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AULA 1 Importância da andrologia Anatomia e fisiologia do sistema reprodutivo masculino Caracterizada da fertilidade -Férteis -Inférteis -Subférteis - Estéreis CARACTERÍSTICAS ▪ O sistema reprodutor masculino é composto por diferentes órgãos ▪ Os quais são responsáveis pela produção de hormônios androgênicos, espermatozóides e líquido seminal, bem como pelo transporte de sêmen durante a ejaculação. ▪ Principais constituintes do sistema reprodutor masculino: ● Bolsa testicular ● Testículos ● Epidídimos ● Ductos Deferentes ● Cordões espermáticos ● Glândulas prostáticas, vesiculares e bulbouretrais ● Prepúcio e pênis ▪ Lembrando que existem peculiaridades entre As espécies ▪ RUMINANTES– Flexura sigmóide ▪ CANINOS–Osso peniano ▪ FELINOS– Espículas penianas BOLSA TESTICULAR ▪ A bolsa testicular presente em todos os animais domésticos, é uma evaginação do períneo composta basicamente por pele, fáscia escrotal e uma camada fibroelástica subcutânea e muscular (Túnica dartos). BOLSA TESTICULAR ▪ A túnica dartos é fundida ao folheto parietal da túnica vaginal. A pele tem uma epiderme fina e alguns poucos pêlos. ▪ A bolsa testicular regula a temperatura testicular por meio de dois mecanismos especializados: CONTROLE DA TEMPERATURA: ▪ 1. Resfriamento do sangue arterial antes de entrar no testículo, através da troca de calor com o sangue venoso no plexo pampiniforme, localizado no cordão espermático. ▪ 2. Movimentação dos testiculos pela contração do músculo cremastérico externo e túnica dartos Termorregulação ● Função testicular normal ● Testículos- T° menor que a corporal ● Músculo cremáster ● Plexo pampiniforme DESCIDA DO TESTÍCULO PARA A BOLSA TESTICULAR ▪ A descida é guiada e causada pela contração de um cordão fibromuscular, o gubernaculum testis , conectando o testículo à parede escrotal. ▪ O testículo inicialmente caudal ao rim, migra através do abdome, passa através do canal inguinal e move-se subcutaneamente ( no cão lateralmente ao pênis) até o escroto. ESCROTO ● Aloja -Testículos -Epidídimos - Parte de cordões espermáticos ● Funções -Proteção -Termo regulação ● Circunferência escrotal -Proteção sptz -Puberdade CORDÃO OU FUNÍCULO ESPERMÁTICO ESTRUTURAS 1. Artéria testicular PLEXO PAMPI 2. Veia testicular 3. Linfáticos 4. Plexo nervoso testicular 5. Ducto deferente 6. Músculo cremáster 7. Túnica vaginal parietal TESTÍCULOS Gônadas masculinas: Função ● Endócrina - Produção de hormônio testosterona e estradiol ● Exócrina- Produção do gameta masculino espermatozóide Fisiologia do Sistema reprodutivo do macho ● Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal no macho ● Funções dos hormônios ● Organização das gônadas, epidídimo e trato reprodutivo ● Aspectos funcionais dos túbulos seminíferos – Células de Sertoli – Espermatogênese – Células de Leydig PARÊNQUIMA TESTICULAR Túbulos seminíferos (85% parênquima) Tecido intersticial Hipotálamo estímulo da gônada Espermatogênese- estimula testosterona- faz bloqueio e estradiol- feedback positivo (15% parênquima- dos quais 50% cels Leydig) TÚBULOS SEMINÍFEROS Células de Sertoli e as células espermatogênicas As células germinativas não possuem receptores para T e FSH. Quem os possui são as células de Sertoli que, sob influências desses hormônios, propiciam a espermatogênese. ● Cel germinativas não tem receptor ● Espermatogênese- Testosterona, FSH Íntima relação entre as células de Sertoli e as células espermatogênicas Células de Sertoli e as células espermatogênicas Em todos os estágios de diferenciação, as células espermatogênicas estão em íntimo contato com as células de Sertoli que provêem a estas: -suporte estrutural (microtúbulos) -suporte metabólico (fornecem lactato para spct 1º) -regulação do meio interno dos túbulos seminíferos (formam a barreira hemato-testicular, fagocitose) -secretam proteínas: transportadoras de nutrientes (Fe, Cu e Vit. A) ABP (ptn ligante de andrógenos), dentre outras. As céls. de Sertoli são também endócrinas: AMH (diferenciação sexual) Inibina B e Ativina (regulação da secreção de FSH). Nutrição, Transporte, Proteína, Transportadora de androgênios Células de Sertoli e as células espermatogênicas BARREIRA HEMATO-TESTICULAR (junções firmes ou do tipo tight) -comunicação entre várias células de Sertoli -proteção para as células em desenvolvimento contra a resposta auto-imune. -isola as células germinativas do resto do organismo cel de sertoli que forma, isola do resto do organismo protegendo de uma possível fagositose TECIDO INTERSTICIAL 15% Funções da testosterona: • Feedback negativo no hipotálamo (GnRH) e hipófise anterior (FSH e LH); • Modulação das funções das cel. de Sertoli e das cel. germinativas; • Acão sobre as funções do epididimo e glandulas sexuais acessórias; • Desenvolvimento dos órgãos sexuais e caracteres sexuais secundários; • Modulação da libido e comportamento; • Ação anabólica sobre células musculares; • Estimula a retenção de Ca e deposição nos ossos; • Estimula a divisão de células do tecido ósseo durante a pre-puberdade e puberdade . • Participa na formação de eritrócitos. Espermatogênese não se inicia sem a liberação de FSH e Testosterona, LH pra produzir testosterona INIBINA- INIBE A ESPERMATOGÊNESE, E2 E T REGULAM Interações entre gonadotrofinas, células de Sertoli, de Leydig e germinativas • Ha uma interação complexa entre estes tipos celulares, o que permite o desenvolvimento das células germinativas, em associação a aspectos funcionais das celulas de Sertoli e Leydig. • As células de Sertoli respondem ao FSH sintetizando fatores de crescimento (GF) que modulam a mitose, meiose e diferenciacao dos diversos tipos de celulas germinativas nos tubulos seminiferos. • As células de Leydig secretam testosterona em resposta ao LH. Este esteroide é fundamental para espermatogênese mas sua ação ocorre "via" células de Sertoli. • Fatores de crescimento sintetizados pelas células germinativas também modulam diversas funções das celulas de Sertoli. Células de Sertoli • Responsáveis pela estrutura e funcionalidade da barreia hemato- testicular • Secretam o fluído dos túbulos seminíferos. • Função de "nutrir" as celulas germinativas: mediam o trasnporte de` nutrientes, ions e hormonios para as cel. germinativas • Produzem a proteina carreadora da testosterona (ABP = adrogen- binding protein); • Respondem ao FSH e sintetizam estradiol, inibina e fatores de crescimento • Possuem receptores para andrógenos. Portanto, mediam a acão da testosterona sobre a espermatogênese. • A função das celulas de Sertoli tambem é influenciada pela testosterona (produzida pelas celulas de Leydig) e fatores de crescimento sintetizados pelas células germinativas. • A mitose das cel. de Sertoli ocorre durante a fase fetal e, em certos casos, ate a pre-puberdade, mas não após os animais tornarem-se púberes. • A multiplicação das cel. de Sertoli ocorre devido a acao do FSH, entre outros fatores. A diferenciação das mesmas é modulada pela ação da testosterona e, em algumas espécies, dos hormônios da tireóide. • Em animais adultos, a população de cel. de Sertoli/testículo está associada ao tamanho e peso testicular e produção espermática diária. • Em animais adultos, a população de cel. de Sertoli/testículo está associada ao tamanho e peso testicular e produção espermática diária. • A população de cel. de Sertoli delimita, em última instância, a capacidade potencial de produção de células germinativas de um reprodutor adulto. • Alterações no número ou funcionalidade das cel. de Sertoli têm consequências diretas sobre a espermatogênese e produção de células germinativas. Espermatogênese • Produção de espermatozóides (celulas haplóides) nos túbulos seminíferos a apartir de "espermatogônias • Envolve processos de mitose, meiose e diferenciação celular. • Os eventos da espermatogênese dependem da funcionalidade das cel. de Sertoli e Leydig e suporte hormonal (gonadotrofinas, testosterona e fatores de crescimento). MITOSE E MEIOSE células reprodutoras (espermatogônias, espermatócitos, espermátides e espermatozóides)e células sustentaculares (Sertoli) Evolucao da espermatogênese 1. Celulas tronco (espermatogônia) dividem-se por mitose, formando duas celulas "filhas": • uma permanece como espermatogônia de "reserva"; • outra divide-se em geracoes de espermatogônias (tipo A, intermediaria e B) e diferenciam-se em espermatócitos. 2. Espermatócitos primários: iniciam meiose formam espermatócitos secundários. 3. Espermatócitos secundários: diferenciam-se em espermátides arredondadas; 4. Espermátides arredondadas: diferenciam-se em espermatozóides; 5. Espermatozóides: perdem contato com o epitélio seminífero; são carreados no lúmen dos túbulos. Espermiogênese As mudanças durante a espermiogênese envolvem transformações da espermátide esférica a espermatozóide maduro: (1) formação do acrossoma, (2) mudanças nucleares, (3) desenvolvimento do flagelo, (4) reorganização do citoplasma e organelas celulares e (5) o processo de liberação da cél. de Sertoli (espermiação). SAI DO TÚBULO SEMINÍFERO E VAI PARA O LÚMEN 1. Proliferacao das cel. de Sertoli: efeito 3 do FSH 2. Diferenciacao das cel. de Sertoli: acoes da testosterona e FS 3. Inicio da espermatogenese: proliferacao das espermatogonias; depende da diferenciacao das cel. de Sertoli e de Leydig (elevacao nos niveis de testosterona) 4. Espermatides 5. Meiose 6. Espermatozoides 7. Espermatozóides móveis Percurso dos espermatozóides até a ejaculação 1. Túbulos seminíferos 2. Rete testis 3.Vaso eferente 4. Epidídimo: cabeça, corpo e cauda 5. Vaso deferente - Ejaculação semen entra em contato com as secreções das glândulas sexuais acessórias 6. Uretra 1. Puberdade Espermatogênese Sertoli Leydig 2. SPTZ imaturo, Epidídimo, Maturação 3. SPTZ móveis, Ejaculação (contato com as secreções das glândulas sexuais acessórias) 4. Sêmen 5. Trato reprodutivo feminino 6. Capacitação 7. Reação acrossômica Epididímo: maturação e armazenamento dos espermatozóides Maturacao: 1. envolve mudanças bioquímicas e morfológicas nos espermatozóides 2. Permite ao espermatozóide adquirir motilidade e capacidade de penetrar e fecundar oócitos. Outras funções do epididimo: 2. Proteger os espermatozóides contra processos oxidativos,`capacitacao prematura e reação do sistema imunológico. Cauda do epidídimo só serve para armazenamento SPTZ está pronto Secreções das glândulas sexuais acessorias (GSA): • Função geral: prover os espermatozóides de meio para sobrevivência e motilidade no trato reprodutivo da fêmea; • Específicas: GSA secretam proteínas que viabilizam: – capacitação espermática – proteção contra processos oxidativos e contra reação do Sistema imunológico da fêmea – motilidade – reação acrossômica – interação com o oviduto Capacitação espermática • Ocorre no trato reprodutivo da fêmea • Processo mediado por proteínas das glândulas sexuais acessórias e por componentes do fluido do oviduto • Envolve: – alterações na estrutura e composição da membrana dos espermatozóides – ativação de mecanismos intracelulares de fosforilação – hiperativação espermática Espermatozóide no oviduto • Ligam-se ao epitélio do oviduto, mediados por proteínas da membrana dos espermatozoides • Formação de um reservatório de espermatozóides no oviduto • Liberação de espermatozóides gradualmente do reservatório oviduto permite que células espermáticas atinjam o local de fertilização em momentos diferentes. • maior chance de encontrar o óvulo. Prepúcio ● Parte externa e interna ● Glândulas que auxiliam na lubrificação ● Qualquer obstrução causa impotência AULA 2 Exame Andrológico e funcional Predizer a fertilidade e reprodutor Fundamentos: ● Saúde geral ● Saúde hereditária ● Saúde genital ● Potentia cocuendi ● Potentia generandi Principais indicações : ● Antes da utilização do reprodutor -Estação reprodutiva -Preservação do sêmen ● Laudo para comercialização ● Suspeita de problemas Não esperar dar problema 60 dias antes de setembro junho ou julho Exame clínico Identificação, anamnese, exame clínico geral e saúde hereditária Exame clínico especial (andrológico): a) Morfológico dos órgãos genitais b) Exame funcional c) Exame do sêmen d) Exames complementares Identificação ● Fundamental em caso de laudo Anamnese ● Motivo do Exame ● Utilização anterior (resultado de fertilidade) ANAMNESE ▪ Como as causas de infertilidade podem estar associadas às falhas de manejo, um histórico completo deve ser obtido. ▪ Detalhando as afecções passadas, e/ou atuais ▪ Ocorrência de traumas ▪ Vacinações - Macho não faz vacina brucelose- IBR, LEPTOSPIROSE, BVD ▪ Tratamentos, etc. ▪ A compra de um reprodutor deve ser acompanhada de exame andrológico, bem como Dos dados do vendedor. ▪ O ideal seria estabelecer uma cronologia da vida reprodutiva do animal, desde a puberdade até a fase adulta. ▪ Nem sempre é possível, venda ou troca dos animais e de informações não tão precisas e completas. PERGUNTAS IMPORTANTES ▪ Qual a idade do animal? Acompanha exame andrológico? ▪ Foi adquirido recentemente? ▪ Quais são os antecedentes do animal? ▪ O animal já possui produtos? (Progênie) ▪ Como são? Apresentam alguma anormalidade? ▪ O animal apresenta desejo sexual? ▪ Consegue cobrir a fêmea? ▪ A penetração é completa ou o animal não consegue expor o pênis totalmente? ▪ A retração peniana ocorre normalmente? ▪ Quantas fêmeas em média o animal já cobriu? ▪ Qual o índice de prenhez? ▪ Apresenta comportamento anormal (agressivo)? ▪ Ocorreu alguma mudança no manejo do animal (alimentação, mudança de tratador, etc)? ▪ O animal foi ou está sendo medicado? Com o que? Qual a dosagem? A quanto tempo? Medicação diminui espermatozoide ▪ Há quanto tempo apresenta o problema? ▪ Qual a evolução da afecção? ▪ Apresenta dificuldade para se locomover? Exame andrológico Exame clínico geral ● Enfermidade extragonadais ● Aprumos ● Cascos ● Exame de marcha ● Dentes Saúde hereditária ● Hérnias ● Arcada dentária ( pró ou bragnatismo) - mandíbula pra frente mandíbula pra trás EXAME FÍSICO GERAL ▪ Após cuidadosa identificação e detalhada anamnese, deve-se realizar o exame físico geral. ▪ O exame físico é de grande importância, pois algumas enfermidades extragenitais, frequentemente interferem, em maior ou menor grau, na função reprodutiva ou conduzem a uma falsa impressão do envolvimento do sistema reprodutor. ▪ Ex: ▪ Os equinos, os quais normalmente exteriorizam o pênis durante a micção, a protrusão intermitente do órgão não associada à micção pode sugerir a presença de um cálculo urinário. ▪ As condições corporal e muscular devem ser averiguadas, já que o mau desempenho reprodutivo dificuldades pode de estar monta relacionado associadas às aos quadros de subnutrição, parasitoses e traumas ▪ Lesões locomotoras usualmente interferem na performance reprodutiva dos machos, principalmente quando localizadas nos membros posteriores. ▪ A observação do animal em repouso e caminhando permite, muitas vezes, identificar alguns problemas tais como: laminite, traumas em região lombossacral, displasias, artrites, paresias espásticas, problemas nos cascos, nos dígitos ou nos coxins plantares, entre outros. ▪ Animais jovens com defeitos de conformação não devem, a princípio, ser utilizados como reprodutores. ▪ Animais obesos apresentam maior dificuldade à cobertura ▪ Entretanto animais caquéticos, desnutridos, com distúrbios endócrinos ou sob estresse podem ter a qualidade espermática comprometida. ▪ Deve-se avaliar também, os parametros vitais dos animais e a coloração das mucosas. EXAME FÍSICO ESPECÍFICO EXTERNO ▪ Muitos machos ressentem-se à palpação da genitália externa. ▪ Desta forma é indispensável realizar tal exame com bastante cautela, o qual é facilitado, pela contenção adequada do animal EXAME ANDROLÓGICO a) Exame morfológico dos órgãos Inspeção e palpação dos órgãos genitais externos e internos ● Genitais Externos -Escroto - Circunferência ou perímetro - Ferimentos ● Testículos -Simetria -Consistência -Mobilidade -Sensibilidade AVALIAÇÃO BOLSA TESTICULAR/TESTÍCULOS /EPIDÍDIMOS ▪ A bolsa testicular é geralmente elástica, lisa, fina,com pouco pelo e relativamente pendulosa (exceto nos gatos e em baixa temperatura), ▪ Mas pode retrair-se em direção ao corpo durante a palpação, em virtude das contrações voluntárias dos músculos Cremastéricos externos. ▪ A inspeção da região escrotal é melhor conduzida em pequenos animais mantidos Em estação. ▪ Nos bovinos, em um tronco de contenção, examinando-se por trás. ▪ Em equinos examinar lateralmente. ▪ A pelagem e a pele da bolsa testicular devem ser observadas com relação a cor, infestação parasitária e alterações micóticas. ▪ Deve estar livres de escaras, cicatrizes, lesões granulomatosas, edemas, fístulas, dermatites e assimetrias graves. ▪ A bolsa testicular geralmente esta envolvida em processos traumáticos. ▪ O volume pode aumentar quando o testículo esta hipertrofiado, com líquido ou em processos tumorais. ▪ A circunferência escrotal (CE) esta correlacionada à produção espermática e é utilizada para a seleção de animais. ▪ Existe uma correlação positiva entre a CE e a concentração espermática, motilidade e normospermia. ▪ Os testículos e os epidídimos devem ser examinados com base na simetria, tamanho e sinais de inflamação. ▪ A assimetria testicular pode ocorrer como resultado de atrofia ou hipoplasia, nos quais o testículo menor se encontra fibrosado, com o epididimo proeminente, ▪ Ou devido ao aumento de volume testicular, sendo usualmente acompanhado de dor e hipertermia(orquite aguda). ▪ É fácil palpar os testículos e epidídimos normais ▪ O exame é realizado palpando-se o testículo individualmente, ao mesmo tempo em que é imobilizado na bolsa testicular. ▪ Nos ruminantes, o ideal é suspender um Testículo enquanto se avalia outro ▪ Os testículos normais apresentam umaconsistência firme, assemelhando-se a um Biceps semi-flexionado. ▪ A pele da bolsa testicular se movimenta livremente sobre eles . ▪ O endurecimento testicular é sugestivo de neoplasia ou de orquite crônica, constituindo uma provável indicação para biopsia. ▪ Testículos flácidos sugerem, freqüentemente processos degenerativos, disgenesia (distúrbio de gônadas), ou endocrinopatias. ▪ A capacidade de deslocamento dos testículos é verificada mais facilmente pela palpação. ▪ Entretanto o testículo normal não deve apresentar deslocamento excessivo para o canal inguinal ▪ É necessário verificar se ambos os testículos Estão presents na bolsa testicular. ▪ Ausência do testículo (monorquidismo) ▪ Retenção dentro da cavidade abdominal (criptorquidismo), ou no canal inguinal pode dificultar a palpação. ▪ Na maioria dos casos de criptorquidia, os testículos somente produzem hormônios, apresentando um quadro de azoospermia (Ausência de Sptz). ▪ O criptorquidismo é considerado hereditário ▪ Em garanhões, a condição não deve ser considerada como definitiva até que o animal tenha, pelo menos, dois anos de idade. ▪ Em cães, o criptorquidismo é o distúrbio mais comum do desenvolvimento sexual, ocorrendo em até 13% dos cães. ▪ Frequente nas raças Teckel, Chow-Chow, Cockers Spaniels e Poodles. ▪ Não é raro encontrar criptorquidismo abdominal em cães portadores de tumor das células de Sertoli (sertolioma), o qual causa alopecia bilateral e feminização. ▪ Em equinos, ocorre criptorquia unilateral esquerda, explicável pelo descenso lento do testículo esquerdo. ▪ Para avaliação de tamanho, forma, consistência e simetria testicular, é interessante que ambos os testiculos sejam fixados dentro da respectiva bolsa, um de cada vez, palpando-se por tras de cada testiculo, separadamente, mediante elevação De um deles em direção ao cordão testicular. ▪ Levar em consideração que existe uma considerável diferença no tamanho dos testículos de animais normais, observa-se Uma discrete assimetria. ▪ Deve-se, também, mensurar a circunferência escrotal, o volume testicular e as dimensões Testiculares com paquímetro ou fita métrica. ▪ A assimetria acentuada pode ser resultado de uma orquite, hipoplasia unilateral, atrofia ou neoplasia. ▪ Hipertrofia bilateral em processos inflamatórios ▪ Atrofia pós orquites,pós traumas. EXAME ANDROLÓGICO a) Exame morfológico dos órgãos genitais ● Genitais Externos -Epididimo -Cabeça, corpo e cauda ● Cordões espermáticos -Comparar os 2 -Alteração ‘T’ AVALIAÇÃO BOLSA TESTICULAR/TESTÍCULOS /EPIDÍDIMOS ▪ O epidídimo deve ser cuidadosamente palpado entre o polegar e o dedo indicador, ao longo de seus três segmentos (cabeça, corpo e cauda), para verificação da consistência e tamanho. AVALIAÇÃO DA CAUDA DO EPIDIDIMO ▪ A cabeça e o corpo do epididímo, facilmente palpáveis. ▪ Cauda evidente e pronunciada ▪ Não devem possuir nódulos, aumento de temperatura, ou dor a palpação. ▪ Na epididimite aguda, o testículo e o epididimo ficam indistinguiveis, na palpação aumenta a sensibilidade e tamanho. ▪ Avaliar também o cordão espermático, pela palpação ao nível da base da bolsa testicular. ▪ Cordão espermático contém: artéria e veia espermática, na forma de emaranhado de vasos (plexo pampiniforme), ducto deferente e musculo cremastérico. PALPAÇÃO DOS CORDÕES ESPERMÁTICOS ▪ Os dois cordões devem possuir o mesmo tamanho e uniformidade. ▪ Ser simétricos ▪ Consistência firme ▪ Dor, tumefação pode indicar abscesso, hematoma, torção ou hérnia. ▪ A varicocele é a dilatação local da veia espermática no plexo pampiniforme, sendo em 50% dos casos bilateral. ▪ A torção do cordão espermático pode ocorrer no criptorquidismo, levando ao infarto e à necrose dos testículos. EXAME ANDROLÓGICO Exame morfológico dos órgãos genitais ● Genitais externos -Prepúcio -Prolapso -Fimose e parafimose ● Pênis - Repouso - Hipo ou epispadia - Papilomas Reduzem libido ou interferem na cópula AVALIAÇÃO PREPÚCIO E PÊNIS ▪ Grandes: Como são avaliados de lado, expondo o examinador a coices e outros movimentos defensivos. (mesmo contidos) ▪ Pequenos–decúbito lateral ▪ Avaliar primeiro prepúcio, edemas alterações congenitas (frênulo peniano persistente), hemorragias,abscessos, abertura do óstio. ▪ O prolapso e a inflamação da mucosa do orificio prepucial (postite), ocorre mais comumente em touros, maior incidência em zebuínos, devido ao prepúcio mais longo e penduloso. ▪ O edema de prepúcio resultante de traumas pode acarretar fimose ou parafimose. ▪ Em garanhões para avaliação do pênis, a melhor maneira é a utilização de uma fêmea no cio, o que possibilitaria a observação da ereção e o comportamento sexual do animal. ▪ Alguns animais resistem a manipulação peniana, para isso é necessário a utilização de tranquilizantes: ▪ Qual fármaco que quando usado pode causar priapismo associado a parafimose em equinos?. ACEPROMAZINA ▪ Evitar que o cavalo fique solto até que o pênis seja totalmente retraido para dentro do prepúcio. ▪ Em ruminantes, utilizar manequim ou fêmea no cio, mas para realizar um exame completo utilizar eletroejaculador, cujos estimulos elétricos, de baixa amperagem e contínuos, farão o animal expor o pênis. ▪ O pênis do cão pode ser exteriorizado posicionando o animal em decubito lateral, então empurrando-se o prepúcio para trás com os dedos de uma das mãos, enquanto a outra expõe o membro. Pode-se observar descarga de secreção “esmegma” fazer a higienização. ▪ Em gatos retrair o prepucio com polegar e indicador ▪ A palpação do pênis pode revelar fraturas, tumefações e neoplasias, o que torna a exteriorização do pênis ainda mais dificil. ▪ TVT – Tumor venéreo Transmissível neoplasia mais comum observada em pênis de cães ▪ Outras anormalidades: Parafimose e priapismo, Balanopostite, Protusão Insuficiente do pênis, Fratura do pênis. EXAME ANDROLÓGICO Exame morfológico dos órgãos genitais ● Genitais Internos -Glândulas vesiculares e ampolas -Tamanho -Simetria -Consistência -Sensibilidade ● Próstata e bulbouretrais Cão dedo indicador, bovino mão, equino apalpa se tiver suspeita b) EXAME FUNCIONAL Comportamento sexual ● Libido -Disposição e avidez para montar e tentar o serviço - Sem libido ou exacerbada libido -Capacidade de serviço -Complementar o serviço INTERFERÊNCIA NA LIBIDO FASES DA CÓPULA (PROCESSO INVOLUNTÁRIO) ● Excitação ●Ereção e emissão do pênis ● Salto ou monta ● Amplexo ou abraço ● Procura ● Introdução ● Propulsão e ejaculação ● Descida ● Relaxamento SERTOLI ● SUSTENÇÃO ● NUTRIÇÃO ● TRANSPORTE AULA 3 Morfologia, criopreservação e sexagem de espermatozoides Exame andrológico especial ● Morfológico dos órgãos genitais ● Exame funcional ● Exame do sêmen ● Exames complementares COLETA DO SÊMEN ● Vagina artificial ● Eletroejaculador ● Massagem interna ● Mão enluvada ● Masturbação c) EXAME DO SÊMEN Avaliação macroscópica e microscópica MACROSCÓPICA ● Volume ● Aspecto ● Odor MICROSCÓPICO ● Turbilhão ● Motilidade ● Vigor ● Concentração ● Morfologia/patologia Exame do sêmen VOLUME ● Determinado no tubo coletor (ml) ● Variações -Espécie, método de coleta, número de coletas, época do ano (Poliéstricas estacionais) ASPÉCTO ● Cor e consistência (aparência) ● Qualidade do sêmen e contaminantes ● Cor- branca, marfim, amarelada- pode ter exutado purulento, vermelho- sangue, marrom- sujeira ou sangue coagulado ● Consistência- cremosa, leitosa, serosa, aquasa- pouca concentração de célula + liquido seminal ● Odor Ovo Turbilhão ( movimento de massa) ● Sob lâmina ● Indicativo: motilidade, vigor e [] concentração ● Escala 1 a 5 ou +++++ ● Diferença entre espécies TURBILHÃO • Em amostras de sêmen com grande concentração espermática, pode-se avaliar o Turbilhonamento. • Ao microscópio, observa-se ondas de espermatozóides, linhas mais escuras, que se movem com rapidez. • A avaliação é realizada observando-se a extremidade de uma gota de sêmen puro colocada sobre uma lâmina, em objetiva de 20x . • Classificação : Conforme a movimentação, o turbilhão é classificado em cruzes: • +++:movimentação ativa • ++ movimentação média • + movimentação lenta • - Ausente MOTILIDADE ● Entre lâmina e laminula ● Total ou progressiva ● Escala % ● Computadorizada (casa) Diluicão (citrato de sodio/ringuer) ● Pequenos rumi 1/400 + concentrado ● Bovinos 1/200 ● Equinos 1/100 MOTILIDADE INDIVIDUAL • Em termos práticos, ao se avaliar uma amostra, é importante utilizar o ajuste micrométrico de foco, para identificar as células sem movimentação (mortos) e as células vivas. • Faz-se um proporção entre o percentual de móveis e parados, e o resultado sempre é indicado pelo percentual de células móveis. (Por exemplo, se 25% dos espermatozóides estão parados, a amostra apresenta 75% de motilidade) • Se forem observados menos que 10% de espermatozóides vivos, na prática considera-se a ocorrência de NECROSPERMIA VIGOR ● Entre lâmina e lamínula ● Força ou velocidade ● Escala de 1 a 5 ● Computadorizada (casa) MOTILIDADE E VIGOR VISTOS JUNTOS • O vigor da motilidade avalia o tipo de movimento que os espermatozoides apresentam, isto é, o percentual de movimentos progressivos de uma amostra. • Podem ser observados vários tipos de movimento: – Movimento Progressivo: espermatozóides com movimentos para a frente, em linha reta, como flechas. Este movimento ocorre pela rotação do espermatozóide sobre seu eixo, aliado com a movimentação propulsora da cauda, semelhante a chicotadas; – Movimento Circular: movimento descrevendo círculos. Ocorre em casos de choque térmico, ou soluções hipotônicas, que promovem o encurvamento da cauda; – Movimento Oscilatório: Os espermatozóides limitam-se a oscilar. Em geral, é provocado pelo envelhecimento do sêmen; – Movimento Retrógrado: movimento de marcha-ré, em geral provocado pela adição de glicerol, que provoca a retroversão da cauda • Para avaliação do vigor da motilidades, usa-se a seguinte classificação: – Grau 5: 90 a 100% dos espermatozóides móveis apresentam movimentação progressiva; – Grau 4 : 60 a 90% dos espermatozóides móveis apresentam movimentação progressiva; – Grau 3: mais que 50% com movimentação progressiva; – Grau 2: menos de 50% com movimentação progressiva; – Grau 1: só se observa movimentos irregulares. CONCENTRAÇÃO ● Câmara de Neubauer ● Espectrofotometria computadorizada ● N° SPTZ/UL - MICROLITRO ● Diluição (FORMOL CITRATO) NÃO ESTÁ EM CONTATO COM A TERCEIRA LINHA NÃO CONTA CABEÇA NÃO PODE TER DIFERENÇA DE 10% ESQUEMA DA CONTAGEM- DIAGONAL OU CANTOS + CENTRO EXAME DO SÊMEN Morfologia/Patologia ( pelo menos 200 sptz) ● Avaliar defeitos de forma e estrutura ● Microscópico óptico -Esfregaço -Coloração -Eosina-nigrosina -Vemelho-Congo 30% geral 10% maiores 20% menores Exames complementares -Sêmen fresco e diluido -Papel indicador - 6,4-7,0 Sobrevivência em solução salina 1% - Indicador de resistência - 40 C° Criopreservação e sexagem de espermatozóides Criopreservação do sêmen Principais etapas ● Colheita do sêmen ● Avaliação vigor e motilidade ● Cálculo da [ ] e diluição- finas e médias ● Refrigeração até 5° ● Equilíbrio - estabilização 10 minu ● Congelação ● Armazenamento em N2 líquido Não pode congelar a célula íntegra, precisa desidratar Função do diluente - suplemento nutricional ● Glicose ● Aminoácidos Protetor de membrana- leite em pó, gema de ovo semem sexado DEFEITOS MAIORES 10% DEFEITOS MENORES 20% PATOESPERMIA VOLUME ● OLIGOSPERMIA-Descrita como baixa quantidade de espermatozoides no sêmen. ● ASPERMIA - É a ausência total de sêmen durante a ejaculação CONCENTRAÇÃO ● OLIGOZOOSPERMIA- É uma alteração seminal que se caracteriza por uma baixa quantidade de espermatozoides no sêmen ● AZOOSPERMIA- É uma condição caracterizada pela ausência de espermatozóides no líquido seminal ejaculado. MOTILIDADE ● ASTENOZOOSPERMIA- Defeitos na motilidade dos espermatozoides. ● AQUINOZOOSPERMIA- Morto parado não tem motilidade MORFOLOGIA ● TERATOZOOSPERMI A- Se caracteriza por um sêmen com grande concentração de espermatozoides morfologicamente deficientes