Prévia do material em texto
OS TIPOS DE VEGETARIANISMO Professora: Me. Thanise Pitelli Paroschi DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Bárbara Neves Editoração Produção de Materiais EAD Unicesumar Qualidade Textual Diego Delavega Marques de Oliveira C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; PAROSCHI, Thanise Pitelli. Gastronomia Vegetariana. Thanise Pitelli Paroschi. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 24 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gastronomia. 2. Vegetariana. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 641 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 04 sumário 06| SUBTIPOS DE VEGETARIANISMO 09| VEGANISMO 11| MACROBIÓTICA 15| CRUDIVORISMO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Conhecer os subtipos de vegetarianismo. • Diferenciar o veganismo do vegetarianismo. • Abordar sobre a alimentação macrobiótica. • Conhecer o fundamento do crudivorismo. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Subtipos de vegetarianismo • Veganismo • Macrobiótica • Crudivorismo OS TIPOS DE VEGETARIANISMO INTRODUÇÃO introdução O vegetarianismo é mais do que uma opção alimentar e sim uma filosofia de vida, pois ser vegetariano também é uma forma de se sentir bem e estar em harmonia com a natureza. De maneira geral, ser vegetariano é uma opção mais humana e mais natural. As maiores dificuldades na alimentação vegetariana não são apenas de se encontrar o equilíbrio nutricional, já que o problema principal é viver em uma sociedade que não está adaptada ao vegetarianismo (e algumas vezes esse padrão alimentar também não é tolerado para os não adeptos). A mudança de alimentação, por mais benéfica que seja, não precisa ser radical. Muito pelo contrário, deve ser progressiva, de modo que a adaptação seja gradual, ou seja, parar de consumir animais não precisa ser uma questão de “tudo ou nada’’, pelo menos, não no início. Porém, isso não significa que, no caso de a transição ser brusca, as consequências sejam inultrapassáveis. Assim, caro(a) aluno(a), surgem os subtipos de vegetarianos, muitas vezes devido a essa evolução natural da adoção da alimentação vegetariana ou, ainda, de acordo com as crenças individuais. Claro que as nossas escolhas podem nos levar a mais ou a menos equilíbrio, pois ao mesmo tempo em que encontramos pessoas com hábitos alimentares impecáveis, encontramos aquelas que adoram junk food. Essa característica não se restringe se o indivíduo é vegetariano ou não, mas tem a ver com os hábitos e costumes individuais, seja com a bagagem familiar ou com o que aprende- mos com o passar dos anos. É importante para o vegetariano ter uma opinião esclarecida sobre alimen- tação e as transformações que irão ocorrer no seu dia a dia, afinal, o teor de cada nutriente nos alimentos vegetais é diferente do encontrado nos de origem animal. Portanto, é necessário buscar equilíbrio com a sua utilização e, na gas- tronomia, é possível, facilmente, reunir tudo o que nosso organismo necessita e transformar em pratos cheios de cor e sabor. Pós-Universo 6 Querido(a) aluno(a), já falamos o que é um vegetariano, mas para reforçar, de forma genérica, esse é o indivíduo que não utiliza nenhum tipo de carne, seja vermelha ou branca em sua alimentação. Ou seja, vegetarianismo é sinônimo de alimentação sem carne. Em decorrência dos diferentes padrões da dieta vegetariana adotados, foram criados alguns outros termos, como lactovegetariano, ovolactovegetariano e vegetaria- no estrito. Vannucchi et al. (1990) apresenta os seguintes subtipos de vegetarianismo, já que os vegetarianos podem ou não utilizar derivados animais na alimentação: • Vegetariano estrito Os vegetarianos que excluem todos os derivados animais do cardápio são chamados de vegetarianos estritos, ou, ainda, vegetarianos puros. Subtipos de Vegetarianismo Pós-Universo 7 Veja bem, aluno(a), o termo que determina o tipo de vegetariano que ingere apenas vegetais é ESTRITO (e não restrito). Ou seja, a dieta composta ex- clusivamente de produtos de origem vegetal é estritamente vegetariana, não sendo uma dieta restrita. Os vegetarianos estritos tendem a utilizar alimentos de maneira mais diver- sificada do que as pessoas que comem carne, mostrando que a dieta estrita não é uma dieta restrita. Fonte: a autora. atenção Ou seja, não consomem produtos de origem animal, excluem a carne de animais e também seus produtos como ovos e laticínios, ou seja, o vegetariano não se alimen- ta de nada que envolva sofrimento animal. • Vegetarianos semiestritos Adotam uma dieta que exclui quase todos os alimentos de origem animal, abrangendo apenas o mel. • Ovo-lacto-vegetarianos Alimentam-se de laticínios e ovos, além de produtos de origem vegetal. • Ovo-vegetarianos Incluem na sua alimentação os ovos, mas excluem o leite e todos os demais derivados. • Lacto-vegetarianos Alimentam-se de laticínios, além de produtos de origem vegetal. É a dieta tradicional da população indiana. Existem, ainda, os pesco-vegetarianos (ou pisco-vegetarianos), que são aqueles que incluem os pescados em sua alimentação e também os pollo vegetarianos, que incluem galináceos. Denomina-se semi-vegetariano o indivíduo que consome carnes, geral- mente brancas, em menos de três refeições por semana (alguns estudos Pós-Universo 8 consideram ser semi-vegetariano o indivíduo que consome carnes em, apenas, uma refeição semanal). O semi-vegetariano se situa entre o vegetariano estrito e os onívoros, mas vale ressaltar que os vegetarianos não aceitam o semi-vegetariano como um subtipo de vegetarianismo, já que não se trata de uma alimentação sem carne. Quem aceita qualquer tipo de alimento na dieta é onívoro, ou seja, que se alimenta tanto de matéria vegetal como animal. Fonte: Slywitch (2010). saiba mais A maior parte da população associa erroneamente o vegetarianismo ao indivíduo naturalista, ou seja, que busca a adoção de um estilo de vida saudável, baseado em uma vida mais natural e com ingestão de alimentos isentos de conservantes ou industrializados. Muitas pessoas têm a ideia de que o naturalista não penteia o cabelo, que a mulher se recusa a depilar as axilas, entre outras coisas, mas vale ressaltar que tudo isso tudo é apenas uma distorção da imagem, pois cada grupo possui sua filosofia própria. O estilo de vida naturalista pode ser adotado por algum vegetariano, mas não é, necessariamente, uma regra. É importante ressaltar que as nomenclaturas não devem ser utilizadas para determinar o estado nutricional do indivíduo, ou principalmente, para gene- ralizar o grupo, pois, nenhum dos tipos de vegetarianismo deixa específica a quantidade ou a frequência de ingestão de cada grupo alimentar. Essa nomenclatura, na prática clínica do médico ou nutricionista, serve apenas para avaliação e orientação do que o indivíduo vai ou não aceitar em seu cardápio. Afinal, o desbalanço na ingestão de alimentos adequadamente pode acontecer em todosos grupos alimentos, de onívoros a vegetarianos. Fonte: Slywitch (2010). atenção Pós-Universo 9 Em 1851, já havia relatos de vegetarianos que procuravam alternativas ao uso de ves- timentas que contivessem couro, mas apenas em 1944, o termo “vegan” surgiu. Esse termo foi criado por Donald Watson para identificar o indivíduo vegetariano estrito que não utiliza produtos oriundos do reino animal para nenhum fim, seja alimentar, higiê- nico ou até mesmo para vestuário. Em português, a palavra “vegan” foi adaptada para “vegano” pela Sociedade Brasileira Vegetariana (Sociedade Vegetariana Brasileira, 2017). Então, apesar dos vegetarianos estritos e dos veganos terem em comum o fato de adotar uma alimentação isenta de produtos animais, os veganos não utilizam ves- timentas e produtos químicos que tenham componentes animais e, ainda, recusam a utilizar produtos testados em animais. Veganismo Pós-Universo 10 Caro(a) aluno(a) podemos afirmar que o veganismo inclui o vegetarianis- mo, mais especificamente, o vegetarianismo estrito. Fonte: a autora. reflita Slywitch (2010) afirma que pode-se definir veganismo como uma forma de vida que exclui todas as formas de exploração e crueldade contra o reino animal e inclui o res- peito por todas formas de vida. Isso aplica-se no uso da prática de viver somente de produtos derivados do mundo vegetal. Ou seja, esses são os verdadeiros vegetarianos, pois eles excluem da sua dieta todos os produtos de origem animal, seja carne, ovos, laticínios, mel, gelatina. Porém, vai além de uma simples questão de dieta, se estendendo também a um estilo de vida, já que adotam a proteção aos animais em todas as suas vertentes, desde o material utilizado para suas roupas (já que não usam lã, couro, seda e etc.), produtos de higiene pessoal, cosméticos ou qualquer produto que envolva teste ou exploração animal. Além disso, o vegano não pesca, não caça e não aprova a utilização de animais nos circos ou zoológicos, rodeios ou touradas. Pós-Universo 11 A palavra macrobiótica deriva de Macro (grande) e bio (vida), ou seja, é uma forma de viver a vida de maneira grandiosa e já era usada no século XVIII no Ocidente, mo- dernamente, impulsionada pelo japonês George Oshawa. Para os grandes mestres chineses de 3.000 a.C., o Cosmos seria um ser vivo, dinâmico e totalizante, e a energia cósmica formaria todos os seres, inclusive o humano (FERNANDES, 2015). A mesma autora afirma que essa energia se manifesta dialeticamente sob dois aspectos, opostos e complementares – o Yin e o Yang – sob o qual se baseia a medi- cina tradicional chinesa. Essa energia deve estar equilibrada em todos os organismos. Macrobiótica Pós-Universo 12 Ao ingerir um alimento Yang, tem-se uma atitude Yang, ou seja, como o Yang é uma energia mais dinâmica, mais ativa e extrovertida, tal postura será adotada. Porém, um consumo excessivamente Yang, irá contribuir para um caráter agres- sivo, dominador e impaciente. O oposto acontece quando são consumidos muitos alimentos Yin, criando atitudes passivas. A dieta macrobiótica incenti- va a moderação, pois o excesso de Yin produz uma tendência mais depressiva. Assim, seguir uma dieta macrobiótica pode controlar os estados de emoção. Fonte: Calado (2012). saiba mais Os alimentos são considerados sagrados e, por isso, são mastigados completamente e ingeridos calmamente em ambiente pacífico. A categorização dos alimentos pode ser analisada na imagem a seguir: Carne suína Cereais integrais Contracção Yang AvesOvos Carne bovina Peixe Queijo MilhoArroz Trigo Trigo Mourisco Leguminosas Leite Expansão Yin Vegetais (raízes) Vegetais folhosos Açúcar Frutos Oleaginosas Sementes Figura 1 – Categorização geral dos alimentos em yin e yang Fonte: Adaptado de Kushi e Esko (1991). Pós-Universo 13 Dessa forma, a macrobiótica designa uma forma de alimentação que pode ou não ser vegetariana, já que o macrobiótico tem um tipo de alimentação específica, baseada em cereais integrais e, ao contrário do vegetarianismo, apresenta indicações espe- cíficas das proporções a serem utilizadas em cada grupo alimentar e tal proporção segue diversos níveis, podendo ou não incluir carnes. Essas proporções seguem diversos níveis, podendo ou não incluir, apesar de não ser recomendado, as carnes, laticínios e ovos. Uma das formas de basear a alimentação macrobiótica é seguindo a pirâmide alimentar macrobiótica, que pode ser vista na figura a seguir: Frutos Temperos e Condimentos pequena quantidade 20 - 30% dos alimentos diários, em peso 40 - 60% dos alimentos diários, em peso 5 - 10% dos alimentos diários, em peso. AlgasLeguminosas e Derivados Vegetais Mensal (opcional, como transição, uso pouco frequente) Semanal (uso ocasional) Diário (uso regular) incluí sal marinho, miso, molho de soja e outros Pickles Cereais Integrais Óleo Vegetal OleaginosasSementes Adoçantes Peixe Laticínios Ovos e Frango Carne Figura 2: Pirâmide alimentar macrobiótica proposta por Michio Kushi Fonte: Varatojo e Romão (2005). Pós-Universo 14 A base da alimentação macrobiótica são os cereais integrais, já que estes são con- siderados alimentos equilibrados. Os integrantes de cada grupo citado na pirâmide pode ser analisado na figura a seguir: Figura 3 – Constituintes dos grupos da pirâmide alimentar macrobiótica Fonte: Vida Celeiro (2017). Pós-Universo 15 Também conhecido como alimentação viva, o crudivorismo propõe o consumo de alimentos crus (ou aquecidos no máximo até 42°C), sendo composto por hortaliças, legumes, grãos germinados, brotos, frutas e castanhas (LERNER, 2010). O crudivorismo é uma prática vegetariana realizada por poucos, mas existente desde os primórdios da humanidade. Apenas com a descoberta do fogo, os alimen- tos foram modificados (COUSENS, 2011). Os alimentos que compõem a alimentação seguem, basicamente, o mesmo padrão utilizado para o vegetariano estrito, exceto pelo fato de serem consumidos exclusivamente crus. A adoção da não cocção (e não aquecimento) dos alimentos se baseia na ideia que o aquecimento “destrói” os nutrientes, reduzindo nutrição que poderia ser proporcionada por esse alimento. Lerner (2010) afirma que reações quí- micas e elétricas ocorrem dentro de uma célula viva, graças à ação das enzimas, que são proteínas responsáveis pelas atividades de construção e reconstrução dos tecidos de todo o nosso organismo. A ideia do crudivorismo é baseado, ainda, na energia que a enzima possui e, ao danificar a enzima, perde-se energia. Crudivorismo Pós-Universo 16 Outro fundamento da alimentação crudívora é a utilização dos brotos, pois submetem sementes, cereais, oleaginosas e leguminosas ao processo de germinação, visando torná-los, sensorialmente, mais bem aceitos e até mesmo comestíveis, bem como com objetivo de aumentar a biodisponibilidade dos nutrientes presentes. É possí- vel notar que a população, embora se preocupe em consumir alimentos saudáveis, existe uma redução no consumo de alimentos frescos in natura (CAMPOS et al., 2003). Assim, a utilização de alimentos em processo de germinação, como cereais inte- grais, leguminosas e frutos oleaginosos, é bastante comum nessa dieta. Alimentos germinados possuem como vantagem: • Aumenta a disponibilidade (e absorção) de vitaminas e minerais. • Facilita a digestão dos alimentos. • Aumenta a disponibilidade proteica. • Reduz a concentração de antinutrientes como o ácido fítico. • Fácil de fazer em casa! Fonte: Vida Celeiro (2017). saiba mais É possível germinar os grãos de leguminosas (soja, feijão, grão, lentilhas, ervilhas, alfafa), cereais (trigo, trigo-sarraceno, trigo espelta, cevada, arroz, amaranto, centeio), semen- tes (girassol, sésamo, abóbora) e ainda oleaginosas (nozes, amêndoas e avelãs), tendo cada grupo diferentes tempos de germinação. O processo pode terminar quando a planta começa a crescer e tiver o tamanho da semente ou do grão que a originou.Para o processo, inicialmente, deve-se selecionar as sementes, lavá-las muito bem em água corrente e deixá-las em remolho entre 8 a 12 horas, consoante à especifi- cidade do produto que adquirir. Ao fim desse tempo, basta escorrer a água e lavar muito bem. O objetivo da germinação é manter as sementes úmidas, mas não com muita água, durante algumas horas ou dias até que a planta comece a brotar. O ideal é remexer várias vezes, de modo a deixar a umidade e aeração uniforme. Diferente do aparentemente, nessa dieta, é presente preparações bastante sofis- ticadas e saborosas, sendo que os germinados podem ser utilizados como recheios de quiches, tortas, sanduíches e acompanhamentos de diversos pratos. Pós-Universo 17 Existe, ainda, um outro tipo de vegetariano (muitas vezes crudívoro e vegano), conhecido por frugívoros (também designados como frutívoros), que alimen- tam-se exclusivamente de frutos, grãos e sementes, como tomate, banana, manga, abacate, nozes, pepino, abóbora e amendoim, entre outros. Nessa filosofia, o conceito é utilizar apenas o que a natureza oferece, sem violar a integridade do vegetal. Ou seja, os alimentos são consumidos da forma em que são obtidos da natureza. Assim, se recusam a utilizar alimentos que matam a planta. Evitam todas as raízes (cenoura, batata, cebola) e evitam de utilizar os brotos, já que na germinação o grão está vivo. O frugivorismo é encarado como uma forma de vida, pois além da recusa em contribuir para a exploração e morte animal, também se recusam a par- ticipar da morte das plantas. Quem adopta essa forma de vida geralmente fá-lo por razões espirituais, de compaixão por todos os seres vivos. Fonte: Vannucchi et al. (1990) saiba mais atividades de estudo 1. Os vegetarianos podem ou não utilizar derivados animais na alimentação. Assim, existem subtipos de vegetarianos. Aqueles que só se alimentam de produtos de origem vegetal, aqueles que inserem apenas vegetais e ovos e aqueles que adotam uma alimentação baseada exclusivamente em vegetais, ovos e laticínios, são deno- minados, respectivamente, de: a) Semi vegetariano, ovolactovegetariano e vegetariano estrito. b) Vegetariano restrito, ovovegetariano e ovolactovegetariano. c) Vegetariano estrito, ovovegetariano e ovolactovegetariano. d) Vegano, vegetariano estrito e semi vegetariano. e) Crudívoro, vegetariano e macrobiótico. 2. Apesar de terem em comum o fato de adotar uma alimentação isenta de produtos animais, sabe-se que existe uma diferença entre o vegetariano estrito e o vegano. Sobre isso, é correto afirmar que: a) Todo vegetariano estrito é um vegano. b) O vegetariano estrito possui alimentação baseada em vegetais, laticínios e ovos. c) Os veganos não utilizam vestimentas e produtos químicos que tenham compo- nentes animais. d) A maior influência do veganismo são as questões religiosas. e) Um semi vegetariano pode ser um vegano. atividades de estudo 3. A palavra macrobiótica tem sua origem em macro, que significa grande e bio, que significa vida, ou seja, é uma forma de viver a vida de maneira grandiosa. Sobre seus princípios, julgue as afirmativas abaixo. I) A macrobiótica designa uma forma de alimentação que pode ou não ser vegetariana. II) É baseada na medicina tradicional chinesa e busca o equilíbrio entre as energias yin e yang. III) A base da alimentação macrobiótica são os cereais integrais, já que estes são con- siderados alimentos equilibrados. Estão corretas: a) I, II e III. b) I e II. c) II e III. d) I e III. e) Apenas II. 4. O crudivorismo é uma prática vegetariana realizada por poucos, mas existente desde os primórdios da humanidade. A alternativa que mais se adéqua aos princípios deste estilo de vida é: a) Não crueldade com o reino animal, evitando sua utilização para fins alimentares, vestuário e diversão. b) Propõe o consumo de alimentos crus ou aquecidos no máximo até 42°C. c) Equilíbrio da energia Yin e Yang por meio da alimentação. d) Incluem na sua alimentação os ovos, mas excluem o leite e todos os demais derivados. e) Quem aceita qualquer tipo de alimento na dieta. resumo O vegetarianismo é mais do que uma opção alimentar, pois também se refere a uma filosofia de vida que busca se sentir bem e estar em harmonia com a natureza, respeitando todas as formas de vida. A alimentação vegetariana é baseada no consumo de vegetais, com ou sem inserir ovos, leites e derivados, e mel e em decorrência dos diferentes padrões da dieta vegetariana adotados, foram criados alguns outros termos. Denomina-se vegetariano estrito aquele que exclui todos os deri- vados animais do cardápio. Os chamados vegetarianos semiestritos adotam uma dieta que exclui quase todos os alimentos de origem animal, abrangendo apenas o mel. Tem-se ainda os ovo-lacto-vegetarianos que alimentam-se de laticínios e ovos, além de produtos de origem vegetal, os ovo-vegetarianos, que incluem na sua alimentação os ovos, mas excluem o leite e todos os demais derivados e os lacto-vegetarianos, que alimentam-se de laticínios, além de produtos de origem vegetal. Existem ainda os pescovegetarianos, que incluem os pescados em sua alimentação e também os pollovegetarianos, que incluem galináceos. Por fim, denomina-se semi – vegetariano o indiví- duo que consome carnes, geralmente brancas, em menos de três refeições por semana. O vegetariano estrito pode denominar-se, ainda, vegano. Este, além de adotar uma alimentação isenta de produtos animais, não utilizam vestimentas e produtos químicos que tenham compo- nentes animais e, ainda, recusam a utilizar produtos testados em animais. Já a macrobiótica é uma forma de viver a vida de maneira grandiosa, baseada na medicina tradi- cional chinesa, que busca o equilíbrio das energias yin e yang também por meio da alimentação. Também conhecido como alimentação viva, o crudivorismo é um estilo de alimentação que propõe o consumo de alimentos crus (ou aquecidos no máximo até 42°C), sendo composto por hortaliças, legumes, grãos germinados, brotos, frutas e castanhas. material complementar Uma verdade inconveniente Ano: 2006 Sinopse: O cineasta Davis Guggenheim acompanha Al Gore, o ex-candi- dato à presidência dos EUA, no circuito de palestras para conscientizar o público sobre os perigos do aquecimento global, e pede uma ação ime- diata para conter seus efeitos destrutivos ao meio ambiente. Comentário: É um documentário que trata sobre a evolução da sociedade, com ênfase no aquecimento global decorrente das mudanças climáticas, e que busca sen- sibilizar as pessoas para a questão ambiental, para que possamos preservar a fauna e a flora. referências CALADO, V. M. S. H. À mesa com o Universo: a proposta macrobiótica de experiência do Mundo. Lisboa: Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 2012. CAMPOS, M. F; et al. Teores de Beta-caroteno em vegetais folhosos preparados em restaurantes comerciais de Viçosa-MG. Brazilian Jourbal of food Technology. Campinas, v. 6, n. 2, p. 163- 169, 2003. COUSENS, G. Nutrição evolutiva: fundamentos a evolução individual e do planeta. São Paulo: Alaude Editorial, 2011. DAROLT, M. R. Alimentos Orgânicos: um guia para o consumidor consciente. 2. ed. Londrina: IAPAR, 2007. FERNANDES, L. A. A macrobiótica e sua dimensão espiritual. Referência on-line: <https:// estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/29786/1/Macrobi%C3%B3tica_Espiritual_Luiza_ Fernandes_MAFCS_2015.pdf>. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2015. KUSHI, M; ESKO, E. The Macrobiotic Approach to Cancer: Towards Preventing and Controlling Cancer With Diet and Lifestyle. Avery; 1991. LERNER, L. Alimentação viva crua e a sobrevivência no século 21. Folha Carioca, p. 14, jul., 2010. SLYWITCH, E. Virei vegetariano e agora? São Paulo: Editora Alaude, 2010. Sociedade Vegetariana Brasileira. Referência on-line: < http://www.svb.org.br/>. Acesso em: 10 set. 2017. VANNUCCHI, H; et al. Aplicações das recomendações nutricionais adaptadas à populaçãobrasileira. Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, São Paulo, v. 2, p. 155, 1990. VARATOJO, F; ROMÃO, P. Alimentação macrobiótica. Lisboa: UME, Um Mundo Ético Edições, Lda., 2005. Vida Celeiro. Dieta macrobiótica: as inúmeras vantagens. Referência on-line: <https://www. celeiro.pt/Revistas/Vida_Celeiro_034.pdf>. Acesso em: 31 dez. 2017. resolução de exercícios 1. c) Vegetariano estrito, ovovegetariano e ovolactovegetariano. 2. c) Os veganos não utilizam vestimentas e produtos químicos que tenham compo- nentes animais. 3. a) I, II e III. 4. b) Propõe o consumo de alimentos crus ou aquecidos no máximo até 42°C. h.nmzn25tn3wfc h.affcdo4v402g h.7mnzvykb33ig h.e9r6wejrf1jd h.hrjt2ttsqwkp h.tvusgzgw768y h.ki2uy33nifi h.1dvt8z0up55 h.scxba46xnt68 h.32hioqz h.p2b52jakoqsz Subtipos de Vegetarianismo Veganismo Macrobiótica Crudivorismo