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LEGUMINOSAS SEMINÁRIO BIODIVERSIDADE DE ALIMENTOS CURSO: NUTRIÇÃO FMU 1 SEMESTRE – DIETÉTICA 1 Conceito e Principais Tipos Conceituação: são grãos que dão em vagens ricas em tecido fibroso. Algumas espécies podem ser consumidas quando ainda bem verde (ervilhas e vagens). Principais: feijões (preto, roxinho, carioca, fradinho, corda, feijão verde, mulatinho, adzuki, etc.), ervilha, lentilha, grão de bico, tremoço, amendoim, soja, alfarroba (fava marrom, faz chocolate-região mediterrânea e Síria), guandu (feijão grão pequeno). Estrutura das leguminosas • Os grãos apresentam uma envoltura de celulose que representa de 2 a 5% , e contêm, no seu interior , 50% de amido e cerca de 23% de proteínas • Ricas em ferro, vitaminas do complexo B, tiamina e fibras. • A cocção favorece características sensoriais, inativa fatores antinutricionais, porém deve ser controlada para não destruir outros nutrientes importantes. Análise Valor Nutritivo das Leguminosas • Possuem proteínas (baixo valor biológico) quase completas. 2 a 3 vezes maior que a do arroz ou do trigo. • As leguminosas são mais ricas em aminoácidos que os cereais. • Aparentemente as leguminosas têm alta quantidade de carboidratos, porém se pegarmos o exemplo do feijão carioca cru (61,2g) e a forma que o consumimos cozido (13,6g), a quantidade é muito pequena. Se a quantidade de consumo de carboidratos é de 45% a 65% para uma dieta de 2000 calorias, e que devemos ingerir entre 225g e 325g, as leguminosas não são a fonte mais rica para este nutriente. Proteína nas Leguminosas • De forma geral, as leguminosas são uma importante fonte de proteína vegetal. • As leguminosas com maior quantidade de proteína por 100g são: a farinha de soja (36,0g), o extrato solúvel de soja em pó (35,7g) e o tremoço cru (33,6g). • Há grande variação em todos os tipos de feijões entre o grão cru e após o cozimento. Percebe-se uma perda considerável depois de cozido. • A soja é outra leguminosa que tem alterações conforme a forma que é utilizada. Por exemplo, a farinha (36,0g) e o extrato solúvel em pó (35,7g) têm maiores quantidades de proteína, enquanto que o tofu (6,6g) e a forma em extrato natural fluido (2,4g) têm menores quantidades. • O tremoço também perde grande parte da proteína na sua forma em conserva. De • 33,6g (cru) para 11,1g (em conserva). Tabela de composição de alimentos por 100 gramas de parte comestível Leguminosa Proteína (g) Lipídios (g) Carboidrato (g) Soja, farinha 36,0 14,6 38,4 Soja, extrato solúvel, pó 35,7 26,2 28,5 Tremoço, cru 33,6 10,3 43,8 Amendoim, grão, cru 27,2 43,9 20,3 Lentilha, crua 23,2 0,8 62,0 Amendoim, torrado, salgado 22,5 54,0 18,7 Grão-de-bico, cru 21,2 5,4 57,9 Feijão branco, cru 21,1 0,5 62,3 Feijão, fradinho, cru 20,2 2,4 61,2 Feijão, carioca, cru 20,0 1,3 61,2 Tremoço, em conserva 11,1 3,8 12,4 Feijão branco, cozido 9,0 0,3 25,8 Ervilha, em vagem 7,5 0,5 14,2 Soja, queijo (tofu) 6,6 4,0 2,1 Lentilha, cozida 6,3 0,5 16,3 Feijão, fradinho, cozido 5,1 0,6 13,5 Feijão, carioca, cozido 4,8 0,5 13,6 Ervilha, enlatada, drenada 4,6 0,4 13,4 Soja, extrato solúvel, natural, fluido 2,4 1,6 4,3 Fontes: TACO, 2011 - Tucunduva 2016 Fibras – rafinose e estaquiose → são indigeríveis → produzem grande quantidade de flatos → cocção inativa estas fibras A combinação de cereal com leguminosa fornece todos os aminoácidos necessários se for na proporção 3 para 1 e equivale às proteínas da carne. Cocção de leguminosas Reidratação do grão: remolho A frio: deixar de molho em água fria por 3 ou 14 horas. Reidratação: o grão absorve água e incha (aumenta de volume). A finalidade da reidratação é diminuir o tempo de cocção, produzir um caldo mais espesso, aumentar economia de combustível. Grão seco → Água → Reidratação → Absorve mais água → amolece Cocção → (gelatinização do amido) Cocção de leguminosas A quente: deixar o grão de molho por 3minutos/100oC e permanecendo nesta água ´por +/- 1.30 hora sob pressão. Grãos velhos demoram mais para cozinhar e o caldo fica ralo. Grãos novos cozinham mais rápido. Se houver descarte da água do remolho, reduz fatores antinutricionais, porém as proteínas não se alteram. Técnicas de Preparo A quantidade de água para o cozimento do feijão é de 3/1, em panela tampada e em fogo brando. Em ebulição simples ( cozimento ) leva de 2 a 3 horas. Se a panela for de pressão, a medida baixa para 2/1. O uso de panela de pressão reduz o tempo de cocção para 20 a 30 minutos. Os ácidos endurecem a casca dos grãos; portanto, ingredientes ácidos para temperar o feijão só devem ser adicionados quando o mesmo já estiver macio (cebola, tomate, alho, etc.), o mesmo ocorrendo com o sal e os produtos salgados usados para enriquecer esse alimento. Técnicas de Preparo • O grão-de-bico, após ser deixado de molho, deve ter a casca de seus grãos removida, operação esta que pode ser realizada, colocando-os sobre um guardanapo e esfregando, como se estivesse enxugando bem. A seguir, o procedimento é o mesmo para o cozimento do feijão, considerando o produto final desejado: salada = bastante água para cozer, escorrendo depois de cozido; leguminosa = água o suficiente para cozer e engrossar o caldo. Leguminosas Técnicas de Preparo • A mesma operação pode ser efetuada com o feijão branco, com exceção da retirada das cascas, que não será necessário. • Um dos usos permitidos de bicarbonato de sódio , na cozinha, é como amaciador das cascas das leguminosas, entretanto, a quantidade deve ser bem medida, pois se usado em demasia desmancha o grão e dá cheiro e sabor desagradáveis. A quantidade preconizada é de 0,5g (1/8 de colher de chá) para 200g de feijão em 623ml de água FEIJÕES ORIGEM E PRODUÇÃO NO BRASIL • Até algumas décadas atrás alguns autores ainda diziam ser o feijão nativo da América. Hoje se sabe que em quase todos os continents existiam diversos tipos de plantas semelhantes ao nosso feijão. • O Brasil produz em média 3 milhões de toneladas de feijão por ano, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e é um dos alimentos básicos do país. Há diversos tipos disponíveis no mercado, mas nem todos são consumidos em grande escala. • O carioca é quase unanimidade, com 52% da área cultivada, é o mais consumido no país. • Já o feijão-preto domina o Rio de Janeiro e o Sul. FEIJÕES ESPÉCIES PRINCIPAIS • Phaseolus vulgaris: incui os grãos que foram caldo, como o carioca e o preto; • Vigna unguiculata: generalizada com o nome de “feijão-caupi” ou “de corda”, não forma caldo, tem produção concentrada no Norte e Nordeste e reúne tipos como fradinho e manteiguinha. FEIJÕES ELABORAÇÕES CULINÁRIAS • Excelente fonte de proteína vegetal, o consumo do alimento varia de acordo com a região do país, que se divide entre os tipos de feijões disponíveis e sua forma de preparo. • Os africanos nos legaram o mais saboroso e popular uso brasileiro do feijão-frade, do gênero Vigna: O acarajé, popular na Bahia e em Pernambuco. • A feijoada ao contrário do que se pensa não foi elaboração de escravos nas senzalas. O feijão dos negros era ralo e aguado, raramente recebiam carne para misturar ao feijão, mesmo pés e rabos de porco eram aproveitados na casa grande ou comidos pelas cozinheiras e escravos domésticos, muito provavelmente em pratos da tradição portuguesa, como nas feijoadas trasmontanas e nas dobradinhas misturadas com feijões-brancos. Feijão e farinha foram e são até hoje elementos dominantes na gastronomia clássica mistura de feijão com arroz é um dos pratos mais populares e presentes na alimentação básica dos brasileiros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Da zona central brasileira para o Sul, à partir do séc XVIII, a farinha cede lugar ao arroz na mistura com o feijão, que às vezes também inclui a farinha. A nossa feijoada, tal como é saboreada hoje, é produto de uma evolução culinária mestiça, sem referencias documentais antesdo século XIX. Tabela de Variedades de Feijões Preto Carioca Rajado Peq. Rajado Canário Jalo Rajado Verm. Vinagrinho Bolinha Verm. Vermelho Cavalo Roxinho Macaçar Branco Peq. Alubia Fava Bico de Ouro Mulatinho Rosinha Fradinho Caupi Branco Caupi Pequeno Adzuki Arroz Adzuki Cranberry • Feijão Carioca – quando cru é bege com listras marrons, é a variedade mais consumida, depois de cozido os grãos ficam cremosos e o caldo encorpado; • No dia a dia é servido como o tradiocional arroz com feijão, e faz parte de algumas preparaçoes emblemáticas, como o virado à paulista. Tipos de Feijão e Preparações Descriçã o dos alimento s Umidad e Energia Proteín a Lipídio s Colester ol Carboidra to Fibra aliment ar Cinzas Cálcio Magnési o (%) (Kcal) (KJ) (g) (g) (mg) (g) (g) (g) (mg) (mg) Feijão, carioca, cozido 80,4 76 320 4,8 0,5 NA 13,6 8,5 0,7 27 42 Feijão, carioca, cru 14,0 329 1377 20,0 1,3 NA 61,2 18,4 3,5 123 210 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL FEIJÃO CARIOCA É praticamente um símbolo do Rio de Janeiro, onde aparece ao lado do arroz, nos pratos do dia a dia, e na receita da tradicional feijoada carioca, nos bares se apresenta na forma de caldinhos e bolinhos. Os grãos pequenos e muitos cremosos, também aparecem nos preparos de sopas e saladas. Outros estados consumidores são Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. FEIJÃO PRETO Feijão branco • As principais propriedades que compõem este feijão, são hidratos de carbono, proteínas e fibras. • A diferença principal entre o feijão branco e os outros feijões e legumes estão na sua facilidade de digestão, devido que, a sua pele, principal fonte de fibra, é muito mais digestiva que qualquer outro tipo de legumes. A compra deste produto é chave em muitas dietas diárias, pela quantidade de nutrientes que ele oferece. • As fibras estão presentes em grandes quantidades nessa espécie de feijão. Elas ajudam a regular o funcionamento do intestino, aliviando desconfortos, inchaços e ajudando na perda de peso. Esse feijão é uma excelente fonte de proteínas, chegando a ter cerca de 9 gramas a cada 100.. • Contém antioxidantes: esse grão é rico em substâncias com propriedades que combatem os radicais livres. Por isso, ajuda a diminuir o envelhecimento das células, melhorar a aparência da pele e fortalecer o organismo. • Esse grão possui uma substância chamada faseolamina, que ajuda a impedir a absorção de carboidratos, evitando que eles se transformem em gordura no organismo. Descriçã o dos alimento s Umidad e Energia Proteín a Lipídio s Colester ol Carboidra to Fibra aliment ar Cinzas Cálcio Magnési o (%) (Kcal) (KJ) (g) (g) (mg) (g) (g) (g) (mg) (mg) Feijão branco, cru 11.32 333 1393 23.36 0.85 NA 60.27 15.2 4.2 240 190 Feijão branco, cozido 63.08 139 581 9.73 0.35 NA 25.09 6.3 1.75 90 63 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL FEIJÃO BRANCO FAVAS E FEIJÕES VARIEDADE PREPARAÇÕES FAVA MANTEIGA – muito comum no Ceará, ótima fonte de proteína. Da mesma forma que o feijão, fica cremosa e fornece um caldo saboroso. FEIJÃO – BOLINHA – amarelo-esverdeado, textura macia, mais consumido na região Sudeste. Saladas e sopas. Em alguns lugares é chamado de feijão-canário ou feijão- manteiga. FEIJÃO-DE-METRO – presentes nas regiões Norte e Nordeste. Produz vagens de até 90cm. Saladas, refogados, sopas e como acompanhamento. FEIJÃO-FRADINHO – chegou à Bahia por meio dos portugueses séc. XVI. Cultivado principalmente no Norte e Nordeste. Ingrediente fundamental do acarajé e do abará. Servido também como acompanhamento, em saladas, farofas e no baião de dois. FEIJÃO-GORGOTUBA – comum nas feiras e mercados do Acre, estado conhecido pela abundância de tipos de feijão. Servido como acompanhamento para carnes. No Ceará aparece com uma tonalidade roxa. FAVAS E FEIJÕES VARIEDADE PREPARAÇÕES FEIJÃO-GUANDU – no interior de São Paulo e no sertão da Bahia, recebe o nome de andu; no Rio de Janeiro e no Espirito Santo é chamado de guando. Precisa ser fervido 2 vezes (descartando a primeira água) para eliminar o sabor amargo. Saladas, farofas e ensopados com linguiça e carne-seca. FEIJÃO-MANTEIGUINHA – grãos firmes e muito pequenos, é produzido na região de Santarém, no Pará. Havia desaparecido, e foi retomado em 2013, por meio de acordo com a Embrapa. Purês, saladas, baião de dois e tutus. FEIJÃO-ROSINHA – mais comum em Goiás, Mato Grosso, Pará e São Paulo. Possui grãos pequenos, sabor suave e uma sutil tonalidade vermelha. Produz caldo claro e retêm mais o gosto dos temperos. FEIJÃO-ROXINHO – mais frequente em feiras e mercados de São Paulo e Minas Gerais. Grãos pequenos, macios, vermelhos arroxeados que dão origem a um caldo saboroso. Utilizado na tradicional receita de feijão tropeiro. FEIJÃO-VERDE Vigna unguiculata • Produzido no Nordeste, é o feijão-de-corda antes de ficar maduro – algumas vezes aparece em mercados e feiras nas vagens ainda coloridas. • Servido como acompanhamento, em refogados, saladas, farofas e baiao de dois. Farofa de feijão-de-corda com carne de porco. Feijão Cuidados • O feijão pode ser guardado em temperatura ambiente, e seu tempo de vida útil é bem longo, desde que os cuidados de colheita e empacotamento tenham sido adequados. • Entretanto é importante ressaltar que o feijão novo cozinha mais rápido, e o caldo é mais grosso do que de um feijão mais velho, de onde se conclui que, com o passar do tempo, a desidratação que vai ocorrendo influi no produto final. • O feijão pode ser congelado, com sucesso, devendo receber um mínimo de gordura e tempero no preparo inicial, sendo finalizado em pertences e temperos , após o descongelamento. Leguminosas Preparações Leguminosas Preparações Ervilha Serve para quase todas as preparações indicadas para o feijão, e também pode ser preparada em ensopados com carne, linguiça ou bacon (Ornellas, 2007). Saladas , recheio (torta, empadinha), omelete , sopa – creme , com outras hortaliças para acompanhar carnes e peixes . Lentilha Serve para quase todas as preparações indicadas para o feijão, e também pode ser preparada em ensopados com carne, linguiça ou bacon (Ornellas, 2007).Sopas, bolinhos, salada , como acompanhamento de arroz e outros cereais . Grão de Bico Serve para quase todas as preparações indicadas para o feijão, e também pode ser preparada em ensopados com carne, linguiça ou bacon (Ornellas, 2007). Refogado, purê para acompanhamento de carnes , massa de croquetes e bolos , salada , cozido, sopa , torrado, em pasta (prato árabe chamado homus) em doce, como farinha , tortilhas (México). Ervilha Seca • Pode se apresentar em grãos inteiros e com casca ou partidas e descascadas. Utilizada no preparo de sopas, purês, saladas, recheios e guarnições. • A ervilha seca, também conhecida como ervilha partida muitas vezes fica esquecida na gôndola do supermercado, mas agora você vai dar uma chance pra ela. Ela é uma leguminosa barata e que dobra de volume depois de cozida, sem falar que é muito nutritiva e benéfica pra saúde. ERVILHAS Ervilha reidratada → em lata e em tamanho menor. É colhida verde, perde água, fica seca e depois sofre processo de reidratação. Ervilha congelada → passa por branqueamento ⇒ 2 minutos de fervura. O branqueamento serve para inativar as enzimas que alteram as qualidades e características organolépticas. Ervilha- Ervilha fresca → é mais verde, possui mais nutrientes, tamanho maior. É retirada seca e logo após coloca-se água. Ervilha Seca Informação Nutricional Quantidade por 100 gramas Calorias 341 Gorduras Totais 1,2 g Gorduras Saturadas 0,2 Colesterol 0 mg Sódio 15 mg Potássio 981 mg Carboidratos 60 g Proteínas 25 g Fibra Alimentar 26 g Açúcar 8 g Vitamina C 1,8 mg Cálcio 55 mg Ferro 4,4 mg Vitamina D 0 IU Vitamina B6 0,2 mg Cobalamina 0 µg Magnésio 115 mg Essa é uma receita prática, mas que precisa ser programadacom antecedência. Isso porque a ervilha deve ficar de molho durante uma noite para ser cozida no dia seguinte. Assim, não é preciso utilizar a panela de pressão e você elimina as substâncias que geram gases. Nessa receita, a ervilha é o principal ingrediente utilizado para preparar o hambúrguer. Além dela, você também vai precisar de farinha de trigo e temperos 1. Ervilha seca cozida 2. Hambúrguer de ervilha seca PREPARAÇÕES VARIADAS COM ERVILHA Grão de Bico • O grão-de-bico (Cicer arietinum), considerado entre as leguminosas alimentícias como o terceiro mais importante cultivo no mundo, possui em sua proteína um dos maiores valores biológicos devido a maior digestibilidade. • No Brasil, o cultivo do grão-de-bico é incipiente e seu consumo muito pequeno. No entanto, como se trata de uma leguminosa de inverno com proteína de alta qualidade, possui grande potencial como cultivo alternativo. • As sementes possuem alto valor nutritivo, contendo 25% a 29% de proteínas logo após a trilha. Pode ser consumida como grão verde, grão seco ou grão reidratado. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL GRÃO DE BICO Descriçã o dos alimento s Umida de Energia Proteína Lipídios Colester ol Carboidr ato Fibra alimenta r Cinzas Cálcio Magnés io (%) (Kcal) (KJ) (g) (g) (mg) (g) (g) (g) (mg) (mg) Grão-de- bico, cru 11.53 364 1525 19.3 6.04 NA 60.65 17,4 3,2 105 115 Grão de- bico, cozido 60.21 164 686 8.86 2.59 NA 27.42 7.6 0.92 49 48 PREPARAÇÕES COM GRÃO DE BICO Tremoço • Os tremoços são as sementes das plantas fabaceas conhecidas como tremoceiro (especialmente o "tremoceiro-comum" - Lupinus albus), pertencentes ao género Lupinus e usadas na fixação de azoto nos solos. A semente, de cor amarela, não tem aproveitamento agrícola e é geralmente vendida e consumida em conserva como petisco ou aperitivo (acepipe), sendo muito comum em cervejarias de Portugal, mas podendo ser encontrada em algumas cervejarias do Brasil, o tremoço também pode ser utilizado como ingrediente de preparações como risotos e saladas. O grão seco que deve ser deixado de molho em água com sal sob refrigeração por 4 dias trocando-se a água 3 vezes ao dia para retirar o amargor e só então deve ser cozido. Esse processo elimina substância tóxica chamada lupanina que é responsável pelo sabor amargo. Informação Nutricional Tremoço Quantidade por 100 gramas Calorias 371 Gorduras Totais 10 g Gorduras Saturadas 1,2 g Colesterol 0 mg Sódio 15 mg Potássio 1.013 mg Carboidratos Fibra Alimentar Proteínas 40 g 19 g 36 g Vitamina C 4,8 mg Cálcio 176 mg Ferro 4,4 mg Vitamina D 0 IU Vitamina B6 0,4 mg Cobalamina 0 µg Magnésio 198 mg 1. Tremoço simples 2. Queijo vegetal de tremoço Esta é uma versão bem básica de tremoço. A semente deve ser deixada de molho, depois cozida e ficar de molho por mais três dias. É importante ir trocando a água por pelo menos três vezes ao dia para tirar o amargor. O tempero do aperitivo é feito apenas com sal. O queijo desta receita tem uma consistência bem firme e o ponto alto do preparo é a rapidez. O que faz o queijo ficar duro é o uso do ágar-ágar. Já o suco de limão dá um gostinho cítrico ao preparo. Depois de batida, a mistura dos ingredientes deve ficar entre uma a duas horas na geladeira. • Soja 35 – 40% de proteínas → Devido à presença de fitoquímicos, tem sido considerada como alimento funcional rico em vitamina E e antioxidantes. Previne o câncer de cólon, útero e mama nas mulheres. Alguns a consideram o alimento do novo século. É fonte de isoflavonas e fitoesteróis. Os fatores antinutricionais podem ser destruídos com a cocção da soja. Estes fatores são enzimas proteoliticas que inibem outras enzimas importantes para o processo metabólico. • • Derivados da Soja: proteína texturizada de soja (PTS), extrato solúvel de soja, tofu, farinha de soja, shoyu, missô, broto e óleo. Produtos obtidos da soja e preparações Produtos da soja Preparações Óleo Para cocção , fritura Produto leitoso de soja Consumo direto , bolo, biscoito Queijo (tofu) Consumo direto, salada, sanduíche Farinha Pão, molho, sopa , pudim , croquete , biscoito, talharim, massa de pastel Resíduo ( proteína texturizada de soja – carne de soja) Almôndega, hambúrguer, croquete, torta, sopa, bife, mortadela, salsicha, patê. Broto Salada Amendoim ● O amendoim é uma boa fonte de gorduras insaturadas. Um grão de amendoim possui de 45 a 50% de lipídios (gorduras). ● As principais gorduras encontradas no amendoim são o ômega 9 (ácido oleico) e o ômega 6 (ácido linoleico), presente exclusivamente em oleaginosas. ● Possui vitamina E (tocoferol) que possui um papel importante nas células, por isso é considerada antioxidante na proteção contra os radicais livres, protegendo as células contra o câncer, doença cardiovascular e até doença de Alzheimer Preparações com amendoim • A alfarroba é a semente do fruto da alfarrofeira, Ceratonia siliqua, árvore da nossa orla costeira mediterrânica. Trata-se de uma Phaseolaceae, plantas que têm como fruto uma vagem ou legume. Dentro dessa vagem encontram-se as "favas" de alfarroba. Estas plantas têm ainda a particularidade de fixar azoto atmosférico nas suas raízes. Alfarroba Qual a diferença da alfarroba para o cacau? • O que mais diferencia esses dois produtos é a quantidade de dois de seus componentes. Enquanto o cacau concentra 23% de gordura, a alfarroba possui apenas 0,7%. Por outro lado, o cacau é mais pobre em açúcar (5% de sua composição), enquanto o alfarroba possui entre 38% e 45% de sacarose, glicose e frutose. • A grande vantagem da alfarroba em relação ao cacau é o fato de não possuir em sua composição elementos estimulantes e que podem causar reações, como a cafeína e a teobromina. SOPA DE LENTILHA https://drive.google.com/drive/folders/1iYL7XSu- SHtR62QlYaZTXHbzZIsG35Fh?usp=sharing • 500g de peito de frango em cubos • 250g de lentilha deixada de molho na noite anterior • 2 dentes de alho amassados • 1 rodela de gengibre • 1 colher de sobremesa de shoyo • 1 colher de sopa de vinho tinto • 1 colher de sopa de azeite • Temperos: açafrão da terra, sal, pimenta do reino, coentro, loro e sal a gosto. • ½ cebola em cubos • 2 tomates em cubos • 1 colher de chia e cheiro verde para finalizar https://drive.google.com/drive/folders/1iYL7XSu-SHtR62QlYaZTXHbzZIsG35Fh?usp=sharing Referencias Bibliográficas 6. McWilliams, Margaret. Preparo de Alimentos: um Guia Prático para Profissionais. Disponível em: Minha Biblioteca, (11th edição). Editora Manole, 2013. 11. Wardlaw, Gordan, M. e Anne M. Smith. Nutrição Contemporânea . Disponível em: Minha Biblioteca, (8ª edição). Grupo A, 2013. 9. [TACO] Tabela Brasileira de Composição de Alimentos /NEPA – Unicamp. 4. ed. Campinas: Nepa-Unicamp, 2011. Disponível em: <https://www.nepa.unicamp.br/taco/tabela.php?ativo=tabela>. Acesso em: abr. 2022. 1. Brito, Edy Souza de. Feijão-caupi. 1. Ed. Fortaleza: EMBRAPA, 2008. 100 p. 4. FERREIRA, Carlos Magri; BARRIGONI, José Alexandre Freitas. Arroz e feijão - tradição e segurança alimentar. 1. ed. Brasília: EMBRAPA, 2021. 164 p. 8. Tabela brasileira de composição de alimentos/NEPA-UNICAMP, -4.ed.rev.e.amp. - Campinas: NEPA- UNICAMP,2011. Disponível em: http://bs.sede.embrapa.br 2. Candido, Cynthia C. Guia técnico de nutrição e dietética . Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Manole, 2019. 7. Pedroso, Rafael M. Leguminosas e oleaginosas . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2018. 3. Fernandes, Caloca, Viagem gastronômica através do brasil - 11ªed. (2017) 5. Mcgee, Harold - Comida e cozinha: Ciencia e cultura da culinaria Traduzido por, Marcelo Brandão Cipolla. 2° Ed. (2014). 10. Trajano, Ana Luiza – Misture a gosto Glossário de Alimentos do Brasil - 2015 http://bs.sede.embrapa.br/
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