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Glândulas suprarrenais

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Suzana Feltrin – MED LVIII 
Glândulas Suprarrenais
Introdução 
• Essenciais a manutenção da vida desde a 
vida intrauterina 
• Regulam o equilíbrio hidroeletrolítico e 
metabolismo energético 
• Nos protegem para enfrentarmos desafios 
ambientais 
• Elas possuem várias camadas: capsula, 
cortical (camada glomerulosa, camada 
intermediária fasciculada e zona reticular) 
e medula 
o Camada glomerulosa: produção de 
mineralocorticóides, em especial a 
aldosterona 
o Camada intermediaria 
fasciculada: produção de 
glicocorticóides, cortisol 
o Zona reticular: produção de 
androgênios sexuais 
• A medula é uma extensão do SNA 
Simpático, excretando no sangue 
adrenalina e noradrenalina 
 
Hormônios da medula adrenal 
• Células cromafins provém da crista neural 
comportando-se como neurônios pós-
ganglionares autonômicos simpáticos 
• São sintetizados a partir do aminoácido 
tirosina proveniente da dieta (deriva do aa 
essencial que é a fenilalanina) 
 
 
 
 
• Ação importante dos glicocorticoides para 
a expressão da PNMT na medula da 
adrenal e a formação da adrenalina (passo 
final da síntese de catecolaminas) 
• Papeis dos hormônios 
o Regulação do metabolismo 
energético 
o Respostas de ajuste a situações de 
estresse agudo 
• Catecolaminas são degradadas no fígado 
pelas enzimas MAO e CMT, tornando-se 
VMA (ácido vanil mandélico) 
• A dosagem de VMA é feita na urina de 24h 
para diagnóstico de feocromocitoma ou 
neuroblastoma 
• As catecolaminas se ligam a receptores 
adrenérgicos/noradrenérgicos nas células 
alvo 
o Alfa-1 (proteína) – ação de 
contração da musculatura lisa 
vascular e aumento da pressão 
arterial 
o Alfa-2 
o Beta-1, beta-2 e beta-3 
• As ações metabólicas desses hormonios 
adrenérgicos são principalmente anti-
hipoglicemiantes 
o No figado, a adrenalina tem o 
efeito de favorecer enzimas que 
produzem a glicogenólise e 
aumento da gliconeogênese 
▪ Aumento da glicemia 
o No musculo esquelético, a 
adrenalina aumenta a 
glicogenólise muscular 
▪ Aumento da concentração 
de lactato na corrente 
sanguínea 
o No tecido adiposo, a adrenalina 
promove aumento da lipólise 
▪ Aumento de ácidos graxos 
não esterificados (AGNE) 
na corrente sanguínea 
→ IMPORTANTES SUBSTRATOS 
ENERGÉTICOS NUMA REAÇÃO DE LUTA 
OU FUGA 
• Regulação da secreção das catecolaminas 
o Estresse, hipoglicemia ou frio 
provoca a ativação do SNA 
Simpático e faz com que a medula 
da adrenal secrete e produza uma 
quantidade maior de adrenalina e 
Suzana Feltrin – MED LVIII 
noradrenalina na corrente 
sanguínea 
o O cortisol tem papel fundamental 
na enzima de conversão final de 
noradrenalina em adrenalina (ação 
excitatória sinérgica de 
adrenalina) 
• Feocromocitoma: tumor na glândula 
suprarrenal 
• A medula da adrenal também é passível 
de secretar outra substância, que é a 
adrenomedulina, que provavelmente tem 
um importante papel no metabolismo 
energético 
 
Hormônios do córtex adrenal 
• Produção de hormônios esteróides 
o Derivados do colesterol exercem 
seus efeitos em receptores 
intracelulares ou nucleares 
o Cada zona apresenta uma enzima 
chave que catalisa um tipo 
hormonal 
• Aldosterona: 
o Produzida na zona glomerular 
o Não expressa CYP17 ou 17-alfa-
hidroxilase 
o Expressa CYP11B2 (aldosterona-
sintase), favorecendo a síntese de 
aldosterona 
o Respondem mais aos SRAA e 
elevações de K+ plasmático que ao 
ACTH 
o Suas ações fisiológicas ocorrem 
devido a ligação ao receptor para 
mineralocorticoide no túbulo renal 
distal e ducto coletor 
▪ Aumento da reabsorção de 
sódio (aumenta a expressão 
de bombas de Na/K 
ATPase) 
▪ Aumento da secreção de 
potássio e hidrogênio 
▪ Regulação da volemia e da 
pressão arterial 
▪ Glândulas salivares e 
glândulas sudoríparas 
(efeitos semelhantes aos 
efetuados nos rins) 
▪ Ativa o comportamento de 
ingestão de sódio, 
predispondo a procura por 
alimentos salgados 
 
→ A angiotensina II estimula 2 enzimas 
envolvidas na síntese de aldosterona 
 
 
→ Regulação a secreção da aldosterona 
 
 
• Cortisol: 
o Principal hormônio das 
suprarrenais 
o Produzido na zona fasciculada 
(mais espessa) 
o Enzima CYP21A2 ou 21-
hidroxilase na zona fasciculada 
favorece a produção de cortisol 
o Transportado por proteínas como 
a globulina ligadora de colesterol 
o Ações fisiológicas do cortisol 
▪ Importante para o estado 
de jejum, tendo um papel 
anti-hipoglicemiante 
▪ Ações metabólicas no 
figado 
• Gliconeigenese 
• Papel permissivo na 
glicogenólise 
Suzana Feltrin – MED LVIII 
• Diminuição da 
utilização de glicose 
no musculo 
esquelético 
▪ No tecido adiposo 
• Aumento da lipólise 
• Aumento dos 
AGNE (colesterol 
total e reduz níveis 
de HDL) 
• Em excesso ativa a 
lipogênese seletiva 
na face, dorso e 
obesidade central 
(gordura visceral) 
▪ No musculo 
• Tem um efeito de 
aumentar a 
degradação de 
proteínas 
(proteólise) 
• Diminuição da 
sitese de proteínas 
em especial no 
musculo estriado 
esquelético, exceto 
fígado 
• O estresso crônico 
pode causar 
proteólise intensa, 
perda de massa 
muscular 
▪ No osso 
• Diminui a síntese de 
calcitriol, inibindo a 
hidroxilação 
hepática 
• Aumenta a 
expressão de 
RANK-L e diminui 
a expressão de 
aosteoprotegerina, 
aumentando a 
reabsorção óssea 
(perda de massa 
óssea) 
• Para crianças pode 
reduzir a secreção e 
transporte de IGF-1 
▪ Na pele 
• Inibe a divisão de 
queranócitos e 
reduz a síntese de 
ácido hialurônico e 
colágeno, tornando 
a pele frágil e 
delgada 
(aparecimento de 
estrias no abdome) 
▪ No sistema cardiovascular 
• Aumenta a 
sensibilidade às 
catecolaminas e 
regula a expressão 
de receptores 
adrenérgicos 
• Diminui a produção 
de óxido nítrico no 
musculo liso 
vascular 
(vasoconstrição – 
aumento de pressão 
arterial) 
▪ No coração 
• Aumento da pos 
carga (hipertrofia 
cardíaca) 
• Rigidez no musculo 
cardíaco entre os 
cardiomiócitos 
▪ Nos rins 
• Aumenta a 
depuração de água 
livre 
▪ Na vida fetal auxilia a 
maturação dos 
pneumócitos 
▪ No SNC 
• Papel na memória 
(hipocampo e 
amígdala) 
• Influencia no 
humor (sistema 
límbico) 
• Pode estar 
envolvido no 
aprendizado 
▪ Importante para o 
desenvolvimento do 
sistema nervoso, trato 
digestório e pele 
Suzana Feltrin – MED LVIII 
▪ Ação antiinflamatória 
• Diminui os sinais 
flogisticos e inibe a 
febre 
• Estabilização das 
membranas 
lisossômicas 
• Diminuição da 
síntese de 
prostaglandinas e 
leucotrienos 
• Diminui a liberação 
de histaminas e 
serotoninas, 
citocinas 
inflamatórias (IL-6 
e TNF-alfa) 
• Diminuição dos 
capilares 
• Medicamento anti-
inflamatório e 
antialérgico 
▪ Supressão da resposta 
imune 
• Diminuição da 
proliferação de 
interleucina 2 (IL-
2) 
• Diminuição de 
proliferação de 
linfócitos T 
• Diminuição da 
aderência de 
leucócitos 
• Usado para impedir 
a rejeição de órgãos 
transplantados 
• A síntese e a secreção do cortisol são 
controladas através do eixo hipotálamo-
hipófise-suprarrenal 
o Núcleos hipotalâmicos 
(principalmente paraventricular) 
sintetizam CRH (hormônio 
liberador de corticotropina) 
o Pré-opiomelanocortina (POMC) – 
grande peptídeo que ao ser clivado 
dá origem a peptídeos bioativos 
(MSH – hormônio melanócito 
estimulante) 
o Nos melanocorticotrofos na 
hipófise anterior. Neles, ele 
favorece a pre-ópiomelanocortina. 
Quando madura, ela é clivada 
o O MSH tem efeitos sobre a 
pigmentação da pele, produzido 
junto com o ACTH 
• Regulação da secreção de cortisol 
 
 
 
 
Androgênios da adrenal 
• Produzidos na zona reticular 
• Androstenediona 
• Desidroepiadrosterona (DHEA) 
• Sulfato de DHEA (DHEA-S) – a 
sulfatação aumenta a meia vida 
• Homem: pouca importância, porque os 
testículos são o principal produtor de 
testosterona• Mulheres: podem ser importantes para a 
pubarca e libido 
Suzana Feltrin – MED LVIII 
• Exercem efeitos após a conversão em 
testosterona na periferia pela 5-alfa-
dihirotestosterona 
• Aromatase nos tecidos periféricos (osso), 
que consegue fazer o estradiol 
• Ações fisiológicas dos androgênios 
o A testosterona se liga a receptores 
específicos no cérebro, na hipófise 
e nos rins 
o Nos tecidos responsivos pela ação 
da 5-alfa-redutase induz ações em 
próstata, vesícula seminal e pele 
o Pela ação da aromatase se 
transforma em estradiol com ações 
no hipotálamo, hipófise, osso e 
mamas 
o No feto o receptor de andrógenos é 
essencial para a diferenciação 
sexual 
▪ Masculino falta de 
androgênios – ambiguidade 
genital 
▪ Feminino falta de 
androgênios – virilização 
da genitália externa 
▪ Suplementação tanto em 
mulheres como idosos 
(controverso, pois na 
realidade a utilização de 
DHEA não teve efeito) 
 
Distúrbios 
 
Síndrome de Cushing/Doença de Cushing: 
• Hiperplasia suprarrenal primária 
• Excesso de cortisol 
• Sintomas: 
o Hiperglicemia 
o Perda de massa muscular 
(aumento da proteólise) 
o Osteoporose (inibição dos 
osteoblastos) 
o Obesidade central/giba de búfalo 
(acúmulo de gordura 
supraclavicular) e face redonda 
o Estria (perda de tecido 
conjuntivo) 
o Hipertensão (aumento da 
reatividade das arteríolas às 
catecolaminas circulantes; 
receptores alfa-1 principalmente) 
o Queda de cabelo 
o Dificuldade para engravidar e 
menstruação irregular 
• Dados coletados em exames: 
o ACTH elevado 
o Cortisol elevado 
 
Doença de Addison 
• Insuficiência adrenocortical primária 
• Produção deficiente de 
mineralocorticoides, glicocorticoides e 
androgênios 
• Atrofia do córtex das suprarrenais 
• Pode ser causada pelo uso continuo de 
corticóides (cortisol exógeno) 
• Sintomas: 
o Diminuição do LEC e hipotensão 
o Acidemia e aumento de potássio 
no sangue 
o Hipoglicemia, anorexia, perda de 
peso 
o Mulheres: perda de pelos 
pubianos/axilares e diminuição da 
libido 
o Hiperpigmentação na pele 
(aumento do ACTH) 
• Dados coletados em exames: 
o Hiponatremia 
o ACTH elevado 
o Cortisol baixo 
 
Síndrome androgenital (síndrome virilizante) 
• Deficiência de 21-beta-hidroxilase 
(hiperplasia adrenal congênita) 
• Excesso de androgênios adrenais 
• Hirsutismo (presença de pelos na face na 
mulher) 
• O DHEA poderia causar o aumento dos 
pelos

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