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Resumo por: Danielle Ramalho Adaptado a partir da 4ª Edição do livro: Patologia Oral e Maxilofacial, Neville LEUCOEDEMA Condição comum da mucosa oral. Etiologia desconhecida. Ocorre com mais frequência em indivíduos negros. Tem sido relatado em 70% a 90% dos adultos negros e em 50% das crianças negras. O leucoedema se apresenta de forma muito mais sutil em brancos e, muitas vezes, é de difícil percepção. A diferença da predileção pela raça pode ser explicada pela presença de uma pigmentação na mucosa em indivíduos negros que torna mais visível a alteração edematosa. Como o leucoedema é muito comum, parece ser razoável argumentar que representa mais uma variação da normalidade do que uma doença. Esse argumento pode ser sustentado pelo achado semelhante de mucosa edemaciada na vagina e na laringe. Alguns estudos mostraram que o leucoedema é mais comum e mais acentuado em tabagistas e que se torna menos pronunciado quando o paciente abandona o hábito. Características Clínicas: Aparência difusa, opalescente e branco-acinzentada leitosa da mucosa. Superfície frequentemente pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosidades. Não destacável. Acometimento geralmente bilateralmente na mucosa jugal, podendo se estender até a mucosa labial. Em raras ocasiões, pode envolver o assoalho bucal e tecidos palato-faringeanos. O aspecto esbranquiçado diminui muito ou até mesmo desaparece quando a mucosa é evertida e distendida. Características Histopatológicas: aumento da espessura epitelial, com edema intracelular proeminente na camada espinhosa. Essas células vacuoladas aparecem aumentadas e possuem núcleo picnótico. A superfície epitelial em geral é paraqueratinizada, e as cristas epiteliais são amplas e alongadas. Tratamento e Prognóstico: condição benigna, não requer tratamento. O aspecto clínico característico de lesão branco-acinzentada opalescente na mucosa jugal, que desaparece após o estiramento, auxilia a distingui-lo de outras lesões brancas comuns, como a leucoplasia, a candidíase e o líquen plano. A mucosa afetada sempre deve ser distendida durante o exame clínico para excluir lesões subjacentes que podem estar encobertas pela alteração edematosa.