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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA – FAVIP CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO ALEXSANDRO CAMPOS ARAÚJO ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARI0HA DE I0HAME (Dioscorea sp.) CARUARU 2010 2 Prof.Vicente Jorge Espindola Rodrigues Diretor-Presidente da FAVIP Profª MsC. Mauricélia Bezerra Vidal Diretora Executiva da FAVIP Profª MsC. Adriana Guimarães 0egromonte Bezerra Coordenadora do Curso de Nutrição 3 ALEXSANDRO CAMPOS ARAÚJO ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARI0HA DE I0HAME (Dioscorea sp.) Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca, como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Nutrição. Orientadora: Profª MsC. Marina Maria Barbosa de Oliveira CARUARU 2010 4 Catalogação na fonte - Biblioteca da Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru/PE A659e Araújo, Alexsandro Campos. Elaboração de pão com farinha de inhame (dioscorea sp.) / Alexsadro Campos Araújo. – Caruaru : FAVIP, 2010. 14 f. : il. Orientador(a) : Marina Maria Barbosa de Oliveira. Trabalho de Conclusão de Curso (Nutrição) -- Faculdade do Vale do Ipojuca. Inclui anexo e apêndice. 1. Farinha de Inhame (Insumo). 2. Pão (Fabricação). I. Título. CDU 612.3[11.1] Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367 5 ALEXSANDRO CAMPOS ARAÚJO ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARI0HA DE I0HAME (Dioscorea sp.) Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca, como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Nutrição APROVADO EM 01/12/2010 BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________________ Profª MARINA MARIA BARBOSA DE OLIVEIRA _______________________________________________________________ Profº ARTUR BIBIANO DE MELO FILHO _______________________________________________________________ Profº JOSÉ ADRIANO DE OLIVEIRA CARUARU 2010 6 Graças te dou, ó Pai, porque ocultaste estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. (Lucas, 10:21) 7 Aos meus filhos, Allan Cristophe e Allax Cauã por todo amor e inspiração. 8 AGRADECIME0TOS A Deus, por absolutamente tudo. Aos meus pais, Agenir e Conceição, pelo amor, apoio e a realização desse sonho. A Driely e aos nossos filhos, Allan e Cauã, pelo carinho, ajuda e força, necessários para lutar nas horas mais difíceis. A professora Marina Oliveira, pela orientação, pelos ensinamentos, pelo estímulo e amizade. Aos meus irmãos Camila e Júnior, pelo carinho e alegria que compartilhamos. Aos professores da Faculdade do Vale do Ipojuca, pelos ensinamentos nas disciplinas. A Coordenadora do Curso de Nutrição Adriana Negromonte e a professora Shirley Lima, pelo grande apoio e incentivo. A Diego (in memorian), por sua grande amizade e confiança. Aos amigos e familiares, em especial minha tia Sônia e minha avó Severina, sempre me apoiando em tudo. Aos funcionários da FAVIP, Elenilson, Adilson, Erivanio e Sônia. A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho tão importante para a sociedade, minha gratidão. 9 APRESE0TAÇÃO Trabalho apresentado em forma de artigo original, com o título “ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARINHA DE INHAME (Dioscorea sp.)” acerca do desenvolvimento de um produto alimentício, cujo objetivo foi elaborar pão com adição de farinha de inhame, avaliar a composição química da farinha e determinar a aceitabilidade por meio de avaliação sensorial. Para tanto foi realizado um estudo experimental, envolvendo a elaboração de farinha de inhame simulando de forma simplificada o processo tecnológico de fabricação de pão com substituição parcial da farinha de trigo. O experimento envolveu elaboração de farinha, produção de pão, análise sensorial e composição nutricional. O desenvolvimento de um pão com farinha de inhame deve incentivar a fabricação de produtos desta natureza para o uso diário atendendo aos anseios de consumidores que buscam alimentos mais saudáveis. Este manuscrito será submetido para avaliação da Revista Higiene Alimentar. 10 LISTA DE ABREVIATURAS AOAC - Association of Official Analytical Chemists FAO - Food Agricultural Organization OMS - Organização Mundial de Saúde 11 SUMÁRIO Identificação dos autores .............................................................................................. 12 Resumo ......................................................................................................................... 12 Summary ...................................................................................................................... 12 Introdução ..................................................................................................................... 13 Material e Métodos........................................................................................................ 15 Resultados e Discussão.................................................................................................. 17 Conclusão....................................................................................................................... 21 Referências Bibliográficas ............................................................................................ 22 Anexos .......................................................................................................................... 25 Apêndices ..................................................................................................................... 26 12 ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARI0HA DE I0HAME (Dioscorea sp.) Alexsandro Campos Araújo1; Marina Maria Barbosa de Oliveira2 1Acadêmico do Curso de Nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca – FAVIP. 2Docente do Curso de Nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca – FAVIP. Resumo A elaboração de produtos destinados a melhoria da saúde através da alimentação saudável é de extrema importância para a sociedade, tendo em vista que o pão é um alimento altamente consumido, e que o inhame possui excelentes propriedades nutricionais e funcionais. A população necessita de produtos que sejam de fácil manipulação, transporte, armazenamento e comercialização, que possam ter funções além de alimentar, atuando como veículos de nutrientes capazes de prevenir ou reduzir o risco de doenças e seja apto a fornecer nutrientes necessários para manutenção e funcionamento adequado do organismo. Por essa razão, formulou-se um pão utilizando como base a farinha de inhame. O objetivo deste trabalho foi elaborar pão com adição de farinha de inhame, avaliar a composição química da farinha e determinar a aceitabilidade por meio da avaliação sensorial. A produção de pães com farinha deinhame apresentou características satisfatórias de textura, sabor, cor, aroma e aparência. Dois pães obtiveram percentuais altos de aceitação, ou seja, receberam notas acima de 7, onde 80% para o pão padrão, 70% para o pão com 25% de farina de inhame e 30% aceitaram bem o pão contendo 50% de farinha de inhame. Adicionar a farinha de inhame visando melhorar o valor nutritivo do pão mostrou-se viável, sendo o pão um alimento altamente consumido e de ótimas propriedades funcionais. Palavras-chave: Inhame. Farinha. Pão. Summary The development of products designed to improve health through healthy eating is of utmost importance to society, given that the bread is a rich food consumed, and that the yam has excellent nutritional and functional properties. The population needs products that are 13 easy to handle, transport and storage and marketing, which may have functions besides food, acting as carriers of nutrients that could prevent or reduce the risk of diseases and be able to provide nutrients necessary for proper operation and maintenance the body. For this reason, it is a bread made using as the basis yam flour. The objective was to develop bread with addition of yam flour, evaluate the chemical composition of flour and determine the acceptability by sensory evaluation. The production of bread with yam flour showed satisfactory characteristics of texture, flavor, color, aroma and appearance. Two fathers had high percentages of acceptance, ie received scores above 7, where 80% for the standard bread, 70% for bread containing 25% yam farina and 30% accepted and bread containing 50% flour yam. Add the yam flour to improve the nutritional value of bread was feasible, and the bread a highly consumed food and excellent functional properties. Key words: Yam. Flour. Bread. Introdução Pão De acordo com Bezerra (2006) o pão é um alimento que resulta do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal. Pelas informações que se tem, a história mais remota do pão, se origina em milhares de anos a.C., quando era feito com glandes de carvalho e faia trituradas, sendo depois lavado com água fervente para tirar o amargor (PIZZINATTO, 1994). Em seguida, essa massa secava-se ao sol, e se faziam broas com a farinha. Foi somente com a invenção de novos processos de moagem da farinha que a indústria de panificação teve seu desenvolvimento. Se antes os grãos de cereais, principalmente o trigo, eram triturados em moinhos de pedras manuais, passou-se para moinhos movidos a animais, após para os movidos a água, e depois movidos de vento. Palavra originária do latim “Panis”, o pão apresenta-se hoje sob numerosas variedades, condicionadas a culturas de cereais, aos hábitos e paladares do consumidor (ARAÚJO, 1983). Segundo a legislação brasileira o pão é definido como um produto da cocção de uma massa, fermentada ou não, preparada com farinha de trigo ou outras que contenham proteínas formadoras de glúten, água e outros ingredientes (ANVISA, 2003), consiste predominantemente de amido, água e proteínas. O mecanismo da rápida formação de massa 14 viscoelástica, é obtida quando a farinha de trigo é misturada com água e está relacionado com as proteínas formadoras de glúten. Segundo Belluco (2009), o consumo anual de pão entre os brasileiros é de aproximadamente 33,5 kg, e ainda não atinge a recomendação prevista pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 60 kg/ano e pela Food Agricultural Organization (FAO) de 50 kg/ano (ABIP, 2003; PROPAN, 2009). Os diversos tipos de pães decorrem dos diferentes tipos de farinha e de levedura utilizadas e também da forma de cocção. As massas têm como componentes essenciais a farinha e a água. A esses dois ingredientes são adicionados vários outros como: lipídios, açúcares, fermento, ovos, leite, aromatizantes e corantes, que darão as características dos vários tipos de produtos. As transformações nas massas dependem dos componentes usados e ocorrem em diversas fases: na primeira durante o tratamento mecânico dos ingredientes a frio, destinado à homogeneização da mistura, à formação de emulsões de lipídeos, proteínas e água, solubilização de açúcares e crescimento a frio (aumento de volume); na segunda fase, temos as transformações provocadas pelo efeito do calor durante o cozimento das massas: desnaturação de proteínas, gelificação parcial ou total do amido, crescimento da massa, reação de Maillard, caramelização e diminuição de água livre. É nessa fase que se tem a formação dos aromas e das estruturas características do pão (BOBBIO, 2001). Inhame De acordo com Schipper e Marins (2001) o nome Inhame é derivado da palavra senegalesa ñam, que significa “para comer”. Ele foi trazido para o Brasil das Ilhas de Cabo Verde e São Tomé no período colonial e se adaptou muito bem ao nosso clima. O inhame é uma planta monocotiledônea, herbácea, trepadeira, de clima tropical, cultivada em várias partes do mundo. O alto teor de amido e vitaminas do complexo B confere ao inhame a fama de ser um alimento altamente energético (BATISTA, 2008) No Brasil, a Paraíba é o estado de maior produção (17.800 t) com produtividade média de 4,2 t/ha, seguido de São Paulo que apresenta a maior produtividade média (9,0 t/ha). Quanto às cultivares, há registros de que notadamente na região Nordeste do Brasil, são plantadas as cultivares Da Costa e Tabica, procedentes de Pernambuco, e Espinho Freire e Negro, procedentes de São Paulo, todas classificadas na espécie Dioscorea Caynnensis (LEONEL et al., 2006). 15 A cultura do inhame (Discorea sp.) apresenta grande importância social e econômica para a região Nordeste do Brasil, sobretudo para os estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Maranhão, por constituir um negócio agrícola muito promissor, dado grande consumo nesta região, além de oferecer excelente qualidade energética de suas túberas e grande utilidade na alimentação humana, utilizado na dieta de todas as classes da sociedade brasileira. Seus tubérculos são ricos em carboidratos e vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B1 e B5, importante no crescimento das crianças. Rico também em vitamina A e C (MONTEIRO, 2002 apud LEONEL et al., 2006), cálcio, ferro e fósforo (ZUANY, 2008). Além disto, este mesmo autor cita que algumas espécies de inhame têm sido cultivadas com finalidade farmacológicas para obtenção de material inicial para produção de cortisona e hormônios esteróides. Ao inhame são atribuídas outras propriedades nutricionais e funcionais, pelo seu teor de minerais e vitaminas, assim como pelo seu conteúdo de fitoquímicos, como antocianinas, saponinas e polifenóis, além do teor de fibras (MIAMOTO, 2008 apud MAZIERO, 2009). O desenvolvimento de produtos alimentícios tendo como base raízes tropicais, de tradição de cultivo e cultural como o inhame, tem obtido o interesse dos produtores rurais e industriais, pois possibilitaria o incremento de toda a cadeia produtiva, porém poucos estudos são conduzidos neste sentido. A farinha de inhame apresenta-se como uma alternativa a adição de trigo para fabricação de pães ou pode ser utilizada na elaboração de diversos pratos, doces e salgados, justificado por ser o pão em seus vários tipos, um produto consumido em larga escala, sendo assim uma das melhores formas de veicular vitaminas, sais minerais, fibras e proteínas (ZARATE et al, 2002). Material e Métodos Estudo do tipo experimental envolvendo a elaboração de farinha de inhame simulando de forma simplificada o processo tecnológico de fabricação e uso como substituto parcial da farinha de trigo na elaboração de pão tipo forma. O experimento envolveu etapas de produção de farinha de inhame, análise da composição centesimal da farinha, elaboração de pães produzidos com diferentes teores de farinha inhamee analise sensorial de aceitação. 16 O pão elaborado com farinha de inhame foi desenvolvido nas dependências do Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade do Vale do Ipojuca-FAVIP, assim como produção da farinha partindo da desidratação de fatias de inhame. Foi utilizado como matéria prima para obtenção da farinha de inhame, tubérculos da espécie Dioscorea sp, adquirido em supermercados da cidade de Caruaru-PE. Foram utilizados para elaboração de receitas padrão e experimentais de pães: farinha de trigo, leite integral, gordura vegetal, sal, açucar e fermento biológico. O processo de desidratação do inhame para a produção de farinha de inhame ocorreu em estufa sob circulação de ar (105ºC), com a disposição do inhame cortado em rodelas em bandejas de alumínio. Para produção dos pães experimentais utilizou-se maquina caseira de panificadora simulando processo de produção industrial (Panificadora Britânia Multi Pane), e balança digital marca Filizola com precisão de 10-3Kg. O procedimento de elaboração da farinha de inhame através da desidratação do tubérculo segue o descrito por Batista et al., 2008 com modificações. O inhame foi pré- selecionado, retirando-se as partes que estejam danificadas e secas demais, sofrendo as etapas de descascamento e lavagem. Após a retirada das extremidades, o tubérculo era cortado em fatias de no máximo 2 mm e retirada a umidade superficial com papel absorvente. As fatias foram levadas a estufa com temperatura de 80 ºC por um período de aproximadamente 10-14h horas, para obtenção da secagem total. Após a desidratação a farinha foi obtida após trituração em processador industrial, passando por peneiragem até obter-se a farinha com granulometria semelhante à farinha de trigo. A farinha foi acondicionada em recipientes esterilizados, secos e com fechamento hermético. Para elaboração dos pães experimentais, foi elaborada receita base de pão tipo forma, contendo substituição parcial da farinha de trigo pela farinha de inhame nas seguintes proporções: 0%, 25% e 50%, seguindo Maziero et al., 2009 com modificações. Um pão padrão foi produzido para comparação segundo atributos sensoriais, este contendo 100% de farinha trigo em sua massa. Os pães foram testados em projeto piloto para ver a melhor viabilidade de proporção de farinha de inhame na massa, assim como maior aceitação quando comparado ao pão padrão, para seguir para etapa de analise sensorial. Os pães foram pesados e retiradas as medidas de altura, largura e comprimento para avaliação do rendimento e volume. 17 A composição centesimal da farinha foi determinada através da aplicação de metodologias segundo Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 2002), obtendo- se as frações centesimais de umidade, cinzas, gordura total, proteína total, carboidratos e fibra bruta total, obtidos no Laboratório de Experimentação e Analise de Alimentos LEAAL – Departamento de Nutrição - UFPE. Para analise sensorial foi utilizada metodologia de teste de preferência com o uso de “Escala hedônica de preferência”, para avaliar os atributos de cor, sabor, textura, aroma e preferência, além de distinguir entre as amostras o melhor e pior atributo de cada uma. O teste foi composto por perguntas constando de extremos que variavam desde “gostei muitíssimo” a “desgostei muitíssimo” para comparação dos pães elaborados com o padrão. Todas as amostras foram codificadas com números aleatórios para não haver identificação de nenhuma amostra pelo provador. A análise sensorial constou de um painel sensorial treinado, formado por 20 alunos do curso de graduação em Nutrição da UFPE/ Centro Acadêmico de Vitória – PE, com idade entre 21 e 26 anos. Um teste afetivo para identificar a aceitabilidade do produto também foi aplicado, uma pergunta sobre a intenção de compra constando de: certamente compraria, provavelmente compraria e talvez comprasse, talvez não (ABNT, 1993). As amostras foram oferecidas aos painelistas acondicionadas em pratos descartáveis, codificadas em números aleatórios com três dígitos, contendo porções padronizadas do pão de cada tratamento, acompanhadas de um copo com água e a ficha de avaliação contendo os dados para o Teste Afetivo de Aceitabilidade. Os dados foram tabulados a fim de caracterizar a composição nutricional da farinha de inhame e indicar a ordem de preferências dos atributos testado na produção dos pães com substituição parcial de farinha de trigo por farinha de inhame utilizando o programa Microsoft Office Excel for Windows 2007. Resultados e Discussão Batista et al. (2008) elaborou uma metodologia para produção de farinha simples e mista obtida a partir do inhame (Dioscorea sp.) visando a utilização desta para o desenvolvimento de produtos alimentícios para o consumo humano, especialmente retratada como incorporação a outras farinhas obtendo-se misturas para fins especiais, como a exemplo de produtos isentos de glúten. Assim, a farinha de inhame apresenta vantagens por não 18 possuir esta proteína, presente na farinha de trigo, além de conferir propriedades físico- químicas e sensoriais próximas a do trigo quando usadas em sua substituição. Muitos estudos que incorporam desde a mucilagem do inhame como à farinha para a obtenção de produtos de panificação, relatam a composição nutricional do tubérculo sem apresentarem de fato a composição nutricional da farinha após o processamento. A tabela 1, trás uma revisão das principais tabelas de composição de alimentos utilizadas como banco de dados para elaboração de dietas e rotulagem nutricional, demonstrando escassez quanto a dados de micronutrientes e variabilidade inerente aos macronutrientes, que pode dever-se as variedades estudadas, solo, adubação, entre outros aspectos do cultivo deste tubérculo (PINHEIRO, 2005; PACHECO, 2006; TACO, 2006; FRANCO, 2007; TBCAUSP, 2008). Na elaboração da farinha de inhame foram alterados alguns parâmetros para a obtenção do desidratado final, especialmente quanto aos parâmetros de temperatura e tempo. Segundo Batista et al., 2008, foram necessárias 7 horas sob temperatura de 70ºC, diferindo deste estudo onde a desidratação foi obtida com aplicação de temperatura de 80ºC de aquecimento por aproximadamente 14horas. Após a desidratação e pulverização para obtenção de granulometria de farinha, seguiu-se a analise de composição centesimal (Tabela 2). Tabela 1 - Composição centesimal do inhame (g%, mg% e mcg%) Referências kcal HC (g) PT0 (g) LIP (g) FIB (g) Vit.C (mg) Ca (mg) Fe (mg) 0a (mg) K (mg) B1 B6 Folato (mcg) P (mg) Mg (mg) Pacheco, 2006 116 27,6 1,5 0,09 3,9 12,1 14 0,5 8 670 0,09 0,22 16 49 18 TACO, 2006 97 23,2 2,1 0,2 1,7 5,6 12 0,4 - 568 0,8 0,11 - 65 29 Franco, 2007 66,8 14,6 1,5 0,2 - 9,8 25 4 30,7 65,9 1 - - 50 - TBCAUSP, 2008 66 16,49 1,21 0,1 1,52 - - - - - - - - - - Pinheiro, 2005 103 23,8 1,8 0,1 - 8 53,5 1,2 - - - - - - - Zárate et al, (2002), ao estudar a viabilidade de cinco variedades de inhame para obtenção de farinhas direcionadas a produção de pães com substituição parcial, verificou em materia seca umidade de 10,56%, Resíduo mineral fixo de 5,52, Gordura, 0,71%, proteínas com 9,04%, amido 51,59%, fibra de 22,58% e valor calórico total de 248, 91Kcal. Os resultados encontrados neste estudo (Tabela 2) destoam especialmente com relação ao 19 conteúdo de fibras bruta, carboidratos e valor calórico total, o que pode ser inferido por diferenças nas metodologias aplicadas a essas frações e que implicam diretamente no valor calórico final, onde para este estudo foi aplicada metodologia de fibra bruta total, não sendo referenciado métodos aplicados por Zárate et al, (2002). Contado et al, 2009, elaborando mucilagens para aplicação em pães de forma partindo da desidratação do inhame, verificou que a composição nutricional apresentava também matériaseca, umidade de 4,36%, Resíduo mineral fixo de 3,29%, Extrato etéreo 0,60%, proteínas com 6,73%, carboidrato total 88,19%, fibra de 0,65% e valor calórico total de 386,61Kcal. Tabela 2 - Composição centesimal da farinha de inhame (matéria seca) Composição (g/100g) Média Umidade 7,60 Cinzas 2,28 Kcal 362,73 Fibras 2,17 Proteínas 4,04 Lipídeos 0,45 Carboidratos 85,63 Estudo realizado por Leonel et al. (2006) encontrou resultados da composição centesimal da farinha de inhame por 100g, apresenta teores consideráveis de proteínas e fibras e baixo conteúdo de lipídeos, onde a umidade foi de 6,2, cinzas 2,21, amido74,67, fibras 3,96, proteínas 5,81, lipídeo 0,39 e açúcares totais6,7. A tabela 3 demonstra resultados obtidos quando perguntado aos provadores o quanto eles gostaram ou desgostaram das amostras de pães oferecidas. Dois dos três pães obtiveram percentuais altos de aceitação, ou seja, receberam notas acima de 7, que corresponde a escala que vai desde gostei moderadamente, gostei muito a gostei muitíssimo, 80% para pão padrão, 70% para o pão com 25%, enquanto 30% aceitaram bem o pão contendo 50% de farinha de inhame. 20 Tabela 3 – Freqüência de respostas relacionadas ao quanto de gostou dos pães padrão, com 25 e 50% de farinha de inhame. PÃES NOTAS CATEGORIAS PADRÃO 25% 50% 1 gostou muitíssimo 5 1 - 2 gostou muito 5 4 2 3 gostou moderadamente 6 9 4 4 gostou ligeiramente - 2 2 5 não gostou nem desgostou 3 2 7 6 desgostou ligeiramente 1 1 1 7 desgostou moderadamente - 1 3 8 desgostou muito - - - 9 desgostou muitíssimo - - 1 Total (n) 20 20 20 Com relação ao atributo de cor e textura a amostra padrão recebeu notas acima de 7 quando comparadas as demais com n=19 e 16 respostas positivas acima de 7,0, demonstrando boa aceitação, seguida pelo pão de 25%, com n= 16 para cor e n= 14 para textura. O pão de 50% apresentou as notas mais baixas neste critério, estando a metade dos provadores com notas abaixo de 7,0 e apenas 4 pessoas referiram gostar da textura do pão. Com relação aos atributos, cor, aroma, sabor e textura, foi perguntado aos provadores o que eles mais gostaram e desgostaram com relação as amostras oferecidas, onde o pão padrão se destacou com relação ao sabor, o de 25% com maior aprovação no quesito textura e a cor sendo a preferência relacionada ao pão de 50% (Tabela 4). Tabela 4 – Preferências relacionadas aos atributos de cor, sabor, odor e textura dos pães padrão, com 25 e 50% de farinha de inhame. Pães Preferência de atributos O que mais gostou O que menos gostou Padrão sabor (n=9) aroma (n=7) 25% textura (n=7) sabor (n=8) 50% cor (n=7) textura e cor (n=8) Os resultados da adição da farinha de inhame, em substituição parcial da farinha de trigo, demonstraram pouca mudança da textura. Com relação aos pães com 25% de farinha de inhame, verificou-se um volume semelhante ao padrão. Os pães elaborados com 50% apresentaram um volume ligeiramente menor que o pão padrão. A textura foi um dos atributos que quando relacionados ao grau de substituição de farinha de trigo por de inhame, 21 apresentou as menores notas especialmente para o pão de 50% de substituição assim como para a cor. Maziero et al. (2009), realizaram um estudo com substituição parcial de farinha de trigo por purê de inhame nas proporções de 10%, 20% e 30% para elaboração de pães. Quando comparados ao padrão daqueles com 10% de purê de inhame apresentaram o parâmetro altura e volume mais próximos ao padrão, quando comparados com os demais. A adição de purê de inhame não interferiu na cor do miolo do pão em nenhuma das formulações avaliadas, tendo também, pouco impacto na cor da crosta. Leonel et al. (2006) elaborou um produto extrusado de inhame partindo de base de farinha obtida do tubérculo, avaliando variáveis ligadas a umidade da farinha e do produto, bem como temperatura de aquecimento do extrusor além de parâmetros que confeririam atributos de aceitação/rejeição comercial pelo consumidor (índice de expansão, volume específico índice de solubilidade em água), indicando que estes parâmetros influenciam diretamente na qualidade dos produtos obtidos, assim indicam critérios mais cuidadosos quanto aos níveis de farinha aplicados a massa. Segundo Carolino (2007) apud Batista et al. (2008) é possível a utilização de ingredientes a base de amido em substituição a farinha de trigo obtendo-se resultados satisfatórios quando submetidos a testes sensoriais de aceitabilidade, por vezes até superando produtos originalmente derivados de trigo, fator este importantíssimo para aprovação comercial de um produto. Conclusão Com base nos resultados, a farinha de inhame demonstrou excelente valor nutritivo, considerável teor de fibras, proteínas, carboidratos na forma de amido e baixo conteúdo de lipídeos. Dois pães obtiveram percentuais altos de aceitação, ou seja, receberam notas acima de 7, onde 80% para o pão padrão, 70% para o pão com 25% de farina de inhame e 30% aceitaram bem o pão contendo 50% de farinha de inhame. A substituição parcial da farinha de trigo por farinha de inhame mostrou-se positiva, obtendo pães com boa qualidade sensorial, aceitação e volume específico próximo ao de pão elaborado somente com farinha de trigo. Adicionar a farinha de inhame visando melhorar o valor nutritivo do pão mostrou-se viável, sendo o pão um alimento altamente consumido e de ótimas propriedades funcionais. 22 Referências ABIP (Associação Brasileira das Indústrias de Panificação e Confeitaria). Análise do mercado de pães. Disponível em http://www.abip.org.br. Acessado em 16/05/2010. 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Informamos que os indivíduos somente participarão da pesquisa após assinarem um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido o qual ressalta que a qualquer momento esses poderão pedir para desistir de participar, sem arcar com nenhum prejuízo, conforme especificado no projeto de pesquisa anexado. Nesse contexto, vimos por meio desta solicitar sua autorização para a realização dessa pesquisa. Espera-se que a realização da mesma possa contribuir para o esclarecimento do nível de informação desta população sobre este tipo de alimento e seu consumo e apresentar propostas para ações de educação nutricional. Comunicamos que não haverá custos para a instituição e, na medida do possível, não iremos interferir na operacionalização e/ou nas atividades cotidianas da mesma. Esclarecemos que tal autorização é uma pré-condição bioética para execução de qualquer estudo envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou dimensão, em consonância com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Agradecemos antecipadamente seu apoio e compreensão, certos de sua colaboração para o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região. Caruaru,___ de ____ de 2010. ______________________________________ Profª. MsC. Marina Maria Barbosa de Oliveira 26 APENDICE SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI FACULDADE DO VALE DO POJUCA – FAVIP CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Senhores e Senhoras, convidamos Vª.Sª. a participar da pesquisa intitulada ELABORAÇÃO DE PÃO COM FARINHA DE INHAME (Dioscorea sp.).Os objetivos deste estudo são de elaborar farinha de inhame partindo da desidratação do tubérculo, elaborar pão com substituição gradativa da farinha de trigo por farinha de inhame, avaliar a aceitabilidade do produto como oferecido sob aspectos sensoriais próprios de pão. Informamos que sua participação nesta pesquisa não será obrigatória e caso o(a) senhor(a) se recuse a participar não terá nenhum prejuízo em sua relação conosco. Comunicamos que os riscos serão mínimos e nenhum constrangimento para o(a) senhor(a), bem como os seus nomes não serão anunciados no estudo, uma vez que o questionário não apresenta informações sobre o nome, assegurando assim a sua privacidade. Os benefícios relacionados com sua participação poderão contribuir para saúde e bem-estar da população em geral, tendo em vista o oferecimento de um novo produto alimentício ao mercado consumidor, trazendo informações relevantes à saúde, bem como suas propriedades funcionais e nutricionais. Você receberá uma cópia deste termo de consentimento e observe que abaixo estamos disponibilizando nomes e telefones para contato, caso tenha alguma dúvida sobre o projeto e sua participação ou queira fazer alguma reclamação. Aluno pesquisador: Alexsandro Campos Araújo. Telefones: (81) 3722-7618; 8629-8865. Professor responsável: Marina Maria Barbosa de Oliveira. Telefone: (81) 9267-5492. Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação, e concordo, voluntariamente, em participar. 27 Caruaru _____/______/2010 Assinatura do Sujeito da Pesquisa
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