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ATIVIDADE DO DIA 20/03/2020
IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Imposto sobre Operações Financeiras e um imposto federal, ou seja, pertencente a União, possuindo caráter extrafiscal, que permitindo a União intervir no mercado financeiro a depender da necessidade. Além disto incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
FATO GERADOR- IOF
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado.
Conforme previsto no art. 63, Código Tributário Nacional:
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.
O fato gerador e determinado da seguinte forma como segui abaixo:
Fato gerador do IOF nos casos de operações de crédito, sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado. 
Fato gerador do IOF nos casos de operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este. 
Fato gerador do IOF nos caoses de operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável. 
Fato gerador do IOF nos casos de operações relativas a título e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. 
BASE DE CÁLCULO- IOF
Conforma podemos extrair do artigo 64 do CTN, a base de cálculo do IOF será o valor das operações em questão versando assim sobre o montante envolvido na operação de crédito, o montante envolvido na operação de câmbio e seguro, e o montante envolvido nas operações relativas a títulos ou valores mobiliários.  Em linhas gerais podemos dizer que a base de cálculo do IOF será o valor da operação. 
SUJEITOS- IOF
Sendo o sujeito ativo referente a quem se deve pagar o valor do imposto e trata-se da União. 
Já o sujeito passivo se refere ao contribuinte, aquele que deve pagar o imposto a União se tratando do titular das operações, são as pessoas físicas ou jurídicas que realizem as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. (Art. 2º, Lei 6306/2007). Na condição de contribuinte pode ser qualquer parte da relação, de acordo com o art. 66, CTN. 
Segundo o decreto nº 6.306/2007 (Regula o IOF) os contribuintes são: 
Tomadores de crédito; seja pessoa física ou jurídica; (Art. 4)
Compradoras ou vendedores de moeda estrangeira em operações de transferência de valores para o exterior ou do exterior respectivamente; (Art. 12)
As pessoas físicas ou jurídicas seguradas; (Art 19)
Adquirentes de títulos e valores mobiliários e instituição financeiras; (Art. 26, I, II)
Instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil, a efetuar a primeira aquisição de ouro, ativo, ou instrumento cambial. (Art. 37)
FINALIDADE EXTRAFISCAL- IOF
Como bem sabemos os impostos extrafiscais são aqueles utilizados para controlar a economia nacional por isso não se exige tanto rigor para sua majoração. Partindo dessa ideia o IOF não obedece ao princípio da legalidade, da anterioridade nem o da noventena. Assim podemos dizer que o IOF tem aplicação imediata. 
LANÇAMENTO- IOF
O lançamento é realizado por homologação, ou seja, o contribuinte lança os valores devidos sem o exame prévio da autoridade tributária, porém essa autoridade quem vai verificar se o procedimento foi feito de modo correto e estando tudo certo homologará, mas está ainda pode lançar de ofício valores que considere que deva constar e o contribuinte não os informou. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA:
Direito Tributário II - Impostos em Espécie - Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). BLOGSPOT. Disponível: http://resumojuridicoaqui.blogspot.com/2015/10/direito-tributario-ii-impostos-em_23.html. Acesso 19 de mar. de 2020
IOF - Imposto Sobre Operações De Crédito, Câmbio E Seguro, Ou Relativas A Títulos Ou Valores Mobiliários. PORTAL TRIBUTARIO. Disponível: http://www.portaltributario.com.br/tributario/iof.htm. Acesso 19 de mar. de 2020
ATIVIDADE DO 27/03/2020
IMPOSTO DE RENDA – IR
O denominado Imposto de Renda é tributo com finalidade	marcantemente fiscal, constituindo-se no maior arrecadador entre os impostos federais.
O Imposto de Renda é o tributo que incide sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Tendo previsão legal no artigo 153, III da Constituição Federal.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
III- renda e proventos de qualquer natureza;
De acordo com o artigo 43 do Código Tributário Nacional:
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I – de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 
II – de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
FATO GERADOR- IR
O fato gerador do Imposto de Renda da Pessoa Física é a obtenção patrimonial, que pode ser concreta ou apenas de direito, trazendo a ideia de patrimônio disponível ou disponibilidade patrimonial do contribuinte.
Porém, a doutrina diverge quanto à classificação dos tipos de disponibilidade patrimonial, por isso, escolhemos as duas correntes que prevalecem atualmente.
BASE DE CÁLCULO- IR
De acordo com súmula 584 do Supremo Tribunal Federal diz para usar a alíquota do ano da declaração para calcular o Imposto de Renda.
A questão discutida pelos juristas é que ao aplicar essa súmula, estaríamos violando os princípios da segurança jurídica, da anterioridade anual e da irretroatividade.
Afinal, a súmula permite que uma alíquota criada após o fato gerador seja aplica no caso concreto.
Veja o que diz a Súmula 584 do STF:
Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.
Porém, há vários julgados que deixaram de aplicar esse entendimento e decidiram que a base de cálculo do I.R. é aquela vigente no ANO-BASE.
Ou seja, o entendimento mais coerente com nosso ordenamento jurídico é aquele que aplica a alíquota do ano em que ocorreu o fato gerador do Imposto de Renda da Pessoa física (ano-base).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA:
https://eutenhodireito.com.br/imposto-renda-direito-tributario/
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1170/Imposto-de-Renda-IR
ATIVIDADE DO DIA 27/03/2020
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL – ITR
O Imposto Territorial Rural - ITR, está definido na Constituição Federal, art. 153, VI, que “Compete a União instituir impostos sobre: propriedade territorial rural”. Segundo Hugo de Brito Machado (2015, p. 349),a designação da competência para a União é:
Exclusivamente ao propósito de utilizá-lo como instrumento de fins extrafiscais, tanto que sua receita era, na vigência da Constituição anterior, destinada inteiramente aos Municípios em cujos territórios estivessem os imóveis situados.
Para Eduardo Sabbag (2009, p. 975), a função extrafiscal do ITR é “um importante instrumento de política agrária, nessa medida, de combate aos latifúndios improdutivos, fomentando, assim, a reforma agrária e a consequente redistribuição de terras no país”. Portanto, com a tributação sobre as propriedades rurais, a União tem a possibilidade de dar início à reforma agrária nas terras improdutivas, uma vez que as mesmas não geram receitas sequer para conseguir pagar o imposto que lhe é obrigatório. Consequentemente, segundo Sabbag (2009), o almejo da tributação do ITR é a busca de proprietários de terras produtivas.
FATO GERADOR- ITR
De acordo com artigo 29 do Código Tributário Nacional, o ITR “imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.”. Portanto, para o CTN, o fato gerador do ITR é a propriedade, domínio útil ou a posse de imóvel.
Nos dizeres de Ricardo Alexandre, em Direito Tributário Esquematizado (2010, p. 580), ensina que bem imóvel por natureza, cabível de incidência de ITR, é definido como “o solo com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e os frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo”. O mesmo autor também leciona sobre bens imóveis por ascensão física, para os quais não é cabível o ITR (2010, p. 580) “tudo que o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada a terra, os edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano”. Por isso, segundo entendimento do autor, não é cabível a incidência do ITR nas culturas típicas das propriedades rurais. Para finalizar, segue ensinando Ricardo Alexandre (2010, p.580), essa é uma característica que está:
Sendo o caráter extrafiscal do tributo, impedindo que a exploração da propriedade viesse a aumentar o montante do imposto devido, em verdadeiro contraestimulo ao cumprimento da função social da propriedade.
BASE DE CÁLCULO- ITR
Segundo o artigo 30 do CTN, “a base de cálculo do imposto é o valor fundiário”. Segundo Hugo de Brito Machado (2015, p. 352) valor fundiário é “o valor da terra nua, isto é, sem qualquer benfeitoria”.
ALÍQUOTA- ITR
Sendo sua finalidade extrafiscal do ITR, com o objetivo de evitar os latifúndios improdutivos, as alíquotas, segundo Sabbag (2009, p. 979) são “proporcionais e progressivas, segundo o grau de utilização da área rural (caráter extrafiscal – art. 153, § 4º, CF)”.
Segundo Hugo de Brito Machado (2015, p. 352):
A alíquota do imposto varia de 0,03% até 20% em função da área do imóvel e do grau de sua utilização. Nos termos da Lei 9393, de 19.12.1996, para o imóvel com área de até 50 ha, utilizada em mais de 80%, a alíquota é de apenas 0,03%. Essa alíquota aumenta na medida em que a área é maior, indo até 0,45% se o imóvel tem área superior a 5.000 ha, se o imóvel tem mais de 80% dessa área utilizados. Cresce, também, alíquota na medida em que diminui a proporção de área utilizada, em relação a ares total do imóvel, de sorte que para um imóvel com área superior a 5.000 ha, com até 30% de sua utilização, o imposto tem alíquota de 20% - o que significa dizer que em cinco anos, se persistente a situação, estará confiscado.
IMUNIDADE E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE- ITR
A Lei 9.393, de 1996, em seu artigo 2, determina que o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual ou inferior a:
I - 100 Ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 Ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
Neste caso o proprietário possua imóvel, e este se enquadre em uma das situações, não será incidido imposto ITR sobre sua propriedade.
Segundo Sabbag (2009, p. 980, 981):
O preceptivo imunitário prevê uma relativização do instituto da propriedade na busca da justiça social, procurando diferenciar o ausentismo na propriedade rural do seu adequado aproveitamento, por meio de graduar a tributação de acordo com o desiderato constitucional.
 A isenção de tributação do ITR, o que se busca é a chamada justiça social, possibilitando com que as pequenas propriedades rurais, utilizadas geralmente por pequenas famílias, sejam capazes de contribuir para a diminuição da terra improdutiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA:
MOTA. Vitor de Brito. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural e a Função Social da Propriedade. Disponível: https://jus.com.br/artigos/65621/imposto-sobre-a-propriedade-territorial-rural-e-a-funcao-social-da-propriedade. Acesso 19 de mar. de 2020
ATIVIDADE DO DIA 31/03/2020
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS OU DIREITOS – ITCMD
A Constituição Federal, em seu artigo 155, inciso I e parágrafo 1º, na discriminação da competência dos estados para instituir e cobrar o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), traz um grupo de regras que são reiteradamente descumpridas por muitos dos estados, in verbis:
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (...)
§ 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal;
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; (...)
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal”.
São de competência do imposto dos Estados e do Distrito Federal, como já dito anteriormente. 
Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal. Com relação a bens móveis, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ainda ao Distrito Federal. 
INCIDÊNCIA- ITCMD
O tributo incidirá sobre a transmissão não onerosa de bens, seja causa mortis ou por doação. Nesse sentido, a Súmula 112 do STF: “O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão”. 
Contudo, vale lembrar que somente haverá o pagamento do tributo após os bens do espólio ser avaliado e a homologação do cálculo (arts. 1.003 a 1.013 Código de Processo Civil). Nesse diapasão, a Súmula 114 STF: “O imposto de transmissão causa mortis não é exigível antes da homologação do cálculo”.
A legislação civilista determina que a transmissão causa mortis se dá no momento da abertura da sucessão. No caso de doação de bens imóveis, a transmissão se dá no momento do registro no cartório de imóveis. Já a transmissão de bens móveis, a transmissão ocorre com a tradição da coisa. 
O imposto incide inclusive na hipótese de inventário por morte presumida, Súmula 331 do STF: “É legítima a incidência do Imposto de Transmissão Causa Mortis no inventário por morte presumida”.
ALÍQUOTA DO IMPOSTO É FIXA- ITCMD
As alíquotas são fixadas pela lei estadual, considerando que apenas o Senado Federal possui lídima competência para fixar as alíquotas máximas do ITCMD sobre heranças e doações (art. 155, §1°, IV, CF). 
BASE DE CÁLCULO-ITCMD
A base de cálculo é o valor venal do bem ou do direito transmitido.Entende-se por valor venal como sendo o valor de mercado, ou seja, o preço do bem em uma venda à vista.
SUJEITOS- ITCMD
O sujeito ativo é o Estado ou o Distrito Federal, autoridade competente para instituir o imposto.
Sendo, sujeito passivo no caso da transmissão causa mortis, o contribuinte é o herdeiro ou o legatário (art. 7º, inciso I, da Lei nº 10.705/2000); no caso de doação, a lei pode optar entre o doador ou o donatário.
Nos ensinamentos de Ricardo Alexandre:
[...] o tributo é lançado por declaração, o que não impede, respeitado o prazo decadencial, por exemplo, o lançamento de ofício de valores não pagos quando, por exemplo, fatos geradores ocorrerem e forem omitidos da autoridade fiscal. (ALEXANDRE, 2013, p. 578).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8417/Imposto-sobre-a-transmissao-causa-mortis-e-doacao-de-bens-ou-direitos-ITCMD

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