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Profa. Valdice Pólvora UNIDADE II Gestão da Qualidade em Serviços Avaliar um serviço não é tão simples quanto avaliar produtos, as pessoas têm necessidades e expectativas diferenciadas, portanto, a avaliação de A em relação a um determinado serviço pode ser totalmente diferente da avaliação de B em relação ao mesmo serviço. Avaliação conceitos básicos Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/01/13/19/09/feedba ck-1978036_960_720.png Toledo et al. (2012) destacam que a qualidade do serviço percebida é dada pela relação entre a qualidade esperada (serviço esperado) e a qualidade experimentada (serviço percebido), ou seja, é a diferença entre as expectativas e necessidades do cliente em relação ao serviço e à percepção do serviço pelo cliente. Avaliação do serviço Avaliação do serviço Moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceitos, aceitação dos fatos Autoestima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros Amizade, família, intimidade sexual Segurança do corpo, do emprego, de recursos, da moralidade, da família, da saúde, da propriedade Respiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção Realização pessoal Fisiologia Amor/Relacionamento Segurança Fisiologia Fonte: Adaptada https://endeavor.org.br/p iramide-de-maslow/ De acordo com Bridi e Paladini (2013), avaliar significa, em termos práticos, determinar a valia ou o valor de alguma coisa. Por isso, a análise de valor sempre está associada aos processos de avaliação. Avaliação da qualidade A avaliação depende do julgamento dos envolvidos, e muitas vezes os critérios são subjetivos, pois as pessoas são diferentes nas suas expectativas e desejos. Portanto, os julgamentos que envolvem qualidade centram-se em benefícios, em resultados ou em efeitos de determinadas ações, ou seja, quais os benefícios que um determinado serviços proporciona aos usuários daquele serviço. Avaliação da qualidade Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/ 2017/10/03/19/17/bad-review- 2813741_960_720.png Segundo Campos (2014), a qualidade está diretamente ligada à satisfação do cliente interno ou externo, portanto, a qualidade é medida por meio das características da qualidade dos produtos ou serviços finais ou intermediários da empresa. Ela inclui a qualidade do produto, ou seja, a ausência de defeitos e presença de características que irão agradar o consumidor. Avaliação da qualidade Segundo Marshall Junior et al. (2012), a qualidade que passou a ser discutida é a agenda estratégica de negócio, e o mercado passou a valorizar quem a possui e a penalizar as organizações que não se preocupam com a qualidade dos seus produtos e/ou serviços. Avaliação da qualidade De acordo com Marshall Junior et al. (2012), as legislações de defesa do consumidor, além de normas internacionais amplas e aplicáveis na cadeia de interação cliente - fornecedor, como a família ISO 9000, transformaram definitivamente o escopo da qualidade, consolidando-a em todos os pontos dos negócios. Avaliação da qualidade Dessa forma, conforme Bridi e Paladini (2013), o perfil estratégico da avaliação da qualidade pode ser conceituado como segue: A avaliação da qualidade distingue e individualiza a ação das organizações produtivas, ou seja, ela cria diferenciais. Trata-se de uma opção estratégica das organizações. Refere-se a um diferencial para o planejamento ou para a ação. Esse diferencial cria as bases para a modelagem de estratégias competitivas para a prestação de serviços. Avaliação da qualidade A avaliação da qualidade, segundo Bridi e Paladini (2013), utiliza algumas abordagens básicas, como a avaliação da qualidade pautada em indicadores, a avaliação estatística das operações produtivas e a avaliação estatística dos produtos por meio de processos de inspeção. As duas últimas são típicas da avaliação da qualidade de bens tangíveis. A abordagem baseada em indicadores é usada em ambos os contextos, bens tangíveis e serviços. Avaliação da qualidade A avaliação da qualidade sempre prioriza uma análise quantitativa de produtos ou processos, até para criar maior exatidão na definição das ações que decorrerem dessa avaliação. Analise as afirmações a seguir: I. Não é importante para a análise dos resultados verificar o que foi planejado versus o produzido. II. A qualidade planejada refere-se ao impacto positivo que se deseja gerar no consumidor pela prestação de determinado serviço. III. A qualidade produzida significa o nível de atendimento que o serviço determinou. Interatividade Com base nas afirmações anteriores, está correto apenas: a) I e II. b) II e III. c) III. d) I e III. e) II. Interatividade O desdobramento do processo de avaliação da qualidade em serviços, contempla quatro ações, a saber: Definição do referencial conceitual; Desenvolvimento das etapas da avaliação da qualidade a partir dos conceitos selecionados; Itens do processo de avaliação associados aos ambientes de gestão; e Elaboração do modelo estrutural. Processo de avaliação da qualidade em serviços Todo o processo de avaliação da qualidade é determinado pelo próprio conceito da qualidade. Assim, o primeiro passo para definir a avaliação da qualidade nos processos de desenvolvimento e prestação de serviços é delimitar quais conceitos da qualidade são relevantes. A avaliação da qualidade em serviços considera as duas dimensões usuais da qualidade: Referencial conceitual MULTIPLICIDADE EVOLUÇÃO A multiplicidade atende às necessidades atuais dos consumidores. A evolução atua nas suas expectativas e visa fidelizar os consumidores dos serviços a que hoje a organização produtiva presta. A evolução visa transformar clientes em consumidores, ou seja, gerar novos consumidores dos serviços disponibilizados. A multiplicidade mantém a empresa no momento atual. A evolução garante seu crescimento (BRIDI; PALADINI, 2013). Referencial conceitual Na dimensão multiplicidade, podemos citar como exemplo um posto de gasolina, ao qual se agregam outros serviços para carros (como lavagem ou troca de óleo), mas também lojas de conveniência, lavanderias e locação de DVDs, entre outros serviços. Dimensão multiplicidade Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/ 09/04/05/19/gas-station- 921597_960_720.jpg Na dimensão evolução, seria a ampliação de serviços por aporte tecnológico diferenciado, como exemplo a inclusão, no telefone celular, da capacidade de tirar fotos ou de acessar a internet. Dimensão evolução Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/26/09/41/phone-690091_960_720.jpg Vimos até o momento, que os conceitos estratégicos mais relevantes para a qualidade são a multiplicidade (ter vantagens estratégicas) e evolução (criar e manter vantagens estratégicas). Bridi e Paladini (2013), coloca que para serviços, a generalização do conceito da qualidade é crítica. O quadro a seguir detalha esses conceitos, mostrando como as constatações decorrentes dos conceitos listados criam relações externas à organização produtiva. Conceitos estratégicos A seleção do conceito mais adequado para cada ação do processo de avaliação da qualidade é essencial para o êxito de todo o processo. Fonte: Bridi; Paladini (2013, p. 39). Conceitos estratégicos CONSTATAÇÃO RELAÇÃO A adequação ao uso cria uma relação com o consumidor. Empresa prestadora de serviço -> mercado. O compromisso da empresa com a sociedade transcende as relações com seu mercado consumidor. Ela envolve, inicialmente, osclientes. Empresa prestadora de serviço -> mercado -> ampliação do leque de consumidores -> clientes. Os clientes são parte da sociedade. Empresa prestadora de serviço -> mercado -> Ampliação do leque de consumidores -> clientes -> sociedade. A sociedade tem valores abrangentes. Empresa prestadora de serviço -> mercado -> ampliação do leque de consumidores -> clientes -> sociedade -> meio ambiente -> qualidade de vida. O processo de avaliação da qualidade para serviços envolve conceitos bem definidos, distribuídos em etapas que mostram a capacidade de ampliação do raio de atuação da empresa (sem necessariamente alterar o foco do negócio). Bridi e Paladini (2013) destacam em quatro as etapas pelas quais a avaliação da qualidade em serviços se estrutura. Etapas da avaliação 1 3 2 4 Centra-se nos consumidores efetivos (usuários) do serviço. Dimensiona a posição dos consumidores em relação a um serviço já utilizado. Permite uma avaliação precisa das faixas de mercado nas quais a organização prestadora de serviços atua. Etapa 1 Refere-se a uma avaliação mais simples de ser feita, já que envolve a análise da posição de usuários efetivos do serviço. Etapa 1 Fonte: https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/12/13/18/05/ networks- 3017398_960_720.jpg Foca o esforço de ampliar mercados atendidos, buscando novos consumidores. Diferencia bem clientes e consumidores. Busca transformar clientes em consumidores. Avalia oportunidades de mercado entre consumidores bem definidos. Refere-se a uma avaliação um pouco mais complexa de ser feita, já que envolve a análise de potenciais usuários dos serviços (ou seja, de clientes que poderiam vir a se transformar em consumidores). Etapa 2 Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/ 2014/12/11/08/08/customer- 563967_960_720.jpg Prioriza relações mais amplas, com toda a sociedade. Amplia a noção de cliente para envolver todas as camadas sociais. Busca encontrar potenciais áreas de atuação em áreas da sociedade ainda fora de contato. Refere-se a uma avaliação mais complexa de ser feita, já que envolve a análise de mecanismos de atuação ainda não utilizados na empresa. Etapa 3 Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/11/03/08 /54/network-1019778_960_720.jpg Envolve a empresa com valores sociais relevantes, como a preservação ambiental e o incentivo à qualidade de vida de funcionários e consumidores. Expande o conceito de qualidade para além de mercados já em atendimento ou com bom potencial de alcance em futuro próximo, fixando-se em valores externos que devem se transformar em diretrizes de atuação da empresa. Busca adequar os serviços prestados aos modelos socialmente aceitos, priorizando características dos serviços que apresentam essa característica. Refere-se a uma avaliação bastante complexa de ser feita, já que envolve alterações culturais, em certos casos, profundas, na organização. Etapa 4 Considerando as etapas de avaliação, quando o conceito de qualidade é expandido para além de mercados já em atendimento ou com bom potencial de alcance em futuro próximo, fixando-se em valores externos que devem se transformar em diretrizes de atuação da empresa. a) Etapa 1. b) Etapa 2. c) Etapa 3. Interatividade d) Etapa 4. e) Etapa 5. Definidas as etapas que compõem a avaliação da qualidade dos serviços, é interessante considerar os principais itens que integram essa avaliação. Esses itens referem-se a cada modelo de gestão da qualidade em serviços. Principais itens que integram essa avaliação Ambiente tático Ambiente Estratégico Ambiente operacional Analisar esses ambientes e definir as estratégias de atuação, de acordo com o negócio, resultará em benefícios para a permanência da empresa no mercado e, consequentemente, a fidelização da sua clientela. Fonte: Bridi; Paladini (2013, p. 43). Avaliação da qualidade em serviços AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS AMBIENTE ITENS A CONSIDERAR 1. OPERACIONAL Operações de desenvolvimento do serviço Execução eficiente do serviço Execução confiável do serviço Custo do serviço Disponibilidade de operação Tempo de operação Flexibilidade Agilidade Transmissão de informações Execução eficaz do serviço Orientações aos usuários Avaliação da qualidade em serviços AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS AMBIENTE ITENS A CONSIDERAR 2. TÁTICO Recursos humanos Postura e apresentação dos funcionários Apoio ao usuário Zelo Comprometimento Qualificação dos funcionários Processo gerencial Relações internas Relações externas Avaliação da qualidade em serviços AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS AMBIENTE ITENS A CONSIDERAR 3. ESTRATÉGICO Ambientes físicos Localização Compatibilidade Ações ante a concorrência Preços competitivos Informações Relações com o mercado Fidelidade Confiabilidade Relações com a sociedade Imagem Envolvimento em ações sociais Ética Corrêa e Gianesi (2012) colocam que identificar os critérios segundo os quais os clientes avaliam os serviços é uma forma de compreender melhor as expectativas dos clientes. Slack apud Corrêa e Gianesi (2012) resumem e apontam cinco critérios como fundamentais: Critérios de avaliação CUSTO QUALIDADE VELOCIDADE DE ENTREGA CONFIABILIDADE DE ENTREGA FLEXIBILIDADE Corrêa e Gianesi (2012) destacam um dos trabalhos mais conhecidos na área desenvolvido por Valarie A. Zeithaml, A. Parasuraman e Leonard L. Berry. Segundo Corrêa e Gianesi (2012), esses autores criaram um instrumento para avaliar a percepção dos clientes a respeito da qualidade do serviço, denominado service quality (servqual), baseado em uma lista de cinco critérios, descritos a seguir: Critérios de avaliação da qualidade de serviços Critérios de avaliação da qualidade de serviços CRITÉRIO DESCRIÇÃO CONFIABILIDADE A habilidade de prestar o serviço de forma confiável, precisa e consistente. RESPONSIVIDADE A disposição de prestar o serviço prontamente e auxiliar os clientes. Fonte: Corrêa; Gianesi (2012, p. 90). Critérios de avaliação da qualidade de serviços Fonte: Corrêa; Gianesi (2012, p. 90). CRITÉRIO DESCRIÇÃO CONFIANÇA O conhecimento (competência) e a cortesia dos funcionários e sua habilidade de transmitir confiança, segurança e credibilidade. EMPATIA O fornecimento de atenção individualizada aos clientes, facilidade de contato (acesso) e comunicação. TANGÍVEIS A aparência das instalações físicas, dos equipamentos, dos funcionários e dos materiais de comunicação. De acordo com Corrêa e Gianesi (2012), o critério confiança, por exemplo, inclui dimensões de qualidade que significam coisas diferentes e podem ser conseguidas através de decisões gerenciais diferentes. Por exemplo, em uma loja de roupas de luxo, muitos clientes desejam uma consultoria de moda, o que demanda investir em vendedoras com essa competência. Exemplificando: Critério confiança Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/20 14/10/22/18/25/central-embassy- 498565_960_720.jpg Corrêa e Gianesi (2012), coloca que após vários trabalhos de consultoria e diferentes visões de diversos autores, os critérios de avaliação da qualidade em serviço podem ser representados por: Critérios de avaliação Fonte: livro-texto Consistência Acesso CustoTangíveis Velocidade de Atendimento Atendimento /Atmosfera Flexibilidade Competência Credibilidade Segurança Critérios de Avaliação da Qualidade emServiço A velocidade de atendimento refere-se, também, à prontidão da empresa e de seus funcionários em prestar o serviço. O tempo em que o cliente é colocado para esperar nas diversas fases da prestação do serviço tem duas dimensões. Observe-as na figura a seguir. Critério tempo de atendimento VELOCIDADE NO ATENDIMENTO DIMENSÃO PERCEBIDA DIMENSÃO REAL O critério flexibilidade pode ser dividido em sete tipos, conforme quadro a seguir: Critério flexibilidade Fonte: Corrêa; Gianesi (2012, p. 95). TIPO CONCEITO FLEXIBILIDADE DE PROJETO DE SERVIÇO Habilidade de introduzir novos serviços que melhor atendam às necessidades dos clientes ("por que sua oficina não passa a fazer regulagem de freios, além de regulagem de motores?"). FLEXIBILIDADE DO PACOTE DE SERVIÇO Habilidade de oferecer serviços variados dentro de determinado período de tempo ("eu preciso que você verifique todos os principais sistemas de meu carro; posso vir buscá-lo hoje à tarde?"). FLEXIBILIDADE DE DATA DE FORNECIMENTO DO SERVIÇO Habilidade de antecipar a entrega do serviço de acordo com o requerido pelo cliente ("vocês podem liberar-me este empréstimo amanhã em vez de na próxima semana?"). Critério flexibilidade Fonte: Corrêa; Gianesi (2012, p. 95). TIPO CONCEITO FLEXIBILIDADE DE LOCAL DE FORNECIMENTO DO SERVIÇO Habilidade de oferecer o serviço em vários locais diferentes ("vocês podem consertar meu caminhão que está na estrada Boa Esperança do Sul – Trabiju, ou eu tenho que rebocá-lo até sua oficina?"). FLEXIBILIDADE DE VOLUME DE SERVIÇO Habilidade de se adaptar a variações nos níveis de demanda pelos serviços ("eu fiz reservas para 30 pessoas para jantar hoje à noite, mas gostaria de levar mais 15; será possível?"). Critério flexibilidade TIPO CONCEITO FLEXIBILIDADE DE ROBUSTEZ DO SISTEMA DE OPERAÇÕES Habilidade de se manter operando eficazmente apesar das mudanças que possam ocorrer no processo e no fornecimento de insumos e recursos ("o sistema computadorizado do banco está fora do ar; como posso verificar o saldo de minha conta corrente?"). FLEXIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO DE FALHAS Habilidade de recuperar-se de uma falha percebida pelo cliente ("minhas malas se perderam no voo e eu estou furioso, o que você fará a esse respeito?”). Fonte: Corrêa; Gianesi (2012, p. 95). Avalia a facilidade que o cliente tem em entrar em contato com o fornecedor do serviço. É mais importante quando o cliente tem de comparecer fisicamente às instalações do fornecedor para que possa receber o serviço. Várias características contribuem para a facilidade de acesso. Localização conveniente; Acesso sinalizado; Disponibilidade de estacionamento; Amplo horário de operação; Ampla disponibilidade de linhas telefônicas para acesso por telefone; Critério acesso Serviço levado até o cliente (entrega de pizzas em domicílio); Entrega de talões de cheque em domicílio. Critério acesso Vimos os conceitos de serviços, falamos sobre a percepção dos clientes em relação aos serviços, agora vamos analisar algumas ferramentas utilizadas para avaliação da qualidade em serviços, como: Ferramentas da qualidade para serviços BENCHMARKING PESQUISA DE SATISFAÇAO CLIENTE MISTERIOSO CANAIS DE COMUNICAÇÃO Benchmarking é a prática de aprender com outras empresas por meio de uma análise de determinado processo em outra empresa que possua conhecimento e experiência no assunto. Desse modo, as práticas vencedoras poderão ser utilizadas na instituição que está sendo investigada. Benchmarking Fonte: http://www.artsoftsistemas.com.br/blog/benchmarking- entenda-o-que-e-e-veja-os-beneficios-para-sua-empresa/ De acordo com Bridi e Paladini (2013), em termos de alvo para comparação, o benchmarking pode ser classificado em quatro categorias. Benchmarking BENCHMARKING COMPARAÇÃO TEMPORAL COMPARAÇÃO COM CONCORRENTES COMPARAÇÃO COM NÃO CONCORRENTES COMPARAÇÃO COM NAO FILIAIS Para Marshall Junior et al. (2012) o objetivo do benchmarking é captar e aprender, identificando oportunidades e ameaças. A empresa que se propõe a realizá-lo almeja aperfeiçoar sua gestão por meio de: Busca de melhores processos e práticas inovadoras. Aceleração dos ciclos de aprendizado e melhoria como um todo. Redução de prazos e custos. Formação de consenso interno sobre limitações da organização e suas deficiências. Estabelecimento de referências quantitativas para a melhoria dos resultados. Benchmarking No caso de uma cirurgia, quanto maior a percepção de risco pelo cliente, maior peso terá o critério _____________ e _______________. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é: a) Acesso e segurança. b) Segurança e flexibilidade. c) Credibilidade e segurança. d) Consistência e flexibilidade. e) Competência e custo. Interatividade Os canais de comunicação são a porta de entrada de informações advindas dos consumidores e não consumidores, sendo uma forma essencial para interagir com o público. Os canais de comunicação são vias pelas quais as informações são solicitadas, fornecidos elogios, realizadas reclamações e, algumas vezes, geradas vendas. Canais de comunicação Fonte: https://cdn.pixabay.com/ photo/2016/01/15/16/28 /icon-set- 1142000_960_720.png A pesquisa de satisfação é um instrumento utilizado por várias empresas em diversos segmentos, como saúde, educação, segurança etc. para identificar a opinião dos consumidores em relação aos serviços prestados. Qual a finalidade da pesquisa de satisfação: Pesquisa de satisfação MELHORAR A QUALIDADE DA TOMADA DE DECISÃO ANALISAR PROBLEMAS A pesquisa de satisfação pode ser: A escolha se a pesquisa será quantitativa ou qualitativa deve ser tomada pelo gestor, em consonância com o objetivo a ser atingido. Tipos de pesquisas QUALITATIVA QUANTITATIVA Os resultados das pesquisas, devem servir para: Melhorar a qualidade do atendimento. Aprimorar o desempenho do serviço. Aumentar a confiança. Elevar a conveniência. Aumentar a segurança do processo. Melhorar a imagem da empresa. Diminuir o tempo de execução. Resultados das pesquisas Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/03/02/07/37/window- 1231894_960_720.jpg Os momentos de contato com os clientes observados pela característica de inseparabilidade são chamados também de momentos da verdade. Os consumidores avaliam diversos aspectos do desempenho em serviços. Em cada momento em que esses aspectos vão aparecendo durante o processo de compra e utilização de um serviço pode ocorrer uma hora da verdade. Acesso – Acesso – Velocidade – Início – Execução – Competência. Atendimento – Atenção – Simpatia, etc. Métodos de avaliação – Momentos da verdade É importante que o prestador de serviço conheça os seus processos e, para tanto, deve mapeá-los para saber em quais ocasiões as horas da verdade acontecem, pois esses momentos são críticos para perder o consumidor, retê-lo parcialmente ou torná-lo leal. Métodos de avaliação – Momentos da verdade HORA DA VERDADE (CONTATO COM O SERVIÇO) MUITO MELHOR QUE O ESPERADO CONFORME O ESPERADO PIOR QUE O ESPERADO ENCANTADO Fonte: livro-texto SATISFEITO LEAL INSATISFEITO VULNERÁVEL CLIENTE PERDIDO De acordo com Bridi e Paladini (2013), com o movimento que intensificou a qualidade dos produtos e o compromisso de empresas com os consumidores, a exigência, por partede fabricantes e consumidores, da certificação ISO 9000 estipulou padrões a serem seguidos que, em princípio, presume-se resultar em um produto melhor. No Brasil, as empresas estão avançando no sentido de conscientização sobre a necessidade de utilização de métodos e ferramentas que maximizem a qualidade, ocasionando uma procura gradativa no uso da metodologia de cliente misterioso para inúmeros fins. Métodos de avaliação – Cliente misterioso De acordo com Bridi e Paladini (2013), essa ferramenta auxilia as empresas a identificar possíveis falhas e tomar as medidas necessárias para futuros treinamentos e melhorias nos seus processos e qualidade dos serviços. Métodos de avaliação – Cliente misterioso A ferramenta auxilia, ainda, diversas áreas da empresa, tais como: Métodos de avaliação – Cliente misterioso RH JURÍDICA MARKETING PROCESSOS FINANCEIRA Fonte: livro-texto De acordo com Bridi e Paladini (2013), além desses benefícios (que, na verdade, impactam sobre áreas críticas da organização), a ferramenta tende a ser um modelo de suporte para as grandes funções administrativas, pois serve como alicerce para o ciclo planejamento, organização, direção e controle (PODC). Métodos de avaliação – Cliente misterioso Fonte: Bridi; Paladini (2013, p. 198-199). CICLO PODC PLANEJAMENTO O impacto aqui envolve o planejamento em todos os níveis, desde o operacional até o estratégico, uma vez que os dados poderão ser utilizados para a definição de objetivos de curto prazo, para ações gerenciais (mais ou menos imediatas) e metas futuras. ORGANIZAÇÃO O método auxilia o gestor a rever as tarefas e os recursos envolvidos na prestação do serviço, a fim de obter melhor produtividade e maior satisfação do consumidor. Métodos de avaliação – Cliente misterioso Fonte: Bridi; Paladini (2013, p. 198-199). CICLO PODC DIREÇÃO As lideranças terão um instrumento que permite aos funcionários obter parâmetros para se autocontrolar e, por consequência, se autodirigir, além de estimular o alcance das metas estabelecidas no planejamento, com a possibilidade de utilização de recompensa monetária ou de outra natureza. CONTROLE A empresa fica ciente do resultado efetivo, podendo comparar as metas alcançadas com as metas estabelecidas ao inspecionar os preços e os serviços oferecidos, além de realimentar o planejamento. De acordo com Carpinetti (2016), na etapa que trata do projeto e desenvolvimento de produtos e serviços, as atividades da qualidade têm por objetivo principal minimizar a chance de: Os requisitos dos clientes não serem incorporados ao produto e serviços; As especificações de projeto não serem adequadas para minimizar a chance de não conformidade de produto; As especificações de projeto não serem transmitidas para a produção. Normas ISO e os serviços Carpinetti e Gerolano (2016) destacam que a ISO 9001: 2015 estabelece que a organização deve atender aos requisitos dos clientes relacionados ao pós-entrega dos produtos ou serviços. Portanto, as atividades no pós-entrega devem ser previstas no processo de operação do produto e controladas pelo sistema da qualidade da organização de forma similar aos controles de produção. Requisitos legais. Possíveis consequências indesejáveis relacionadas ao produto. Natureza, uso e vida esperada para o produto. Requisitos dos clientes. Informações dos clientes sobre necessidades de atividades no pós-entrega. Normas ISO e os serviços Fator humano A sustentabilidade da vantagem competitiva de uma organização, seja ela qual for, depende diretamente do empenho do fator humano. Fator ambiental A empresa que foca na qualidade ambiental poderá obter grandes benefícios e diferencial competitivo, de forma que pode tranquilamente aumentar seus lucros, produtividade e melhorar sua imagem. Qualidade dos serviços A melhoria contínua é uma peça fundamental para o sucesso, empresas que se acomodam em uma posição conquistada podem ser atingidas com a evolução dos concorrentes. Essa tarefa é dever de todos, desde a alta direção, gerentes e trabalhadores. A forma efetiva para promover a melhoria contínua nos serviços é a realização de avaliações mensuráveis através de indicadores de desempenho adequados a cada caso. Processo de melhoria contínua Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/04/08/10/19/businessman-3300907_960_720.jpg Toda empresa deseja ser bem vista pelos seus consumidores. O cliente misterioso tem como intuito manter um padrão dos serviços e dos bens tangíveis entregues, o que irá, em última análise, resultar em consumidores satisfeitos. Entretanto, a ferramenta permite determinar se possivelmente há consumidores indiferentes ou insatisfeitos. Esse benefício está relacionado à área: a) Financeira. b) Recursos Humanos. c) Marketing. d) Planejamento. e) Processos. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!