢ CARDÁPIO PARA CRIANÇAS ➢ FAST-FOOD ➢ TABLE D´HOTE ➢ CARDÁPIOS INSTITUCIONAIS ➢ CARDÁPIO À LA CARTE ➢ SERVIÇO SELF-SERVICE ➢ SISTEMA DE BUFFET TIPOS DE CARDÁPIO Um dos documentos mais importantes do restaurante. Deve conter o nome do prato, a sua classificação (entrada, prato principal, sobremesa, etc), o rendimento em número de porções que a receita terá, os ingredientes e as quantidades utilizadas, os custos de compra, fator de correção e índice de cocção. FICHA TÉCNICA • Registrar todas as quantidades de insumos utilizados na produção. • Aumentar a produtividade da cozinha, tornando da receita reproduzível. • Checar a exatidão dos inventários, reduzindo custos e diminuindo o capital empatado no estoque. • Cruzar estatísticas de pratos x porção prevista, consumo do inventário, evitando desperdício, registrando os processos de produção e o volume de matéria-prima. • Facilitar a mise-en-place para melhor compreensão do preparo e da organização. • Assegurar processo metódico de preparo, economizando tempo na confecção. OBJETIVOS DA FICHA TÉCNICA • Preparo correto independe do colaborador (foto), padronizando a montagem e a apresentação do prato, garantindo a qualidade final do prato, independentemente de qual profissional que elabora a receita. • Assegurar padrão de serviço, garantindo a qualidade na elaboração independentemente da quantidade produzida. • Previsão adequada da mercadoria para o estoque necessário, controlando os volumes de matéria-prima requisitados. • Controle do preço praticado alteração do porcionamento, retirada ou substituição do prato, estipulação da periodicidade de revisão de preços. • Mantém o histórico das preparações do restaurante. • Indicador para a revisão do estoque, pesquisa de novos fornecedores. OBJETIVOS DA FICHA TÉCNICA • Existem vários modelos e formas de fichas técnicas, do mais simples aos mais elaborado, compilando diversas informações. É possível elaborar uma Ficha Técnica com informações básicas como nome, ingredientes e forma de preparo, que darão um ótimo parâmetro tanto no sentido administrativo quanto no operacional. • A ficha técnica é divida em duas partes. A primeira gerencial, que identifica todos os custos com a matéria-prima utilizada na ficha. Já a segunda, operacional, identifica todas as etapas da produção do prato e leva a foto do prato. COMPOSIÇÃO DA FICHA TÉCNICA COMPOSIÇÃO DA FICHA TÉCNICA Nome do prato: Data: N° Classificação: Custo da Receita: Tamanho: Custo da Porção: Ingredien tes Quantid ade Forma de compr a Preço de comp ra Rendi mento Fato r de Corr eção Preço Limpo Custo Total Nome do prato: Data: N° Classificação: Custo da Receita: Tamanho: Custo da Porção: Modo de preparo: 1. 2. Equipamentos e utensílios FOTO FRENTE DA FICHA TÉCNICA (PARTE GERENCIAL) VERSO DA FICHA TÉCNICA (PARTE OPERACIONAL) Expressão que se refere “por pessoa”. A quantidade de alimento que será preparado para cada comensal. Existe o per capita bruto e o per capita líquido. O per capita bruto é a quantidade do ingrediente cru com caroços, aparas, osso, espinhas. O per capita líquido corresponde ao alimento já limpo. E o termo porção se refere a quantidade de alimento pronto para servir a pessoa. Em alguns casos per capita e porção terão o mesmo resultado, como em verduras e frutas servidas cruas. PER CAPITA Peso Bruto • Quando comprei Peso Limpo • Quando limpei Peso Cozido • Quando cozinhei RENDIMENTO Para você saber qual o percentual do rendimento do insumo, deve-se dividir o peso líquido pelo peso bruto, assim você terá o percentual do rendimento efetivamente utilizado. Rendimento = Peso Líquido / Peso Bruto FATOR DE CORREÇÃO É a relação entre peso bruto e peso líquido que determina a perda que acontece no alimento devido ao seu processamento. FC = PB / PL Fator de correção = peso bruto dividido pelo peso limpo FATOR DE CORREÇÃO É a relação entre peso bruto e peso líquido que determina a perda ou ganho que acontece no alimento devido ao seu processamento. FC = QB/QL Fator de correção = quantidade bruta dividida pela quantidade líquida ÍNDICE DE COCÇÃO É a relação entre peso cozido e peso limpo do alimento que determina a variação do peso após o processo de cocção IC = PC / PL Índice de cocção = peso cozido dividido pelo peso limpo Compra • 1 peixe inteiro = 2,50kg Pré-preparo • Preparar filé = 1,80Kg Cocção • Chapear = 1,68Kg A engenharia de cardápio trata-se de um sistema de gestão, com base no marketing, próprio para analisar os preços atuais e futuros, além do consumo dos itens e dos pratos do cardápio sob a perspectiva das vendas. Esse sistema é ágil para a classificação dos itens e dos pratos do cardápio, baseado não apenas no percentual do custo dos alimentos mas também no mix de vendas. ENGENHARIA DE CARDÁPIO ENGENHARIA DE CARDÁPIO Para tanto, tem o foco em três elementos essenciais: A demanda – em relação ao número de couverts gerados em um determinado período, ou, em outras palavras, a quantidade total de itens vendidos. Análise do mix de vendas – os itens e pratos vendidos de um determinado cardápio e a participação de cada um no total das vendas – a demanda e as tendências para determinados pratos. ENGENHARIA DE CARDÁPIO • A margem de contribuição – definida pela diferença matemática entre o preço de venda de um prato e os custos diretos (alimentos e bebidas). O montante da margem de contribuição, ou seja, a somatória das margens de contribuição unitárias ponderadas pelonúmero de venda do item deverá cobrir outros custos (fixos e variáveis) e gerar o lucro operacional. ENGENHARIA DE CARDÁPIO A engenharia de cardápio é um processo desenhado passo a passo para auxiliar a gestão de alimentos e bebidas sobre os preços atuais e futuros e seus impactos no custo total, na popularidade do prato e do cardápio e no resultado operacional através da margem de contribuição. O processo consiste em: ENGENHARIA DE CARDÁPIO 1. Organizar os itens e pratos do cardápio conforme o seu segmento; 2. Gerar análises sobre o mix, composição do cardápio como um todo; 3. Desenvolver classificação sobre os itens e pratos do cardápio; 4. Identificar alternativas sobre as ações corretivas dos itens e pratos do cardápio. ENGENHARIA DE CARDÁPIO Os elementos essenciais para começar a desenvolver o sistema são: 1. Custos dos pratos (ficha técnica); 2. Preço de venda; 3. Número de couverts vendidos. • De acordo com Fonseca (2004) “a engenharia de cardápio é um método gerencial para análise de informações extremamente úteis e importantes em restaurantes que pretendem adequar-se às necessidades do público e de gerenciamento”. • Ainda segundo o autor existem diversos métodos tais como: Smith- Kasavanas, Miller, Pavesic e o de Hayes-Huffman. • Método Hayes-Huffman – este método não faz uma análise comparativa entre dois desempenhos, vendas com margem de lucro ou CMV, e sim uma análise da composição entre vários fatores interligados, sendo seus resultados diretamente proporcionais e inversos a vários fatores, entre eles: preço de venda, CMV percentual, composição de custos variáveis e quantidades de venda. • Método Smith-Kasavanas – analisa o desempenho de vendas através da contribuição de cada prato no total de seu grupo de vendas(mix de vendas) e suas respectivas margens de lucro. (É O MÉTODO QUE IREMOS TRABALHAR) • Método Miller – o método baseia-se na relação entre o CMV percentual e o volume de vendas. • Método Pavesic – sua análise consiste na relação entre a margem de lucro e CMV percentual médio. Essa margem caracteriza-se pela relação entre a margem de lucro e volume de vendas de determinado item. • Transformar o cardápio em uma ferramenta de vendas eficiente – Ajuda os gestores à decidir se determinados itens devem ser mantidos ou retirados do cardápio; – Ajuda a determinar quais itens estão com a margem de lucro baixa e quais itens precisam ser reposicionados no cardápio para ganhar mais popularidade. POR QUE? • Abordagem que pode ser utilizada para classificar os itens do cardápio em quatro categorias, buscando otimizar itens lucrativos e mais populares. • Método Kasavana e Smith O QUE? • PRIMEIRO: LUCRATIVIDADE: • Ignorar o percentual do custo do alimento e nos concentrar estritamente nos Reais (R$). COMO? Prato Custo % Venda Custo R$ Lucro Costela 40% R$ 25,00 R$ 10,00 R$ 15,00 Massa 20% R$ 15,00 R$ 3,00 R$ 12,00 EXEMPLO • SEGUNDO: POPULARIDADE: • Para dar sentido de importância a um item do cardápio, também é necessário considerar a sua popularidade: quantidade vendida do item no período de estudo. COMO? Produto Venda Custo R$ Lucro Quantidade Vendida Lucro Bruto Copo de café R$ 1,50 R$ 0,50 R$ 1,00 3000 R$ 3.000,00 Picanha R$ 25,00 R$ 10,00 R$ 15,00 100 R$ 1.500,00 EXEMPLO • Nesta análise, ela sempre faz duas grandes perguntas a cada item do cardápio: este item é popular para os nossos clientes? Este item é lucrativo para o meu restaurante? Para essa análise são utilizados dois índices: índice de popularidade e média de lucratividade, previamente calculados através de fórmulas matemáticas A METODOLOGIA ENGENHARIA DE CARDÁPIO Descrições da classificação Os itens do cardápio, de acordo com as combinações da sua popularidade(% no mix de vendas) e a super margem de contribuição, são classificados em quatro categorias: ENGENHARIA DE CARDÁPIO CHAMPANHE • São os itens mais populares e rentáveis do cardápio. Geralmente são chamados carros-chefes, ou seja, os itens que mais vendem no cardápio, que possuem a melhor apresentação e ainda, provavelmente, nenhuma imitação no mercado, pois são itens e pratos difíceis de se copiar ou imitar. • Esses itens ou pratos, além desta popularidade acima da média de cardápio, apresentam uma estrutura de custo baixo em relação ao preço de venda aceito pelo mercado, o que proporciona uma alta margem de contribuição em relação à média de todos os itens. CHAMPANHE • O que fazer? • Manter as especificações de compra dos itens, o controle rígido do porcionamento, e preocupar-se com a apresentação final do item ou prato. • Posicionar o item ou prato em local bastante visível no cardápio. • Testar a elasticidade de preço de venda, ou seja, verificar com cuidado a sensibilidade do comprador ou cliente a um eventual aumento de preço do item ou prato. CHAMPANHE • Geralmente os itens ou pratos de cardápio com esta classificação ajudam na diminuição geral dos custos dos outros itens ou pratos. É necessária uma analise periódica de cada item do cardápio para acompanhar os custos unitários e o custo total do cardápio, já que esses itens apresentam uma margem de contribuição alta e alta popularidade. • Dê sempre mais visibilidade a eles; se puder, aumente um pouco o preço; faça sempre a manutenção do controle de qualidade destes itens e oriente sempre a equipe do salão a estimular as suas vendas. ESTRELA UVA A baixa margem de contribuição desses itens faz com que sejam geradores de demanda, já que seus preços são direcionados para o segmento de mercado que apresenta necessidade de compra por preços moderados. São itens ou pratos com preços médios e com bastante rotatividade. UVA • O que fazer? • Rerposicioná-lo quando possível para a classificação Champanhe. • Testar a elasticidade dos preços de venda através de aumentos gradativos; é uma forma de melhorar a margem de contribuição, esses itens ou pratos para uma melhor classificação. • Refazer a ficha técnica do item ou prato, verificando o porcionamento, visando redução dos seus custos e conseqüente aumento da margem de contribuição. • Checar o processo da montagem e elaboração do prato – custos fixos. UVA Os itens ou pratos UVA são bons de venda e por isso mesmo importantes para o estabelecimento, por serem muitas vezes os responsáveis pela presença e retorno de alguns dos clientes. Claro que melhor seria tê-los com alta margem de contribuição e para isso valem algumas das ações acima. Entretanto é necessário ter cautela evitando provocar a queda em vez da ascensão do item ou prato e sobretudo não causar o abandono do estabelecimento pelo cliente. • Procure aumentar a margem de lucro, reduzindo custos, sem comprometer o que fazem destes itens populares no cardápio. CAVALO DE CORRIDA PIMENTA São bons desafios à gestão, pois a baixa venda por vezes é compensada pela alta margem de contribuição, ou seja, pode ser raro, mas quando vende faz dinheiro. PIMENTA • O que fazer? • Reposicioná-los em categorias superiores. • Elaborar uma campanha de vendas através do pessoal de serviço, promoções e descontos. Enfim, rever o preço de venda. • Reposicionar a sua colocação visual e gráfica no cardápio. • Reduzir o mise-en-place na produção, especialmente se os itens estão causando problemas de ordem de qualidade, perdas, consistência e inventários. • Considerar a troca do nome do item do cardápio, geralmente são itens com nomes familiares, populares, ou com nomes de tendência gastronômica. Procure tornar estes itens mais populares, seja tornando-os mais atraentes, dando mais visibilidade a eles, orientando a equipe do salão a vendê-los mais. Do contrário, se essas ações não derem certo, estes itens podem ser substituídos, pois realmente eles não caíram na preferência de seus clientes.DESAFIO ABACAXI São praticamente os itens ou pratos de cardápio perdedores, quase sem vendas, apresentam baixa margem de contribuição e baixa popularidade. Podem ser ainda itens ou pratos mantidos pela exigência do tipo de estabelecimento, ou seja, embora tenha baixas vendas é preciso manter na carta um bom vinho caríssimo, por exemplo. Na tentativa de vende-lo ainda assim, o gestor pode ter estipulado uma baixa margem de contribuição. ABACAXI O que fazer? • Eliminar os itens do cardápio. • Aumentar o preço de venda para tentar alcançar a classificação PIMENTA. • Manter o item ou prato no cardápio, se apresentar aumento das vendas, através da sua inserção nos especiais, e ainda se for composto por insumos cuja vida útil de prateleira for considerada boa para suportar o baixo giro sem perda por validade. ABACAXI Se os itens ou pratos PIMENTA já se apresentaram como um desafio, os do ABACAXI são quase pesadelos. Vale a pena uma análise para buscar o que exatamente se passa com esses itens ou pratos. Pode se tratar, por exemplo, de um item ou prato fruto de uma ação corretiva, ou seja, diminui-se propositadamente a margem de contribuição para buscar mais vendas, tornando um item ou prato que já possuía baixa popularidade em ABACAXI, já que agora tem também baixa margem de contribuição. É preciso enfim, investigar. • Se você quiser mesmo manter estes itens no cardápio, tente reduzir custos e aumentar as vendas para mudá-los de categoria. Agora, se as alternativas anteriores não forem viáveis, pense seriamente em retirá-los do cardápio, pois estão ocupando um espaço precioso no seu cardápio. ABACAXI ENGENHARIA DE CARDÁPIO TABELA DE ENGENHARIA DE CARDÁPIO ITEM QUANT. VENDIDA PREÇO DE VENDA PREÇO DE CUSTO MARGEM DE LUCRO TOTAL DE VENDAS TOTAL DE CUSTOS TOTAL DE LUCRO % DE VENDA S Cálculos: Margem de lucro= Preço de venda – Preço de Custo Total de vendas = quantidade vendida do item x preço de venda Total de custos = quantidade vendida do item x preço de custos Total de lucro = quantidade vendida x margem de lucro % de venda = quantidade vendida do item x 100 / total da quantidade vendida Média do mix de vendas = (100/número de itens)x 0,7 Média da margem de contribuição= Total da margem de lucro/ total da quantidade vendida ENGENHARIA DE CARDÁPIO Ao fazer o planejamento de novos itens de cardápio, o objetivo principal em adicionar ou trocar itens ou pratos é o de aumentar a demanda. Como boa parte da noção de valor percebido pelo cliente, poderá ser comparada e até advir da comparação com a concorrência - o que ele conhece é o referencial ou poderá vir a ser – uma análise útil do cardápio deve sempre estar inserida no contexto do histórico das vendas do segmento de atuação e do mercado contemporâneo à análise, praticando-se, inclusive quando possível, o benchmarking, ou seja, verificando o que o concorrente faz de melhor. ENGENHARIA DE CARDÁPIO A engenharia de cardápio auxilia na percepção do valor percebido pelo cliente, se compararmos, por exemplo, o mesmo item ou prato num período anterior e outro posterior a uma ação corretiva; além de propiciar uma visão clara do retorno esperado de cada item e ainda do quando podemos esperar, através da margem de contribuição média. OBRIGADA AMANDA VIVIANI VOGAS amanda.vogas@ser educacional.com PROFESSORA
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