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IntroduçãoLegislação de inspeção de produtos de origem animal · Estrela global agropecuária · Maior exportador mundial de: · Açúcar · Sofá · Café · Suco de laranja · Celulose · Carne de aves e bovina · Faturamento agropecuária (MAPA 2022) · Soja – R$ 366 milhões · Milho – R$ 45,5 bilhões · Algodão – R$ 29,9 bilhões · Café – R$ 42,6 bilhões · Maior exportador de: · Carne bovina – R$ 150,9 bilhões · Carne de frango – R$ 108,9 bilhões · Leite – R$ 51,8 bilhões ANVISA · A ANVISA faz as leis (legislação) em Brasília · CVS (estadual-municipal): vigilância sanitária · Controle pré mercado – faz o registro da indústria · Para ser registrado precisa ter: BPF (boas práticas de fabricação) · Limpeza · Planta · Estrutura da produção · Nome da empresa · Controle pós mercado – inspeção dos mercados · Padaria · Mercados · Açougues · Restaurante Ministério da Agricultura · Sistema centralizado · Indústria com comércio · Interestadual-internacional · Registro com autoria · Registro simplificado · Secretarias estaduais e municipais (SUASA - Sistema Unificado De Atenção À Sanidade Agropecuária) · Suasa - é o novo sistema de inspeção, organizado de forma unificada, descentralizada e integrada entre a União (através do Mapa), que coordena o sistema, como Instância Central e Superior, os estados e Distrito Federal, como Instância Intermediária e os municípios, como Instância Local, através de adesão voluntária. · Seu objetivo é garantir a saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços e a identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos finais destinados ao consumo. · Fazem parte do SUASA quatro sub-sistemas brasileiros de inspeção e fiscalização, isto é: · Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA. · Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal – SISBI-POV. · Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Agrícolas. · Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pecuários. · SIF (Serviço de Inspeção Federal) - Responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados · RDC 259-2002 (Resolução da Diretoria colegiado da ANVISA) · Normas regulamentares propostas pela Anvisa, visando garantir boas práticas por meio de padrões de qualidade de produtos e serviços. · Expressões de validade · Consumir antes... validade…valido até · Coloca-se: dia/mês (validade máxima de 3 meses) · Mês e ano (validade máxima de 3 meses) · Exemplo: Data de validade Legislação ANVISA RDC 259 de 20 de setembro de 2002 · Para cada área específica, existem RDC’s que propõe padrões e responsabilidades tanto para as empresas quanto para os profissionais de cada área, sendo divididas mas seguintes categorias: · Agrotóxicos; · Alimentos; · Cosméticos; · Farmacoterapia; · Gestão Interna; · Insumos Farmacêuticos; · Laboratórios Analíticos; · Medicamentos; · Organização e Gestão do SNVS; · Portos, Aeroportos e Fronteiras; · Produtos para a Saúde; · Saneantes; · Sangue, Tecidos, Células e Órgãos; · Serviços de Interesse para a Saúde; · Serviços de Saúde; · Tabaco; · Temas Transversais. · Decreto Nº 9013 de março de 2017 atualizado pelo Decreto 10.468, DE 18 DE Agosto 2020 (BRASIL,2020) · Regulamenta a Lei Nº 1,283 DE 18 DE Dezembro de 1950, e a Lei nº 7,889 de 23 de Novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal Exigências para indústrias Aprovação de projetos · Higiene em todas as etapas de produção até expedição · Antes, durante e depois da produção · Programa eficaz – controle de pragas · Funcionários uniformizados e com higiene · Afastamento de funcionário com problemas de saúde que possam comprometer inocuidade dos alimentos – deve ter atestado médico · Fluxo de funcionários adequado para evitar contaminações · Equipamentos e utensílios com higiene e conservação · Caixa de água – fechada e higienizada Fiscalização - MAPA Recepção e/ou industrialização · Propriedades rurais são fornecedoras de matérias-primas · Propriedades rurais não tem SIF · Estabelecimentos de abate das diferentes espécies animais · Estabelecimento que recebam pescado · Estabelecimento que recebam leite e seus derivados · Estabelecimentos que produzam e recebam os ovos · Estabelecimentos que extraiam ou recebam mel Frequência de fiscalização · A inspeção federal será instalada em caráter permanente nos estabelecimentos de carnes e derivados que abatem as diferentes espécies de açougue e de caça · Nos demais estabelecimentos (mel, queijo, pescado) previstos neste decreto, a inspeção federal será instalada em caráter periódico · Na dependência de autocontrole Autocontrole e do programa de incentivo (PL 1293/21) · Os programas de autocontrole deverão conter registros sistematizados e auditáveis, que permitam assegurar inocuidade, identidade, qualidade e a integridade dos produtos, da obtenção e recepção da matéria-prima, dos ingredientes até a expedição Autocontrole · Programas desenvolvidos escritos e monitorados · BPF (Boas Práticas de Fabricação) = Conjunto de princípios e regras que, quando “levados em consideração”, permitem o correto manuseio de alimentos, abrangendo desde as matérias primas até o consumidor final. · Garantia da qualidade, integridade e salubridade dos alimentos, visando sempre saúde do consumidor. · PPHO (Procedimento Padrão de Higiene Operacional) = São procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados, visando estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará a contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto, preservando sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais. · HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de perigos e controle de pontos críticos) = é uma certificação de qualidade para empresas do setor alimentício. Ela é baseada em uma análise ordenada para identificar, analisar e controlar os perigos associados à produção, distribuição e consumo de alimentos. Baseia-se nas seguintes diretrizes: · Procedimentos de verificação dos riscos. · Avaliação de perigos · Determinação de limites críticos a serem controlados e monitorados. Estabelecimentos de carnes e derivados Abatedouro frigorífico · Recepção, abate, manipulação ao acondicionamento, rotulagem, armazenamento e expedição. Dotado de frio industrial Unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos · Recepção, manipulação ao acondicionamento, rotulagem, armazenamento e expedição. Autorizado para industrialização de produtos comestíveis Estabelecimento de leite e derivados 1. Granja leiteira – produção, pré-beneficiamento, beneficiamento e envase, rotulagem e expedição do leite para consumo direto, elaboração de derivados lácteos de sua própria produção 2. Posto de refrigeração – estabelecimento entre a produção rural e fábricas de laticínios ou unidade de beneficiamento: seleção, pesagem, filtração e refrigeração 3. Unidade de beneficiamento de leite e derivados – produção, pré-beneficamento, beneficiamento e envase, rotulagem e expedição do leite para consumo direto. Maturação, ralagem. 4. Fabricação de derivado lácteos 5. Queijaria – estabelecimento localizado em propriedade rural destinado a fabricação de queijos tradicionais, maturação, acondicionamento, rotulagem, armazenamento e expedição IN 76 2018-MAPA · Leite cru refrigerado é o leite produzido em propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados sob serviço de inspeção oficial · Temperatura 4ºC em 3 horas ( IN 77-2018) · Na refrigeração do leite e no seu transporte até o estabelecimento devem ser observados os seguintes limites máximos de temperatura 1- Recebimento do leite no estabelecimento: 7.0ºC (sete graus Celsius), admitindo-se, excepcionalmente, o recebimento até 9.0ºC (nove graus Celsius); 2- Conservação e expedição do leite e no posto de refrigeração: 4.0ºC (quatro graus Celsius);3- Conservação do leite na usina de beneficiamento ou fábrica de lactinios antes da pasteurização: 4.0ºC (quatro graus Celsius) Leite pasteurizado · É quando o leite recebe um tratamento térmico, chamado de pasteurização, realizado em temperatura menor que 100°C e que pode ser feito de duas maneiras: rápida ou lenta. Pasteurização rápida · Na pasteurização rápida, o leite é exposto a temperaturas que vão de 72°C a 75°C e permanece nesse processo por aproximadamente 15 segundos. · O tempo e a temperatura elevada são suficientes para eliminar a maior quantidade de microrganismos possível, sem tirar as proteínas da bebida, preservando o sabor e aroma natural. Pasteurização lenta · Já a pasteurização mais lenta é feita em temperatura mais baixa, atingindo no máximo 68°C, o que reflete no período prolongado em que ele permanece nesse processo. · Isto é, a bebida pode levar até 30 minutos para completar o tratamento térmico. Além disso, essa pasteurização é aplicada em pouca quantidade de leite, dificultando o processo. Por isso, é comum que grandes empresas deem preferência à pasteurização rápida. · Independentemente do método utilizado, o leite pasteurizado não deve permanecer em temperatura ambiente e sim apenas em refrigeração, já que sua durabilidade é de apenas cinco dias, podendo estragar rapidamente. Esterilização · A esterilização é realizada de maneira parecida com o processo de UHT, isto é, o leite é exposto a alta temperatura, ultrapassando os 100°C. O objetivo é eliminar microrganismos patogênicos e deteriorantes. · Por ser submetido a essa temperatura, o leite esterilizado pode ser armazenado por um longo período de tempo em temperatura ambiente sem que haja a possibilidade de estragos. Leite tipo A · É um tipo de leite pasteurizado com menor concentração de microrganismos por mL (o valor máximo permitido é de 500/mL). Sua ordenha é feita de apenas um rebanho e não existe contato manual em nenhuma etapa da produção. Ela é 100% mecânica e enviada diretamente para a pasteurização e envase A sanidade do rebanho leiteiro deve ser acompanhada por um médico veterinário, conforme estabelecido em normas (IN 77 2018) · Controle sistemático de parasitoses · Controle sistemático de mastites · Controle de brucelose (Brucella abortus) · Tuberculose (Mycobacterium bovis) Boas práticas agropecuárias Plano de qualificação de fornecedores de leite 1. Manejo sanitário; 2. Manejo alimentar e armazenamento de alimentos; 3. Qualidade da água; 4. Refrigeração e estocagem do leite; 5. Higiene pessoal e saúde dos trabalhadores; 6. Higiene e superfícies, equipamentos e instalações; 7. Controle integrado de pragas; 8. Capacitação dos trabalhadores; 9. Manejo de ordenha e pós-ordenha. 10. Adequação das instalações, equipamentos e utensílios para a produção de leite; 11. Manejo de resíduos e tratamentos de dejetos e efluentes; 12. Uso racional e estocagem de produtos químicos, agentes tóxicos e medicamentos veterinários 13. Manutenção preventiva e calibragem de equipamentos; 14. Controle de fornecedores de insumos agrícolas e pecuários; 15. Fornecimento de material técnico como manuais, cartilhas, entre outros. 16. Adoção de práticas de manejo racional e de bem-estar animal Tanques de refrigeração (leite cru) · O resfriamento do leite traz vantagens, como a redução de custos, sabor mais agradável, redução da qualidade de leite, desclassificado por acidez e maior flexibilidade de processamento de derivados de melhor qualidade · A qualidade do leite recebido pela usina de beneficiamento deve ser boa para garantir a produção de derivados de boa qualidade e de boa conservação · Para conservar o leite na faixa de temperatura ideal, o tanque resfriador utiliza o mesmo princípio de uma geladeira. A instalação (compressor, condensador e gás) retira o calor do interior do tanque para o ambiente externo. · Existem tanques resfriadores de diversos tamanhos partindo de 300 litros. Para que se possa saber a quantidade de leite que está no tanque, existe uma régua de medição graduada. Através de uma tabela comumente fornecida pelos fabricantes de resfriadores, obtém-se a quantidade de leite ordenhada. Leite · Produto oriundo da ordena completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sacias, bem alimentadas e descansadas (indicar na rotulagem % mistura com outras espécies) – RIISPOA · Proibido utilizar: · Leite de retenção: 30 dias antes da parição · Colostro · Leite de vacas em tratamento · O Leite não pode conter: · Substâncias estranhas · Agentes inibidores · Neutralizantes acides · Reconstituintes de densidade · Substâncias > secreção láctea Prova de Alizarol 72º álcool · Acidez e resistência da proteína · Alizarol é uma solução de álcool etílico com graduação alcoólica mínima de 72% v/v neutralizado, contendo um indicador de pH conhecido como alizarina (1,2 dihidroxiantraquinona). O objetivo do teste do alizarol é avaliar de forma indireta a estabilidade térmica do leite, mais precisamente das caseínas. · Além disso, no teste do alizarol é possível saber em qual faixa de acidez/pH a amostra de leite se encontra. · A análise consiste em misturar volumes iguais de leite e de alizarol. A interpretação dos resultados se baseia principalmente na observação da formação ou não de grumos nas paredes do tubo. Além disso, deve-se observar a coloração da mistura. · Se for observada ausência de formação ou poucos grumos muito finos e coloração vermelha tijolo, a amostra é considerada estável ao alizarol. O leite cru refrigerado de tanque individual ou de uso comunitário deve apresentar médias geométricas trimestrais (filtragem obrigatória após ordenha) · Contagem padrão em placas: máximo 300.000 UFC/mL (trezentas mil unidades formadoras de colônia por mililitro) · Contagem de células somáticas: máximo 500.00 CS/mL (quinhentas mil células por mililitro O Leite cru refrigerado deve atender aos seguintes parâmetros físico-químicos: I - Teor mínimo de gordura de 3,0g/100g (três gramas por cem grama) II - Teor mínimo de proteína total de 2,9g/100g (dois inteiros e nove décimos de gramas por cem gramas); III - teor mínimo de lactose anidra de 4,3g/100g (quatro inteiros e três décimos de gramas por cem gramas); IV - teor mínimo de sólidos não gordurosos de 8,4g/100g (oito inteiros e quatro décimos de gramas por cem gramas); V - teor mínimo de sólidos totais de 11,4g/100g (onze inteiros e quatro décimos de gramas por cem gramas); VI - acidez titulável entre 0,14 (quatorze centésimos) e 0,18 (dezoito centésimos) expressa em gramas de ácido lático/100 mL; VII - estabilidade ao alizarol na concentração mínima de 72% v/v (setenta e dois por cento); VIII – densidade relativa a 15ºC/ 15ºC (quinze graus Celsius) entre 1,028 (um inteiro e vinte e oito milésimos) e 1,034 (um inteiro e trinta e quatro milésimos); IX - índice crioscópico entre -0,530ºH (quinhentos e trinta milésimos de grau Hortvet negativos) e -0,555°H (quinhentos e cinquenta e cinco milésimos de grau Hortvet negativos). Granja leiteira A granja leiteira deve atender as seguintes especificações: I - realizar a ordenha em circuito fechado, com pré-filtragem e bombeamento até o tanque de estocagem II - dispor de dependências de beneficiamento e industrialização no mesmo prédio da dependência de ordenha ou contíguas a esta, com isolamento e condução do leite da ordenha em circuito fechado; III - dispor de laboratórios para a realização do controle físico-químico e microbiológico do leite; IV - dispor de sanitários e vestiários de uso distinto para funcionários do setor de beneficiamento e industrialização daqueles ligados aos trabalhos nas instalações de animais. As atribuições do médico veterinário responsável pela granja leiteira incluem: I - Controle sistemático de parasitoses; II - controle sistemático de mastites; III - controle de brucelose (Brucella abortus) e tuberculose (Mycobacterium bovis), IV- estabelecimento de criação deve ter normas e procedimentos de profilaxia e saneamento com o objetivo de obter certificado de livre de brucelosee de tuberculose. IV - controle do afastamento da produção das fêmeas submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário, durante o período de carência recomendado pelo fabricante; V - o controle dos índices de qualidade dos resultados das análises do leite realizadas pela RBQL Clínica do Leite – SP · Laboratório da Rede Brasileira da Qualidade do Leite (RNQL) Análise leite cru refrigerado Laboratório da RBQLL I- teor de gordura- II - teor de proteína total; III - teor de lactose anidra; V - teor de sólidos não gordurosos; V - teor de sólidos totais; VI - contagem de células somáticas; VII - contagem padrão em placas; VIII - resíduos de produtos de uso veterinário; IX- outros que venham a ser determinados em norma complementar.