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TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

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TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL
 
1549 - Educação Jesuítica – Regimento de Dom João III: “conversão dos indígenas pela 
catequese e pela instrução”. 
 
1750 - Expulsão dos Jesuítas – Instituição das aulas régias: profissionalização e 
qualificação de docentes. 
 
1808 - Criação de Cursos Superiores na Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas 
Gerais. 
 
1812 - Reabertura das fábricas fechadas na “era pombalina” (Alvará de 1785) – Criação 
 da Escola de Serralheiros, Oficiais de Lima e Espingardeiros em Minas Gerais.
1824 - Constituição Imperial: “...instrução primária e gratuita para todos os cidadãos”. 
 
1827 – Dom Pedro muda a maneira de ensinar, transformando a escola na época. Adoção 
do método mútuo, para ensinar rapidamente um grande número de pessoas. 
 
1854 - surgiu a primeira escola noturna no Brasil cujo intuito era de alfabetizar os 
trabalhadores analfabetos, expandindo-se muito rapidamente. 
 
1874 - existiam 117 escolas, sendo com fins específicos, por exemplo: no Pará para a 
alfabetização de indígenas e no Maranhão para esclarecer colonos de seus direitos e 
deveres. 
 
1881 - foi concebido o Decreto nº 3.029, conhecido como "Lei Saraiva“, a primeira a 
colocar impedimentos aos voto dos analfabetos. REFORÇA-SE a concepção do 
analfabeto como ignorante e incapaz. 
 
1885 – regime de escolas de instrução primária de Pernambuco, traz com detalhes a 
prescrição de detalhamento das aulas destinadas a receber alunos maiores de 15 anos. 
 
1887-1897 - anos de transição do Império-República. A educação foi considerada como 
redentora dos problemas da nação. 
 
1890 – censo constata e publica o índice de analfabetismo em torno de 80% da 
população brasileira. 
 
1910 - Houve a expansão da rede escolar, e as "ligas contra o analfabetismo", que 
visavam à imediata supressão do analfabetismo, vislumbraram o voto do analfabeto 
(PAIVA, 1973). 
 
1915 - Surge o método de desanalfabetização Abner de Britto – alfabetização em sete 
lições, em busca de mudar o quadro vergonhoso de 80% de analfabetos. 
 
Abner de Britto, bacharel em ciências jurídicas e sociais, promotor público no Rio Grande 
do Norte, cria um método por ele intitulado de “desanalphabetisador”, consagrado 
especificamente ao ensino dos analfabetos. Os sujeitos submetidos ao método “ficam 
lendo e escrevendo após receberem sete lições”. Cada lição tinha a duração de três dias. 
Abner afirma propagar seu método por todo o país, dando combate ao analfabetismo tão 
deplorável da época. 
 
1921 - Conferência Interestadual no Rio de Janeiro cria escolas noturnas para adultos 
com duração de um ano. 
 
1925 - Decreto 16782/A (Lei Rocha Vaz ou Reforma João Alves): Criação de Escolas 
Noturnas de Ensino Primário para adultos. 
 
1930 – Paschoal Leme inicia as primeiras tentativas oficiais de organizar o ensino 
 supletivo.
 Surgem experiências extraoficiais na alfabetização de adultos, como o uso da 
 literatura de cordel e a carta ABC.
 
1934 - Constituição da República Nova
 Criação do Plano Nacional de Educação instituído na Constituição de 1934, 
estabeleceu-se como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência 
obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional. A oferta de ensino básico 
e gratuito estendeu-se a praticamente todos os setores sociais. 
 
1936/1937 - Plano Nacional de Educação obrigava a gratuidade do ensino primário 
integral (estendido aos adultos). 
 
1945 - Decreto 19.513 de 25 de agosto de 1945.
 A educação de adultos, torna-se oficial. 
 
1946 - Decreto-Lei 8529: Instituía a Lei Orgânica do Ensino Primário, criando o “curso 
. primário supletivo”
 A Constituição reconhece a educação como direito de todos e o ensino primário 
 oficial gratuito para todos.
 
1947 - Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA)
 Essa campanha tomou forma de Campanha Nacional de massa, porém recebeu 
diversas críticas, devido as suas deficiências administrativas, financeiras, de orientação e 
 do conteúdo do material pedagógico. 
 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos.
 
1950 - Atividades pastorais da Igreja Católica, nos subúrbios e áreas rurais. 
 
1952 - Campanha Nacional de Educação Rural (CNER). 
 
1958 - Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA)
 Juscelino Kubitscheck de Oliveira, então presidente da república, convoca grupos 
de vários estados para relatarem suas experiências no “2º Congresso de Educação de 
Adultos". Nesse congresso ganha destaque a experiência do grupo de Pernambuco 
liderado por Paulo Freire (GADOTTI, 2000). 
 
1961 - Movimento de Educação de Base (MEB). 
 
1962 - Movimento de Cultura Popular do Recife/Paulo Freire (MCP)
 Centro Popular de Cultura da UNE (CPC).
 
1963 - “De pé no chão também se aprende a ler”- Natal-RN. 
 
1964 - Programa Nacional de Alfabetização do MEC. 
 Estagnação do processo sob alegação oficial de que os movimentos anteriores 
eram de cunho “ideológico”. 
 
1966 - Decreto Lei , 20/12/66 - determina a utilização dos Fundos Nacionais de Ensino 
Primário e Médio na alfabetização de maiores de dez anos. 
 
 
1967 - Lei 5379, 15/12/67 - criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)
 Com recursos obtidos através da loteria esportiva e em opções voluntárias de 
pagamento de 1% de impostos de renda oriundos de empresas, em pouco tempo o 
movimento obteve independência institucional e financeira. O mesmo teve seus trabalhos 
encerrados no governo Collor em 1990. 
 
1971 - a Lei nº. 5.692/71 regulamenta o Ensino Supletivo (esse grau de ensino visa a 
contemplar os jovens adultos) como proposta de reposição de escolaridade, o suprimento 
como aperfeiçoamento, a aprendizagem e qualificação sinalizando para a 
profissionalização, foram contemplados com um capítulo específico na legislação oficial. 
 
1985 - Decreto 91980, 25/11/85 – substitui o MOBRAL e cria a Fundação EDUCAR. 
 
1986 - Decreto 92374. 06/02/86 - aprova o Estatuto da Fundação EDUCAR.
 
1988 - Constituição Federal – prevê a modalidade de Educação de Jovens e Adultos 
(EJA). 
 
1990 - Medida Provisória 151, 15/03/90 – extingue a Fundação EDUCAR. 
 
1991 - O MEC, declarou a intenção de não mais atuar na Educação de Jovens e Adultos, 
favorecendo o analfabetismo entre os adultos. 
 
1995 - lançada a Campanha Alfabetização Solidária em moldes tradicionais. 
Primeiramente através da Presidência da República, depois em conjunto com as 
organização não-governamental. A primeira-dama, Ruth Cardoso era a coordenadora da 
Campanha. 
 
1996 - Lei 9394, 20/12/96 – regulamenta disposição constitucional e prevê a modalidade 
 de EJA
 Projeto de Lei 1603/96 – propõe o Sistema de Educação Profissional
 Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9394/96
A emenda Constitucional 14/96 suspendeu o compromisso de erradicar o 
analfabetismo em dez anos, bem como a obrigatoriedade da expansão da oferta do 
 ensino Médio, assegurado pela Constituição de 1988.
 
1997 - Decreto 2208/97 – regulamenta a disposições da Lei 9394/96 e institui o Sistema 
de Educação Profissional. 
 
1998 - Projeto de Lei 4173/98 – propõe o Plano Nacional de Educação e inclui a 
modalidade de EJA. 
 
1999 - a Resolução n. 4 do Conselho Nacional de Educação institui as Diretrizes 
 Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.
 
2000 - Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Educação – estabelece as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, baseada no Parecer 
11/2000, passa a ser o documento normativo mais importante para a Educação de Jovens 
e Adultos, buscando propor através de algumas funções, uma educação reparadora, 
equalizadora e qualificadora. 
 
2001 - Plano Nacional de Educação – sancionado pelo Presidente da República – 
 mantém a modalidade de EJA – Veto aos recursos orçamentários para EJA.
 
2003 - é criado o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), programa voltadopara a 
 alfabetização de jovens , adultos e idosos.
2004 - é editado o documento “Proposta de Políticas Públicas para a Educação 
 Profissional e Tecnológica” e revogado o decreto 2208/97.
 
2005 - criação do PROJOVEM (programa de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação 
 e Ação Comunitária.
É criado após o governo federal lançar a Política Nacional de Juventude, 
juntamente com a Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de 
 Juventude. O programa é voltado para jovens na faixa etária entre 18 e 24 anos.
 
2006 - criação do PROEJA (Programa Nacional de Integração da Educação Profissional 
 com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos).
Lançado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, para 
 jovens maiores de 18 anos.
 
2009 - o Brasil sedia a VI CONFINTEA, realizada em Belém. A Conferência contou com a 
participação de 1.125 delegados de 144 países, incluindo 55 ministros e vice-ministros e 
 16 embaixadores e delegados permanentes da UNESCO.
A VI CONFINTEA procurou fortalecer o reconhecimento de aprendizagem e 
 educação de adultos numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida.
Foi assinado e aprovado o Marco de Ação de Belém, documento que constitui 
peça fundamental no longo processo de mobilização e preparação nacional e 
 internacional.
 
2011 - criado do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. 
 
2019 - por meio do Decreto nº 9.465, de 2 de janeiro de 2019, ocorre a extinção da 
 Secadi –Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
Criada a Secretaria de Alfabetização e a Secretaria de Modalidades Especializadas 
 da Educação, porém nenhuma diretoria específica dedicada à modalidade EJA.
 
2020 – na Paraíba
 Escolas Estaduais estão fechando turno noturno e dificultando matrícula de 
 alunos na educação de jovens e adultos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em reconhecer o direito do 
jovem/adulto de ser sujeito; mudar radicalmente a maneira como a EJA é concebida e 
praticada; buscar novas metodologias, considerando os interesses dos jovens e adultos; 
pensar novas formas de EJA articuladas com o mundo do trabalho; investir seriamente na 
formação de educadores; e renovar o currículo – interdisciplinar e transversal, entre 
outras ações, de forma que esta passe a constituir um direito, e não um favor prestado em 
função da disposição dos governos, da sociedade ou dos empresários.” 
Pedagoga Ivonete Maciel Sacramento dos Santos 
 
 
 
 
Fontes: 
 
1. https://www.passeidireto.com/arquivo/39443710/linha-do-tempo-educacao-de-jovens-e-
adultos 
 
2. http://educarvivereaprender.blogspot.com/2010/04/historia-da-educacao-de-jovens-
e.html 
 
https://www.passeidireto.com/arquivo/39443710/linha-do-tempo-educacao-de-jovens-e-adultos
https://www.passeidireto.com/arquivo/39443710/linha-do-tempo-educacao-de-jovens-e-adultos
http://educarvivereaprender.blogspot.com/2010/04/historia-da-educacao-de-jovens-e.html
http://educarvivereaprender.blogspot.com/2010/04/historia-da-educacao-de-jovens-e.html